Quem nunca se sentiu deslocado, como se vivesse em um sonho lúcido, sentindo a angústia de não se encaixar na realidade, no seu mundo, no seu meio social. Sentindo que a qualquer momento você vai acordar e descobrir que a sua vida toda foi apenas um sonho?
Muitas obras de ficção científica, assim como algumas previsões de cientistas sérios e futurólogos preveem que poderemos com a evolução tecnológica criar enormes quantidades de poder de computação.
Mas vamos imaginar nossa própria tecnologia daqui a dez mil anos, nossos descendentes poderão fazer com a computação quântica simulações tão detalhadas que seriam indistinguíveis da realidade.
Uma suposição comum na filosofia da mente é a ideia de que os estados mentais podem sobrevir em qualquer classe ampla de substratos físicos, desde que um sistema programe os tipos certo de estruturas e processos computacionais, que possam ser associados à consciência, às experiências. Mas essa não é uma propriedade essencial da consciência que existe em redes neurais biológicas baseadas em carbono dentro de um crânio como a nossa. Processadores baseados em silício dentro de um computador podem, em princípio, fazer esse truque também.
Aí fica a pergunta, o que acontece a partir do momento que essas centenas de milhões de mentes que são simuladas hoje se tornem conscientes; o que aconteceria?
Mas e se isso já aconteceu?
E se nós não somos a realidade base? A realidade número um, mas sim uma realidade simulada, talvez dentre centenas de camadas de realidades simuladas, criadas por aqueles a quem nós podemos nomear segundo nossa própria fé ou experiências pessoais, como “O Criador”, “O Arquiteto”, ou mesmo “Os visitantes”.
Perguntaram ao Elon Musk se ele acreditava estar vivendo em uma realidade simulada e ele respondeu após algumas elucubrações que “Há a chance de uma em um bilhão de NÃO estarmos vivendo em uma simulação. E eu espero estar em uma realidade simulada, pois se não estivermos, a probabilidade maior é que nenhuma civilização seria capaz de evoluir até criar uma realidade simulada indistinguível da realidade base.”
Mas quais argumentos da nossa vida poderiam corroborar esse argumento?
Podemos relacionar isso ao principio da incerteza (Werner Heisenberg), onde você mesmo observando algo muito de perto, um átomo por exemplo, se você tiver muita certeza de sua velocidade você não tem ideia de sua localização ou se você afere com certeza sua localização, não poderia aferir sua velocidade. E ainda a dualidade onda partícula (deBroglie), o átomo é uma partícula, mas se você olhar o átomo de perto suficiente ele se comporta como uma onda. Uma explicação clássica sobre um efeito quântico.
Um efeito que seria igual ao que nós fazemos quando criamos uma simulação de computador para não gastar processamento: você só renderiza o que está sendo observado. Quando você liga seu jogo de computador ou quando um cineasta vai editar o filme, você sabe que a parte que será renderizada será aquela em que você estará olhando. O jogo não renderiza todo o mapa, apenas aquele em que você esta jogando. O cineasta não renderiza os efeitos especiais de todo o ambiente, apenas aqueles dentro da margem da tela.
Como se o mundo, o universo estivesse construindo apenas o que é observado.
Já reparou que o universo se expande?
Mas, se fôssemos uma simulação, alguém deveria estar nos controlando certo?
Algumas pesquisas dizem que o livre-arbítrio não existe: as decisões seriam tomadas automaticamente por nosso cérebro e não teríamos controle sobre isso.
“Você pode pensar que faz escolhas, mas sua decisão tanto de ler este texto, quanto de comer ovos ou pão no café da manhã, já foi tomada bem antes de você pensar sobre isso”, afirma o professor do Departamento de Ecologia e Evolução da Universidade de Chicago Jerry Coyne, um dos defensores mais fervorosos da ideia de que nossas escolhas não são determinadas por nossa vontade. Seu cérebro tomaria todas as decisões automaticamente, sem passar pelo seu conhecimento. “Nenhuma escolha é livre e consciente. Não existe livre-arbítrio”.
A questão é que, para alguns filósofos e cientistas influentes, nós podemos, de fato, estar vivendo em uma simulação de computador. Uma simulação diferente daquela proposta pelos irmãos Wachowski no filme Matrix, mas ainda assim uma simulação. Então existe uma chance maior que 99% de estarmos vivendo em uma simulação indistinguível da realidade.
Quando pensamos nas teorias das cordas, o multiverso é possível vislumbrar uma sobreposição de simulações? De múltiplas realidades?
Sinto muito te dizer mas Nick Bostrom não está copiando o roteiro da série Westworld. O artigo no qual ele propôs a ideia é de 2003, e encontrou eco nos trabalhos tanto de filósofos contemporâneos como David Chalmers, da Universidade de Nova Iorque, quanto de filósofos clássicos como Platão, com sua alegoria da caverna, e modernos como Descartes.
Em um podcast do jornal The Guardian, o filósofo David Chalmers afirmou que seria impossível conseguirmos qualquer prova desta teoria, por causa de um simples fator: “Qualquer evidência que a gente consiga pode ser ela própria uma simulação”. Mas que sinuca?
Como afirmou Max Tegmark, cosmólogo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), quanto mais aprendemos sobre o nosso Universo, mais ele parece ser baseado nas leis da matemática. “Se fôssemos personagens de videogame, também descobriríamos que as leis são completamente rígidas e matemáticas. Elas apenas refletiriam os códigos de computadores em que foram escritas”, disse Tegmark no debate que aconteceu no Isaac Asimov Memorial (que referência heim?)
Essa conferência aconteceu no Museu Americano de História Natural, em 2016, e reuniu grandes nomes da ciência e da filosofia para discutirem o assunto, e o moderador da discussão foi o astrofísico Neil deGrasse Tyson.
Para o apresentador de Cosmos, a possibilidade do conceito fazer sentido é de 50%. Ele lembrou do caso dos chimpanzés, que, apesar de possuírem 98% do nosso DNA, têm uma inteligência completamente diferente. Uma realidade simulada poderia explicar isso.
Já para a física teórica Zohreh Davoudi, do MIT, os raios cósmicos são uma evidência da simulação, pois eles seriam como assinaturas deste tipo de simulação, uma espécie de limite do que poderia ser medido pela nossa compreensão.
Chalmers concorda: “Quando usamos estes dispositivos de realidade virtual, como os óculos Rift, acontece algo que chamamos de ‘screen door effect‘. É como se, caso você aproximasse muito uma coisa no jogo, você conseguisse ver os pixels. Ou seja, você percebe que não é uma simulação perfeita. Acho que o que Zohreh está querendo dizer é que não conseguimos evidência empírica do ‘screen door effect‘ na física da vida real. Na verdade, não é sobre não ter informação [data] o suficiente, é mais profundo do que isso. É sobre algo que [o físico Richard] Feynman já se ocupava. Por que você precisa de um número infinito de informação para descrever uma parte minúscula do espaço-tempo? Isso não faz sentido.”
Mesmo sendo contra, até Randall afirma que seria difícil provar que não vivemos em uma simulação. “Na física, nós não conseguimos provar de fato uma teoria; o que fazemos é excluir teorias alternativas. De qualquer forma, você pode pesquisar mais e descobrir que aquela teoria que julgavam ser fundamental tem estruturas mais fundamentais ainda. Então, não podemos afirmar que nenhuma teoria da física é absolutamente correta (ou incorreta) porque não temos acesso a todos os níveis de informação”.
E, para Chalmers, o fato de vivermos em um jogo de videogame não significaria que a realidade não exista. “Ela existe, mas seria feita de informação”.
O problema é que, caso sejamos mesmo simulações, começaríamos a nos questionar, por exemplo, se a entidade que criou a nossa realidade poderia ser Deus?
A pergunta que me ocorre é: Uma inteligência artificial consciente é menos humana do que um ser humano de verdade? Uma simulação tem ALMA?
Se formos simulações até onde o criador se importa conosco?
E para nós que buscamos a verdade ufológica, se “os visitantes” vivem na realidade base ou em uma realidade acima da nossa, isso explicaria o porquê de não haver de fato “O Contato”?
“Esta é sua última chance. Depois disso não há como voltar”, avisa Morpheus a Neo, no filme. “Se tomar a pílula azul, a história acaba, e você acordará na sua cama acreditando no que quiser acreditar. Se tomar a pílula vermelha, ficará no País das Maravilhas e eu te mostrarei até onde vai a toca do coelho.” – Matrix
Muitas obras de ficção científica, assim como algumas previsões de cientistas sérios e futurólogos preveem que poderemos com a evolução tecnológica criar enormes quantidades de poder de computação.
Mas vamos imaginar nossa própria tecnologia daqui a dez mil anos, nossos descendentes poderão fazer com a computação quântica simulações tão detalhadas que seriam indistinguíveis da realidade.
Uma suposição comum na filosofia da mente é a ideia de que os estados mentais podem sobrevir em qualquer classe ampla de substratos físicos, desde que um sistema programe os tipos certo de estruturas e processos computacionais, que possam ser associados à consciência, às experiências. Mas essa não é uma propriedade essencial da consciência que existe em redes neurais biológicas baseadas em carbono dentro de um crânio como a nossa. Processadores baseados em silício dentro de um computador podem, em princípio, fazer esse truque também.
Aí fica a pergunta, o que acontece a partir do momento que essas centenas de milhões de mentes que são simuladas hoje se tornem conscientes; o que aconteceria?
Mas e se isso já aconteceu?
E se nós não somos a realidade base? A realidade número um, mas sim uma realidade simulada, talvez dentre centenas de camadas de realidades simuladas, criadas por aqueles a quem nós podemos nomear segundo nossa própria fé ou experiências pessoais, como “O Criador”, “O Arquiteto”, ou mesmo “Os visitantes”.
Perguntaram ao Elon Musk se ele acreditava estar vivendo em uma realidade simulada e ele respondeu após algumas elucubrações que “Há a chance de uma em um bilhão de NÃO estarmos vivendo em uma simulação. E eu espero estar em uma realidade simulada, pois se não estivermos, a probabilidade maior é que nenhuma civilização seria capaz de evoluir até criar uma realidade simulada indistinguível da realidade base.”
Mas quais argumentos da nossa vida poderiam corroborar esse argumento?
Podemos relacionar isso ao principio da incerteza (Werner Heisenberg), onde você mesmo observando algo muito de perto, um átomo por exemplo, se você tiver muita certeza de sua velocidade você não tem ideia de sua localização ou se você afere com certeza sua localização, não poderia aferir sua velocidade. E ainda a dualidade onda partícula (deBroglie), o átomo é uma partícula, mas se você olhar o átomo de perto suficiente ele se comporta como uma onda. Uma explicação clássica sobre um efeito quântico.
Um efeito que seria igual ao que nós fazemos quando criamos uma simulação de computador para não gastar processamento: você só renderiza o que está sendo observado. Quando você liga seu jogo de computador ou quando um cineasta vai editar o filme, você sabe que a parte que será renderizada será aquela em que você estará olhando. O jogo não renderiza todo o mapa, apenas aquele em que você esta jogando. O cineasta não renderiza os efeitos especiais de todo o ambiente, apenas aqueles dentro da margem da tela.
Como se o mundo, o universo estivesse construindo apenas o que é observado.
Já reparou que o universo se expande?
Mas, se fôssemos uma simulação, alguém deveria estar nos controlando certo?
Algumas pesquisas dizem que o livre-arbítrio não existe: as decisões seriam tomadas automaticamente por nosso cérebro e não teríamos controle sobre isso.
“Você pode pensar que faz escolhas, mas sua decisão tanto de ler este texto, quanto de comer ovos ou pão no café da manhã, já foi tomada bem antes de você pensar sobre isso”, afirma o professor do Departamento de Ecologia e Evolução da Universidade de Chicago Jerry Coyne, um dos defensores mais fervorosos da ideia de que nossas escolhas não são determinadas por nossa vontade. Seu cérebro tomaria todas as decisões automaticamente, sem passar pelo seu conhecimento. “Nenhuma escolha é livre e consciente. Não existe livre-arbítrio”.
A questão é que, para alguns filósofos e cientistas influentes, nós podemos, de fato, estar vivendo em uma simulação de computador. Uma simulação diferente daquela proposta pelos irmãos Wachowski no filme Matrix, mas ainda assim uma simulação. Então existe uma chance maior que 99% de estarmos vivendo em uma simulação indistinguível da realidade.
Quando pensamos nas teorias das cordas, o multiverso é possível vislumbrar uma sobreposição de simulações? De múltiplas realidades?
Sinto muito te dizer mas Nick Bostrom não está copiando o roteiro da série Westworld. O artigo no qual ele propôs a ideia é de 2003, e encontrou eco nos trabalhos tanto de filósofos contemporâneos como David Chalmers, da Universidade de Nova Iorque, quanto de filósofos clássicos como Platão, com sua alegoria da caverna, e modernos como Descartes.
Em um podcast do jornal The Guardian, o filósofo David Chalmers afirmou que seria impossível conseguirmos qualquer prova desta teoria, por causa de um simples fator: “Qualquer evidência que a gente consiga pode ser ela própria uma simulação”. Mas que sinuca?
Como afirmou Max Tegmark, cosmólogo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), quanto mais aprendemos sobre o nosso Universo, mais ele parece ser baseado nas leis da matemática. “Se fôssemos personagens de videogame, também descobriríamos que as leis são completamente rígidas e matemáticas. Elas apenas refletiriam os códigos de computadores em que foram escritas”, disse Tegmark no debate que aconteceu no Isaac Asimov Memorial (que referência heim?)
Essa conferência aconteceu no Museu Americano de História Natural, em 2016, e reuniu grandes nomes da ciência e da filosofia para discutirem o assunto, e o moderador da discussão foi o astrofísico Neil deGrasse Tyson.
Para o apresentador de Cosmos, a possibilidade do conceito fazer sentido é de 50%. Ele lembrou do caso dos chimpanzés, que, apesar de possuírem 98% do nosso DNA, têm uma inteligência completamente diferente. Uma realidade simulada poderia explicar isso.
Já para a física teórica Zohreh Davoudi, do MIT, os raios cósmicos são uma evidência da simulação, pois eles seriam como assinaturas deste tipo de simulação, uma espécie de limite do que poderia ser medido pela nossa compreensão.
Chalmers concorda: “Quando usamos estes dispositivos de realidade virtual, como os óculos Rift, acontece algo que chamamos de ‘screen door effect‘. É como se, caso você aproximasse muito uma coisa no jogo, você conseguisse ver os pixels. Ou seja, você percebe que não é uma simulação perfeita. Acho que o que Zohreh está querendo dizer é que não conseguimos evidência empírica do ‘screen door effect‘ na física da vida real. Na verdade, não é sobre não ter informação [data] o suficiente, é mais profundo do que isso. É sobre algo que [o físico Richard] Feynman já se ocupava. Por que você precisa de um número infinito de informação para descrever uma parte minúscula do espaço-tempo? Isso não faz sentido.”
Mesmo sendo contra, até Randall afirma que seria difícil provar que não vivemos em uma simulação. “Na física, nós não conseguimos provar de fato uma teoria; o que fazemos é excluir teorias alternativas. De qualquer forma, você pode pesquisar mais e descobrir que aquela teoria que julgavam ser fundamental tem estruturas mais fundamentais ainda. Então, não podemos afirmar que nenhuma teoria da física é absolutamente correta (ou incorreta) porque não temos acesso a todos os níveis de informação”.
E, para Chalmers, o fato de vivermos em um jogo de videogame não significaria que a realidade não exista. “Ela existe, mas seria feita de informação”.
O problema é que, caso sejamos mesmo simulações, começaríamos a nos questionar, por exemplo, se a entidade que criou a nossa realidade poderia ser Deus?
A pergunta que me ocorre é: Uma inteligência artificial consciente é menos humana do que um ser humano de verdade? Uma simulação tem ALMA?
Se formos simulações até onde o criador se importa conosco?
E para nós que buscamos a verdade ufológica, se “os visitantes” vivem na realidade base ou em uma realidade acima da nossa, isso explicaria o porquê de não haver de fato “O Contato”?
“Esta é sua última chance. Depois disso não há como voltar”, avisa Morpheus a Neo, no filme. “Se tomar a pílula azul, a história acaba, e você acordará na sua cama acreditando no que quiser acreditar. Se tomar a pílula vermelha, ficará no País das Maravilhas e eu te mostrarei até onde vai a toca do coelho.” – Matrix
Fonte: http://ovnihoje.com/2018/04/09/estariamos-vivendo-em-uma-realidade-simulada/
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