As geleiras Cascade, Barry e Coxe, na Prince William Sound, costa sul do Alasca, EUA, estão mudando rapidamente. Um deslizamento de terra na região é iminente, podendo acontecer dentro dos próximos 12 meses ou, no máximo, nas próximas duas décadas, e irá desencadear uma onda enorme.
Uma carta de alerta
Em 14 de maio de 2020, um grupo de cientistas especializados em mudanças climáticas e ondas gigantes enviou uma carta aberta ao Alaska Department of Natural Resources (ADNR):
“Identificamos uma encosta instável ao lado da geleira Barry que pode ceder e gerar um tsunami. Ele pode impactar áreas frequentadas por turistas, barcos de pesca, (…) potencialmente, centenas de pessoas”.
Entre as geleiras Cascade e Barry há uma ladeira íngreme onde se acumulam pedras e terra com gelo. Esta terra está cedendo, pouco a pouco, há decadas. Na carta, os cientistas enumeram possíveis gatilhos para um repentino e fatal deslizamento: chuva prolongada, temperaturas altas e terremotos.
Mudança evidente
Imagens de satélite divulgadas pela NASA mostram como a Prince William Sound mudou no período de seis anos. Acima, vemos a enseada em 15 de setembro de 2013.
Em contraste, vemos acima o mesmo recorte em 24 de agosto de 2019. Desde então, a região não demonstrou mudanças significativas.
Os estudos demonstraram que estas reconfigurações estão acontecendo há pelo menos 50 anos, por vezes mais rapidamente e, em outros períodos, mais lentamente.
A onda gigante
Este fenômeno, nesta região, apresenta enorme perigo para toda a costa do Pacífico na América. O tsunami referente à animação acima, que aconteceu em 1964 na mesma enseada, matou pessoas no Alasca e na Califórnia.
Fica muito pior: o evento de 64 foi minúsculo se comparado à ameaça sinalizada pelos cientistas.
O próximo tsunami provavelmente terá 11 vezes mais energia que o maior na modernidade até então, que aconteceu em 1958, também no Alasca, e teve 524 metros de altura.
https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116545-tsunami-gigante-pode-acontecer-no-alasca-em-breve.h
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