Nós estamos sozinhos no universo? Os seres humanos têm feito essa
pergunta há séculos, mas só nas últimas décadas conseguimos as
habilidades necessárias para tentar achar a resposta.
Com o SETI – Busca por Inteligência Extra Terrestre – usamos
radiotelescópios para procurar sinais de outras civilizações. Este é um
sistema relativamente passivo, onde sentamos e procuramos os sinais que
podem estar lá fora. Até agora, a procura não deu resultados.
Por outro lado, o “Active SETI”, que está sendo chamado de Messaging
Extra Terrestrial Inteligence, ou METI, é um sistema ativo que envia
mensagem para um lugar específico, como um “olá” para permitir que
possíveis astrônomos extraterrestres saibam que estamos aqui.
O conceito do METI é um pouco controverso. Alguns cientistas afirmaram
que a estratégia poderia ser perigosa, como Stephen Hawking, que disse
que alertar alienígenas sobre a nossa existência poderia nos trazer
problemas. Hawking sugere que alienígenas avançados poderiam nos ver
como irritantes bactérias, ou eles pisarem na Terra poderia ser
semelhante a quando Cristóvão Colombo chegou na América, o que não foi
muito bom para os nativos.
No entanto, “as alegações sobre os perigos do METI são exageradas”, diz
Douglas Vakoch, presidente do METI. “Quando converso com outros
cientistas sobre o potencial risco do METI, eles concordam que a
percepção pública é exagerada.”
Vakoch diz que quando Hawking assume de alguma forma a possibilidade de
extraterrestres serem avançados a ponto de viajar entre as estrelas, ele
ignora que eles também teriam a capacidade de captar nossos sinais de
TV e rádio, o que faz com que a ideia do cosmólogo não faça sentido.
Nós já tivemos quase 100 anos de transmissões de rádio e TV emanando do
nosso planeta como radiação eletromagnética.Agora que esses sinais já
viajaram quase 100 anos luz, a evidência de nossa existência está bem
longe. Com nosso crescente banco de dados sobre exoplanetas conhecidos,
já sabemos que existem milhares de planetas em um raio de 100 anos luz, e
é bem provável que alguns sejam parecidos com a Terra em alguns
aspectos.
“Qualquer civilização que tenha a capacidade de ouvir a nossa mensagem
provavelmente já ouviu nossos ‘ruídos’ e sabem que estamos aqui”, disse
Vakoch.
Desde meados da década de 1970, houveram pelo menos duas dúzias de
mensagens enviadas intencionalmente para o espaço. Todas elas foram
enviadas a um alvo específico, mas Vakoch acredita que essa abordagem
deve ser modificada.
“No SETI, quando recebemos um sinal apenas uma vez, não o encaramos como
convincente”, disse ele. Se outras civilizações têm o mesmo axioma de
que a ciência precisa ser replicável e verificável, “nós deveríamos
estar transmitindo continuamente para que o sinal seja levado a sério.”
Além disso, os proponentes do METI afirmam que as mensagens devem ser
direcionadas às estrelas de nossa própria vizinhança. Por que? Por
exemplo, em 1974, uma breve mensagem foi enviada para o conjunto de
estrelas M13, a cerca de 25 mil anos luz de distância.
“Ao invés de enviar mensagens que demorariam 50 mil anos para termos uma
resposta”, explicou Vakoch, “devemos enviar mensagens à estrelas mais
próximas, de modo que a resposta chegue em uma ou duas décadas, caso
alguma seja enviada. Estar vivo quando sua resposta chega possibilita
que a hipótese seja testada com maior facilidade.”
Fonte: http://www.extraterrestreonline.com.br/
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