A pequena cidade de Worcester, em Inglaterra, estava em polvorosa desde
quinta-feira da semana passada. Quando ninguém apareceu para reclamar a
metade que faltava atribuir do 'Jackpot'
de 9 de janeiro da Lotaria Nacional britânica, o operador do prémio
decidiu revelar a zona onde o bilhete premiado tinha sido comprado, numa
tentativa de avivar a memória do vencedor, incentivando-o a ir buscar o
que era seu: cerca de 43 milhões de euros. Foi assim que os habitantes
da cidade, próxima de Birmingham, ficaram a saber que tinham entre si,
potencialmente, um multimilionário.
O truque deu resultado: uma mulher, entretanto identificada pelo The Telegraph
como Susanne Hinte, divorciada de 48 anos e nacionalidade alemã, a
residir em Inglaterra há mais de três décadas, recordou-se que tinha
comprado um bilhete da lotaria e tê-lo-á procurado incansavelmente, até
descobrir que o tinha deixado no bolso de uma calças que, entretanto,
foram lavadas na máquina. Os números eram os vencedores.
De
acordo com os meios de comunicação social britânicos, a mulher vive a
cerca de quilómetro e meio da casa onde o bilhete foi comprado e estará
"devastada" pelos acontecimentos. A sua filha, de 28 anos, disse ao Telegraph
que a mãe tem os números vencedores e até já começou a receber cartas
de pessoas que descobriram a sua identidade, a pedirem-lhe somas
elevadas de dinheiro.
No dia 9 de janeiro, quando foram conhecidos os números premiados da
lotaria, soube-se que dois bilhetes tinham levado o primeiro prémio,
pelo que o 'Jackpot'
de quase 90 milhões foi partido ao meio. David e Carol Martin, um casal
que vive junto da fronteira com a Escócia, levantou a parte que lhe
cabia e o resto ficou a aguardar. Tratava-se do maior 'Jackport' desde
que a Lotaria Nacional foi lançada, em 1994.
Segundo
a filha de Susanne, a mãe tinha ficado a tomar conta dos netos na noite
do sorteio e não voltou a lembrar-se de verificar os números no seu
bilhete, até que a Camelot, que opera a Lotaria Nacional, decidiu
revelar a cidade onde o bilhete foi comprado.
Susanne ter-se-á então deslocado ao mediador onde fez a aposta e mostrou-lhe a cautela. "Estava nervosa e assustada", garantiu à BBC
Natu Patel, o agente. "Disse-me que a tinha lavado e, claro, o bilhete
estava em más condições". Segundo Patel, a única data visível era o ano
de 2016: o número de série e o código de barras estavam desvanecidos e
ilegíveis devido à lavagem.
No
seu apelo ao vencedor desaparecido, a entidade responsável pela Lotaria
Nacional britânica frisou que se alguém acreditava ser o dono do
bilhete premiado mas fora roubado, tinha-o perdido ou lavado, que
entrasse em contacto: tem 30 dias para reclamar o prémio, que poderá
ser-lhe entregue após análise. Agora, Susanne deverá esperar até que a
Camelot valide as provas que apresenta e decida - ou não - fazer dela
uma multimilionária.
Fonte: http://www.msn.com/pt-pt/noticias/sociedade/ganhou-a-lotaria-mas-lavou-o-bilhete-premiado/ar-BBoFrQC?li=AAaYVP2
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