O “Homem dos Contatos Imediatos”conta a improvável história de como o astrofísico cético do governo se tornou o defensor mais experiente do fenômeno OVNI.
Se você está procurando por um extraterrestre, você deve dar uma olhada no livro “The Close Encounters Man” (O Homem do Contato Imediato) por Mark O’Connell.
O’Connell, um escritor para Star Trek: Deep Space Nine e fundador do blog sobre OVNIs, High Strangeness, decidiu escrever “um livro UFO que as pessoas não precisariam se esconder de outras pessoas”. Ele encontrou seu assunto ideal em J. Allen Hynek, o astrônomo contratado pela Força Aérea dos Estados Unidos em 1948 para desmantelar os relatos sobre objetos estranhos no céu, vindos de todo o país. Eventualmente, Hynek rompeu com seus manipuladores e se tornou o primeiro cientista a creditar no fenômeno OVNI.
Autor do livro “The UFO Experience: A Scientific Study“, de 1972, ele fundou o Centro de Estudos OVNI em 1973, apresentou um discurso sobre discos voadores para as Nações Unidas em 1978 e desenvolveu a escala dos “contatos imediatos” que inspirou o filme Contatos Imediatos do Terceiro Grau, de Steven Spielberg…
Ao contar a história de vida de Hynek, O’Connell termina com um panorama deslumbrante do movimento em prol do fenômeno OVNI, desde teóricos de conspiração, até astrônomos amadores, até cientistas agnósticos, bem como seu colossal impacto na cultura pop e na ciência moderna. Recentemente, falei com O’Connell por telefone sobre a história única de Hylek, que passou de cético para defensor dos OVNIs, o estudo científico do inexplicável e o que faz uma boa testemunha de OVNIs.
VICE: O que aconteceu para um cientista tão disciplinado quanto Hynek chegar à uma epifania e dar um volta de 180 graus, e acabar acreditando em discos voadores?
Mark O’Connell: Foi um processo gradual pontuado por momentos traumáticos. Ele estava envolvido no primeiro estudo de OVNIs da Força Aérea, o Projeto Sign, onde ele simplesmente olhava os relatos de OVNIs que eram coletados, e classificava todos quantos pudesse como objetos astronômicos mal identificados, como cometas, ou fenômenos meteorológicos como nuvens estranhas ou coisas normais, como aeronaves ou balões meteorológicos. No final, havia cerca de 20% de casos não resolvidos. Ele simplesmente colocou aqueles de lado, pensando com tempo e recursos suficientes, provavelmente poderíamos explicar esses também. Então ele arquivou o relatório, voltou a ensinar nas universidades de Ohio State e Wesleyan.
O que levou a Hynek a se envolver com OVNIs novamente?
Três anos depois, os estudos de OVNIs da Força Aérea foram revigorados sob um novo comandante que queria dar uma nova olhada nas coisas. Quando descobriu que Hynek ainda estava lecionando a cerca de 90 quilômetros dali, ele o visitou para saber mais sobre o trabalho feito por ele. E Hynek ficou chocado ao descobrir que a questão não havia cessado. As pessoas ainda estavam vendo e relatando contatos imediatos, e ainda havia 20 por cento dos casos que não podiam ser explicadas. Os números nunca mudaram, mas seu pensamento mudou.
Como os pensamentos de Hynek sobre UFOs mudaram?
Pouco depois, ele deu uma palestra à Sociedade Óptica da América, em Boston, em 1952. Ele disse: “Olha, isso é algo que precisamos estudar, que poderia representar um âmbito completamente desconhecido da natureza e, como cientistas, devemos ser curiosos o suficiente para querermos estudar isso”. E isso foi tremendo. Mas ele muitas vezes se indignou com o outro lado também, como no famoso caso de gás do pântano em Michigan, em 1966. Mais de uma centena de testemunhas haviam visto luzes flutuantes durante a noite, e isso causou grande furor nacional, fez manchetes em todo o país. Então, a Força Aérea enviou Hynek para investigar. Depois de três dias de investigações intensas, Hynek – um cara que foi onde os fatos o levavam e nada mais – concluiu que essas pessoas tinham possivelmente visto gás de pântano. Todos em Michigan ficaram profundamente ofendidos por serem expostos nacionalmente como malucos. Então, Hynek disse: “Você sabe, eu não vou mais carregar água para a Força Aéreas”, e seguiu seu próprio caminho, e decidiu começar a realizar sua própria pesquisa. E, por sinal, uma das coisas que ele disse à Sociedade Óptica é algo que sempre está preso em minha mente: “A ridicularização não faz parte do método científico, e o público estadunidense não deve ser ensinado que faz”.
Onde fica a linha divisõria entre um teórico da conspiração e um cético baseado em fatos, que se torna cético mesmo de outros céticos?
Eu não acho que descobrimos essa linha e essa foi uma das frustrações da carreira da Hynek. Houve um breve período no início da década de 1980, quando seu Centro para Estudos OVNI estava realmente prosperando. Eles tinham dinheiro chegando – eles tinham muito apoio do estabelecimento científico e foram capazes de dedicar recursos para investigarem casos de OVNIs. Mas, ao longo do tempo, tornaram-se menos empolgantes para outras pessoas interessadas em OVNIs. Eles estavam aparecendo em menos manchetes; o financiamento desmoronou; e o centro não conseguiu ter o mesmo desempenho de antes. Então eu acho que os esforços de Hynek para trazer o fenômeno à luz e dedicar estudo científico a ele nunca tiveram a oportunidade de florescer completamente. Seu objetivo era atravessar essa linha e juntar esses dois lados. Ele aproximou-se, mas acho que nunca conseguiu isso.
Quais foram as principais fatos de Hynek sobre o estudo dos OVNIs?
Hynek observou que um meteorologista não pode estudar um tornado em um laboratório, apenas os resultados. Ele pensou o mesmo sobre os OVNIs: você tem que se tornar um pouco criativo quando está pesquisando algo fora das paredes, como os OVNIs, o que parece deliberadamente dificultar a compreensão dos mesmos. Comparo isso com a cena “Confuse-a-Cat” (Confunda-um-Gato) de Monty Python. Nós somos o gato confuso, e precisamos ficar chocados com a nossa sensibilidade por algo que parece ter pouco a ver com a nossa versão da realidade. E muitos de nós que escrevemos e pensamos em OVNIs têm que buscar novas estruturas para definirmos o problema e depois estudá-lo.
Como nosso relacionamento com os OVNIs mudou no tempo presente em comparação com o auge de Hynek?
Isso mudou bastante. Uma das coisas tristes sobre o meu livro – e talvez isso seja um argumento para escrever uma sequência – é que Hynek faleceu em 1986 e foi exatamente um ano depois que todo o campo OVNI passou por uma mudança de paradigma completa com a publicação do livro “Communion” (Comunhão) de Whitley Strieber [que mais tarde foi transformado em um filme estrelado por Christopher Walken]. Strieber já era um escritor de terror bem sucedido na época, junto com Stephen King e Peter Straub. No livro, ele diz a verdade – de acordo com ele! – História de dua abdução alienígena, enquanto ele e sua família estavam em sua casa no norte do estado de Nova Iorque. Então, de repente, a narrativa de encontro alienígena foi lançada em sua cabeça. Até esse ponto, contatos imediatos, quando foram relatados, geralmente ocorriam em locais isolados – uma estrada de zona rual solitária, ou uma afastada fazenda deserta onde haveria poucas pessoas para ver o que estava acontecendo. Agora, depois de Communion, os alienígenas estão aparecendo no seu quarto à noite, um cenário que Budd Hopkins e vários outros pesquisadores confirmaram. Agora, se essa mudança é consciente ou se isso aponta para alguma mudança em como vemos a nós mesmos, ninguém sabe?
Se de um lado do espectro temos Carl Sagan e, por outro lado, digamos, Erich Von Däniken, que teorizou que a antiga cultura e religião foi criada por astronautas alienígenas, onde colocamos Hynek?
Eu o colocaria talvez perto do centro, mas mais ao lado de Sagan. Ambos tiveram muito desprezo pelos charlatões de OVNIs. Então sim, ele definitivamente se afastaria do lado de Von Däniken, mas ele também teria pensado que Sagan tinha sua mente fechada e era intelectualmente desonesto até certo ponto.
O que a ovniologia pode trazer para a ciência moderna?
A capacidade de usar a imaginação como parte do processo científico. Ouvimos o tempo todo da NASA como, recentemente, descobrimos uma estrela que tem cinco ou seis planetas em sua órbita, ou como a Estrela Tabby escurece de maneira a sugerir uma megaestrutura alienígena. Temos todas essas coisas estranhas, aparentemente impossíveis, que agora estão se tornando verdadeiras. Ao mesmo tempo, temos pessoas – e não as estou menosprezando porque amo e respeito o trabalho que fazem – como Neil deGrasse Tyson e Bill Nye, que estão se empenhando na educação científica, mas que abaixam a cortina quando se trata de OVNIs porque “nos fazem parecer bobos”. Eu acho que precisamos superar isso, porque isso não faz você parecer bobo, isso faz com que você se pareça com alguém interessado em aprender mais sobre o mundo que nos rodeia e encontrar a fronteira da ciência, e estudar o que a ciência não pode explicar. E acho que essa é uma boa abordagem para qualquer cientista.
O que faz uma boa testemunha ocular de OVNI?
Uma sensação aguda de observação é a chave. Uma forte capacidade linguística é muito útil, porque as pessoas que vêem OVNIs estão tentando descrever algo inédito na experiência humana e precisam ser capazes de desenvolver uma nova linguagem. Muitas vezes você vê pessoas incapazes de descrever o que viram e experimentaram, simplesmente porque não há palavras para isso, pelo menos ainda não.
Tenho sido assombrado pelo medo de que não haja uma grande conspiração que guie o governo, apenas a estupidez e a torpeza. Em que medida você pode acreditar na capacidade militar de orquestrar certos acobertamentos, em vez de simplesmente perder coisas ou não tratar os dados de forma adequada?
Hynek fez uma boa distinção: “Você pode acobertar sabendo algo ou pode acobertar que não sabe de algo”. Eu acho que o ofuscamento do governo é uma grande parte da história, mas para muitas pessoas isso é traduzido em: “Oh, eles estão escondendo algo de nós”. Um dos primeiros escritores importantes sobre OVNIs, Donald Keyhoe, ficou enfurecido pelo fato de que ninguém na Força Aérea retornaria suas chamadas. Sua reação foi: “Ah ha, estão acobertando algo!” Bem, não, eles simplesmente não queriam falar com você.
Se você está procurando por um extraterrestre, você deve dar uma olhada no livro “The Close Encounters Man” (O Homem do Contato Imediato) por Mark O’Connell.
O’Connell, um escritor para Star Trek: Deep Space Nine e fundador do blog sobre OVNIs, High Strangeness, decidiu escrever “um livro UFO que as pessoas não precisariam se esconder de outras pessoas”. Ele encontrou seu assunto ideal em J. Allen Hynek, o astrônomo contratado pela Força Aérea dos Estados Unidos em 1948 para desmantelar os relatos sobre objetos estranhos no céu, vindos de todo o país. Eventualmente, Hynek rompeu com seus manipuladores e se tornou o primeiro cientista a creditar no fenômeno OVNI.
Autor do livro “The UFO Experience: A Scientific Study“, de 1972, ele fundou o Centro de Estudos OVNI em 1973, apresentou um discurso sobre discos voadores para as Nações Unidas em 1978 e desenvolveu a escala dos “contatos imediatos” que inspirou o filme Contatos Imediatos do Terceiro Grau, de Steven Spielberg…
Ao contar a história de vida de Hynek, O’Connell termina com um panorama deslumbrante do movimento em prol do fenômeno OVNI, desde teóricos de conspiração, até astrônomos amadores, até cientistas agnósticos, bem como seu colossal impacto na cultura pop e na ciência moderna. Recentemente, falei com O’Connell por telefone sobre a história única de Hylek, que passou de cético para defensor dos OVNIs, o estudo científico do inexplicável e o que faz uma boa testemunha de OVNIs.
VICE: O que aconteceu para um cientista tão disciplinado quanto Hynek chegar à uma epifania e dar um volta de 180 graus, e acabar acreditando em discos voadores?
Mark O’Connell: Foi um processo gradual pontuado por momentos traumáticos. Ele estava envolvido no primeiro estudo de OVNIs da Força Aérea, o Projeto Sign, onde ele simplesmente olhava os relatos de OVNIs que eram coletados, e classificava todos quantos pudesse como objetos astronômicos mal identificados, como cometas, ou fenômenos meteorológicos como nuvens estranhas ou coisas normais, como aeronaves ou balões meteorológicos. No final, havia cerca de 20% de casos não resolvidos. Ele simplesmente colocou aqueles de lado, pensando com tempo e recursos suficientes, provavelmente poderíamos explicar esses também. Então ele arquivou o relatório, voltou a ensinar nas universidades de Ohio State e Wesleyan.
O que levou a Hynek a se envolver com OVNIs novamente?
Três anos depois, os estudos de OVNIs da Força Aérea foram revigorados sob um novo comandante que queria dar uma nova olhada nas coisas. Quando descobriu que Hynek ainda estava lecionando a cerca de 90 quilômetros dali, ele o visitou para saber mais sobre o trabalho feito por ele. E Hynek ficou chocado ao descobrir que a questão não havia cessado. As pessoas ainda estavam vendo e relatando contatos imediatos, e ainda havia 20 por cento dos casos que não podiam ser explicadas. Os números nunca mudaram, mas seu pensamento mudou.
Como os pensamentos de Hynek sobre UFOs mudaram?
Pouco depois, ele deu uma palestra à Sociedade Óptica da América, em Boston, em 1952. Ele disse: “Olha, isso é algo que precisamos estudar, que poderia representar um âmbito completamente desconhecido da natureza e, como cientistas, devemos ser curiosos o suficiente para querermos estudar isso”. E isso foi tremendo. Mas ele muitas vezes se indignou com o outro lado também, como no famoso caso de gás do pântano em Michigan, em 1966. Mais de uma centena de testemunhas haviam visto luzes flutuantes durante a noite, e isso causou grande furor nacional, fez manchetes em todo o país. Então, a Força Aérea enviou Hynek para investigar. Depois de três dias de investigações intensas, Hynek – um cara que foi onde os fatos o levavam e nada mais – concluiu que essas pessoas tinham possivelmente visto gás de pântano. Todos em Michigan ficaram profundamente ofendidos por serem expostos nacionalmente como malucos. Então, Hynek disse: “Você sabe, eu não vou mais carregar água para a Força Aéreas”, e seguiu seu próprio caminho, e decidiu começar a realizar sua própria pesquisa. E, por sinal, uma das coisas que ele disse à Sociedade Óptica é algo que sempre está preso em minha mente: “A ridicularização não faz parte do método científico, e o público estadunidense não deve ser ensinado que faz”.
Onde fica a linha divisõria entre um teórico da conspiração e um cético baseado em fatos, que se torna cético mesmo de outros céticos?
Eu não acho que descobrimos essa linha e essa foi uma das frustrações da carreira da Hynek. Houve um breve período no início da década de 1980, quando seu Centro para Estudos OVNI estava realmente prosperando. Eles tinham dinheiro chegando – eles tinham muito apoio do estabelecimento científico e foram capazes de dedicar recursos para investigarem casos de OVNIs. Mas, ao longo do tempo, tornaram-se menos empolgantes para outras pessoas interessadas em OVNIs. Eles estavam aparecendo em menos manchetes; o financiamento desmoronou; e o centro não conseguiu ter o mesmo desempenho de antes. Então eu acho que os esforços de Hynek para trazer o fenômeno à luz e dedicar estudo científico a ele nunca tiveram a oportunidade de florescer completamente. Seu objetivo era atravessar essa linha e juntar esses dois lados. Ele aproximou-se, mas acho que nunca conseguiu isso.
Quais foram as principais fatos de Hynek sobre o estudo dos OVNIs?
Hynek observou que um meteorologista não pode estudar um tornado em um laboratório, apenas os resultados. Ele pensou o mesmo sobre os OVNIs: você tem que se tornar um pouco criativo quando está pesquisando algo fora das paredes, como os OVNIs, o que parece deliberadamente dificultar a compreensão dos mesmos. Comparo isso com a cena “Confuse-a-Cat” (Confunda-um-Gato) de Monty Python. Nós somos o gato confuso, e precisamos ficar chocados com a nossa sensibilidade por algo que parece ter pouco a ver com a nossa versão da realidade. E muitos de nós que escrevemos e pensamos em OVNIs têm que buscar novas estruturas para definirmos o problema e depois estudá-lo.
Como nosso relacionamento com os OVNIs mudou no tempo presente em comparação com o auge de Hynek?
Isso mudou bastante. Uma das coisas tristes sobre o meu livro – e talvez isso seja um argumento para escrever uma sequência – é que Hynek faleceu em 1986 e foi exatamente um ano depois que todo o campo OVNI passou por uma mudança de paradigma completa com a publicação do livro “Communion” (Comunhão) de Whitley Strieber [que mais tarde foi transformado em um filme estrelado por Christopher Walken]. Strieber já era um escritor de terror bem sucedido na época, junto com Stephen King e Peter Straub. No livro, ele diz a verdade – de acordo com ele! – História de dua abdução alienígena, enquanto ele e sua família estavam em sua casa no norte do estado de Nova Iorque. Então, de repente, a narrativa de encontro alienígena foi lançada em sua cabeça. Até esse ponto, contatos imediatos, quando foram relatados, geralmente ocorriam em locais isolados – uma estrada de zona rual solitária, ou uma afastada fazenda deserta onde haveria poucas pessoas para ver o que estava acontecendo. Agora, depois de Communion, os alienígenas estão aparecendo no seu quarto à noite, um cenário que Budd Hopkins e vários outros pesquisadores confirmaram. Agora, se essa mudança é consciente ou se isso aponta para alguma mudança em como vemos a nós mesmos, ninguém sabe?
Se de um lado do espectro temos Carl Sagan e, por outro lado, digamos, Erich Von Däniken, que teorizou que a antiga cultura e religião foi criada por astronautas alienígenas, onde colocamos Hynek?
Eu o colocaria talvez perto do centro, mas mais ao lado de Sagan. Ambos tiveram muito desprezo pelos charlatões de OVNIs. Então sim, ele definitivamente se afastaria do lado de Von Däniken, mas ele também teria pensado que Sagan tinha sua mente fechada e era intelectualmente desonesto até certo ponto.
O que a ovniologia pode trazer para a ciência moderna?
A capacidade de usar a imaginação como parte do processo científico. Ouvimos o tempo todo da NASA como, recentemente, descobrimos uma estrela que tem cinco ou seis planetas em sua órbita, ou como a Estrela Tabby escurece de maneira a sugerir uma megaestrutura alienígena. Temos todas essas coisas estranhas, aparentemente impossíveis, que agora estão se tornando verdadeiras. Ao mesmo tempo, temos pessoas – e não as estou menosprezando porque amo e respeito o trabalho que fazem – como Neil deGrasse Tyson e Bill Nye, que estão se empenhando na educação científica, mas que abaixam a cortina quando se trata de OVNIs porque “nos fazem parecer bobos”. Eu acho que precisamos superar isso, porque isso não faz você parecer bobo, isso faz com que você se pareça com alguém interessado em aprender mais sobre o mundo que nos rodeia e encontrar a fronteira da ciência, e estudar o que a ciência não pode explicar. E acho que essa é uma boa abordagem para qualquer cientista.
O que faz uma boa testemunha ocular de OVNI?
Uma sensação aguda de observação é a chave. Uma forte capacidade linguística é muito útil, porque as pessoas que vêem OVNIs estão tentando descrever algo inédito na experiência humana e precisam ser capazes de desenvolver uma nova linguagem. Muitas vezes você vê pessoas incapazes de descrever o que viram e experimentaram, simplesmente porque não há palavras para isso, pelo menos ainda não.
Tenho sido assombrado pelo medo de que não haja uma grande conspiração que guie o governo, apenas a estupidez e a torpeza. Em que medida você pode acreditar na capacidade militar de orquestrar certos acobertamentos, em vez de simplesmente perder coisas ou não tratar os dados de forma adequada?
Hynek fez uma boa distinção: “Você pode acobertar sabendo algo ou pode acobertar que não sabe de algo”. Eu acho que o ofuscamento do governo é uma grande parte da história, mas para muitas pessoas isso é traduzido em: “Oh, eles estão escondendo algo de nós”. Um dos primeiros escritores importantes sobre OVNIs, Donald Keyhoe, ficou enfurecido pelo fato de que ninguém na Força Aérea retornaria suas chamadas. Sua reação foi: “Ah ha, estão acobertando algo!” Bem, não, eles simplesmente não queriam falar com você.
Fonte: http://ovnihoje.com/2017/07/26/conheca-o-cetico-profissional-de-ovnis/
Sem comentários:
Enviar um comentário