Uma equipe de cientistas dos Estados Unidos e do Canadá suspeitam que haja um tesouro escondido nas profundezas da Lua.
Mineração de riquezas é a última coisa que está na mente dos astrônomos.
Porém, saber mais sobre a química lunar poderá resolver um conflito
sobre a aparente falta de elementos preciosos que se pensa formar o
manto da Lua.
Desde sempre que olhamos para metade da face da Lua. Contudo, só
recebemos as primeiras pistas reais sobre o que está por baixo da sua
superfície quando os astronautas trouxeram para a Terra várias centenas
de quilos de material lunar cerca há 50 anos.
“Temos um total geral de 400 quilos de amostras que foram trazidos de
volta pelas missões Apollo. É uma quantidade muito pequena de material”,
disse James Brenan, da Universidade Dalhousie, no Canadá, em comunicado
publicado pela Phys. “Para descobrir algo sobre o interior da Lua,
precisamos de reverter a composição das lavas que vêm à superfície.”
Retro-engenharia em basaltos trazidos de volta das missões Apollo 15 e
17 foi usada em 2007 para estimar a quantidade de elementos siderófilos
que compõem o manto da Lua. Uma boa proporção deve ter sido proveniente
de uma chuva de materiais de construção que sobraram à medida que o
Sistema Solar terminou a sua fase de construção, por isso é um indicador
útil do tipo de ataque que a Lua sofreu logo após a sua formação.
Estranhamente, as medições eram dez a 100 vezes menores que o esperado.
Mesmo depois de aplicar modelos ajustando a maneira como os impactos dos
meteoritos podem corroer a Lua, em vez de contribuir para a sua massa,
os números nunca fizeram muito sentido, deixando muito espaço para
perguntas.
Parte do problema pode estar na forma como os investigadores geralmente
começam com a suposição de que a geoquímica da Lua é mais ou menos a
mesma que a nossa. Não é exatamente uma suposição irracional, dadas as
teorias amplamente sugeridas, sugerindo que a Lua foi feita a partir da
própria carne e ossos do nosso planeta.
Mas, apesar de todas as semelhanças, existem diferenças. Assim, a equipa
de cientistas combinou os resultados de experiências sobre a
solubilidade do enxofre com modelos sobre pressão e termodinâmica do
magma de arrefecimento para determinar um conjunto mais preciso de
restrições à composição do manto lunar.
Os investigadores descobriram, de acordo com o estudo publicado em
agosto na revista especializada Nature Geoscience, que a existência
desses elementos siderófilos ausentes era mais do que provável –
simplesmente não estariam à superfície.
“Os nossos resultados mostram que o enxofre nas rochas vulcânicas
lunares é uma impressão digital da presença de sulfeto de ferro no
interior rochoso da lua, onde pensamos que os metais preciosos foram
deixados para trás quando as lavas foram criadas”, explicou Brenan.
Os resultados não fornecem, no entanto, uma estimativa sólida da
composição de metais preciosos no manto. Se vale a pena minerar no
futuro dependerá do que as futuras missões encontrarem. Explorações de
formações rochosas profundas expostas a impactos nas regiões sul da Lua
podem ajudar a restringir ainda mais os números de elementos de ferro no
manto.
Fonte: http://ufosonline.blogspot.com/
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