Ellen Stefan disse que acredita que teremos fortes indicações nesse
campo nos próximos anos. Thomas Zurbuchen concorda com ela e diz que,
com tantas pesquisas nessa área, estamos à beira de uma ‘descoberta
profunda’.
Mas esses não são seres humanoides cinzentos, que aparecem nos filmes como ‘Contatos Imediatos‘. A vida extraterrestre será tão diferente de nós quanto as criaturas que habitam as profundezas do oceano.
De fato, um dos lugares mais populares para sediar ETs reais são os
mares gelados das luas Europa, Júpiter e Encélado de Saturno.
Acredita-se que esses extraterrestres são criaturas aquáticas, vivendo
na escuridão total, perto de vulcões subaquáticos.
Na lua Europa,
o oceano é perpetuamente coberto por uma camada de gelo com um
quilômetro de espessura. Explorar esse mar gelado é a missão da sonda Europa Lander,
que deve decolar em 2025. Ela pousará na calota de gelo da Europa e
procurará por ‘bio-assinaturas’ no gelo. Ou seja, vestígios de matéria
orgânica.
No caso da lua Encélado
de Saturno, a pesquisa será mais fácil, porque existem vulcões que
esguicham água quente de fendas no gelo. Uma nave que penetra nessas
colunas de vapor pode coletar bactérias e outras criaturas do oceano
abaixo.
A NASA também está se preparando para lançar um novo jipe-sonda, o Perseverance, que decolará para o planeta Marte em 17 de julho. Seu objetivo é pousar na cratera Jezero em fevereiro de 2021.
A cratera de 45 km de largura já tinha um lago dentro dela e é um
ótimo lugar para procurar por vida marciana que ainda poderia existir no
subsolo.
Além de um conjunto de plataformas de perfuração, para escavar o solo, o Perseverance usa um drone capaz de voar na atmosfera marciana fazendo suas próprias explorações.
Nesta década, o telescópio espacial James Webb
também deve entrar em ação. Ele será capaz de analisar
espectroscopicamente a atmosfera de planetas extra-solares. Ou seja,
aqueles milhares de planetas que orbitam outras estrelas além do Sol.
Teoricamente, esse telescópio seria capaz de detectar a existência de compostos associados à existência de vida nesses mundos.
Muitos planetas extra-solares são mundos gasosos, como Júpiter e
Saturno, mas isso não elimina a possibilidade deles abrigarem algum tipo
de vida. Criaturas que flutuavam nas nuvens, cheias de gás como se
fossem balões.
A busca por sinais de rádio ou laser, emitidos por outras
civilizações, também permanece muito ativa e sempre há a possibilidade
de captar alguma transmissão inteligente. O problema é que essas
criaturas das estrelas distantes podem estar em um grau de
desenvolvimento milhares de anos além do nosso. Assim, é improvável que
eles se interessem em manter contato com criaturas tão atrasadas quanto o
Homo sapiens.
O fato é que, quando abordamos a possibilidade de um encontro com a
vida extraterrestre, devemos abandonar o antropomorfismo. Todas as
criaturas que vivem no planeta Terra hoje compartilham a mesma química
básica e os mesmos ancestrais genéticos. E, no entanto, temos seres tão
diversos quanto girafas, falcões peregrinos, estrelas do mar e baleias
azuis. E quando pensamos no tipo de vida que pode existir por aí, as
possibilidades são ilimitadas.
É possível que algumas das criaturas estelares possuam uma química
completamente diferente da nossa. Com o carbono substituindo o silício,
redes neurais implantadas em estruturas cristalinas ou nuvens gasosas.
O universo promete muitas surpresas…
Fonte: https://www.ovnihoje.com/2020/03/18/cientistas-da-nasa-prometem-encontrar-ets-nesta-decada/
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