Jair Bolsonaro fez as declarações, minutos depois de Marcelo Queiroga, o seu novo ministro da Saúde, ter pedido à população para usar máscara e manter o distanciamento social durante a Páscoa.
Apesar do esforço de auxiliares do governo e de parlamentares, o Presidente do Brasil continua a seguir na direção contrária às recomendações sanitárias.
Bolsonaro voltou a desvalorizar a pandemia e disse que não adianta ficar em casa, declarações que contrastam com as recomendações feitas pelo atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
No evento, Queiroga apelou ao uso de máscara e ao distanciamento social durante o feriado de Páscoa, apesar de se dizer ser contra medidas “extremas”.
Poucos minutos depois, no salão ao lado, no segundo andar do Palácio do Planalto, Bolsonaro apareceu para anunciar o calendário da nova rodada do auxílio emergencial e proferiu palavras bastante diferentes.
“Tínhamos e temos dois inimigos, o vírus e o desemprego. É uma realidade. Não é ficando em casa que vamos solucionar este problema”, afirmou o Presidente.
Bolsonaro disse que o Governo não pode continuar a pagar apoios porque “custa para toda a população e pode desequilibrar a nossa economia”.
“Queremos voltar à normalidade o mais rápido possível”, disse o Presidente, que também voltou a falar em medo de “problemas sociais gravíssimos no Brasil”. “Se a pobreza continuar avançando, não sei onde poderemos parar”.
Enquanto isso, em audiência na Câmara, Marcelo Queiroga voltava a defender o distanciamento, contudo mantém-se reticente quanto a um confinamento geral, como tem acontecido em vários países da Europa.
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