Os seus olhos vermelhos cativaram os investigadores, que decidiram batizar de Led Zeppelin uma nova espécie de rã terrestre descoberta no Equador.
A Pristimantis ledzeppelin foi descoberta pelos equatorianos David Brito e Carolina Reyes, cientistas do Museu de Zoologia da Universidade São Francisco de Quito.
Ambos recolheram três exemplares dessa rã entre 2016 e 2019, na comunidade de Rio Branco, província amazónica de Zamora Chinchipe. A pesquisa foi publicada esta semana na revista Neotropical Biodiversity.
O nome é uma homenagem à banda britânica, que teve seu apogeu na década de 1970. “Somos amantes do rock e dessa banda em particular”, disse Brito à AFP.
Carolina Reyes, por sua vez, indicou que o nome tem o objetivo de “promover a preservação dos Andes equatorianos, tomando essa espécie como bandeira”.
A investigadora, que em seis anos de trabalho descreveu cerca de 20 espécies de anfíbios para a ciência, disse à AFP que esta “foi a primeira vez que demos um nome que não se refere a algo relacionado à localidade ou ao Equador, ou a um personagem relacionado”.
Os exemplares de Pristimantis ledzeppelin chamaram a atenção de Brito pelos seus olhos vermelhos. Embora o investigador já tivesse visto rãs com esta característica, essa rã também tem cores e tamanho diferentes. “É uma rã muito bonita, porque tem olhos vermelhos e o seu padrão de coloração difere um pouco entre machos e fêmeas”, explicou o cientista.
A nova espécie apresenta manchas laranjas, acobreadas e amarelas nas virilhas. “É bastante atraente”, afirmou Brito.
Por enquanto, a espécie é considerada endémica da Cordilheira do Condor, cadeia montanhosa situada ao leste do corpo principal dos Andes orientais e com fauna e flora ricas.
Embora mais estudos devam ser feitos sobre a ecologia da espécie, a Pristimantis ledzeppelin é considerada ameaçada.
No Equador, “temos muitas espécies para descrever. É uma corrida contra o tempo, pelas ameaças que estas enfrentam”, disse Carolina Reyes.
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