Na altura o homem foi considerado inimputável pela justiça devido a problemas mentais. Depois de ter saído de um hospital psiquiátrico em 2016, John Hinckley Jr vai ficar em liberdade total de 2022.
A 31 de Março de 1981, John Hinckley Jr tentou assassinar o então presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan, tendo disparado à porta do hotel Hilton em Washington.
Uma das balas atingiu Reagan perto do coração e outras pessoas também foram atingidas, incluindo o então porta-voz da Casa Branca, James Brady, que ficou paralisado, e um polícia de Washington D. C., Thomas Delahanty.
O objectivo era impressionar a actriz Jodie Foster, por quem tinha uma obsessão por ter visto no filme Taxi Driver. O homem de 66 anos pode agora sair em liberdade total em Junho de 2022.
Os documentos judiciais mostram que um juiz federal no distrito de Columbia aprovou um acordo entre o Departamento da Justiça e Hinckley, que esteve internado mais de 30 anos num hospital psiquiátrico, tendo saído em 2016.
Dentro de nove meses, as regras de controlo judicial como controlo médico e restrição de movimentos vão ser totalmente levantadas desde que Hinckley se mantenha “mentalmente estável”, segundo o juiz. Recorde-se que o homem foi considerado iniumputável pela justiça na altura devido aos problemas mentais.
“Se não tivesse tentado matar um presidente, já o teríamos libertado há muito mais tempo”, disse o magistrado. Barry Levine, advogado de Hinckley, já se mostrou feliz com a decisão, dizendo que este é “um grande dia para a saúde mental“.
A procuradora Kacie Weston afirmou durante a audiência que o Departamento de Justiça dos EUA concorda com a libertação sem restrições, mas só depois de Junho de 2022, já que quer que os procuradores continuem a monitorizar o comportamento de Hinckley enquanto ele se habitua a viver sozinho após a morte da mãe.
No entanto, a Fundação Ronald Reagan expressou a sua discordância, em comunicado: “Ao contrário do juiz, pensamos que John Hinckley continua a representar uma ameaça para outros e opomo-nos firmemente à sua libertação”.
Num artigo para o Washington Post, Patti Davis, filha de Reagan, também se mostra descontente com a libertação e diz temer que Hinckley a procure. “Não acredito que John Hinckley tenha remorsos”, disse Davis.
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