LeBron
James acrescentou outro título à sua coleção: o de bilionário. A Forbes
estimou o valor da estrela dos Lakers em mil milhões de dólares.
De acordo com um relatório publicado pela Forbes esta quinta-feira, LeBron James é o primeiro jogador ativo da NBA a alcançar o estatuto de bilionário.
Michael
Jordan, cujo património líquido atingiu os 1,7 mil milhões de dólares,
só atingiu o estatuto de bilionário 11 anos depois de se ter reformado. A
Forbes estima que LeBron ganhou 121,2 milhões de dólares no ano
passado, um valor superado apenas por Lionel Messi, que ganhou 130
milhões de dólares.
“Se acontecer, é o meu maior marco”,
comentou LeBron em entrevista com a GQ, em 2014. “Obviamente, quero
maximizar o meu negócio. E se por acaso eu conseguir, se por acaso for
um atleta de um bilião de dólares, vou ficar muito entusiasmado”.
Apesar
de ter ganho perto de 400 milhões de dólares durante a sua carreira na
NBA com os Lakers, Cleveland Cavaliers e Miami Heat, os dados da Forbes
indicam que que LeBron, de 37 anos, ganhou mais de 900 milhões de
dólares em investimentos.
Estes incluem o seu grupo de entretenimento, SpringHill, no qual vendeu uma ação minoritária por 725 milhões de dólares.
LeBron
também tem uma ação de 1% no Fenway Sports Group — proprietário do
Liverpool FC, dos Boston Red Sox e concordou recentemente em comprar os
Pittsburgh Penguins da NHL. O jogador comprou ainda uma ação de 10% da
Blaze Pizza por menos de 1 milhão em 2012, que a Forbes diz valer agora
30 milhões.
A carteira imobiliária da estrela dos Lakers de 37
anos está estimada em 80 milhões, e inclui uma propriedade de 10 milhões
na sua cidade natal de Akron, em Ohio, e duas casas em Los Angeles.
LeBron
foi criado por uma mãe solteira em Akron, e voltou a colocar dinheiro
significativo na sua cidade natal, abrindo uma escola e planeando
habitação e um centro comunitário para ajudar famílias e crianças.
Dentro
do campo, LeBron já venceu quatro campeonatos da NBA, foi nomeado
quatro vezes MVP da liga e foi selecionado para 18 equipas All-Star.
Ganhou também duas medalhas de ouro olímpicas.
A
missão tripulada Shenzhou-14 vai ser lançada para uma estadia de seis
meses. A China pretende terminar a construção da estação espacial este
ano.
A China está a preparar o lançamento de uma nova missão de
três pessoas para concluir os trabalhos na sua estação espacial
permanente em órbita, informou este sábado a agência espacial chinesa.
A
missão tripulada Shenzhou-14 vai ser lançada para uma estadia de seis
meses, para supervisionar a adição de dois módulos de laboratório para
se conectar com o módulo Tianhe, que foi lançado em abril de 2021.
A
nave espacial descola no domingo do Centro de Lançamento de Satélites
de Jiuquan, na beira do deserto de Gobi, segundo a agência.
A
China pretende terminar a construção da estação este ano, com a adição
daqueles dois módulos de laboratório em julho e outubro.
O
programa espacial chinês lançou o primeiro astronauta em órbita em 2003,
tornando a China o terceiro país a fazê-lo, com os próprios recursos,
depois da antiga União Soviética e dos Estados Unidos. O país pousou
sondas na lua e em Marte.
A China está excluída da Estação
Espacial Internacional, devido ao desconforto dos EUA de que o programa
espacial seja administrado pela ala militar do Partido Comunista Chinês,
o Exército de Libertação Popular.
Partido finlandês inclui a defesa da energia nuclear no seu programa: é importante no combate ao aquecimento global.
“Isto é histórico!”
Assim
reagiu uma “orgulhosa” Tea Törmänen, do Partido Verde da Finlândia, ao
facto de a defesa da energia nuclear ter sido aceite pelos militantes do
partido, com “maioria enorme”.
Numa decisão que pode parecer
estranha, o Partido Verde da Finlândia passa a incluir no seu programa o
apoio à energia nuclear – isto num país onde 35% da energia é de origem
nuclear.
A medida foi aprovada no fim-de-semana passado, durante o congresso nacional do partido, em Joensuu.
O
partido defende que essa energia é uma fonte de energia sustentável e
importante para o combate ao aquecimento global, descreve a Deutsche Welle.
Os redactores da proposta acham que a energia nuclear é uma forma essencial de redução rápida da emissão de gases que provocam o efeito estufa; e deve ser utilizada ao lado de fontes renováveis.
Dentro do partido, têm surgido mais militantes a defender que as evidências científicas devem ser base importante de decisões políticas. E este apoio à energia nuclear foi suportado pela juventude do partido.
A decisão também terá sido influenciada pela guerra na Ucrânia. A Finlândia, país que tem fronteira (muito longa) com a Rússia, deixou de receber electricidade dos russos, há duas semanas.
Esta mudança na sua postura será inédita no mundo. Tea Törmänen indicou que o seu partido é o único partido verde do planeta que defende a energia nuclear.
Os verdes finlandeses vão tentar alterar leis, para facilitar o processo de aprovação de pequenos reactores modulares – que são mais pequenos do que uma central nuclear tradicional e que são vistos como sendo mais seguros – e prolongar a licença de operação dos reactores em actividade.
Recorde-se que o Partido Verde faz parte da coligação que governa a Finlândia e lidera, entre outros, o Ministério do Ambiente e Clima.
Pandemia
“criou” 40 multimilionários ligados à indústria farmacêutica. Vacinas
custaram 24 vezes mais do que se fossem genéricas.
Praticamente
desde o início da COVID-19 se começou a falar sobre o dinheiro que
empresas farmacêuticas iriam ganhar, essencialmente, por causa das
vacinas.
Os leitores poderão ter ouvido, ainda em 2020, alguma
frase parecida com “na indústria farmacêutica, só precisam de trabalhar
neste ano e podem reformar-se depois”.
Há números que vão de encontro a esses comentários.
O
Fórum Económico Mundial, em Davos (Suíça), foi o palco do relatório da
Oxfam, que mostra que desde 2020 apareceram mais 40 multimilionários na
indústria farmacêutica, por causa da pandemia.
A associação –
que tenta combater desigualdades e pobreza em 90 países – indica que as
maiores empresas desse sector lucram 932 euros por segundo graças à
venda de vacinas.
Essas vacinas contra o coronavírus,
acrescentam, custam aos Governos nacionais 24 vezes mais do que custaria
se fossem vacinas produzidas como genéricos.
Estes
“monopólios”, ligados não só às vacinas, mas também a tratamentos,
testes e equipamento pessoal de protecção, está a ter uma colaboração
muito importante de investimento público de “milhares de milhões“.
O relatório Lucrar com a dor
centra-se por exemplo na Moderna, que criou “quatro novos bilionários
de vacinas que valem 10 mil milhões, enquanto apenas 1% do seu
suprimento total foi para os países mais pobres”; e na Pfizer, que terá
utilizado “tácticas sujas para aumentar os seus lucros, incluindo o
financiamento de desinformação sobre a sua vacina”.
A Oxfam
também mostra que os 10 homens mais ricos do mundo têm mais riqueza do
que a combinação de 40% da população mais pobre (3,1 mil milhões de
pessoas).
Em comparação com 2020, primeiro ano do grande impacto da pandemia, há mais 573 multimilionários.
Um
trabalhador médio que está entre os 50% mais pobres da população
mundial teria que trabalhar “112 anos para ganhar o que o topo da
pirâmide recebe em apenas um ano”, avisa o relatório.
Assim, e
num contexto que trouxe tristeza a milhões de pessoas, a COVID-19 faz
com que os multimilionários tenham “muito para celebrar”. A sua riqueza
atingiu “valores sem precedentes”, lê-se no documento.
A China criou um navio de 88 metros — o primeiro porta-aviões
semiautónomo do mundo. Vai transportar, lançar, recuperar e coordenar
mais de 50 outros veículos aéreos, terrestres e subaquáticos.
A construtora de navios Huangpu Wenchong começou construir o inovador Zhu Hai Yun em julho de 2021. De acordo com o South China Morning Post,
é o primeiro porta-aviões deste género, com uma plataforma autónoma,
capaz de fazer o que for necessário para realizar operações com aviões,
drones, barcos e submarinos.
Não se espera que o novo
porta-aviões navegue sozinho em portos marítimos movimentados, como é o
caso do navio de contentores japonês Suzaku.
Em vez disso, Zhu
Hai Yun funcionará com controlo remoto até estar em mar aberto, e depois
os seus sistemas de auto-condução assumirão a execução de qualquer
missão que esteja a executar.
O porta-aviões autónomo tem tudo o
que necessita para utilizar os seus próprios barcos, submarinos e
aviões, comunicar com eles, e executar missões coordenadas, incluindo a
realização de “redes adaptativas orientadas em tarefas para alcançar
vistas tridimensionais de alvos específicos”, de acordo com a empresa de
construção.
Os drones aéreos podem a aterrar no seu convés, e
está pronto para recuperar os barcos e submarinos, depois de realizarem
as suas rondas.
“O navio inteligente e não tripulado é uma bela e
nova ‘espécie marinha’ que trará mudanças revolucionárias na observação
dos oceanos”, sublinha Dake Chen, professor da Escola de Oceanografia
da Academia Chinesa de Ciências.
Apesar de ser principalmente
uma plataforma de investigação oceânica, o SCMP também relata que tem
“capacidade militar para intercetar e expelir alvos invasivos”, uma
capacidade na vanguarda de muitos projetos marinhos autónomos, incluindo
os extraordinários barcos da WAM-V com “pernas de aranha”.
A 130 metros da aldeia de Noli, na
região italiana de Ligúria, seis grandes cúpulas transparentes estão a
cultivar ervas, vegetais e flores.
O projeto é conhecido como Nemo’s Garden (Jardim do Nemo), e é a primeira estufa submarina do mundo, segundo a Interesting Engineering.
Estas
biosferas utilizam as qualidades ambientais favoráveis do oceano — como
a estabilidade da temperatura, absorção de CO2, e controlo natural de
pragas — para criar um habitat apropriado que seja capaz de produzir
produtos frescos, de acordo com a Euronews Green.
O
Jardim do Nemo tem implicações significativas no futuro da Terra, pois
foi especificamente concebido para regiões onde os fatores ambientais,
económicos ou morfológicos tornam o desenvolvimento das plantas
particularmente desafiante.
O mundo terá de alimentar uma
população global de 9,3 mil milhões de pessoas em condições climáticas
cada vez mais instáveis até 2050, segundo os dados das Nações Unidas,
e a equipa criou o projeto acredita que as explorações subaquáticas
poderiam fornecer um fornecimento de alimentos às populações costeiras,
onde a agricultura deve ser inovadora para sobreviver.
O Jardim do Nemo surgiu depois de Sergio Gamberini,
presidente da fábrica de equipamento de mergulho Ocean Reef, ter sido
desafiado por um amigo agricultor em 2012 a combinar a sua experiência
na construção de equipamento de mergulho com o seu amor pela jardinagem.
Desde aí que o Jardim do Nemo passou a ser um projeto com o objetivo
de trabalhar a ideia de cultivar plantas terrestres debaixo do mar.
Mais de uma centena de plantas diferentes criaram raízes neste jardim subterrâneo, desde ervas medicinais e aromáticas a alimentos como feijões e morangos.
Não só foram colhidos com sucesso diversos produtos das biosferas,
como também foi possível determinar que as plantas produzidas neste
ambiente eram mais ricas em nutrientes do que as cultivadas com métodos
tradicionais.
“Todos os anos descobrimos novas aplicações possíveis para as
biosferas”, sublinha Gianni Fontanesi, coordenador do projeto Jardim do
Nemo. Ecoturismo, piscicultura, cultivo de algas marinhas, laboratórios
de investigação científica e estações de investigação da vida selvagem
subaquática são alguns exemplos.
Quando se trata de engenharia, aproximadamente 20.000 litros de ar são retidos sobre um corpo de água de superfície dentro de cada cúpula.
A
luz do sol flui através da água, fora das biosferas, para alcançar e
aquecer o ar no interior. Quando há menos luz natural no Inverno, os LED
ligados à superfície por um fio de alimentação dão uma fonte extra de
luz.
A água no exterior mantém a temperatura dentro da cúpula
estável tanto de dia como de noite, e a evaporação e condensação dentro
da cúpula mantêm as plantas abastecidas com água doce.
O Jardim do Nemo é apoiado pela Siemens Digital Industries Software,
que permite à equipa monitorizar as biosferas à distância e, espera-se,
acelerar os ciclos de inovação no sentido de uma industrialização e uma
escala mais rápida.
O conceito já provou ser eficaz e bem sucedido, o que significa que a
equipa pode agora começar a exportar a tecnologia para outros locais.
De facto, as biosferas já foram construídas na Bélgica e na Florida
Keys.
“Teoricamente, o projeto aumenta consideravelmente a percentagem da
superfície mundial que pode ser utilizada para o cultivo de culturas,
especialmente em países onde as condições ambientais tornam o cultivo de
plantas difícil”, explica Gamberini.
O objetivo final da equipa é reduzir o mais possível o custo dos seus
produtos. “O preço das nossas plantas de manjericão nunca será
comparável ao que se paga num supermercado. Dito isto, elas vêm com uma pegada ambiental muito reduzida“.
A partir de Junho, haverá um passe mensal com preço reduzido e todos os transportes públicos poderão ser utilizados.
Pagar 9 euros por mês e poder viajar em todo o país, através de
transportes públicos. Pode parecer utopia mas será a realidade na
Alemanha.
A partir do dia 1 de Junho, será possível viajar pelo
território alemão com um passe único mensal, que custará 9 euros. Estão
incluídos os transportes públicos de todas as cidades e os comboios
regionais.
O governo federal vai contribuir com 2.5 mil milhões
de euros, mas serão as autoridades de cada município e Estado a
implementar o projecto, de forma independente.
A medida foi aprovada nesta sexta-feira no Parlamento da Alemanha e vai ser válida durante três meses.
Esta
novidade faz parte do pacote de medidas de alívio financeiro devido à
subida dos preços da energia, provocada pela guerra na Ucrânia, explica o
Deutsche Welle.
A ideia é reduzir custos para os utilizadores e fazer com que mais pessoas aproveitem os transportes públicos.
No
entanto, tem-se que esta medida passa criar confusão em algumas
viagens, com veículos sobrelotados, originando ainda atrasos e confusões
entre passageiros.
Além deste passe único, os impostos sobre os
produtos petrolíferos vão baixar, igualmente até ao final de Agosto:
menos 30 cêntimos por cada litro de gasolina e menos 14 cêntimos no caso
do gasóleo.
Instituição
de ensino argumentava que as mulheres, por terem maior capacidade de
comunicação, tinham mais facilidade nas entrevistas, outra componente
dos processos de candidatura, juntamente com os exames.
Depois
de ter apresentado – comprovadamente – exames mais difíceis a alunas do
que a alunos, uma universidade de Tóquio foi obrigada a pagar uma
indemnização a 13 mulheres, precisamente por descriminação de género. O
caso remonta a 2018, quando a instituição de ensino alegou ter
apresentado provas como níveis de dificuldade diferentes, de forma a
encurtar o fosso para os alunos de géneros distintos.
Na altura,
a Universidade Juntendo afirmou ainda que as mulheres tinham melhores
capacidades de comunicação, o que lhes dava uma vantagem nas entrevistas
que integravam o processo de candidaturas – o processo ganhou dimensão
nacional, sendo discutido amplamente nos meios de comunicação.
Apesar
de a universidade ter recusado comentar a decisão do tribunal da cidade
de Tóquio, um porta-voz revelou que foi ordenado à instituição que
indemnizasse um grupo de 13 mulheres com uma verba total de 58 mil euros
(8 mil yenes), avança o The Guardian.
Em 2018, uma investigação governamental foi iniciada após ter sido
revelado que uma outra Universidade ter admitido que baixava com
frequência os resultados das estudantes candidatas em 30%.
Os
resultados da investigação revelaram que as mulheres foram vítimas de
discriminação em quatro das 81 instituições de ensino estudadas – todas
na área da saúde. Os meios de comunicação locais noticiaram também que,
após interrogatórios ao pessoal responsável por ordenar as candidaturas,
estes revelavam achar que as mulheres iriam abandonar a sua carreira ou
dedicar-lhes menos horas quando casassem ou tivessem filhos.
Desde
que os resultados da investigação foram divulgados, em 2018, várias
queixas foram apresentadas contra as universidades visadas.
O artista não vê as suas obras como armas contra a Rússia e prefere
pensar nas criações como um fonte de inspiração para as forças
ucranianas.
Reconhecido internacionalmente em exposições desde
Lima até Londres, Gamlet Zinkivsky tem agora um novo desafio em mãos. O
artista ucraniano de 35 anos está agora a pintar murais na sua
cidade-natal de Kharkiv, a segunda maior do país, no meio da destruição
causada pela guerra.
“Se sair de cá, posso ter a minha carreira
em qualquer sítio no estrangeiro. Mas isso só seria pelo conforto. Na
Ucrânia, sinto que estou a reconstruir o país. Toda a cidade é a minha
casa, a cidade toda é a minha galeria”, revela à AFP.
O
seu trabalho mais recente inclui as palavras “hospitalidade infernal” e
retrata cocktails molotv e petróleo no centro da cidade destruída pela
artilharia russa. No início de guerra, Gamlet estava na Ucrânia
ocidental, uma zona do país menos afetada pelo conflito, onde estava a
angariar fundos para a ajuda humanitária.
Foi nessa altura que o comandante do batalhão Khartia Battalion o contacou. “Precisamos de ti aqui, tens de pintar“, disse-lhe.
Gamblet
acredita que o trabalho nas ruas é mais importante para a moral pública
do que as exposições nas galerias. “Vejo as pessoas a sorrir e felizes
quando viram a pintura num edifício destruído que adoravam”, revela.
A
arte de rua, apesar de não ser lucrativa, é mais acessível. “A arte de
rua é a história para as pessoas que nunca foram a uma exposição, mas
conhecem o meu trabalho na rua”, afirma o artista.
Algumas das
suas obras em Mariupol, Izyum e Berdyansk foram destruídas, mas Gamlet
espera que as que ainda estão em edifícios destruídos possam ser doadas a
museus ou vendidas com os fundos a ser dirigidos a uma causa.
Apesar
de retratar eventos da guerra, o artista não vê as suas criações como
uma arma contra a Rússia, sendo antes uma “inspiração” para os soldados
ucranianos.
Esta é já a segunda vez que Gamlet fica em Kharkiv
por motivos políticos. O artista ia mudar-se para Paris em 2013 antes da
queda do governo de Viktor Yanukovych, em 2014.
O momento foi
importante para Gamlet. “Em 2014 comecei a pintar com um novo espírito
poderoso. Percebi que era ucraniano“, remata.
A
cidade japonesa de Chiba, na Grande Tóquio, quer atrair residentes mais
jovens para contrariar o envelhecimento da sua população.
Chiba
vai pagar uma quantia fixa aos casais mais jovens para se mudarem para
complexos habitacionais onde vivem residentes idosos, num esforço para
inverter o envelhecimento da população.
Segundo a VICE,
a cidade vai oferecer, a partir de junho, até 300.000 ienes (2.200
euros, aproximadamente) aos recém-casados que se instalem nos edifícios.
Um dos objetivos é que os jovens preencham as lacunas de emprego que se
fazem sentir nesta área.
O Japão, o país com a população mais
velha do mundo, tem vindo a lutar com uma sociedade em contração e uma
taxa de natalidade em declínio desde os anos 70.
As autoridades
receiam que, se este problema não for resolvido, a diminuição da
mão-de-obra poderá exacerbar a escassez e abrandar o crescimento
económico.
Áreas menos urbanas como a cidade de Chiba, que foi
anteriormente apelidada de “cidade fantasma” do Japão, suportaram em
grande parte o peso destas questões. Para sobreviver, os municípios
devem encontrar soluções criativas para chamar a atenção dos jovens, que
“fogem” para os grandes centros urbanos.
A cidade está rodeada
pelo oceano, tem rios e grandes parques e os danchi (complexos
habitacionais) onde os candidatos vão viver estão localizados perto de
escolas, infantários e lojas, para que seja um local conveniente e útil
para os que desejam constituir famílias.
Bandeira
da Vitória seria a sucessora da tricolor. Ministério britânico reforça
que russos estão com “significativos problemas de recursos” na Ucrânia.
A bandeira da Rússia deveria ser alterada, de acordo com um deputado da Duma estatal da região da Crimeia.
Mikhail
Sheremet assegura que tem orgulho da bandeira tricolor (branco, azul e
vermelho) mas agora que a Bandeira da Vitória deveria substituir o
símbolo actual.
A Bandeira da Vitória, que tinha o símbolo da
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, foi a bandeira hasteada
pelos soldados do Exército Vermelho em Berlim, já na fase final da II
Guerra Mundial em 1945, um dia depois de Adolf Hitler ter cometido
suicídio.
“Acho que é hora de reconhecemos a Bandeira da Vitória
como a nossa bandeira nacional. Está sob os nossos avós que lutaram sob
ela na Grande Guerra Patriótica (contra os nazis, na II Guerra
Mundial), e sob ela hoje o nosso exército está enfrentar neonazis da
Ucrânia que habilmente se disfarçaram nos países ocidentais durante
muitos anos “, disse Mikhail Sheremet, à agência RIA Novosti.
O
deputado da região da Crimeia explicou a sua opinião, dizendo que os
países ocidentais “declararam guerra” à Bandeira da Vitória, “banindo-a
em todos os lugares”.
“Eles têm medo desse símbolo, pois a
bandeira vermelha da vitória faz-lhes lembrar a grandeza do nosso povo e
da nossa grande vitória”, justificou.
O deputado reforçou a
ideia de que a Bandeira da Vitória daria sinal de uma super-potência a
ressurgir, algo que agora “é mais relevante do que nunca”.
“Içando uma bandeira sobre o Reichstag”, por Yevgeny Khaldei, Berlim, 2 de Maio de 1945 (reconstituição) Dificuldades e desunião na Ucrânia
O Ministério da Defesa do Reino Unido divulga
nesta quarta-feira que Mariupol, cidade que esteve cercada por russos
durante mais de dois meses, só foi controlada pela Rússia mais tarde
devido à resistência ucraniana “firme”.
Perante a frustração e
as perdas consideráveis de militares nessa cidade, a Rússia solicitou
ajuda externa, essencialmente de milhares de militares chechenos, que
costumam estar focados na segurança do líder local, Ramazan Kadyrov.
Esta
necessidade de recorrer a “destacamentos tão díspares”, continuam os
britânicos, demonstra os “problemas significativos de recursos” da
Rússia na guerra na Ucrânia.
Além disso, estas dificuldades
podem estar a originar “desunião” entre os responsáveis russos pela
operação, o que “continua a dificultar” as movimentações da Rússia.
Depois
de ter legalizado a canábis em 2018, a Tailândia permitiu o cultivo da
planta em casa, desde que não seja utilizada para fins comerciais.
No
próximo mês, o Governo tailandês vai distribuir um milhão de plantas de
canábis gratuitas a famílias de todo o país para marcar a nova lei, que
permite que as pessoas cultivem canábis em casa, noticia o IFL Science.
A
iniciativa foi anunciada por Anutin Charnvirakul, ministro da Saúde da
Tailândia, no Facebook. O objetivo, segundo o governante, é que as
plantas de canábis sejam cultivadas como “culturas domésticas”.
A
nova lei entra em vigor a 9 de junho e permitirá que as pessoas
cultivem plantas de canábis em casa depois de notificarem o governo
local.
As plantas terão de ser de grau médico – os cidadãos só
poderão cultivar plantas que contenham menos de 0,2% de
tetrahidrocanabinol (THC) – e usadas exclusivamente para fins
medicinais. Além disso, a canábis não pode ser usada para fins
comerciais sem que haja licenças adicionais.
As plantas poderão
conter canabidiol (CBD), um composto não psicoativo encontrado na
canábis, e outros compostos que se pensa contribuírem para as
propriedades medicinais da planta.
Aquando do anúncio da
iniciativa, Charnvirakul salientou que o consumo de canábis pode levar a
uma melhor qualidade de vida para os doentes com cancro, dores crónicas
ou insónias.
Depois da entrada em vigor da lei, o Governo
espera atrair turistas, que diminuíram desde a pandemia de covid-19, e
que a indústria de suplementos continue a crescer.
Espanha
aprovou um pacote de medidas em que se inclui permissão para abortar a
partir dos 16 anos e a eliminação do IVA nos produtos de higiene
feminina. Será ainda o primeiro país da Europa a introduzir uma “licença
temporária por doença totalmente financiada pelo Estado para períodos
dolorosos e incapacitantes”.
O Conselho de Ministros espanhol
aprovou, esta terça-feira, uma licença para menstruações incapacitantes
entre três a cinco dias.
No pacote de medidas está também uma
licença pré-natal remunerada a partir da 36.ª semana de gravidez e
aborto a partir dos 16 anos sem autorização dos pais.
A proposta
garante ainda a eliminação do IVA nos produtos de higiene feminina e a
gratuitidade dos produtos de higiene menstruais e contracetivos nas
escolas e prisões. O texto do Governo também prevê o aumento da educação
sexual nas escolas.
“Vamos ser o primeiro país da Europa a
introduzir uma licença temporária por doença totalmente financiada pelo
Estado para períodos dolorosos e incapacitantes”, disse a ministra da
Igualdade, Irene Montero, em conferência de imprensa depois da
apresentação do novo projeto de lei.
De acordo com a responsável
governamental, que pertence ao partido de extrema-esquerda Podemos,
parceiro minoritário no Governo “feminista” liderado pelo Partido
Socialista espanhol (PSOE), “já não é tabu ir trabalhar com dor, ter de
tomar comprimidos antes de ir trabalhar ou ter de esconder” as dores
menstruais.
Montero indicou há alguns dias que a nova licença,
que teria de ser assinada pelo médico que tratava o doente, “não teria
um limite de tempo”, enquanto que uma versão preliminar do projeto de
lei a que os meios de comunicação social tinham tido acesso na semana
passada se referia a uma licença de três dias que poderia ser prolongada
para cinco dias em caso de sintomas agudos.
Le
Violon d’Ingres foi vendida, no sábado, num leilão em Nova Iorque por
12,4 milhões de dólares, ultrapassando a estimativa mais otimista, que
se ficava pelos sete milhões.
A imagem a preto e branco, tirada
em 1924 pelo artista surrealista norte-americano Man Ray, fez história
no sábado quando se tornou a fotografia mais cara de sempre a ser
vendida em leilão.
Segundo a CNN,
aquela que é considerada a obra mais famosa de Man Ray, que transforma o
corpo nu de uma mulher num violino, foi vendida por 12,4 milhões de
dólares.
Antes do leilão, esperava-se obter entre 5 e 7 milhões
de dólares, a estimativa mais alta para uma única fotografia na história
do leilão, segundo a Christie’s.
O retrato de Kiki de
Montparnasse, uma das musas de Man Ray, é aquilo a que no meio se chama
de “cópia fotográfica original”, já que foi feita na mesma altura em que
o artista criou o negativo correspondente.
Este detalhe torna-a muito rara e particularmente valiosa para qualquer colecionador.
“Ao
mesmo tempo romântica, misteriosa e travessa, esta imagem capturou a
mente de todos durante quase 100 anos”, disse o especialista da
Christie’s Darius Himes, citado em comunicado. “Como obra fotográfica, é
sem precedentes no mercado.”
Man Ray, ou Emmanuel Radnitzky,
viveu entre 1890 e 1976 e foi um membro chave do Dadaísmo e do
Surrealismo. “Le Violon d’Ingres” era o melhor lote da coleção de
Rosalind Gersten Jacobs e Melvin Jacobs, dois colecionadores de arte que
tinham laços com círculos surrealistas.
Dois
locais na Europa, dois na América e um na Ásia. Nas cinco “zonas azuis”
encontra-se muita gente acima dos 80 anos. Há nove factores.
Dan Buettner, escritor conhecido e ligado à National Geographic, é responsável pela criação das Blue Zones.
O
que são estas “zonas azuis”? São os pontos do mundo onde é mais
provável encontrar pessoas acima dos 80 anos, 90 anos, ou mesmo acima
dos 100 anos.
Nove critérios fundamentaram esta lista: movem-se
naturalmente, têm um propósito sempre que se levantam, conseguem acalmar
e fugir ao stress, não comem demasiado, seguem uma alimentação
saudável, bebem álcool de forma moderada, estão ligados a comunidades
religiosas, dão atenção às pessoas mais próximas e estão inseridas na
“tribo” certa.
O portal Travel + Leisure
recuperou esta noção e recordou a lista das tais cinco “zonas azuis”,
onde estes nove critérios são cumpridos por mais pessoas. Há dois locais
na Europa, dois na América e um na Ásia.
A “zona azul”
identificada mais rapidamente, e que lidera a lista, é uma ilha:
Sardenha, em Itália, onde há uma “peculiaridade genética rara” que se
prolonga por gerações e que permite viver durante mais tempo.
Okinawa,
no Japão, regista uma taxa de cancro muito baixa, tal como baixo é o
número de pessoas com doenças cardíacas e com demência. A maioria dos
idosos tem um propósito, sabe o que quer (e vai) fazer diariamente. E
não surpreende ver o Japão nesta lista.
Segue-se Nicoya, na
Costa Rica, onde o lema “vida pura” predomina. Lá vive-se feliz todos os
dias e há fortes laços familiares, com um propósito constante também.
Além de se comer bem, com regras.
Na Grécia fica Icária, outra
ilha. Só vivem lá menos de 10 mil pessoas mas estão saudáveis e
praticamente ninguém tem demência ou doenças crónicas. Mexem-se, têm
vida social, comem e bebem moderadamente. Um terço destes gregos vive
até aos 90 anos.
Loma Linda, Estados Unidos da América. Aqui são
os Adventistas do Sétimo Dia que seguem deitas vegetarianas e que
praticam muito exercício. Pertencem à comunidade, tornam o auxílio aos
outros a sua rotina. E vivem mais 10 anos do que a maioria das outras
pessoas.
Segundo
as previsões, estações Pioneer e Voyager estarão em órbita em 2025 e
2027, respetivamente, e contarão com a tecnologia de gravidade
artificial.
Se já começou a elencar a lista de destinos que
pretende visitar no futuro – não imediato -, fique a saber que pode
acrescentar um novo: o Espaço. De facto, as visitas a altitudes mais
longínquas serão uma realidade muito em breve, já que a Orbital Assembly
Corporation anunciou recentemente dois novos conceitos de estação
concebidos com acomodações de turismo espacial. Uma das estações,
denominada Pioneer, poderá estar em órbita já em 2025.
Em 2019, a
Gateway Foudation divulgou ideias para um hotel espacial, com o
objectivo a ser a gestão de um parque empresarial espacial que possa vir
servir como casa, mas também com com espaço para escritórios e
turistas, avançou Francesca Street à CNN.
Uma das estações
propostas, a Pioneer, pode acomodar 28 pessoas, explicou Stephanie
Wenger. A segunda estação, a Voyager (anteriormente conhecida como Von
Braun), prevista para abrir em 2027, pode acolher até 400 pessoas. “O
objectivo sempre foi tornar possível que um elevado número de pessoas
possa viver, trabalhar e prosperar no Espaço”, descreveu o CEO da
Assembleia Orbital, Tim Alatorre.
Uma estação mais pequena como a
Pioneer permite às pessoas começarem a experimentar o espaço numa
escala maior e mais rápida. Esta terá também instalações de investigação
disponíveis para alugar, por exemplo.
As duas estações
apresentadas assemelham-se a uma roda e terão uma gravidade artificial, o
que permite aos hóspedes moverem-se confortavelmente no seu interior –
apesar de a tecnologia da gravidade artificial não estar atualmente
disponível nas estações espaciais. A Pioneer dispõe de cinco módulos
construídos em torno do desenho de arquitetura rotativa do “Anel de
Gravidade”.
As instalações nas estações Pioneer e Voyager terão
microgravidade híbrida e níveis de gravidade variáveis até .57-G,
especifica Sean Cudahy, citado pelo Smithsonian Magazine.
Os turistas poderão ainda sentir alguma falta de peso, mas também
poderão beber e não terão de estar amarrados a uma cama para dormir. A
gravidade funciona de forma semelhante a um balde giratório que empurra a
água para os lados do balde e permanece no mesmo lugar. Perto do meio
da estação, não haverá gravidade artificial, mas a gravidade aumenta
gradualmente mais longe do centro.
Apesar de a estação Pioneer
ser mais pequena do que a Voyager, os convidados podem ainda tomar
banho, comer e beber sentados em áreas com gravidade. Cada estação está
mobilada como hotéis de luxo na Terra. A Voyager terá até um restaurante
e suites com vista para a Terra.
A ética do turismo espacial e
os custos associados são atualmente atualmente alvo de discussão,
sobretudo por merecerem a atenção de bilionários como Jeff Bezos ou Elon
Musk. No entanto, Wendy Whitman Cobb, uma cientista política da Força
Aérea, notou ao The New York Times
que o lançamento de naves de não-astronautas para o Espaço abre a porta
para o avanço das tecnologias, gera entusiasmo sobre as viagens
espaciais e testa os parâmetros de segurança das viagens para o Espaço.
Outra
barreira significativa às viagens ao Espaço tem que ver com o custo. No
entanto, a Orbital espera que os turistas procurem uma viagem ao espaço
e, desta forma, as viagens espaciais se tornem menos dispendiosas.
“Prevemos
as nossas estações espaciais Pioneer e Voyager como os destinos finais
do ecoturismo. Assim que as pessoas chegarem ao espaço, isso irá mudar a
sua perspectiva sobre a Terra”, descreveu Alatorre. “As viagens
espaciais ainda estão na sua infância, e estamos entusiasmados por fazer
a nossa parte para a impulsionar para ajudar a melhorar a vida na
Terra”.
Medida é uma das primeiras que o recente presidente do país pretende implementar e vem dar resposta aos pedidos da população.
A
primeira semana de Yoon Seok-yeol no cargo de presidente da Coreia do
Sul ficou marcada pelo anuncio de uma medida que está a dar que falar
não só no país, mas no mundo devido ao seu conteúdo inusitado. De acordo
com os meios de comunicação sul-coreanos, o novo presidente pretende
alterar o sistema de contagem de idade atualmente em vigor, o que
resultará na diminuição da idade de todos os cidadãos em um ano.
De
acordo com o conceito de “idade coreana“, um recém-nascido tem
imediatamente um ano quando nasce e o festejo do aniversário acontece no
dia de Ano Novo. No entanto, tal método cria problema, a começar pelos
bebés nascidos em dezembro, que podem passar a ter oficialmente dois
anos quando, à luz dos critérios tradicionais, têm apenas semanas.
O
objetivo do presidente é acabar com a “idade coreana” e fazer com que o
país esteja alinhado com as restantes nações do mundo – de preferência,
o mais rápido possível. Segundo Lee Yong-ho, chefe da comissão de
transição do presidente, as diferenças nos cálculos resultam em
“confusão persistente” e “custos sociais e económicos desnecessários“.
De acordo com o jornal Público,
a pressão para regular a idade cresceu depois de as autoridades terem
vacilado entre a idade tradicional e a idade coreana para determinar o
acesso dos cidadãos à vacinação contra a covid-19. Algumas das pessoas
não puderam, por exemplo, tomar dose de reforço por não terem a idade
internacional necessária, mas precisavam de mostrar o comprovativo de
vacinação de acordo com a “idade coreana”.
Anteriormente, os
pais também tentavam retardar o registo dos filhos, sobretudo os
nascidos em dezembro, por acharem que este gesto pode vir a prejudicar o
seu percurso.
Envio
de palavras-passe por e-mail ou mensagens é visto como um gesto
perigoso que dificulta a segurança das contas. Como tal, as principais
empresas já trabalha tendo em vista a adoção de uma norma comum que
permita aos utilizadores prescindirem das senhas.
Na última
quinta-feira, o mundo celebrou um dia que poderá ter passado
despercebido a muitos face à ausência de repercussão nos meios de
comunicação , mas que num futuro próximo pode deixar de fazer sentido.
De facto, no Dia Mundial da Palavra-Passe as principais empresas de
tecnologia do mundo comprometeram-se a acabar com a exigência destes
códigos, promovendo formas mais seguras e avançadas de garantir a
segurança dos utilizadores da internet.
As três empresas
partilharam planos para apoiar uma norma comum de entrada sem recurso a
palavras-passe, nomeadamente a criada pela FIDO Alliance e pelo World
Wide Web Consortium. Estas empresas já dispõem de opções de entrada sem
palavra-passe, mas normalmente exigem que os utilizadores entrem em cada
website ou aplicação antes de poderem utilizar a funcionalidade sem
palavra-passe.
Durante o próximo ano, as gigantes tecnológicas
planeiam expandir este método e permitir aos utilizadores acederem
automaticamente às suas credenciais de entrada no FIDO sem terem de
entrar em todas as contas. Os utilizadores poderão também utilizar
dispositivos móveis de autenticação FIDO para iniciar sessão numa
aplicação ou website num dispositivo próximo, independentemente do
sistema operativo ou navegador que estejam a executar.
“Este marco é uma prova do trabalho de colaboração que está a ser
feito em toda a indústria para aumentar a proteção e eliminar a
autenticação baseada em palavra-passe, que já está desatualizada”,
explicou o diretor sénior de gestão de produtos da Google Mark Risher. “Para a Google, este período representa quase uma década de trabalho que fizemos em conjunto com a FIDO, como parte da nossa inovação contínua rumo a um futuro sem senhas“.
A FIDO, uma associação industrial aberta que procura criar
alternativas às palavras-passe tradicionais, descreveu a autenticação
apenas por palavra-passe como “um dos maiores problemas de segurança” na internet. Isto porque muitos utilizadores acabam por reutilizar a mesma palavra-passe em vários serviços, o que pode levar a violações de dados e a aquisições de conta.
Os parceiros dizem que através de capacidades alargadas
baseadas em normas, os utilizadores podem iniciar sessão nas contas e
aplicações, utilizando a mesma ação que tomam para desbloquear os seus
dispositivos, tais como uma impressão digital ou um PIN de dispositivo. A
FIDO diz que este método é mais seguro do que senhas ou “tecnologias
de multifactores herdadas”, tais como senhas únicas tradicionalmente
enviadas através de correio eletrónico ou texto.
“A ubiquidade e a usabilidade são fundamentais para ver a autenticação multifatoradotada
à escala, e aplaudimos a Apple, Google e Microsoft por ajudarem a
tornar este objectivo uma realidade, comprometendo-se a apoiar esta
inovação de fácil utilização nas suas plataformas e produtos”, disse Andrew Shikiar da FIDO Alliance CMO.
“Esta nova capacidade representa a introdução de uma nova onda de
implementações FIDO de baixa fricção juntamente com a utilização
contínua e crescente de chaves de segurança — dando aos fornecedores de
serviços uma gama completa de opções para a implementação de
autenticação moderna e resistente ao phishing“, acrescentou Shikiar.
Muitos peritos em segurança estão a defender métodos de autenticação sem senha para minimizar o risco de violações. Contudo, Craig Lurey, CTO e co-fundador da empresa de segurança informática Keeper Security, disse ao Silicon Republic que “por muito que inovemos, as senhas estão aqui para ficar”.
Influencers
criados com recurso a avatares são cada vez mais uma aposta das grandes
empresas que pretendem monitorizar a cultura de “tribo” existente em
torno das personagens.
Quando em 2019, Lil Miquela percorria os
bastidores do festival Coachella, na Califórnia, para entrevistar alguns
dos artistas mais badalados da edição, nada parecia anormal ou
diferente do trabalho que os restantes jornalistas costumavam fazer. No
entanto, nesta descrição falta um elemento importante, já que esta não
se trata de uma pessoa, mas de uma personagem 3D que se comporta
naturalmente.
Lil Miquela é, na realidade, é um dos principais
rostos do fenómeno “vtubers” ou “influenciadores” virtuais, uma
tendência que começou no Japão e que originalmente provinha do anime,
mas que já atravessou as fronteiras e acumulou milhões de seguidores em
todo o mundo. E isto, estimam os especialistas, é apenas o começo. De
forma simplificada, os ‘vtubers’ são avatares animados, quase sempre do
sexo feminino, mas o seu comportamento é idêntico ao dos ‘youtubers’
convencionais: falam com as câmaras sobre diferentes tópicos, mostraram
como jogar determinado jogo de vídeo ou promover uma determinada marca.
Além
disso, não estão limitados ao YouTube e também podem ser vistos em
redes como o Twitch, Instagram, TikTok ou Xiaohongshu (este último só
está disponível na China). Mais: a forma como ganham dinheiro é a mesma
que os tradicionais ‘youtubers’, através da monetização de conteúdos e
patrocínios.
É precisamente o que faz a própria Lil Miquela. A
sua presença Coachella foi na realidade uma colaboração com o YouTube
Music, à semelhança do que já havia feito com empresas como a Samsung e
marcas de luxo como a Prada e a Burberry. A sua criação remonta a 2016,
por via da start-up Brud, que conseguiu atingir uma valorização de 125
milhões de dólares antes de ser comprada pela Dapper Labs. O seu caso é
um dos mais bem sucedidos, mas também paradigmático da tendência, onde
por detrás destas personagens existe quase sempre uma empresa.
“Os
projetos são geralmente lançados por um criador visual individual, um
estúdio de design ou uma empresa que os lança como campanha para gerar
retorno económico com eles”, explica Cristóbal Álvarez, professor na
ESIC e especialista em marketing e mercados asiáticos ao jornal espanhol
El Confidencial.
“Têm muito sucesso entre os adolescentes, que criam quase uma espécie
de religião à sua volta e vêem-se algumas coisas realmente loucas. São
comunidades muito fortes e unidas.
O fenómeno começou há uma
década no Japão, um país onde é comum a animação desempenhar um papel
importante em comparação com personagens reais, algo que ajuda a
explicar o boom. Ami Yamato, considerada a primeira ‘vtuber’, começou a
carregar vídeos em 2011, embora hoje tenha um impacto muito modesto em
comparação com os que lhe seguiram.
O chefe de tendências do
YouTube, Kevin Allocca, explicou à BBC que o fenómeno “começou a ganhar
forma no final de 2017 e continua a crescer”. Contudo, hoje em dia é
difícil estabelecer quantos criadores deste tipo existem ou quanto
dinheiro movimentam, uma vez que quase não existem dados sobre o
assunto.
Um dos casos de maior sucesso foi o de Kizuna AI. A sua
popularidade disparou em 2018, quando excedeu um milhão de seguidores.
Hoje em dia tem vários canais e, neles, têm mais de seis milhões de
seguidores. Conseguiu também espalhar as suas audiências por todo o
mundo e não apenas pela Ásia, como é normalmente o caso.
O
fenómeno é tal que um destes criadores, Momosuzu Nene, foi incluído num
ranking na edição japonesa da revista “Playboy” há algumas semanas.
Também a Netflix, consciente do apelo que estas personagens podem ter
entre os fãs do anime, lançou o seu próprio vtuber, a N-ko Mei Kurono.
“É a nossa embaixadora oficial da Netflix Anime”, explicou a empresa,
que lhe deu um espaço onde interage com os seus fãs. A Barbie,
entretanto, estava à frente do seu tempo e lançou a sua própria criadora
digital em 2015, que já tem 10 milhões de seguidores no YouTube.
Mas porque estão as empresas tão empenhadas? “Elas
sabem como chegar às suas comunidades e produzir o conteúdo que funciona
melhor no momento certo, porque lidam com narrativas que só este tipo
de comunidade conhece. E, claro, fazem-no muito bem, o que é a chave para tudo”, responde o professor da ESIC.
Os
tentáculos do fenómeno espalharam-se também pelos Estados Unidos e pela
América Latina, onde já existem dezenas de criadores com milhões de
seguidores. “A Ásia está a ter uma influência cada vez maior na América
Latina, seja na economia ou na cultura, porque a consideram parte da
estratégica”, descreve Álvarez.
Mas, como fazer um avatar?
Mas como é que estas personagens funcionam na realidade? Geralmente,
através de animação em tempo real, onde os movimentos mais importantes
são os do rosto, do corpo e das mãos. Frequentemente, há uma pessoa do outro lado que dirige o avatar através de sensores, que podem ser físicos (conhecidos como ‘mocaps’) ou óticos (por exemplo, uma câmara que capta os movimentos e os reproduz).
Claramente, criar uma ‘vtuber’ de qualidade é mais caro
– pelo menos no início – do que ter um humano a falar com a câmara. É o
preço a pagar por não se ter as limitações de uma pessoa: não se cansa, não se é pago, não entra em controvérsia e pode manipular-se completamente o seu discurso. O investimento pode começar em 10 mil euros para um modelo inicial. A partir daí, o custo aumenta dependendo do nível de realismo que se pretende atingir.
Ao contrário de um adolescente que começa a gravar-se no seu quarto
com o seu telemóvel, o preço destas ferramentas significa que não estão
ao alcance de todos, a menos que sejam uma pessoa com conhecimentos técnicos.
“Normalmente, o resultado é bastante diferente em termos de qualidade,
movimento, locuções…. É bastante notável”, acrescenta Álvarez,
referindo-se a casos amadores. No entanto, existem aplicações gratuitas que fornecem resultados aceitáveis, tais como Avatoon, Star Idol ou Zepeto.
Mas poderão os criadores virtuais acabar por ser uma alternativa aos
seres humanos? O diretor da Avataria, uma empresa espanhola de criação
de avatares, sublinha que os avatares “podem ser tão humanos como se
quer”, pois podem ser gerados mais perto de um desenho animado ou de uma pessoa real em termos de estética, “mas também podem transmitir sentimentos”. “O que não parece real produz rejeição”, contrapõe.
É esta questão que leva Álvarez a considerar que, atualmente, “não podem substituir
um criador de carne e sangue”. Para este especialista, a chave reside
na ligação com o público, que tem vindo a aumentar, mas está muito longe
daquele que estrelas como Ibai Llanos ou Auron Play podem alcançar.
“Uma coisa é tornar-se moda e gerar comunidades de milhões de dólares,
mas o fator humano está perdido. Talvez daqui a 20 anos a programação
esteja a um nível diferente, mas neste momento não vejo a opção como viável“.
Biblioteca já manifestou a sua disponibilidade para receber
visitantes que estejam interessados em consultar a obra e, assim,
recolher mais informações sobre a sua possível origem.
O confinamento provocado pela pandemia da covid-19 deixou milhões de
pessoas circunscritas às suas casas e a maioria dos espaços públicos
vazios, longe da azáfama que anteriormente os caracterizava. As bibliotecas não foram exceção e o tempo em que permaneceram encerradas permitiu a descoberta de exemplares raros e que há muito se julgavam perdidos.
Por exemplo, uma miniatura da Bíblia apareceu na Biblioteca Central
de Leeds, localizada na maior cidade do condado de West Yorkshire,
durante este mesmo período. O pequeno livro sagrado inclui tanto o
antigo como o novo testamento e foi impresso em 876 páginas no que
correspondia ao tamanho de selo. No entanto, ninguém sabe de onde veio o
tesouro miniatura.
Com apenas 50 milímetros 35 milímetros, cerca do tamanho de uma moeda
de duas libras do Reino Unido, estima-se que a bíblia tenha sido
impressa em 1911. De acordo com um relatório do Daily Mail, Rhian Isaac,
bibliotecário sénior de colecções especiais da Biblioteca Central de
Leeds, disse que ninguém tem a certeza de onde veio o livro, com 876
páginas: “é um pouco misterioso, na verdade“.
Um artigo do site Biblio.com aponta que cerca de 200 livros em
miniatura sobreviveram desde o século XVI, incluindo “46 bíblias”. Em
1819, William Pickering (1796-1854) começou a produzir em massa livros
miniatura, pelo que pouco depois as editoras concorrentes começaram a
publicar também milhares de miniaturas. De acordo com o livro de Doris
Varner Welsh de 1987 The History of Miniature Books, na última metade do
século XIX, a imperatriz Eugenie, esposa de Napoleão III , possuía uma
coleção de livros em miniatura que, segundo consta, continha “entre 1800
e 2000 volumes”.
A pequena Bíblia descoberta em Leeds foi um dos 3.000 curiosos
artefactos redescobertos durante os confinamentos da covid-19, com a
maior parte dos quais a terem sido doados, acredita-se. Desta forma, as
origens da Bíblia em miniatura de Leeds permanecem envoltas em mistério.
Também entre as descobertas estava uma cópia de 1497 da Crónica de Nuremberga, aponta o Ancient Origins.
Esta enciclopédia altamente ilustrada da história mundial não só inclui
um guia de cidades antigas cristãs e seculares, como apresenta uma
série de criaturas mitológicas de todo o mundo.
Os bibliotecários esperam agora que a minúscula Bíblia em Leeds, e todos os outros artigos encontrados com ela, sejam apreciados por todos os visitantes e não apenas por académicos e investigadores.
A biblioteca anunciou que após um contacto telefónico a manifestar
interesse em visitar o espaço, os funcionários podem expôr os exemplares
e mostrá-los a grupos. O bibliotecário Rhian Isaac lembra também que
os livros foram feitos “para leitura” e que encorajam as pessoas a
entrar para os ver, em vez de os fecharem à chave.
Esta oferta ao público não se destina apenas a mostrar o livro e
atrair novas receitas turísticas: os funcionários da biblioteca esperam
ainda que alguém possa aparecer com informações sobre a origem da livra Bíblia miniatura.
O
cirurgião responsável pelo transplante admitiu que o vírus pode ter
contribuído para a morte de David Bennett, que recebeu o coração de
porco.
David Bennett recebeu um transplante de coração de porco geneticamente modificado, e morreu dois meses depois da cirurgia inovadora.
O
norte-americano recebeu o órgão infetado com um citomegalovírus suíno, o
que pode ter contribuído para a sua morte, a 8 de março.
David Bennett, de 57 anos, foi a primeira pessoa a viver graças a um órgão de porco. Na altura, a operação foi um sucesso, mas o estado de saúde do paciente começou a piorar um mês e meio depois.
Bartley
Griffith, cirurgião que liderou o transplante, revelou a deteção do
citomegalovírus durante uma palestra organizada pela American Society of
Transplantation, a 20 de abril.
“Estamos a começar a descobrir
porque é que ele morreu. Talvez o vírus tenha sido o ator que
desencadeou tudo”, explicou, citado pela revista norte-americana MIT
Technology Review, segundo o Diário de Notícias.
“Para nós, ele
era um paciente, não uma experiência. Tudo o que ele queria era viver.
Na verdade, era um homem muito engraçado. A caminho da operação, ele
olhou para mim e disse: ‘tem a certeza de que não posso conseguir um
coração humano?'”, relatou o cirurgião, defendendo-se das críticas.
David
Bennett concordou em fazer a cirurgia experimental, depois de ter sido
considerado inelegível para receber um coração humano. O paciente estava
diagnosticado com uma doença cardíaca grave.
O porco de onde
foi retirado o coração foi alterado geneticamente, para eliminar um gene
que produz um açúcar específico. De outra forma, o corpo do paciente
teria rejeitado o órgão, com uma forte resposta imune.
A alteração genética foi realizada pela Revivicor, uma empresa de biotecnologia, que também forneceu o porco usado num transplante de rim inovador, num paciente em morte cerebral em Nova Iorque, em outubro.
O
órgão foi mantido numa máquina de preservação antes da cirurgia,
enquanto a equipa utilizava medicamentos convencionais antirrejeição,
para evitar que o sistema imunitário rejeitasse o órgão.
Cerca
de 110 mil norte-americanos estão à espera de um transplante de órgão e
mais de 6 mil morrem a cada ano à espera de um, de acordo com dados
oficiais.
A
vitória histórica dos nacionalistas do Sinn Féin é o sinal de uma
reviravolta na política da Irlanda do Norte — e já se fala num possível
referendo à reunificação com a República da Irlanda.
Pela
primeira vez em 101 anos, o Sinn Féin pôde celebrar a vitória nas
eleições na Irlanda do Norte. O partido nacionalista que era o braço
político do IRA vai assim ter a maioria do parlamento e poderá apontar a
vice-presidente partidária, Michelle O’Neill, ao cargo de
primeira-ministra.
O partido conseguiu 27 dos 90 lugares do
parlamento. O Partido Unionista Democrático (DUP), que historicamente
governa esta nação que integra o Reino Unido ficou em segundo lugar, com
24 deputados.
Outra das surpresas da noite vai para o Partido
da Aliança, centrista e com tendência liberal. O partido não se assume
nem nacionalista nem unionista e duplicou a sua representação
parlamentar, elegendo 17 deputados.
“Hoje é o início de uma nova
era. Independentemente das origens religiosas, políticas ou sociais, o
meu compromisso é fazer a política funcionar”, prometeu a líder do Sinn
Féin, que pode vir a ser a primeira católica ao leme da Irlanda do
Norte.
A vitória do Sinn Féin é particularmente importante dado o
contexto histórico. Fundada em 1921, a Irlanda do Norte foi palco de
uma violenta guerra civil conhecida como The Troubles entre os
republicanos do IRA, que queriam a reunificação com a República da
Irlanda, e os unionistas, que defendiam a permanência no Reino Unido.
A
religião foi também um grande ponto de contenção no conflito que matou
mais de 3000 pessoas, com os republicanos a serem maioritariamente
católicos enquanto que os unionistas eram protestantes.
O
conflito chegou ao fim com o Acordo de Sexta-Feira Santa (1998), acordo
esse que foi também uma das grandes dores de cabeça nas negociações do
Brexit, devido ao receio de que o regresso de uma fronteira dura entre a
Irlanda do Norte e a República da Irlanda reacendesse o conflito. Referendo à reunificação à vista?
Dado
que a unificação da Irlanda do Norte com a República da Irlanda é a
maior bandeira política do Sinn Féin, esta vitória despoletou
especulações sobre um possível referendo.
Mas o
primeiro-ministro da República da Irlanda, Leo Varadkar, não acredita
que uma reunificação esteja à vista e acha que a vitória do Sinn Féin
“não aproxima necessariamente” o país de um referendo sobre esta
questão, especialmente tendo em conta que o partido terá de negociar com
o DUP para governar.
Para além disto, a nomeação de O’Neill
ainda não é certa, já que o DUP tem de concordar com a escolha e apontar
um vice-ministro-chefe — no sistema da Irlanda do Norte, estes cargos
têm de ser partilhados entre os partidos mais votados e o poder dos dois
é equivalente.
A Lei da Irlanda do Norte de 1998, que foi
criada depois da assinatura do Acordo de Sexta-feira Santa, também
estabeleceu que a Irlanda do Norte ficaria no Reino Unido e que não
sairá “sem a aprovação da maioria do povo da Irlanda do Norte“.
A
legislação determina ainda que o Secretariado da Irlanda do Norte em
Londres tem de concordar com a convocação de um referendo se a opinião
pública parecer favorável à reunificação das Irlandas, relata a BBC.
Este
factor é um trunfo para os nacionalistas, que podem argumentar que a
vitória do Sinn Féin reflecte uma tendência crescente na população para o
apoio à reunificação. Apesar disto, as sondagens mostram ainda que a
maioria dos irlandeses do norte quer continuar no Reino Unido.
Por
causa destes obstáculos, é provável que, por enquanto, a vitória do
Sinn Féin seja simbólica e que um referendo ainda não esteja para vir.
Canais de televisão alvos de ataque informático, com “recados”. Hoje, São Petersburgo voltou a ser Leninegrado.
9
de Maio. No denominado Dia da Vitória, as paradas militares na Rússia
multiplicam-se ao longo desta segunda-feira, como é habitual.
Esta
data assinala a vitória da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
(URSS) sobre a Alemanha de Hitler, na II Guerra Mundial, há 77 anos.
Para reforçar a ideia de regresso à União Soviética, muito repetida
desde que começou a guerra na Ucrânia, o canal televisivo Russia-24
referiu-se a São Petersburgo como Leninegrado (o seu nome anterior) e a
Yekaterimburgo como Sverdlovsk (também a sua designação durante a era
soviética).
Entre os festejos e os gritos de glória ao país e aos seus militares, apareceu (pelo menos) um cartaz dissidente.
Um
russo, jovem, exibiu um cartaz em Novosibirsk, com uma fotografia a
preto e branco de outro homem a tapar a cara, envergonhado, e com o
símbolo da bandeira da União Soviética no canto.
No cartaz
lia-se: “Tenho vergonha de vocês, meus netos. Nós lutámos pela paz,
vocês escolheram a guerra” – seria uma frase (ou real, ou criada) de
alguém que lutou durante os tempos da URSS e que condena a invasão à
Ucrânia.
O homem foi detido pelas autoridades, informa o canal NEXTA.
Também a 9 de Maio – e não será coincidência – alguns meios de comunicação social na Rússia foram alvos de ataque informático.
De
acordo com o Nexta, da Bielorrússia, houve ataques a quatro canais e
operadoras de televisão locais: MTS, NTV +, Rostelecom e Wink.
Nos
guias de programação, lia-se o recado: “Vocês têm sangue nas mãos.
Milhares de ucranianos e centenas dos seus filhos foram mortos. A
televisão e as autoridades mentem. Não à guerra”.
Os
meios de comunicação russos alegam que a Ucrânia está a usar “magia
negra” para impedir a invasão do Presidente Vladimir Putin.
O órgão de comunicação social estatal russo RIA Novosti
cita Ekaterina Dycerelatou, investigadora de culto, para relatar que as
forças armadas ucranianas na região oriental de Donbass praticam,
alegadamente, magia negra.
O relatório explicava que teriam sido
encontrados “sinais” de magia negra na sede da artilharia ucraniana, na
periferia de uma aldeia chamada Trekhizbenka, em Luhansk.
O RIA
Novosti publicou imagens daquilo a que chamou um “selo satânico” que
foi alegadamente encontrado nas paredes do quartel-general de uma
unidade militar.
Dyce contou ao jornal russo que o sinal era um símbolo mágico, “constituído por muitas linhas de interseção”, segundo a Newsweek.
“O
que significa é difícil de dizer com certeza, mas nele pode-se ver
tanto o sinal invertido de anarquia como parte do signo “CC”, runa zig,
como também é claramente visível no setor extremo esquerdo do círculo a
letra hebraica “zayin”, escrita em alemão, que significa espada ou
arma”, explica Dyce.
A especialista acredita que o símbolo é um
“símbolo mágico de forças negras”, que combina as ideias de anarquia,
armas e símbolos fascistas.
Dyce realçou ainda que o símbolo foi desenhado num movimento contínuo das mãos, e que aponta para a sua “natureza oculta”.
Sputnik,
uma agência noticiosa apoiada pelo Kremlin, relatou igualmente que
“vestígios de rituais de magia negra” tinham sido descobertos num
quartel-general militar ucraniano abandonado em Donbass, afirmando que
tinha sido encontrado um “símbolo mágico de forças negras” na parede.
A RIA Novosti noticiou também que foi encontrado um documento com informações sobre perdas em Donbass, coberto em sangue.
“Havia
marcas de sangue no documento, apesar de não haver tais vestígios em
mais lado nenhum”, relata. O relatório surge num momento em que o avanço
russo continua a debater-se com a resistência ucraniana.
Segundo
o jornal estatal Vedomosti, Sergey Kiriyenko, um alto funcionário
russo, ordenou recentemente aos governadores regionais que não
prometessem uma vitória rápida da Rússia ou que encorajassem falsas
expectativas de que a ofensiva de Putin na Ucrânia acabaria em breve.
Mais
de dois meses desde que Putin ordenou aquilo a que chama uma “operação
militar especial” na vizinha Ucrânia, a Rússia parece estar cada vez
mais a sofrer de escassez de oferta, com a moral das tropas em baixo, e
várias perdas militares.
Numa atualização dos serviços secretos
na segunda-feira, o Ministério da Defesa britânico disse ser provável
que mais de um quarto dos grupos táticos do batalhão russo na guerra na
Ucrânia tenham “tornado o combate ineficaz“.
“Algumas das
unidades de maior elite da Rússia, incluindo as Forças Aéreas VDV,
sofreram os mais altos níveis de atrito”, relata a atualização. “Levará
provavelmente anos até que a Rússia reconstitua estas forças”.
Cartazes dentro das carruagens tentam impedir os olhares indiscretos. Mas nem toda a gente concorda com esta iniciativa.
Já
ninguém via o Sol em Londres. Naquela noite, Bex tinha ido ao teatro.
Enquanto voltava para casa, passou por um episódio indesejado.
Estava
sentada numa carruagem do metro e um homem, sentado à sua frente,
começou a olhar na sua direcção, a admirar o seu corpo e a sua cara.
Nunca deixou de olhar, durante a viagem que durou cerca de 10 minutos.
“Eu olhava para o telemóvel, tentava olhar para qualquer lado. Menos para ele”.
Levantou-se
para sair só no último instante, na sua paragem habitual, mas mesmo
depois de sair do metro o homem foi atrás dela. Bex esperou mais uns
minutos na estação do metro e só depois foi para o autocarro.
Já
na paragem de autocarro, o homem ficou a menos de um metro de
distância. Sempre a olhar para Bex – que fugiu pelas escadas, a correr.
Aí o homem ficou ao longe, mas a acenar.
Lucy Thorbun estava a
viajar de metro em Londres, logo a começar a manhã, quando um homem
começou a olhar ininterruptamente para ela.
Foram 25 minutos. O
homem “não tirou os olhos” de Lucy durante toda a viagem: “Após 10
minutos comecei a sentir-me muito incomodada”.
No primeiro caso,
Bex ainda pensou que estava a exagerar. Mas, por coincidência (ou não),
no seu ângulo de visão, por cima do homem estava um cartaz contra o
staring.
Ou seja, contra os mirones, contra as pessoas
(sobretudo homens) que olham de forma indiscreta e intensiva para outras
pessoas, especialmente durante viagens ou em paragens de transportes
públicos.
“E ver isso fez-me sentir que tenho o direito de me sentir incomodada“, continuou Bex, em declarações recolhidas pela BBC.
Esta
campanha, apoiada (entre outros) pelo presidente da Câmara Municipal de
Londres e pela polícia local, avisa: “Os olhares intensivos de natureza
sexual é assédio sexual e não é tolerado”.
Os cartazes, que
foram colocados dentro de carruagens do metro da capital, apelam às
vítimas que denunciem os casos – que envolvem não só olhares, mas também
como assobios e exibição de partes íntimas. Os responsáveis têm feito
uma lista dos casos, para elaborarem um mapa com as ocorrências.
O
objectivo é “enfrentar a normalização desses comportamentos”, explicou a
Transport for London, que gere os transportes públicos na cidade
inglesa.
Já houve uma detenção, não em Londres, mas em Reading,
onde um homem foi condenado a 22 semanas de prisão porque estava sempre a
olhar para uma mulher num comboio, tendo até impedido a sua saída do
transporte.
Em relação aos cartazes, tem havido uma reacção
positiva, com pessoas a elogiar esta campanha porque evidencia um
problema que – essencialmente – muitas mulheres atravessam, muitas vezes
no silêncio.
Por outro lado, também já surgiram críticas: “A
criminalização de olhar para outras pessoas num espaço público é
preocupante”, lê-se no The Spectator.
“Olhar fixamente para
alguém pode não parecer “muito mau” para alguns, mas pode ser o começo
de algo mais. Já fui alvo desse tipo de olhares e logo depois me
seguiram”, comentou Lucy Thorbun.
A Mission-Aransas National Estuarine Research Reserve (NERR) é
responsável por assegurar a proteção da flora, da fauna e da qualidade
de água no Texas. No entanto, está agora ocupada com algo menos
orgânico: bonecas enterradas na areia.
Jace Tunnell foi o
primeiro a encontrar as bonecas de plástico numa reserva científica no
Texas, em janeiro de 2021. Desde então, recuperou pelo menos 30
brinquedos em condições variáveis.
A equipa de Tunnel partilhou a
fotografia do primeiro brinquedo encontrado nas redes sociais e um
utilizador pagou 35 dólares pela cabeça da boneca. A equipa doou o valor
a um fundo de salvamento de tartarugas marinhas.
Todos os
objetos encontrados são partilhados no Facebook e, desde que as bonecas
começaram a aparecer recorrentemente na rede social, o número de
seguidores aumentou bastante. O mais assustador, segundo Tunnell, é que
nenhuma boneca tem cabelo.
Os cientistas analisaram os objetos
após constatarem que a região recebe 10 vezes mais lixo do que as praias
do Golfo do México, na Florida e no Mississippi.
A culpada é
uma “corrente em loop” que cria vários redemoinhos, traz uma montanha de
lixo e detritos para as praias do Texas e causa muita poluição.
Enquanto
continua os seus esforços para limpar o lixo e manter as praias
imaculadas, a equipa de Tunnell decidiu ficar com todas as bonecas e
leiloá-las todos os anos numa angariação de fundos.
Além de
terem tornado a poluição desanimadora em algo bom e com propósito, os
cientistas conseguem passar tempo nas praias enquanto ajudam o ambiente.
A
estátua tem 43,5 metros de altura e será assim a terceira estátua de
Jesus Cristo mais alta do mundo. A cidade de Encantado espera que a
criação se torne uma atração turística.
A localidade brasileira
de Encantado, no estado do Rio Grande do Sul, é agora o lar de uma nova
estátua gigante de Jesus Cristo que rivaliza com a altura do famoso e
imponente Cristo Redentor que domina a paisagem do Rio de Janeiro.
Já
desde 2019 que o Cristo Protetor de Encantado estava a ser construído e
a obra chegou finalmente ao fim. Feita com cimento e aço, a estátua tem
43,5
metros, sendo 4.9 metros mais alta do que o Cristo
Redentor, e o seu design é da autorida do escultor Genésio Gomes Moura e
do seu filho Markus Moura.
O Cristo Protetor entra assim no
pódio da lista das estátuas de Jesus Cristo mais altas do mundo, ficando
no terceiro lugar e sendo apenas batido por uma estátua que está a ser
construída no México (76 metros) e uma outra na Polónia (52 metros).
Num
comunicado no site da obra, pode ler-se que a estátua ficou pronta no
final de Abril, mas o complexo turístico nas suas imediações só será
concluído no início de 2023, relata a CNN.
Ainda
também falta ser instalado um elevador dentro da estátua que levará os
visitantes ao topo do Cristo e os presenteará com a vista sobre as
colinas.”Será uma abertura de vidro onde as pessoas poderão filmar e
fotografar o vale”, explica Artur Lopes de Souza, supervisor do projeto.
A envergadura dos braços é de 39 metros e o seu peso total
previsto é de 1.700 toneladas. O custo total da obra é de 2 milhões de
reais (379 mil euros). Já são admitidas visitas aos sábados e domingos.
A
esperança de Encantado é de que a estátua se torne uma atração
turística, tal como Cristo Redentor, com um foco especial nos mercados
argentino e uruguaio, já que a cidade fica perto da fronteira com estes
dois países.
No
anúncio, um gerente afirmava que não ia contratar funcionários jovens. O
tema tornou-se viral nas redes sociais e incendiou um aceso debate
sobre os direitos laborais nos Estados Unidos.
A cadeia de lojas
de desconto Dollar Tree viu o seu nome em maus lençóis esta semana nos
meios de comunicação norte-americanos. Em causa está um anúncio de
emprego que um gerente em Bremen, no estado do Indiana, colocou na loja,
onde se queixa que teve de fechar depois de dois jovens funcionários se
terem demitido.
“Peço desculpa por fecharmos OUTRA VEZ. As
minhas duas funcionárias na caixa demitiram-se porque lhes disse que os
seus namorados não podiam estar aqui durante os turnos. Não contratem a
geração Z. Eles não sabem o que é trabalhar. Estamos a CONTRATAR. APENAS
Baby Boomers. Obrigado”, pode ler-se no sinal, que se tornou viral nas
redes sociais.
O anúncio foi partilhado no TikTok e incendiou
um intenso debate, com acusações de discriminação e acusações de que a
razão pela qual a empresa não consegue reter os funcionários é as más
condições de trabalho. A geração Z refere-se aos nascidos entre 1997 e
2012.
“Eles só querem pessoas que estão desesperadas ou
demasiado cansadas para lutar por qualquer mais do que salários de
pobreza”, escreveu um utilizador. “Na altura deles, as empresas podiam
aproveitar-se de nós e as pessoas chamavam a isso trabalho sério”,
criticou outro.
Actualmente, a Dollar Tree paga nove dólares
por hora — um salário que muitos consideram insuficiente. Nos Estados
Unidos, o salário mínimo federal é de 7,25 dólares por hora e já não é
aumentado desde 2009.
Um funcionário que trabalhe 40 horas por
semana a ganhar o salário mínimo recebe apenas cerca de 15 080 dólares
por ano, um valor abaixo do limiar da pobreza para famílias de dois (18
310 dólares).
O candidato presidencial Bernie Sanders, que era
um favorito entre os mais jovens, tornou a promessa da subida do salário
mínimo para 15 dólares por hora uma das bandeiras da sua campanha. Joe
Biden também defendeu o valor durante a corrida à Casa Branca, mas a
promessa ainda está por cumprir.
Os dados
do Centro de Investigação Económica e Política revelam ainda que se o
salário mínimo tivesse acompanhado a evolução da inflação e da
produtividade, estaria agora nos 23 dólares por hora.
A pandemia
despoletou também uma enorme onda de demissões nos Estados Unidos e há
um movimento crescente entre os mais jovens que não sonham com o
trabalho e rejeitam a cultura do consumismo capitalista. Na China, o
Governo está preocupado com a popularidade do movimento Tang ping, que
incentiva os jovens a simplesmente ficarem deitados.
A Dollar
Tree sofre também já há muito com a rotação constante dos funcionários e
em 2019 este foi até um problema que o CEO ficou encarregado de
resolver. A empresa já foi alvo de vários processos colectivos sobre os
horários de trabalho e os salários, o que indica que a insatisfação dos
trabalhadores é uma constante.
Em resposta à polémica, a Dollar
Tree adiantou que o gerente em questão já não está no cargo, mas não
adianta se este se demitiu ou foi despedido. “Claro, nós NÃO temos uma
política contra a contratação de trabalhadores da geração Z”, revelou
Randy Guiler, vice-presidente das relações de investimento da empresa, à
CBS.
Na cidade de Sambuca, na Sicília, é cada vez mais provável passear nas ruas estreitas e ouvir-se o sotaque norte-americano.
A região ganhou reputação como um dos primeiros lugares no país a vender casas antigas por um euro. Agora, segundo a CNN,
está a tornar-se uma espécie de “Pequena América”, depois de uma onda
de norte-americanos se terem mudado para a cidade após terem adquirido
propriedades por uma autêntica pechincha.
A cidade siciliana
começou a atrair compradores estrangeiros em 2019 quando começou a
vender casas por 1 euro cada. Mais tarde, em julho do ano passado,
colocou à venda mais 10 edifícios antigos por um simbólico preço de 2
euros.
Em novembro, altura em que terminou o segundo prazo das
candidaturas, a Câmara Municipal foi novamente inundada com centenas de
pedidos de compradores estrangeiros interessados. As casas acabaram por
ser leiloadas, com um valor entre 500 e 7.000 euros.
O
vice-presidente revelou ao diário que quase todos os novos compradores
são da América do Norte. “Digamos que quase 80% das pessoas que nos
escreveram, se candidataram e participaram neste segundo leilão ou vêm
dos Estados Unidos ou são norte-americanas”, disse Giuseppe Cacioppo.
“Há
muito interesse por parte dos compradores americanos e felizmente não
está a decair. A pandemia tem sido um desafio para a realização desta
nova venda, mas temos tido sorte. Tudo correu bem”, acrescentou o
responsável da autarquia.
Além do objetivo principal – adquirir
um retiro de férias a um preço reduzido –, os compradores queriam
também ajudar a reanimar a aldeia e a sua economia.
David
Waters, um empresário de Idaho, quer renovar as suas casas sicilianas
recém-adquiridas através de crowdfunding para, depois, as oferecer.
“Eu
queria criar uma forma de os novos investidores apoiarem comunidades
mais pequenas como Sambuca”, justificou o norte-americano. “Quero tornar
possível que alguém que deseje realizar o seu sonho de possuir um
pedaço da história italiana possa fazer exatamente isso.”
Crescem
os rumores de um golpe de Estado na Rússia, levado a cabo por
ex-agentes da KGB, para matar Vladimir Putin e acabar com a guerra na
Ucrânia.
O Kremlin tem garantido que Vladimir Putin não tem qualquer problema de saúde, mas o presidente da Rússia deverá ser operado em breve, segundo relatos do canal de Telegram General SVR. A justificação é que o Presidente russo está a lutar contra um cancro.
Novos
rumores sugerem agora que vários ex-generais e funcionários da KGB
estão a preparar-se para derrubar Vladimir Putin e acabar com a guerra
na Ucrânia. Um golpe de Estado parece-lhes ser a melhor solução numa
altura em que começam a ver a invasão da Ucrânia como um erro de
julgamento por parte do líder russo.
Vários analistas e relatos
dos órgãos locais dizem que o chefe do FSB está frustrado com a falta de
progresso militar na Ucrânia e que está a juntar forças para o golpe de
Estado. No cerno deste movimento está o grupo Siloviki, que é composto
por ex-oficiais do FSB ativos na política russa.
“Esta é a
primeira vez que os Siloviki estão a distanciar-se do Presidente. O que
abre todo o tipo de possibilidades”, disse o especialista em segurança
russo Andrei Soldatov.
Durante a operação de Putin, será Nikolai
Patrushev quem vai passar a liderar a Rússia e todo o processo da
guerra na Ucrânia. Patrushev foi chefe da polícia federal russa e é o
líder do Conselho de Segurança da mesma entidade.
Nikolai
Patrushev é descrito como a “pior opção” possível para ocupar o cargo de
Putin. “É um vilão absoluto e não é melhor do que Putin. Além disso, é
mais astuto e mais traiçoeiro. Se chegar ao poder, os problemas dos
russos só se vão multiplicar”, lê-se no canal General SVR.
O
antigo general norte-americano Jack Keane disse que Putin “fará qualquer
coisa” para permanecer no poder, pois sabe que a alternativa seria a
sua “morte”.
Segundo o The Sun, Putin já está a preparar-se para um possível golpe militar depois de expurgar 150 espiões devido à invasão da Ucrânia.
O
analista russo Alexey Muraviev já tinha alertado que Putin enfrenta um
potencial golpe dentro dos seus serviços militares e de inteligência.
Muraviev disse à Sky News Australia que o golpe pode acontecer porque
querem tentar vencer a guerra — e não para travar a agressão na Ucrânia,
ao contrário de outros relatos.
“Acho que houve tensões entre a
Rússia e a comunidade de inteligência e o presidente da Rússia,
Vladimir Putin”, disse Muraviev.
“Acho que este tipo de
narrativa falsa foi-lhes apresentada pelo Comandante Supremo e, depois
de o tiro sair pela culatra quando os russos começaram a sofrer fortes
perdas, Putin começou a culpar silenciosamente os serviços de
segurança”, acrescentou.
Na SIC Notícias,
José Milhazes explicou que se vive um clima de paranoia na Rússia. O
jornalista argumenta que um hipotético golpe de Estado na Rússia poderia
colocar na liderança alguém muito mais eurocético e anti-Ocidente que
Vladimir Putin.
Milhazes apontou também que a onda de
desinformação e forte opressão policial e mediática tem levado a uma
proliferação de teorias sobre uma queda hipotética de Putin.
“Forma-se
uma grande paranoia terrível, que leva agora ao aparecimento das mais
diversas teses. Que Putin está doente, que vai haver um golpe de Estado…
Tenta ver-se quem está a organizar um golpe de Estado e começa-se a
entender que, se for aquele que indicam, valha-nos nossa senhora porque é
pior que o Putin”, atirou.