Uma jovem inglesa de 22 anos, que
fingiu ter um cancro terminal, foi condenada a dois anos e oito meses de
prisão, após ter destruído a carreira e o casamento de uma professora
que a acolheu por acreditar que a aluna não tinha quem cuidasse dela.
"Estranho" e
"perturbador" foi como o juiz Christopher Harvey Clark descreveu o caso
que foi a julgamento na passada sexta-feira, em Inglaterra, em que a
jovem Elisa Bianco, de 22 anos, foi condenada a dois anos e oito meses
de prisão por ter criado uma teia de mentiras e manipulado e perseguido a
professora Sally Retallack, de 49 anos, destruindo-lhe a carreira e o
casamento.
Segundo o
"Daily Mail", a jovem Elisa Bianco conheceu a professora quando tinha
apenas 16 anos e se inscreveu num curso de saúde e apoio social no St.
Austell College, em Cornwall.
A professora Sally Retallack deixou-se manipular pela aluna ao pensar que esta tinha apenas três meses de vida
A teia de mentiras começou pouco
depois de conhecer a docente, que se tornou sua tutora no segundo ano do
curso. Alegando que a mãe e o padrasto, com quem vivia, eram
alcoólicos, começou a recorrer à docente sempre que tinha problemas e,
um dia, apareceu com um olho roxo que atribuiu à mãe. Sally Retallack
deu-lhe, então, a morada de sua casa e, pouco tempo depois, a jovem
batia-lhe à porta. Acabou por ficar a viver na casa da professora,
casada e mãe de quatro filhos, durante uns meses e, após sair, regressou
três semanas depois.
Entre as muitas histórias que inventava para
permanecer na casa da docente, em 2013 disse que tinha um cancro nos
rins. Compadecendo-se com a situação de Elisa, a professora levava-a
diariamente ao Royal Cornwall Hospital, onde dizia estar a ser
acompanhada, e de onde trazia cartas forjadas a relatar a sua condição
clínica.
Segundo a acusação, citada pelo "Daily Mail", a jovem
disse que a sua condição de saúde se estava a deteriorar e que teria
apenas três meses de vida, o que levou a docente a deixar o trabalho
para se dedicar a cuidar dela 24 sobre 24 horas, fazendo-lhe mesmo uma
festa de despedida e realizando os seus últimos desejos. A dedicação a
Elisa e a dependência desta terá contribuído para o final do casamento
da professora e levado afastamento de todos aqueles que lhe eram próximos.
A manipulação e maldade da jovem chegou ao ponto de arranjar um perfil
falso de um homem com com quem a professora começou a trocar emails e a
ter uma relação emocional mais íntima, mas antes que se pudessem
encontrar a jovem viria a "matá-lo" com um cancro no pulmão.
Sally
Retallack, agora a tentar refazer a vida em França, só viria a
descobrir a verdade em agosto de 2013, quando foi ao hospital e
descobriu que ninguém pessoal médico conhecia Elisa.
Quando interrogada pela polícia, um mês depois de descoberta a verdade, a jovem confessou tudo.
Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/MundoInsolito/Interior.aspx?content_id=4947713&page=2
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