Imagem registrada pelo satélite SDO, da NASA, mostra o Sol em dois momentos diferentes. No registro de 2012 a estrela era uma máquina de explosões solares e as proeminências dominavam a borda da estrela. Na cena de 2018 o Sol é uma bola lisa, sem nenhuma anomalia significativa.
Em fevereiro de 2019, o número total de manchas observáveis que cruzaram a superfície solar foi zero e esse número é muito abaixo da média mensal de longo prazo. O Sol está estranhamente passivo há alguns tempo e nem de longe lembra aquela máquina de explosões observada há 11 anos.
Essa passividade solar, sem muita atividade, não se reflete apenas no aspecto visual morno da nossa estrela. De acordo com os cientistas espaciais, essa inatividade já pode estar associada a uma superfície mais escura, com buracos coronais maiores e mais estáveis e com a intensidade média do vento solar reduzida.
Embora a variação de luminosidade seja parte natural do ciclo solar, a diminuição da irradiação e nível de atividade observada por satélites pode, segundo alguns estudos, afetar a química da atmosfera superior e alterar os padrões climáticos globais.
Assim, uma das consequências diretas da redução do fluxo solar é o resfriamento da termosfera (a atmosfera externa da Terra), produzindo redução do arrasto nos satélites que circundam a Terra em orbita baixa. A Estação espacial Internacional, por exemplo, vem necessitando de maior número de manobras de reposicionamento do que era necessário há uma década.
De acordo com os pesquisadores, a baixa atividade da estrela já reduziu o brilho da fotosfera em 0,1% e apesar de parecer um número pequeno, medido apenas por instrumentos de alta precisão, esse valor é muito expressivo. Normalmente, a Terra recebe 1361 Watts por metro quadrado de energia proveniente da estrela. Considerando que a Terra tem 560 milhões de quilômetros quadrados, a perda de energia diária representa mais que a soma de todas as fontes energéticas terrestres juntas, incluindo as gerações naturais e artificiais.
O gráfico mostra o SSN (número de manchas solares) ao longo do tempo, até 2019
Ciclo Solar
A cada 11 anos, aproximadamente, o Sol passa por momentos alternados de alta e baixa atividade eletromagnética, conhecidos por mínimos e máximos solares. Esse período é chamado de ciclo solar ou de Schwabe e desde que as observações começaram a ser feitas já foram contados 24 ciclos até o ano de 2018.
Inverno Implacável
Entre 1645 e 1715, o Sol passou por um estranho período, com atividade quase nula. Durante 70 anos, as manchas solares se tornaram extremamente raras e o ciclo de 11 anos parecia ter se rompido. Coincidência ou não, esse período de enfraquecimento coincidiu com uma série de invernos implacáveis que atingiram o hemisfério Norte.
Esse período no comportamento do Sol ficou conhecido como Mínimo de Maunder e até hoje os cientistas não sabem ao certo como ele foi disparado e nem se de fato realmente influenciou o clima na Terra.
Por razões ainda não compreendidas, o ciclo de manchas solares se normalizou no século 18, voltando ao período normal de 11 anos.
Fonte: https://www.apolo11.com/spacenews.php?titulo=Onde_foram_parar_as_manchas_solares__O_Sol_esta_morrendo_&posic=dat_20190306-102531.inc
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