Conhecido por ser referência em tecnologia e em retratos urbanos
modernos, o território japonês sempre surpreende com seus novos
conceitos, mantendo-se no topo das mais avançadas sociedades
contemporâneas. E um dos grandes exemplos paisagísticos
que retratam essa realidade é o edifício comercial Gate Tower Building,
localizado em Fukushima-ku, Osaka — marcante por sua arquitetura
curiosa e pouco convencional.
O prédio de 16 andares é literalmente cortado por uma movimentada
rodovia estadual que atravessa o quinto, o sexto e o sétimo pisos da
construção sem qualquer tipo de contato com as dependências do edifício.
Além disso, a Hanshin Expressway não transmite ruídos para os
visitantes e funcionários do local, resultando em uma experiência
acústica única em que, muitas vezes, a presença da estrada sequer se
torna perceptível.
O prédio
chama a atenção de longe; um verdadeiro cartão-postal e um dos
monumentos marcantes para o distrito de Osaka, conhecido por suas
inovações arquitetônicas.
Quem veio primeiro: a estrada ou o edifício?
Como resultado de uma disputa territorial que chegou a durar quase 5
anos, a construção da Hanshin Expressway e do Gate Tower Building passou
de um dilema empresarial para uma consequência estrutural de indecisões
envolvendo o governo japonês e a Suezawa Sangyo, empresa de carvão e
madeira proprietária do terreno que detinha o alvará do local desde a Era Meiji.
Em 1983, então, quando houve a autorização governamental para
reconstruir o território, um duelo envolvendo as duas autoridades teve
início, já que o governo japonês
havia confirmado que o local seria palco para a construção de uma
enorme rodovia estadual. Dessa forma, sem qualquer tipo de cessão, a
Suezawa Sangyo resistiu firmemente nos seus propósitos de impedir a
elevação da estrada, alertando as autoridades que seu edifício comercial
iria ser instalado ali, de uma forma ou de outra.
Após anos de negociação para decidir quem, de fato, ocuparia o
terreno de Fukushima-ku, os lados entraram em comum acordo e ficou
decidido que ambos teriam direito à construção no local, mantendo os
projetos originais porém com uma "leve" alteração que, futuramente, se
destacaria como uma atração única, que perdura desde 1989.
https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115458-predio-japones-e-atravessado-por-uma-rodovia-estadual.htm
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