Depois das duras sanções aplicadas pelos Estados Unidos, a gigante chinesa Huawei está agora a aplicar as suas tecnologias noutros negócios, que incluem a suinicultura e o carvão, procurando diversificar as suas fontes de rendimento.
A tecnológica, recorde-se, foi impedida de aceder a componente vitais e de realizar negócios com várias empresas, incluindo a Google, depois de o Governo do antigo Presidente norte-americano Donald Trump a ter considerado uma ameaça nacional.
O antigo líder da Casa Branca sugeriu que a Huawei pode partilhar dados dos clientes com o Governo chinês, alegação que a empresa negou repetidamente. Com as sanções, as vendas de smartphones caíram 42% no último trimestre de 2020.
Com o mercado dos telemóveis inteligentes em queda, a empresa procura agora diversificar as suas fontes de rendimento, aplicando as suas ferramentas tecnológicas a novos negócios, incluindo a suinicultura, conta a emissora britânica BBC.
A Huawei está a ajudar os produtores chineses a modernizar as suas instalações com a introdução de sistemas de Inteligência Artificial (IA) para detetar doenças e rastrear porcos. A tecnologia de reconhecimento facial pode identificar os animais individualmente, enquanto uma outra tecnologia controla o seu peso, dieta e atividade diária.
Outros gigantes chineses da tecnologia, incluindo a JD.com e a Alibaba, já estão a trabalhar com criadores de porcos na China para incluir novas tecnologias nos processos de criação de suínos. O país asiático, recorde-se, possui a maior indústria de suinicultura do mundo, abrigando metade dos suínos vivos de todo o mundo.
“A suinicultura é mais um exemplo de como tentamos revitalizar algumas indústrias tradicionais com tecnologias de ICT (Tecnologia da Informação e Comunicação) para criar mais valor para as indústrias na era 5G”, disse o porta-voz da Huawei.
Mas a suinicultura não é o único negócio que a Huawei tem debaixo de olho para diversificar as suas fontes de rendimento: no início de fevereiro, o fundador e presidente-executivo da gigante tecnológica, Ren Zhengfei, anunciou a criação de um laboratório de inovação em mineração carvão na província de Shanxi, no norte da China.
O objetivo passa por desenvolver tecnologias projetadas para minas de carvão que levarão, consequentemente, a “um menor número de trabalhadores, maior segurança e maior eficiência”, permitindo as mineiros “usar fato e gravata no trabalho”.
O mesmo responsável acrescentou ainda que a empresa está a expandir a sua capacidade noutros produtos de consumo, como televisões, computadores e tablets.
“Podemos sobreviver mesmo sem depender das vendas de telemóveis“, afirmou, acrescentando que é muito improvável que os Estados Unidos retirem a Huawei da lista negra que impede empresas norte-americanas de trabalhar com a gigante chinesa.
https://zap.aeiou.pt/huawei-aposta-na-suinicultora-382266
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