Um novo estudo revelou que, há cerca de 84 milhões de anos, a Terra sofreu uma inclinação de 12 graus, contrariando a teoria de que o eixo de rotação do planeta tem sido estável nos últimos 100 milhões de anos.
Através de satélites, é possível documentar “a derrapagem polar (TPW), ou reorientação planetária” da Terra, de outros planetas e das suas luas, mas “testar a sua prevalência no passado é complicado devido aos movimentos simultâneos das placas tectónicas”, escreveram os responsáveis pelo estudo, publicado na Nature Comunications.
“Apresentamos um novo registo paleomagnético de duas secções estratigráficas sobrepostas (em relação às camadas de rocha e estratificação) em Itália. Esta observação representa a mais recente TPW em grande escala documentada e desafia a noção de que o eixo de rotação tem sido estável nos últimos 100 milhões de anos”, acrescentaram.
De acordo com o Interesting Engineering, é possível verificar os locais onde estavam as placas tectónicas há milhões de anos, observando os dados paleomagnéticos. P
aleomagnetismo é o estudo do campo magnético da Terra através das rochas, sedimentos ou materiais arqueológicos.
Os autores recolheram calcário antigo de Itália e analisaram o seu alinhamento magnético, descobrindo que a crosta terrestre estava a mover-se cerca de 3 graus a cada milhão de anos durante as suas inclinações.
Os investigadores escreveram ainda que os seus dados confirmaram não apenas uma única mudança de inclinação neste período, mas uma oscilação de inclinação de “ida e volta”, onde o pólo excede e depois retorna à sua posição original.
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