Apresentado o primeiro relatório sobre o impacto global da guerra na Ucrânia nos sistemas de alimentação, energia e finanças.
Esta quarta-feira foi apresentado o primeiro relatório do Grupo Global de Resposta a Crises sobre o impacto global da guerra na Ucrânia nos sistemas de alimentação, energia e finanças.
António Guterres esteve presente no evento, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), e sublinhou que estamos perante uma “tempestade perfeita”. Ou seja, juntando os factores crise sanitária (COVID-19) e clima de paz e segurança, as nações em desenvolvimento estão ameaçadas.
O secretário-geral das Nações Unidas compreende o foco dado aos ucranianos mas a guerra está a criar dificuldades a nível global. E a pobreza, a fome e a instabilidade já estavam a aumentar antes do conflito.
Guterres lembrou que a guerra agravou a situação que muitos países em desenvolvimento já atravessavam por causa da COVID-19. E estão a começar agora encargos históricos da dívida e uma inflação crescente.
O relatório apresentado em Nova Iorque deixa o alerta: a situação bélica na Ucrânia pode fazer com que a pobreza, a miséria e a fome atinjam 1,7 mil milhões de pessoas. Ou seja, mais de 20% da população mundial.
Esta possibilidade está fortemente relacionada com o facto de a Ucrânia e a Rússia serem exportadores importantes de trigo, cevada, milho e óleo de girassol – essenciais para populações de países mais pobres.
O cenário piora porque a crise de financiamento também afecta o Programa Mundial de Alimentos, que não tem recursos suficientes para alimentar pessoas em regiões vulneráveis, como Iémen, Chade e Níger.
“Há uma correlação direta entre o aumento dos preços dos alimentos e a instabilidade social e política. E o mundo não pode permitir isso, é necessário agir imediatamente”, avisou António Guterres, que acredita que esta situação vai deixar “cicatrizes profundas e duradouras”.
O relatório da ONU pede às instituições financeiras internacionais que libertem financiamento para os países mais vulneráveis e que ajudem os governos dos países em desenvolvimento a investir nos mais pobres e vulneráveis.
E há outro lado deste cenário: a ONU acredita que a crise pode ser uma oportunidade para o planeta, dando o exemplo de uma eventual implementação acelerada de energias renováveis (iria suavizar o aumento de preços da energia e iria tornar a Terra mais limpa).
https://zap.aeiou.pt/populacao-mundial-miseria-guterres-onu-473466
Esta quarta-feira foi apresentado o primeiro relatório do Grupo Global de Resposta a Crises sobre o impacto global da guerra na Ucrânia nos sistemas de alimentação, energia e finanças.
António Guterres esteve presente no evento, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), e sublinhou que estamos perante uma “tempestade perfeita”. Ou seja, juntando os factores crise sanitária (COVID-19) e clima de paz e segurança, as nações em desenvolvimento estão ameaçadas.
O secretário-geral das Nações Unidas compreende o foco dado aos ucranianos mas a guerra está a criar dificuldades a nível global. E a pobreza, a fome e a instabilidade já estavam a aumentar antes do conflito.
Guterres lembrou que a guerra agravou a situação que muitos países em desenvolvimento já atravessavam por causa da COVID-19. E estão a começar agora encargos históricos da dívida e uma inflação crescente.
O relatório apresentado em Nova Iorque deixa o alerta: a situação bélica na Ucrânia pode fazer com que a pobreza, a miséria e a fome atinjam 1,7 mil milhões de pessoas. Ou seja, mais de 20% da população mundial.
Esta possibilidade está fortemente relacionada com o facto de a Ucrânia e a Rússia serem exportadores importantes de trigo, cevada, milho e óleo de girassol – essenciais para populações de países mais pobres.
O cenário piora porque a crise de financiamento também afecta o Programa Mundial de Alimentos, que não tem recursos suficientes para alimentar pessoas em regiões vulneráveis, como Iémen, Chade e Níger.
“Há uma correlação direta entre o aumento dos preços dos alimentos e a instabilidade social e política. E o mundo não pode permitir isso, é necessário agir imediatamente”, avisou António Guterres, que acredita que esta situação vai deixar “cicatrizes profundas e duradouras”.
O relatório da ONU pede às instituições financeiras internacionais que libertem financiamento para os países mais vulneráveis e que ajudem os governos dos países em desenvolvimento a investir nos mais pobres e vulneráveis.
E há outro lado deste cenário: a ONU acredita que a crise pode ser uma oportunidade para o planeta, dando o exemplo de uma eventual implementação acelerada de energias renováveis (iria suavizar o aumento de preços da energia e iria tornar a Terra mais limpa).
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