O
líder dos serviços de informações da Ucrânia, Kyrylo Budanov, alegou
que Vladimir Putin terá planos para dividir a Ucrânia em duas, numa
situação semelhante à Coreia do Sul e Coreia do Norte.
Os dois países asiáticos costumavam ser um só, mas depois da Segunda Guerra Mundial dividiram-se em dois: a Coreia do Sul sob influência capitalista dos EUA e a Coreia do Norte sob influência socialista da antiga União Soviética.
“Na verdade, isto é uma tentativa de criar uma Coreia do Norte e uma Coreia do Sul na Ucrânia”, disse Budanov, citado pelo Observador, adiantando que “vai começar em breve” uma fase de combates de guerrilha nas cidades ucranianas. “Aí, só haverá um cenário relevante para os russos: como sobreviver”.
A Rússia mantém o controlo de algumas cidades da região oriental da Ucrânia, mas ainda não conseguiu conquistar nenhuma cidade decisiva. As dificuldades sentidas podem ter contribuído para este plano de última instância do Presidente russo.
Enquanto isso, o líder da autoproclamada República Popular de Luhansk disse que poderá realizar um referendo para se tornar parte da Rússia.
“Acho que num futuro próximo um referendo será realizado no território da república, durante o qual as pessoas vão expressar as suas opiniões sobre aderir à Federação Russa”, disse Leonid Pasechnik, citado pelas agências noticiosas russas.
“Falsos referendos nas zonas ocupadas da Ucrânia são nulos e sem efeito. Nenhum país do mundo irá alguma vez reconhecer a mudança pela força das fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia”, escreveu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Oleg Nikolenko, no Twitter.
Delegações da Rússia e da Ucrânia vão encontrar-se de novo na Turquia entre segunda-feira e quarta-feira, numa nova ronda de negociações presenciais, anunciou David Arakhamia, um dos negociadores ucranianos.
O chefe da equipa de negociadores russos, Vladimir Medinski também confirmou, citado pelas agências noticiosas do país, uma nova ronda de conversações mas disse que iriam decorrer entre terça-feira e quarta-feira, sem precisar o local.
“No decurso das discussões de hoje por videoconferência, foi decidido realizar a próxima ronda presencial na Turquia de 28 a 30 de março”, indicou David Arakhamia na sua página Facebook.
Uma sessão de negociações russo-ucranianas na presença das duas partes já decorreu em 10 de março em Antália, na Turquia, a nível dos ministros dos Negócios Estrangeiros e por convite de Ancara, mas sem resultados concretos, e que se seguiu a um primeiro contacto na Bielorrússia.
As discussões prosseguiram depois por videoconferência, definidas como “difíceis” pelas duas partes.
“O processo de negociação é muito difícil”, reconheceu na sexta-feira o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba.
O ministro negou qualquer “consenso” com Moscovo, enquanto o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan assegurava previamente que a Rússia e a Ucrânia estavam de acordo em quatro dos seis pontos de negociação.
“Não existe consenso com a Rússia sobre os quatro pontos mencionados pelo Presidente da Turquia”, afirmou Kuleba, apesar de elogiar os “esforços diplomáticos” de Ancara para pôr termo à guerra.
Na sexta-feira, Medinski também considerou que as conversações estavam “bloqueadas” nos pontos principais.
“As posições convergem nos pontos secundários. Mas nas principais [questões] políticas, estamos bloqueados”, declarou, citado pelas agências noticiosas russas.
O negociador russo acrescentou que Moscovo insiste na assinatura de um “tratado exaustivo” que inclua as exigências de neutralidade, desmilitarização e “desnazificação” da Ucrânia, e ainda o reconhecimento da soberania russa sobre a Crimeia e a independência das duas repúblicas separatistas russófonas da região de Donbass.
https://zap.aeiou.pt/putin-planos-dividir-ucrania-em-duas-469942
Os dois países asiáticos costumavam ser um só, mas depois da Segunda Guerra Mundial dividiram-se em dois: a Coreia do Sul sob influência capitalista dos EUA e a Coreia do Norte sob influência socialista da antiga União Soviética.
“Na verdade, isto é uma tentativa de criar uma Coreia do Norte e uma Coreia do Sul na Ucrânia”, disse Budanov, citado pelo Observador, adiantando que “vai começar em breve” uma fase de combates de guerrilha nas cidades ucranianas. “Aí, só haverá um cenário relevante para os russos: como sobreviver”.
A Rússia mantém o controlo de algumas cidades da região oriental da Ucrânia, mas ainda não conseguiu conquistar nenhuma cidade decisiva. As dificuldades sentidas podem ter contribuído para este plano de última instância do Presidente russo.
Enquanto isso, o líder da autoproclamada República Popular de Luhansk disse que poderá realizar um referendo para se tornar parte da Rússia.
“Acho que num futuro próximo um referendo será realizado no território da república, durante o qual as pessoas vão expressar as suas opiniões sobre aderir à Federação Russa”, disse Leonid Pasechnik, citado pelas agências noticiosas russas.
“Falsos referendos nas zonas ocupadas da Ucrânia são nulos e sem efeito. Nenhum país do mundo irá alguma vez reconhecer a mudança pela força das fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia”, escreveu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Oleg Nikolenko, no Twitter.
Delegações da Rússia e da Ucrânia vão encontrar-se de novo na Turquia entre segunda-feira e quarta-feira, numa nova ronda de negociações presenciais, anunciou David Arakhamia, um dos negociadores ucranianos.
O chefe da equipa de negociadores russos, Vladimir Medinski também confirmou, citado pelas agências noticiosas do país, uma nova ronda de conversações mas disse que iriam decorrer entre terça-feira e quarta-feira, sem precisar o local.
“No decurso das discussões de hoje por videoconferência, foi decidido realizar a próxima ronda presencial na Turquia de 28 a 30 de março”, indicou David Arakhamia na sua página Facebook.
Uma sessão de negociações russo-ucranianas na presença das duas partes já decorreu em 10 de março em Antália, na Turquia, a nível dos ministros dos Negócios Estrangeiros e por convite de Ancara, mas sem resultados concretos, e que se seguiu a um primeiro contacto na Bielorrússia.
As discussões prosseguiram depois por videoconferência, definidas como “difíceis” pelas duas partes.
“O processo de negociação é muito difícil”, reconheceu na sexta-feira o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba.
O ministro negou qualquer “consenso” com Moscovo, enquanto o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan assegurava previamente que a Rússia e a Ucrânia estavam de acordo em quatro dos seis pontos de negociação.
“Não existe consenso com a Rússia sobre os quatro pontos mencionados pelo Presidente da Turquia”, afirmou Kuleba, apesar de elogiar os “esforços diplomáticos” de Ancara para pôr termo à guerra.
Na sexta-feira, Medinski também considerou que as conversações estavam “bloqueadas” nos pontos principais.
“As posições convergem nos pontos secundários. Mas nas principais [questões] políticas, estamos bloqueados”, declarou, citado pelas agências noticiosas russas.
O negociador russo acrescentou que Moscovo insiste na assinatura de um “tratado exaustivo” que inclua as exigências de neutralidade, desmilitarização e “desnazificação” da Ucrânia, e ainda o reconhecimento da soberania russa sobre a Crimeia e a independência das duas repúblicas separatistas russófonas da região de Donbass.
https://zap.aeiou.pt/putin-planos-dividir-ucrania-em-duas-469942
Sem comentários:
Enviar um comentário