Mostrar sinais com avisos sobre as fatalidades na estrada pode distrair os condutores e causar mais acidentes.
De acordo com um novo estudo publicado na Science, os sinais nas auto-estradas que avisam os condutores sobre a mortalidade na estrada e aconselham a condução com cuidado devido ao trânsito ou às condições do piso podem acabar por ser contraproducentes.
Este tipo de sinais não é só mostrado em Portugal e estão presentes em 28 estados nos Estados Unidos.
Os autores analisaram as estatísticas relativas aos acidentes rodoviários no Texas, já que os sinais neste estado mostram os avisos relativos às fatalidades apenas uma semana durante cada mês, o que permite que sejam feitas comparações entre esta e as restantes semanas.
Quando os condutores passam pelos sinais com avisos sobre a mortalidade na estrada, têm uma percentagem 4,5% maior de estarem envolvidos num acidente nos 10 quilómetros seguintes, de acordo com o estudo. Isto pode traduzir-se, em média, em mais 2600 acidentes e 16 mortos nas estradas texanas anualmente.
Comparando os dados sobre os acidentes antes e depois do início da campanha que introduziu estes sinais, os investigadores notaram um impacto negativo imediato devido à distração que estes causavam aos condutores. O efeito equivale a que se circule com uma velocidade entre 4.8 e 8 quilómetros superior.
“Vemos o sinal e pensamos sobre ele, por isso não travamos tão rápido, e estes pequenos erros, 1 em cada 50 vezes, podem causar um acidente. As provas perfeitas seriam alcançadas com um teste aleatório de controlo. Mas acho que realmente temos provas muito, muito convincentes”, revela Jonathan Hall, autor do estudo.
O cientista sublinha que o impacto também depende do número de fatalidades mostrado, já que os números maiores são mais chocantes. No Texas, os valores eram recontados em Fevereiro e a equipa notou uma grande quebra nos acidentes em Fevereiro em comparação com Janeiro, nota a New Scientist.
Hall acrescenta que os autores do estudo escreveram aos responsáveis políticos de todos os estados norte-americanos para os alertarem sobre as conclusões do estudo e a pedirem que experimentem deixar de emitir estas mensagens e fazer as suas próprias comparações. No caso do Texas, o Departamento de Transportes já deixou de passar estes avisos nos sinais.
https://zap.aeiou.pt/sinais-conduzirmos-prudencia-475518
De acordo com um novo estudo publicado na Science, os sinais nas auto-estradas que avisam os condutores sobre a mortalidade na estrada e aconselham a condução com cuidado devido ao trânsito ou às condições do piso podem acabar por ser contraproducentes.
Este tipo de sinais não é só mostrado em Portugal e estão presentes em 28 estados nos Estados Unidos.
Os autores analisaram as estatísticas relativas aos acidentes rodoviários no Texas, já que os sinais neste estado mostram os avisos relativos às fatalidades apenas uma semana durante cada mês, o que permite que sejam feitas comparações entre esta e as restantes semanas.
Quando os condutores passam pelos sinais com avisos sobre a mortalidade na estrada, têm uma percentagem 4,5% maior de estarem envolvidos num acidente nos 10 quilómetros seguintes, de acordo com o estudo. Isto pode traduzir-se, em média, em mais 2600 acidentes e 16 mortos nas estradas texanas anualmente.
Comparando os dados sobre os acidentes antes e depois do início da campanha que introduziu estes sinais, os investigadores notaram um impacto negativo imediato devido à distração que estes causavam aos condutores. O efeito equivale a que se circule com uma velocidade entre 4.8 e 8 quilómetros superior.
“Vemos o sinal e pensamos sobre ele, por isso não travamos tão rápido, e estes pequenos erros, 1 em cada 50 vezes, podem causar um acidente. As provas perfeitas seriam alcançadas com um teste aleatório de controlo. Mas acho que realmente temos provas muito, muito convincentes”, revela Jonathan Hall, autor do estudo.
O cientista sublinha que o impacto também depende do número de fatalidades mostrado, já que os números maiores são mais chocantes. No Texas, os valores eram recontados em Fevereiro e a equipa notou uma grande quebra nos acidentes em Fevereiro em comparação com Janeiro, nota a New Scientist.
Hall acrescenta que os autores do estudo escreveram aos responsáveis políticos de todos os estados norte-americanos para os alertarem sobre as conclusões do estudo e a pedirem que experimentem deixar de emitir estas mensagens e fazer as suas próprias comparações. No caso do Texas, o Departamento de Transportes já deixou de passar estes avisos nos sinais.
https://zap.aeiou.pt/sinais-conduzirmos-prudencia-475518
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