quarta-feira, 31 de março de 2021

Candidato à Presidência do Peru quer tratar covid-19 com aguardente !

O candidato do centro-esquerda à Presidência do Peru Yonhy Lescano, pertencente ao partido Ação Popular, insistiu em tratar os sintomas da covid-19 com sal e aguardente de cana-de-açúcar, uma “receita” que carece de qualquer evidência científica.


O candidato, que continua a liderar as intenções de voto, entre 10% e 11%, de acordo com as últimas sondagens feitas no país, reafirmou a crença no tratamento dos sintomas da doença provocada pelo SARS-CoV-2 com aguardente de cana-de-açúcar e recorrendo “receitas naturais”.

“Acredito na medicina popular, na medicina natural. Há pessoas que se curam com folha de coca, com sal e com uma série de ervas e plantas que existem na Amazónia”, explicitou Yonhy Lescano durante uma entrevista ao programa “Panorama”, emitido pela Panamericana Televisión.

O antigo congressista defendeu também que a utilização de aguardente de cana-de-açúcar é corroborada com evidências científicas porque, argumentou, funciona como um elixir bucal à base de álcool para eliminar vírus e bactérias da boca.

“É o mesmo princípio”, enfatizou Yonhy Lescano, um de seis candidatos à Presidência do Peru com possibilidade de ir a uma segunda volta. As presidenciais estão agendadas para 11 de abril.

Contudo, não há quaisquer evidências científicas de que a utilização de aguardente seja eficaz no combate aos sintomas da covid-19.

Recorde-se que em abril de 2020, o então Presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, foi amplamente criticado pela comunidade científica depois de sugerir injeções de desinfetante para tratar os sintomas da covid-19, durante um briefing sobre a situação epidemiológica no país.

https://zap.aeiou.pt/tratar-covid-com-aguardente-391257

 

A CIA tentou usar gatos-ciborgue para espiar os soviéticos !

Na década de 1960, a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) gastou milhões de dólares e anos de trabalho a desenvolver um gato-ciborgue para espiar os soviéticos e obter informações. 


O projeto Operation Acoustic Kitty pode ser reconstruído graças a um conjunto de documentos desclassificados datados da década de 1960 e a declarações da comunidade de inteligência da Guerra Fria.

De acordo com o IFL Science, que consultou o livro Frankenstein’s Cats, de 2013, a ideia era implantar um microfone no canal auditivo de um gato e um pequeno transmissor de rádio na base do crânio do animal.

Depois de equipado com estes dispositivos, o animal podia ser treinado para entrar nas embaixadas soviéticas – e até mesmo no Kremlin – onde registaria conversas que seriam posteriormente enviadas para agentes da CIA.

Os documentos indicam que a agência experimentou várias técnicas para guiar o gato espião através de comandos auditivos ou de um carro controlado remotamente.

Foi gasto muito dinheiro“, disse Victor Marchetti, um assistente especial do Diretor Adjunto da CIA na década de 1960, citado no livro The Wizards of Langley, de 2001.

O responsável acrescentou que um dos gatos teve uma morte prematura durante uma das experiências no mundo real, tendo sido atropelado por um táxi.

O portal salvaguarda que Marchetti acabou por se tornar um crítico declarado da comunidade de inteligência dos Estados Unidos, depois de ter apresentado algumas ideias controversas e duvidosas, algumas das quais consideradas teorias da conspiração.

Os documentos da CIA revelam que o projeto fracassou por se ter revelado inútil para a agência. “Estamos satisfeitos com o que é realmente possível”, lia-se no relatório Views on Trained Cats, que acrescentava que o programa “não se prestaria de forma prática às nossas necessidades altamente especializadas”.

https://zap.aeiou.pt/cia-gatos-ciborgue-sovieticos-391078

 

O que a Bíblia e os mitos astecas dizem sobre o dia em que “o Sol parou” !

As lendas dos astecas que viveram na América Central contam sobre um fenômeno natural incomum: sobre a época em que o Sol e a Lua pararam no céu e o Mundo inteiro mergulhou na escuridão.
Imagens de origem de colagem retiradas de wikimedia.org, Deliciasprehispanicas.com e Hipwallpaper.com
 
“As divindades a fim de salvar o Universo e todas as criaturas vivas que o habitam então tomaram o Sol dos arcos e o Deus do vento Eekatl soprou na luminária com todas as suas forças para que continuasse sua jornada através do firmamento. Depois de algum tempo, eles conseguiram mover o Sol e a Lua congelados no lugar e o Mundo foi salvo.

É o que conta uma antiga lenda também refletida na crônica a partir das palavras de um padre indiano registradas por um missionário do século XVII Fernando de Montesinos. O que é especialmente notável sobre isso é que a data específica do dia em que a Terra mergulhou na escuridão é indicada. Isso aconteceu no terceiro ano do reinado do rei inca Yupanqui Pachacuti II ou mais simplesmente por volta de 1391 aC.

“Não houve amanhecer naquele dia por vinte horas” é o que diz a crônica.

Parece que não se pode levar essas lendas a sério. Você nunca sabe o que os índios que geralmente tinham visões muito específicas do mundo poderiam ter escrito. Só aqui temos um fenômeno natural semelhante aliás, que aconteceu mais ou menos na mesma época também é mencionado na Bíblia. Muitas pessoas acreditam nisso incondicionalmente e a ciência oficial acredita que há mais verdade nas histórias bíblicas do que ficção.

Em qualquer caso muitos dos personagens bíblicos realmente existiram e a maioria das cidades e assentamentos mencionados de uma forma ou de outra na Bíblia existiram no passado ou ainda existem. Em uma palavra você simplesmente não pode descartar as crônicas bíblicas: não são “contos de fadas” de índios praticando sacrifícios humanos mas mais do que um trabalho sério.

Mas o que a Bíblia diz sobre o dia em que o sol parou e só depois de um tempo retomou seu movimento no firmamento?

O dia em que o sol parou

Um dos livros do Alto Testamento diz o seguinte:

“ No dia em que  o Senhor  deu os amorreus  mais  para  os israelitas  Josué  falou  ao Senhor  na presença  de Israel:  ‘O sol,  ficar parado  sobre Gibeão  ó lua  sobre o vale  de Aijalom’.  Então o sol parou e a lua parou até que a nação se vingou de seus inimigos. Isso não está escrito no Livro de Jashar? “Então o sol parou no meio do céu e demorou cerca de um dia para se pôr.”

Essa descrição não é muito semelhante ao que é dito nas lendas astecas?

Agora vamos descobrir as datas. As lendas astecas e incas contam sobre um fenômeno incomum que as pessoas observaram por volta de 1391 aC. Quanto aos eventos descritos na Bíblia o historiador americano Zechariah Sitchin calculou que a invasão israelense de Canaã ocorreu por volta de 1393 AC. Foi seguido pela queda de Jericó e depois disso - a batalha, durante a qual Josué supostamente parou o sol e a lua.
Foto: domínio público

As datas calculadas pelo historiador americano a partir de duas fontes independentes praticamente coincidem e isso é uma razão para pensar no fato de que uma vez na história do nosso planeta realmente houve um dia “em que o sol parou”.

Mas por que isso pode acontecer? A primeira coisa que vem à mente quando você lê sobre a escuridão que envolveu a Terra é que antigas lendas e crônicas falam sobre um eclipse solar. Mas que tipo de eclipse do Sol durará quase um dia?

Os cientistas sugeriram que se um fenômeno natural tão incomum como o sol e a lua congelados no firmamento realmente existissem isso se devia à violação do movimento de precessão do eixo de nosso planeta. Provavelmente foi causado pela passagem de um grande cometa que como todos os seus “parentes” estava se movendo no sentido anti-horário em sua órbita e portanto poderia de alguma forma diminuir a rotação da Terra.

Uma confirmação indireta dessa versão é o fato de que tudo no mesmo livro de Josué foi dito que durante a batalha dos céus contra os cananeus grandes pedras caíram de repente matando mais soldados do que as espadas e lanças dos israelitas. É possível que essas pedras sejam fragmentos do núcleo cometário que atingiu a Terra.

Por que existem muitas semelhanças nos livros sagrados? Será porque a descrição dos processos celestes realmente ocorreu naquela época? Algo global fenômeno que foi observado por todas as nacionalidades então existentes na terra. Algo estava acontecendo no espaço; asteroides, fragmentos, depois um dilúvio mundial - apenas cada religião escreveu à sua maneira levando em consideração seu folclore e traços característicos de etnia comunicação ou poesia.

Também é surpreendente que essas duas histórias descrevam eventos do ponto de vista do sistema ptolomaico onde a terra é o centro do mundo e o sol se move em torno dela.

Portanto, é muito possível que tanto a Bíblia quanto a antiga lenda asteca falem sobre a mesma coisa. Sobre um fenômeno natural incomum que aconteceu há mais de três mil anos.
 
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Vacina da AstraZeneca mudou de nome - Passa a chamar-se Vaxzevria !

A vacina da AstraZeneca mudou de nome: agora denomina-se Vaxzevria, após o aval da Agência Europeia do Medicamento (EMA).


A vacina da AstraZeneca passou a denominar-se Vaxzevria após o aval da Agência Europeia do Medicamento (EMA), anunciou esta terça-feira o regulador, divulgando que até quinta-feira passada tinham sido administradas 10 milhões de doses deste fármaco.

A informação sobre a nova designação desta vacina – envolta em polémica por a farmacêutica ter falhado o acordado com Bruxelas sobre entregas para a União Europeia (UE) e pelo surgimento de coágulos sanguíneos em vacinados – consta de uma atualização ao produto, publicada esta terça-feira pela EMA.

Nessa atualização sobre o fármaco datada de segunda-feira, a EMA divulga que, além da mudança do nome, “foi incluído na informação sobre o produto um aviso sobre eventos de coágulos sanguíneos específicos muito raros, enquanto estão em curso mais investigações sobre uma possível relação causal com a vacina”.

“As pessoas vacinadas devem procurar atenção médica imediata se ocorrerem sintomas de coagulação e/ou hemorragia do sangue”, reforça o regulador no documento, insistindo que “os benefícios da Vaxzevria na prevenção da covid-19 continuam a superar os riscos”.

Nesta atualização, a EMA refere ainda que, desde a aprovação da vacina na UE em 29 de janeiro passado e até à passada quinta-feira, “mais de 10 milhões de doses de Vaxzevria foram administradas na UE e Espaço Económico Europeu”, muito abaixo das 120 milhões acordadas entre a farmacêutica e a Comissão Europeia para o primeiro trimestre.

Outra polémica esteve relacionada com os episódios de aparecimento de coágulos sanguíneos e da morte de pessoas inoculadas com este fármaco, que levaram a maioria dos países europeus, incluindo Portugal, a suspender por uns dias a administração desta vacina, situação ultrapassada após a garantia da EMA de que é “segura e eficaz”.

Da informação do produto emitida pela EMA consta agora a indicação de que “foi observada muito raramente uma combinação de trombose e trombocitopenia, em alguns casos acompanhada de hemorragias, após a vacinação com Vaxzevria”, pelo que os profissionais de saúde “devem estar atentos aos sinais e sintomas”.

No que toca à campanha de vacinação europeia, até à passada quinta-feira, 18,2 milhões adultos dos perto de 400 milhões de cidadãos da UE tinham já recebido a segunda dose da vacina contra a covid-19, levando a que só 4,1% da população europeia estivesse completamente imunizada.

Bruxelas atribuiu estes níveis baixos de inoculações aos problemas de entrega das vacinas da Vaxzevria para a UE, exigindo que a farmacêutica recupere os atrasos na distribuição e honre o contratualizado.

A meta de Bruxelas é que, até final do verão, 70% da população adulta esteja vacinada. Os dados divulgados pela instituição na passada quinta-feira revelaram também que foram já administradas 62 milhões de doses de vacinas em relação às 88 milhões distribuídas.

Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas na UE: Pfizer/BioNTech (Comirnaty), Moderna, Vaxzevria e Janssen (grupo Johnson & Johnson, ainda não está em distribuição).

Até ao final deste primeiro trimestre, de acordo com Bruxelas, chegarão à UE quase 100 milhões de doses de vacinas, a grande parte da Pfizer/BioNTech (66 milhões, mais do que os 65 milhões inicialmente acordadas), da Vaxzevria (30 milhões de um total de 120 milhões inicialmente acordadas) e da Moderna (10 milhões).

Para o segundo trimestre, a expectativa do executivo comunitário é que cheguem 360 milhões de doses à UE, principalmente da Pfizer/BioNTech (200 milhões), da Vaxzevria (70 milhões de um total de 180 milhões inicialmente acordadas), da Janssen (55 milhões) e da Moderna (35 milhões).

https://zap.aeiou.pt/astrazeneca-chamar-se-vaxzevria-391489

 

“Vai demorar muito para descobrir.” - Enviado especial da OMS admite dificuldade em detetar origem do vírus !

O enviado especial da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a covid-19, David Nabarro, admitiu esta terça-feira que é “manifestamente difícil” encontrar a origem do vírus que causou a pandemia, mas que se trabalha com várias hipóteses.


“Encontrar a origem de um vírus, quando se tenta explicar de onde vem uma doença, é manifestamente difícil”, disse Nabarro à BBC Radio 4.

“Não sabemos a origem precisa do VIH (o vírus que provoca a Sida), não sabemos a origem precisa do Ébola e vai demorar muito para descobrir a origem precisa da covid-19”, acrescentou o especialista, antes de a OMS publicar oficialmente o seu relatório sobre a pandemia.

Nabarro disse que a organização trabalha com várias hipóteses, mas que esse trabalho leva tempo.

“Todas as hipóteses ainda estão sobre a mesa”, disse também o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na segunda-feira.

O relatório da missão que investigou a origem da covid-19 na China será publicado oficialmente esta terça-feira.

Segundo os meios de comunicação que tiveram acesso a uma minuta do relatório, este defende que a teoria mais provável da origem da pandemia tenha sido a transmissão do novo coronavírus de morcegos para humanos por meio de outro animal, enquanto a hipótese de fuga do vírus de um laboratório é “extremamente improvável”.

O relatório recomendou a continuação dos estudos com base nessas três hipóteses, mas descarta a possibilidade de o vírus ter sido transmitido a humanos devido a um acidente de laboratório.

Nas suas descobertas, os investigadores disseram que estudos da cadeia de abastecimento do mercado de Huanan (e outros mercados em Wuhan) não permitiram encontrar “evidências da presença de animais infetados, mas a análise da cadeia de abastecimento forneceu informações” úteis para estudos de monitoração direcionados, especialmente nas regiões vizinhas.

Os especialistas também pediram para “não se negligenciar os produtos de origem animal de regiões fora do Sudeste Asiático” e defenderam que os inquéritos futuros devem ser desenhados “em áreas maiores e num maior número de países”.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.784.276 mortos no mundo, resultantes de mais de 127 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

https://zap.aeiou.pt/vai-demorar-muito-para-descobrir-oms-admite-dificu-391261

 

 

O café pode ajudar a regenerar florestas tropicais !

Um novo estudo descobriu que a polpa de bagas do café pode ser usada para promover a recuperação da floresta tropical em terras pós-agrícolas.


A polpa das bagas do café, descartada após a extração do grão, pode ajudar a acelerar a recuperação de florestas tropicais em antigos terrenos agrícolas, concluiu um estudo publicado esta segunda-feira na revista da Sociedade Ecológica Britânica.

Investigadores da ETH-Zurique e da Universidade do Havai constataram que, dois anos após ter sido espalhada uma camada de meio metro de altura do resíduo das bagas de café num solo degradado da Costa Rica, a área tratada com a polpa transformou-se em floresta, enquanto um terreno de controlo adjacente continuou revestido por gramíneas de pastagem não nativas.

Dois anos depois da intervenção, a zona tratada com a polpa das bagas de café, numa área de 35 por 40 metros, tinha 80% de cobertura florestal, em comparação com 20% na parcela de controlo, onde não foram aplicados os resíduos.

Além disso, conforma destaca o Interesting Engineering, no terreno tratado, a cobertura florestal atingiu uma altura quatro vezes superior à área que serviu de comparação.

Num comunicado sobre o estudo, os investigadores relatam que ao ter sido acrescentada ao solo, em 2018, uma camada de meio metro de espessura de polpa de bagas de café, foram eliminadas as gramíneas invasoras de pastagem que dominavam a terra e que constituem frequentemente uma barreira à regeneração florestal.

A sua remoção permitiu que espécies arbóreas nativas e pioneiras, que chegaram como sementes através do vento e da dispersão por animais, recolonizassem rapidamente a área, de acordo com os resultados do estudo.

Os responsáveis pela experiência registaram também que, após os dois anos de observação, a concentração de nutrientes como carbono, azoto e fósforo aumentou significativamente na área tratada, em comparação com o terreno de controlo.

A descoberta é considerada promissora pelos investigadores, uma vez que é habitual as antigas terras agrícolas tropicais ficarem muito degradadas, com a má qualidade do solo a atrasar a regeneração florestal durante décadas.

Segundo a principal autora do estudo, Rebecca Cole, os resultados sugerem que subprodutos agrícolas podem ser utilizados para acelerar a recuperação florestal em terras tropicais degradadas.

A investigadora acrescenta que, sendo a polpa das bagas de café um resíduo amplamente disponível e rico em nutrientes, pode ser uma estratégia de regeneração florestal rentável e importante para atingir metas ambientais.

“Em situações em que o processamento destes subprodutos implica um custo para as indústrias agrícolas, a sua utilização para regeneração, de forma a cumprir objetivos globais de reflorestação, pode representar um cenário vencedor“, sublinha Rebecca Cole, citada no comunicado divulgado pela British Ecological Society.

A autora adverte, no entanto, tratar-se de um estudo com dados de um período de apenas dois anos, apenas num local, e por isso ser importante fazer mais testes, “para ver se esta estratégia funciona num leque mais amplo de condições”.

“Uma monitorização a mais longo prazo mostraria como a polpa de café afetou o solo e a vegetação ao longo do tempo. Testes adicionais podem também avaliar se existem quaisquer efeitos indesejáveis da aplicação da polpa”, acrescenta Rebecca Cole.

A investigadora manifestou ainda o desejo de ver o conceito experimentado com outros desperdícios agrícolas, como a casca de laranja.

“Esperamos que o nosso estudo seja um ponto de partida para outros investigadores e indústrias verem como poderão tornar a sua produção mais eficiente, criando ligações ao movimento global de regeneração”, concluiu.

https://zap.aeiou.pt/a-regeneracao-florestas-cafe-391498

 

Asteróide Apophis não irá colidir com a Terra durante pelo menos um século !

Cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA) descartam qualquer possibilidade de o asteróide Apophis impactar com a Terra durante pelo menos um século. 


Após novas observações do corpo rochoso, vulgarmente conhecido como o “asteróide do caos”, os especialistas da ESA descartaram a hipótese de este impactar a Terra em 2068 – uma data assinalada pela comunidade científica como potencialmente perigosa para a ocorrência de um impacto – ou no próximo século.

Tendo em conta as novas observações, a ESA vai remover este asteróide de 350 metros – o equivalente ao comprimento de três campos de futebol – da sua Lista de Risco.

Em comunicado, a ESA recorda que esta é a primeira vez que os cientistas descartam um eventual impacto deste asteróide com a Terra. Apesar de a possibilidade do impacto ocorrer ser muito pequena, era ainda preocupante por causa das suas dimensões.
 
Desde que foi descoberto, em 2004, o Apophis foi notícia em vários meios de comunicação internacionais, enquanto os astrónomos procuravam estudar e melhor compreender a sua órbita de forma precisa para antever eventuais impactos.

A próxima aproximação deste asteróide ao nosso planeta ocorrerá a 13 de abril de 2029, quando o Apophis passará a menos de 35 mil quilómetros da Terra e será visível a olho nu. Estará dez vezes mais próximo da Terra do que muitos satélites.

A esta distância, explica ainda a agência espacial europeia, a gravidade da Terra terá um impacto bastante considerável neste corpo espacial, alterando a sua trajetória e amplificando a incerteza da sua órbita e de eventuais impactos futuros.

Apesar de ser muito pouco provável que um asteróide venha a colidir com a Terra nos próximos anos, as agências têm reunido esforços para melhorar os programas destinados ao acompanhamento e desvio destes corpos celestes em rota de colisão com a Terra.

https://zap.aeiou.pt/asteroide-apophis-nao-ira-colidir-com-a-terra-390802

 

Na sua jornada, o cometa interestelar 2I/Borisov nunca passou perto de uma estrela - É dos mais puros do Universo !

Novas observações com o telescópio VLT, no Chile, permitiram aos astrónomos concluir que o 2I/Borisov pode ser o cometa mais puro, mantendo imaculadas as assinaturas da nuvem de gás e poeira que lhe deu origem.

O cometa interestelar 2I/Borisov foi descoberto em setembro de 2019 quando se começou a aproximar do Sistema Solar interno a partir das profundezas do espaço. À medida que se aproximava do Sol, ficou mais quente e começou a libertar cada vez mais material do seu interior.

A princípio, o visitante interestelar parecia muito semelhante aos cometas no nosso Sistema Solar. No entanto, acabou por ser muito diferente.

“O 2I/Borisov pode bem representar o primeiro cometa verdadeiramente puro alguma vez observado”, afirmou, citado em comunicado pelo Observatório Europeu do Sul (OES), que opera o telescópio VLT, o coordenador do estudo, Stefano Bagnulo, do Observatório e Planetário Armagh, no Reino Unido.

Segundo o estudo, publicado na revista científica Nature Communications, o cometa interestelar nunca terá passado perto de uma estrela antes de passar pelo Sol em 2019.

Ao analisar a polarização da luz (luz filtrada) e a cor do cometa para saber mais sobre a composição do 2I/Borisov, a equipa de astrónomos concluiu que o cometa é mais puro do que o cometa Hale-Bopp, detetado a olho nu pela primeira vez em maio de 1996 e considerado bastante puro – com uma composição muito semelhante à nuvem de gás e poeira que lhe deu origem, assim como ao resto do Sistema Solar, há cerca de 4,5 mil milhões de anos.

Stefano Bagnulo e os colegas usaram um dos instrumentos do telescópio VLT para estudar em detalhe o 2I/Borisov e recorreram à técnica de polarimetria, que permite medir a polarização da luz. A luz torna-se polarizada quando passa através de certos filtros, como materiais cometários, explica o OES.

“Ao estudarem as propriedades da luz solar polarizada pela poeira de um cometa, os cientistas podem aprender mais sobre a física e química destes objetos”, adianta o observatório.

A técnica de polarimetria é habitualmente usada para estudar cometas e outros pequenos corpos celeste do Sistema Solar e, através dela, os astrónomos puderam comparar 2I/Borisov com cometas do Sistema Solar e descobrir que “tem propriedades polarimétricas distintas das dos cometas do Sistema Solar, com exceção do Hale-Bopp”.

“O facto de os dois cometas serem consideravelmente semelhantes sugere que o meio que deu origem ao 2I/Borisov não é assim tão diferente, em termos de composição, do meio do Sistema Solar primordial“, sustentou um dos coautores do estudo, Alberto Cellino, do Observatório Astrofísico de Turim, em Itália.

De acordo com os cientistas, os cometas são constituídos pelos mesmos elementos químicos e nas mesmas proporções com que o Sistema Solar foi formado, podendo, por isso, fornecer informação sobre o Sistema Solar primitivo.

Antes da sua mais recente passagem pelo Sol, observada em 1996 e 1997, o cometa Hale-Bopp terá passado perto do Sol apenas uma vez, o que significa que estaria pouco afetado pelo vento e radiação solares, assinala o OES.

O 2I/Borisov é o primeiro cometa interestelar observado e o segundo corpo interestelar a passar pelo Sol depois do 1I/Oumuamua, descoberto em 2017 e reclassificado como asteroide.

A jornada do 2I/Borisov pelo Sistema Solar foi fatal para o cometa. As últimas observações mostram que se separou alguns meses após a sua passagem mais próxima ao Sol, que ocorreu em dezembro de 2019.

Porém, as observações vão continuar. Os astrónomos querem saber o máximo possível sobre este objeto, que é o segundo objeto interestelar descoberto na história.

https://zap.aeiou.pt/na-sua-jornada-o-cometa-interestelar-2i-borisov-nunca-391436

 

 

terça-feira, 30 de março de 2021

Cientistas estão a tentar tirar centenas de nomes racistas do mapa dos EUA !

Quatro estudantes do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) pediram a ajuda de cientistas para apoiar os esforços de remover o racismo das centenas de topónimos federais nos Estados Unidos.


De acordo com o Gizmodo, este esforço começou em janeiro, quando Julia Wilcots, uma geóloga, encontrou uma gíria anti-negros num mapa mais antigo que estava a usar para planear um futuro trabalho de campo.

Wilcots sinalizou o nome do lugar ao seu supervisor e colegas, que começaram a redigir menções ao nome e a ver se o lugar tinha sito rebatizado.

“Quando começamos a analisar, encontrámos uma série de outros marcos e características geográficas com calúnias raciais, alguns cujos nomes ainda incorporam a calúnia racial”, disse Meghana Ranganathan, uma estudante de pós-graduação em glaciologia. “Ficámos chocados e, sendo quatro mulheres negras nas geociências, ficámos desconcertadas com o facto de serem nomes que os nossos colegas geocientistas negros poderiam encontrar enquanto fazem o seu trabalho.”

As mulheres não tropeçaram em nenhuma anomalia. Uma análise realizada em 2015 pela Vocativ revelou que mais de 1.400 nomes de lugares reconhecidos pelo governo federal usavam termos ofensivos ou calúnias raciais.Embora o estudo tenha encontrado nomes ofensivos em todos os estados, a maior densidade de calúnias estava localizada no oeste e no sul.

A contagem inclui mais de 550 nomes de lugares que usam calúnias para negros – só a Califórnia abriga 51 desses lugares -, 30 nomes de lugares que fazem referência a termos racistas para pessoas de ascendência chinesa e mais de 820 lugares que contêm um termo depreciativo para mulheres indígenas, o insulto mais comum encontrado pela investigação.

Alguns desses 1.400 nomes são menos ofensivos do que costumavam ser. Muitos dos 550 nomes que fazem referência aos americanos negros foram atualizados na década de 1960 para usar “Negro” em vez da “palavra com N”.

Contudo, o governo federal manteve nomes de lugares que incluíam os termos “Tio Tom”, “pickaninny” e “Jim Crow” – todos termos pejorativos usados para descrever um afro-americano -, muitos dos quais permanecem intocados até hoje. Nem os quatro lugares chamados “Negro Morto” foram alterados.

Por outro lado, alguns nomes de lugares ofensivos foram alterados com sucesso. Em 2017, um desfiladeiro no Utah mudou de “Negro Bill Canyon” para “Grandstaff Canyon” para refletir o apelido de Bill, mas não a sua cor de pele.

Existe uma forma de enviar um pedido oficial ao governo federal para alterar o nome de um lugar, mas o processo é demorado, atolado por centenas de solicitações e mal ajustado para lidar com a presença generalizada de racismo em todo o mapa.

A Lei de Reconciliação em Nomes de Locais foi introduzida no outono passado. O projeto encarregaria o Departamento do Interior de criar um comité consultivo especial para rever os topónimos ofensivos e solicitar a opinião de membros tribais, bem como do público em geral, para alternativas.

Ranganathan, Wilcots e as suas colegas Diana Dumit e Rohini Shivamoggi escreveram uma carta aberta à comunidade científica para mostrar apoio. Até ao momento, mais de 500 cientistas subscreveram.

“Nós, como geocientistas, temos uma relação única com os lugares que estudamos”, disse Ranganathan. “Os cientistas muitas vezes ocupam posições de privilégio dentro da sociedade, pois somos vistos como pessoas com experiência e conhecimento e pessoas a serem ouvidas, e os geocientistas, em particular, têm alguma experiência sobre essas características do solo.”

“É nosso dever como comunidade de geociências garantir que os geocientistas negros que estamos a recrutar e apoiar tenham as mesmas experiências que os seus colegas brancos”, continuou. “Embora existam muitos problemas enfrentados por geocientistas (e cientistas) negros, este parece ser um problema a ser considerado seriamente quando pedimos aos geocientistas negros que façam trabalho de campo em áreas que têm insultos raciais nos nomes de lugares.”

Seja qual foi o desfecho do pedido, Ranganathan considera que a comunidade científica ainda tem um trabalho a fazer e algumas feridas profundas para resolver por conta própria.

“Mesmo depois de esses nomes de lugares serem alterados, muitas dessas calúnias raciais permanecem na literatura de geociências”, disse Ranganathan. “O nome do lugar que [Wilcots] encontrou era um nome que tinha sido mudado nas últimas décadas, mas aquela mancha ainda permanece num mapa que é usado. A comunidade de geociências precisa de ter uma conversa sobre como lidar com estas calúnias e nomes de lugares antigos na literatura de geociências”.

https://zap.aeiou.pt/cientistas-tirar-nomes-racistas-mapa-eua-390929

 

Líderes mundiais defendem tratado internacional contra pandemias !

O primeiro-ministro António Costa e mais de 20 chefes de governo e Estado apelaram, numa carta conjunta, à criação de um novo tratado internacional de preparação e resposta a futuras pandemias.


A carta conjunta foi publicada em vários jornais internacionais, como o espanhol El País, o francês Le Monde e o britânico Daily Telegraph. Em Portugal, a missiva foi divulgada pelo Público.

Nessa carta, os líderes mundiais, como o primeiro-ministro português António Costa, presidente francês Emmanuel Macron, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, consideram que a pandemia de covid-19 “é o maior desafio que se coloca à comunidade mundial desde a década de 1940”.

O Observador escreve que esta parceria entre países semelhante à que foi estabelecida após o fim da II Guerra Mundial.

“A pandemia de covid-19 tem-nos relembrado de forma dura e dolorosa que ninguém está seguro, até que todos estejamos seguros”, escreveram os líderes mundiais.

Os signatários da carta, onde também se incluem chefes de Estado e de governo do Chile, África do Sul, Quénia, Costa Rica, Coreia ou Ruanda, além de dirigentes da União Europeia (UE) e do líder da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, garantem estar “empenhados em garantir o acesso universal e equitativo a vacinas, medicamentos e diagnósticos seguros, eficazes e acessíveis para esta e futuras pandemias”.

“A questão não é se, mas quando. Juntos, ficaremos mais bem preparados para prever, prevenir, detetar, avaliar e dar uma resposta eficaz às pandemias de forma altamente coordenada”, lê-se.

Assim, os líderes defendem que “as nações terão de trabalhar juntas” para “construir uma arquitetura internacional da saúde mais robusta, que protegerá as futuras gerações”.

A criação do novo tratado internacional seria “plasmado na constituição da OMS” com base no “princípio da saúde para todos”, aproveitando mecanismos já existentes, como o Regulamento Sanitário Internacional.

O objetivo passaria por “promover uma abordagem que envolvesse todos os governos e todas as sociedades, reforçando as capacidades nacionais, regionais e mundiais, bem como a resiliência a futuras pandemias”.

A ideia já tinha sido abordada por Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, na cimeira do G20, em novembro.

“Numa altura em que a covid-19 aproveitou as nossas fraquezas e divisões, teremos de agarrar esta oportunidade e unirmo-nos como comunidade mundial, para uma cooperação pacífica que se prolongue para além desta crise”, defendem. “A preparação para a pandemia exige a liderança a nível mundial de um sistema de saúde global que seja adequado a este milénio. Para fazer deste compromisso uma realidade, teremos de ser guiados por princípios de solidariedade, justiça, transparência, inclusão e equidade”.

https://zap.aeiou.pt/lideres-mundiais-defendem-tratado-internacional-391243

 

Em 1985, um navio quebra-gelo e música clássica salvaram 2.000 baleias beluga !

A missão de salvamento de cerca de 2.000 baleias beluga na Península de Chukchi custou à Rússia cerca de 200 mil dólares.


Em 1985, várias baleias beluga foram avistadas na Península de Chukchi, a península mais oriental da Ásia. À primeira vista, os residentes locais ficaram contentes com o avistamento dos animais, mas demoraram pouco tempo a perceber que nem tudo estava bem.

Segundo o IFL Science, uma alteração no clima havia criado um enorme pedaço de gelo espesso, com cerca de quatro quilómetros de extensão, que ficou localizado entre os buracos de ar das baleias e o oceano aberto.

Os mamíferos marinhos eram incapazes de nadar esta distância sem ficar sem oxigénio e os escassos orifícios de ar não chegavam para as baleias sobreviverem. Os residentes esforçaram-se para manter os animais nutridos, mas, com a chegada do inverno, esperavam também a vinda de um milagre.

Nessa altura, a Rússia presenteou-se com um navio quebra-gelo finlandês, o maior e mais poderoso da época. Estes navios são conhecidos por cavar gelo espesso a grandes altitudes onde os barcos normais não se atrevem a aventurar. Uma das suas características mais vistosas era uma central de energia elétrica a diesel.

A Rússia acabou por alistar o Moskva na missão de resgate para salvar as baleias beluga, mas sabia que precisaria de agir rapidamente se quisesse libertá-las a tempo.

Quando o navio chegou, a situação era pior do que imaginavam e a missão acabou por ser cancelada pelo capitão do navio. Descontente, a tripulação decidiu que tinha de agir: enquanto quebravam o gelo, helicópteros largavam peixes para tentar alimentar as baleias que ainda permaneciam vivas.

Demorou vários dias, mas o Moskva conseguiu abrir um caminho para os animais. Apesar da boa notícia, as baleias – cansadas e traumatizadas pelo navio – eram incapazes de se mover.

Foi então que um membro da tripulação teve uma ideia fora da caixa com potencial para salvar os animais: a música poderia ajudar na missão de resgate.

Com poucas opções, a tripulação decidiu pôr em prática a ideia e o Moskva tornou-se um altifalante, ainda que temporariamente. Todos os tipos de música foram tocados na paisagem gelada, mas foi o clássico que provou ser a isca mais eficaz.

As baleias aproximaram-se do barco para investigar a melodia e, quilómetro a quilómetro, o Moskva conduziu os animais para fora da sua “prisão”.

https://zap.aeiou.pt/navio-quebra-gelo-baleias-beluga-391051

 

Revelados novos dados e as fronteiras da Zelândia, o misterioso continente perdido !

Mapa batimétrico do continente perdido Zelândia

Uma nova expedição de mapeamento oceânico está a traçar as fronteiras da Zelândia, um “continente perdido” submerso que hospeda a Nova Zelândia e o território da Nova Caledónia no Pacífico sul.

Em 2017, a identificação da Zelândia como o sétimo continente valeu manchetes por todo o mundo.

Agora, este continente oculto está a ser parcialmente mapeado graças a uma expedição de mapeamento em águas profundas liderada pela Universidade de Queensland, em colaboração com o Schmidt Ocean Institute.

Derya Gürer, cientista-chefe e investigadora na Universidade de Queensland, passou 28 dias no mar no navio de investigação Falkor do Schmidt Ocean Institute, explorando a borda noroeste do continente localizado no Coral Sea Marine Park de Queensland.

“Estamos apenas a começar a descobrir os segredos da Zelândia, que permaneceu escondida à vista de todos até recentemente e é notoriamente difícil de estudar”, disse Gürer, em comunicado.

“A Zelândia é uma massa quase totalmente submersa de crosta continental que diminuiu depois de se separar de Gondwana há 83 a 79 milhões de anos. Tem 4,9 milhões de quilómetros quadrados e tem cerca de três vezes o tamanho de Queensland”, acrescentou a investigadora.

Segundo a cientista, a expedição colheu dados topográficos e magnéticos do fundo do mar para obter uma melhor compreensão de como a estreita ligação entre os mares Tasman e Coral na região de Cato Trough – o estreito corredor entre a Austrália e a Zelândia – se formou.

“O fundo do mar está cheio de pistas para a compreensão da complexa história geológica das placas continentais da Austrália e da Zelândia. Esses dados também vão melhorar a nossa compreensão da estrutura complexa da crosta entre as placas australiana e zelândia. Pensa-se que inclui vários pequenos fragmentos continentais, ou microcontinentes, que foram separados da Austrália e do supercontinente Gondwana no passado”, explicou.

O projeto de mapeamento ofereceu 37 mil quilómetros quadrados de dados para o projeto Seabed 2030. O projeto visa produzir um mapa batimétrico disponível ao público para medir a profundidade do fundo do oceano do mundo até 2030.

Além dos dados batimétricos do fundo do mar, que medem a profundidade do oceano e características topográficas, foram colhidos aproximadamente 2.500 quilómetros quadrados de dados magnéticos.

Tara Jonell, da Universidade de Queensland, disse que a equipa da Falkor também aproveitou a oportunidade para melhorar a metodologia de amostragem para monitorização de microplásticos e colheita de dados sobre aves marinhas.

“Através do sistema de fluxo de água do mar em andamento do navio, analisámos mais de 100 amostras de microplásticos, além de 40 amostras colhidas numa viagem anterior, e apenas uma amostra não continha nenhum microplástico visível”, disse.

Gürer, que está envolvida num projeto de ciência cidadã para combater a poluição marinha por plástico, disse que a água do mar colhida em profundidades de até 3.500 metros contém uma mensagem clara. “Parece haver uma concentração maior de fibras microplásticas nas profundezas do oceano”, disse.

De acordo com a cientista, uma das maiores recompensas da jornada foi ver o valor da colaboração científica e a importância de treinar a próxima geração de cientistas marinhos.

“Todos nós estivemos a operar no limite da nossa zona de conforto no último mês e tem sido muito gratificante ver nossos cientistas emergentes crescerem. É maravilhoso liderar tantos cientistas promissores da terra e do mar para aprender os segredos do oceano.”

https://zap.aeiou.pt/revelados-novos-dados-e-as-fronteiras-da-zelandia-o-misterioso-continente-perdido-391040

 

Encélado pode ter correntes oceânicas semelhantes às da Terra !

O oceano subterrâneo de Encélado, uma das maiores e mais promissoras luas de Saturno, pode ter correntes oceânicas semelhantes às da Terra, de acordo com uma nova investigação publicada recentemente. 


Na procura da vida para lá da Terra, Encélado é visto como um mundo bastante promissor, uma vez que possuiu um oceano de água líquida – é um dos poucos lugares do Sistema Solar onde há água neste estado, a par de Europa, uma das luas de Júpiter.

O oceano de Encélado é, no entanto, bastante diferente do da Terra. O nosso é relativamente raso (3,6 quilómetros de profundidade), cobre três quatro da superfície do planeta, é quente na superfície e tem correntes que são afetadas pelo vento.

Em sentido oposto, Encélado parece ter um oceano bem mais profundo (30 metros de profundidade) e, ao contrário da Terra, as suas águas são mais frias no topo, perto da camada de gelo, e mais quentes na parte inferior.

Apesar das suas diferenças claras, Ana Lobo, estudante de mestrado do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos Estados Unidos, sugere, numa nova investigação, que os oceanos de Encélado têm correntes semelhantes às da Terra.

O seu trabalho, cujos resultados foram publicados na Nature Geoscience, baseia-se nas medições da já “aposentada” sonda Cassini, bem como no estudo de Andrew Thompson, professor de ciência ambiental e engenharia, que estuda a forma através da qual o gelo e a água interagem para impulsionar a mistura dos oceanos que rodeiam a Antártida.

Os oceanos de Encélado e da Terra partilham uma característica importante: são salgados. E é exatamente a partir deste ponto que Ana Lobo parte: as variações na salinidade podem servir como impulsionadores da circulação dos oceanos de Encélado, tal como acontece no Oceano Antártico, escreve a Europa Press.

Medidas gravitacionais e cálculos de calor da Cassini tinham já revelado que a camada de gelo de Encélado é mais fina nos polos do que no equador. As regiões de gelo fino nos polos estão provavelmente associadas ao derretimentos e as regiões de gelo espesso no equador ao congelamento das águas, sustenta Thompson.

Esta dinâmica afeta as correntes oceânicas, uma vez que, quando a água salgada congela, liberta os sais e torna a água à sua volta mais pesada, fazendo com que afunde. Nas regiões de fusão, ocorre exatamente o contrário.

“Conhecer a distribuição do gelo permite-nos impor limitações aos padrões de circulação”, explica Ana Lobo, citada em comunicado. “Entender quais as regiões do subsolo do oceano que podem ser as mais hospitaleiras para a vida pode, um dia, ajudar a procurar sinais de vida”, remata, por sua vez, Thompson.

https://zap.aeiou.pt/encelado-pode-ter-correntes-oceanicas-390814

 

segunda-feira, 29 de março de 2021

Menos soldados e mais robôs - Exército britânico reduz as suas tropas humanas !

Como parte de uma grande reforma militar, o Exército do Reino Unido está prestes a reduzir as suas tropas humanas.


Um dos objetivos do movimento de reestruturação das forças armadas britânicas é investir em robôs militares, drones e outras ferramentas de combate de alta tecnologia.

Segundo a BBC, esta atualização representa uma adaptação à própria mudança da guerra – com mais ênfase na guerra cibernética do que nas tropas terrestres.

Em janeiro, o Exército britânico tinha cerca de 80 mil soldados. O plano agora é reduzir esse número para cerca de 70 mil, permitindo que os soldados se aposentem ou saiam pelo seu próprio pé.

Ao mesmo tempo, o Exército investe em tecnologias, como drones e robôs de combate. A mudança também significa alocar mais recursos para os domínios cibernético e do Espaço, estabelecendo um comando espacial que parece funcionar de forma semelhante à Força Espacial dos Estados Unidos.

O Reino Unido quer também aumentar significativamente o número de ogivas nucleares à sua disposição, não apenas para deter as ameaças tradicionais, mas também para enfrentar ataques biológicos, químicos e até cibernéticos.

O documento de 110 páginas da Defesa britânica declara que o Reino Unido pretende aumentar o limite do número de ogivas nucleares a bordo dos submarinos Trident da Marinha Real de 180 para 260, um aumento de mais de 40%.

A alteração do Exército visa torná-lo mais eficaz e estratégico, especialmente face às novas tecnologias emergentes e às mudanças do cenário militar.

https://zap.aeiou.pt/exercito-britanico-reduz-tropas-humanas-390159

 

Político indiano promete helicópteros, foguetões e férias na Lua grátis !

Na Índia, Thulam Saravanan promete helicópteros, iPhones, foguetões, 100 dias de férias na Lua e robôs para fazer as tarefas domésticas caso seja eleito.


Decorrem as eleições legislativas em cinco Estados indianos e, num deles, há um candidato a fazer furor devido às suas promessas absurdas e sensacionalistas.

Thulam Saravanan, antigo jornalista de 33 anos, é candidato a Tamil Nadu, no sul do país, e publicou esta semana uma lista de promessas que fará cumprir se for eleito. Helicópteros, iPhones, foguetões, 100 dias de férias na Lua e robôs para fazer as tarefas domésticas são algumas das promessas feitas pelo político indiano.

Se as bandeiras da sua campanha são bizarras, o seu símbolo e lema não ficam atrás. O caixote do lixo é a imagem de marca da campanha. “O símbolo da honestidade é o caixote do lixo”, lê-se na publicação nas redes sociais.

“Eu prometo um helicóptero e um carro por família, uma casa de três andares e uma viagem à Lua. As pessoas perguntam-me se tudo isto é possível. Eu acredito que é possível, mas vai custar-nos um pouco mais”, disse o candidato independente citado pela VICE.

Saravanan disse que fez estas promessas porque queria chamar a atenção para o comportamento dos partidos que atraem eleitores com refeições e entretenimento em eventos de campanha.

“Fiz estas promessas para dizer às pessoas que deveriam escolher políticos honestos, sem serem atraídos por brindes”, disse à VICE o político indiano.

As acusações de Saravanan não são em vão. As campanhas políticas são algumas das mais caras do mundo. Este ano, uma estimativa prevê que os partidos dos cinco Estados gastem até 25 milhões de euros em publicidade.

Brindes como caril, cabras e televisões são comuns durante as eleições no país. Há também casos de candidatos que mentem sobre os gastos de campanha, subornam eleitores com drogas, dinheiro, álcool e até ouro.

“O suborno e a corrupção estão desenfreados em Tamil Nadu e escolhemos o logótipo do caixote do lixo para limpá-los”, disse Saravanan.

Por fim, o candidato confirmou que as promessas que fez são uma piada. “Se eu vencer, responderemos a todas as necessidades básicas das pessoas do meu eleitorado”, garantiu.

https://zap.aeiou.pt/politico-promete-helicopteros-gratis-390458

 

Cientista sugere semear cuidadosamente vida em planetas alienígenas “mortos” !

A busca por vida no Universo tende a concentrar-se em ambientes habitáveis. Contudo, para responder a perguntas sobre como a vida se espalhou, os cientistas podem estudar mundos mortos e semear vida cuidadosamente neles.


Esta sugestão partiu do astrobiólogo Charles Cockell, da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido. “O estudo biológico da falta de vida parece contraintuitivo, porque a biologia é o estudo da vida”, disse o cientista, citado pelo LiveScience.

Cockell afirma que focar-se inteiramente em mundos vivos deixa de fora uma percentagem enorme e potencialmente informativa do Cosmos. Os espaços assustadoramente grandes entre os planetas, bem como lugares como o Sol escaldante e a Lua gelada, são todos presumivelmente desprovidos de vida.

Aliás, notou Cockell, mesmo a Terra, que consideramos estar repleta de vida, é amplamente inabitável, com uma fina biosfera situada na superfície, mas um interior em grande parte “morto”.

O estudo de mundos sem vida poderia ajudar os cientistas a aprender que percentagem do universo é inabitável, que proporção é potencialmente habitável, mas apenas carente de vida, e se há alguns mundos que estão parcialmente vazios e parcialmente cheios de vida.

Depois de os organismos terem surgido no nosso planeta, acredita-se que se proliferaram para preencher todos os ambientes habitáveis ​​que conseguiram encontrar. No entanto, os detalhes desse processo ainda são vagamente compreendidos.

Cockell acredita que mundos mortos podem ajudar a fornecer uma visão científica sobre questões fundamentais, como os limites de onde a vida pode existir e a forma como os seres vivos colonizam áreas desabitadas.

Os mundos mortos também podem ser um “papel em branco”, onde os cientistas podem começar a experiência da vida do zero.

Se se libertasse pequenas quantidades de micróbios em ambientes sem vida, os investigadores poderiam aprender com que a rapidez os organismos se espalham, a sequência em que diferentes espécies assumem o controlo e como os seres vivos alteram a química local e, eventualmente, começam a coevoluir com um planeta.

Determinar o lugar certo para conduzir este estudo pode ser complicado. Não é claro que lugares do Sistema Solar estão totalmente mortos. Muitos astrobiólogos acreditam, por exemplo, que os oceanos cobertos de gelo das luas de Júpiter e Saturno são boas apostas.

Contudo, Cockell aponta que alguns ambientes podem ser habitáveis, mas desabitados.

Assim, se as profundezas da Europa de Júpiter ou do Encélado de Saturno não tivessem sem vida, os cientistas poderiam lá libertar bactérias e monitorizá-las durante um intervalo de tempo, como 10 mil anos.

Por outro lado, Cockell reconheceu que estas ideias podem levantar preocupações éticas, incluindo se temos o direito de alterar planetas para os nossos próprios fins. Os lugares do Sistema Solar são legalmente protegidos contra contaminação pelo Tratado do Espaço Exterior de 1967 – escrito pelos Estados Unidos e pela Rússia e assinado por todas as nações que viajam pelo Espaço.

O cientista considera que seria importante garantir que um mundo está realmente sem vida antes de entrar e potencialmente mudá-lo para sempre.

Uma outra razão para estudar ambientes sem vida pode ser, eventualmente, tropeçar acidentalmente na vida. Poucos pensavam que as fontes hidrotermais vulcânicas no fundo do oceano poderiam ser habitáveis ​​até que a exploração submarina mostrou que estavam repletas de organismos. Esses lugares ajudaram a redefinir a nossa compreensão de onde os seres vivos podem sobreviver e mostrar vida que não conhecemos.

https://zap.aeiou.pt/cientista-sugere-semear-cuidadosamente-vida-390474

 

Os cientistas querem redefinir o segundo com mais precisão !

Cientistas querem redefinir o segundo para torná-lo mais preciso. Embora pareça algo sem grande importância, pode ter várias aplicações práticas.


Todos precisamos de saber as horas. Desde que o inventor holandês do século XVII, Christiaan Huygens, fez o primeiro relógio de pêndulo, as pessoas têm pensado em boas razões para medir o tempo com mais precisão.

Saber o tempo certo é importante em muitos casos, desde a operar uma ferrovia até fazer negociações de milissegundos no mercado de ações. Agora, para a maioria de nós, os nossos relógios estão a comparar-se a um sinal de relógios atómicos, como aqueles a bordo dos satélites de GPS.

Mas um estudo publicado esta semana na revista Nature pode significar que esses sinais ficarão muito mais precisos, ao abrir caminho para nos permitir redefinir o segundo com mais precisão. Os relógios atómicos poderiam tornar-se tão precisos que poderíamos começar a medir ondas gravitacionais até então impercetíveis.

O relógio atómico foi construído pela primeira vez por Louis Essen e foi usado para redefinir o segundo em 1967, uma definição que permaneceu a mesma desde então.

Ele funciona contando a frequência de variação de uma propriedade quântica chamada spin nos eletrões dos átomos de césio. Um segundo é oficialmente definido “a duração de 9.192.631.770 períodos da radiação correspondente à transição entre os dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de césio-133″.

Se podemos medir o tempo e a frequência com precisão, então há todos os outros tipos de coisas que também podemos medir com precisão. Por exemplo, medir a frequência de rotação de certos átomos e moléculas pode dizer-nos a força do seu campo magnético. Portanto, se podemos encontrar a frequência com precisão, também encontramos a intensidade do campo com precisão. Os sensores de campo magnético mais pequenos funcionam desta maneira.

Mas podemos fazer relógios melhores que nos permitam medir a frequência ou o tempo com ainda mais precisão? A resposta pode passar por aumentar a frequência.

Os cientistas estão a pensar se a definição internacional do segundo poderia ser redefinida para torná-lo mais preciso. Mas para conseguir isto, os diferentes relógios óticos que usaríamos para contar o tempo com precisão precisam de ser confiáveis para ler ao mesmo tempo, mesmo estando em laboratórios diferentes a milhares de quilómetros de distância. Até agora, esses testes de longa distância não têm corrido muito bem.

Relógios melhores

Agora, usando uma nova maneira de ligar os relógios com lasers ultrarrápidos, os investigadores mostraram que diferentes tipos de relógios atómicos óticos podem ser colocados a alguns quilómetros de distância e ainda estarem bastante sincronizados. Eles conseguiram resultados cerca de cem vezes mais precisos do que os obtidos antes com relógios diferentes ou grandes distâncias.

Os autores do novo estudo compararam vários relógios baseados em diferentes tipos de átomos – itérbio, alumínio e estrôncio no seu caso. O relógio de estrôncio estava situado na Universidade do Colorado e os outros dois no US National Institute of Standards and Technology, ao fundo da rua.

O estudo conectou os relógios com um feixe de laser através do ar ao longo de 1,5 km de um prédio a outro, e essa ligação mostrou-se tão boa quanto uma fibra ótica sob a estrada, apesar da turbulência do ar.

Mas por que precisamos de relógios tão precisos? Embora os átomos do relógio devam ser exatamente os mesmos onde quer que o relógio esteja e quem quer que olhe para ele, pequenas diferenças úteis podem surgir quando as medições do tempo são tão precisas.

De acordo com a Teoria da Relatividade de Einstein, a gravidade distorce o espaço-tempo e podemos medir essa distorção. Relógios óticos já foram usados para detetar a diferença no campo gravitacional da Terra movendo-se apenas um centímetro de altura.

Com relógios mais precisos, talvez fosse possível sentir o aumento do stress da crosta terrestre e prever erupções vulcânicas. Ondas gravitacionais produzidas por fusões de buracos negros distantes foram vistas – talvez agora sejamos capazes de detetar ondas muito mais fracas de eventos menos cataclísmicos usando um par de satélites com relógios óticos.

https://zap.aeiou.pt/os-cientistas-querem-redefinir-segundo-389843

 

“Genes zombie” ganham vida no cérebro após a morte !

Horas depois de morrermos, certas células cerebrais permanecem ativas. Algumas até aumentam a sua atividade e crescem em proporções gigantescas.


Uma equipa de cientistas da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, analisou a expressão génica num tecido cerebral fresco, retirado durante uma cirurgia cerebral, e descobriu que a expressão de alguns genes em determinadas células aumentou após a morte.

Estes “genes zombie” – que aumentaram a expressão após o intervalo post-mortem – eram específicos de um tipo de célula: células inflamatórias chamadas células gliais.

De acordo com o EurekAlert, estas células formam parte do tecido nervoso, proporcionando suporte e nutrição aos neurónios. Como são inflamatórias, este aumento após a morte não é muito surpreendente

Jeffrey Loeb, um dos autores do artigo científico, destacou que o mais significativo desta investigação são as implicações da descoberta, uma vez que pode ser útil na pesquisa de novos tratamentos e potenciais curas para doenças como o autismo, esquizofrenia e Alzheimer.

“A maioria dos estudos pressupõe que tudo no cérebro pára quando o coração pára de bater, mas não é assim”, disse Loeb, em comunicado. “As nossas descobertas serão necessárias para interpretar a pesquisa em tecidos cerebrais humanos.”

De acordo com o estudo, publicado no dia 23 na revista científica Scientific Reports, cerca de 80% dos genes analisados mantêm-se relativamente estáveis durante 24 horas, enquanto que os genes ligados a neurónios (e intrinsecamente envolvidos na atividade do cérebro humano) se degradam nas primeiras horas após a morte.

Os “genes zombie”, que aumentaram a sua atividade, alcançaram os níveis máximos cerca de 12 horas após o óbito.

https://zap.aeiou.pt/genes-zombie-vida-cerebro-morte-389830

 

Cientistas reprogramaram células da pele para tratar cobaias que sofreram um AVC e funcionou !

A reprogramação celular – em que um determinado tipo de célula é “reprogramado” para cumprir o papel de outro – é uma área de pesquisa médica que tem vindo a crescer nos últimos anos.

Recentemente, uma equipa de cientistas da Ohio State University (OSU), nos Estados Unidos, utilizou esta tecnologia para reparar tecidos danificados em cobaias que sofreram um acidente vascular cerebral (AVC). No futuro, os especialistas esperam aplicar esta técnica em seres humanos, de forma a ajudá-los a restaurar a fala e a função motora.

O AVC resulta da lesão das células cerebrais, que morrem ou deixam de funcionar pela ausência de oxigénio e de nutrientes na sequência de um bloqueio do fluxo de sangue (AVC isquémico).

Apesar de existirem tratamentos para separar os coágulos que se formam e bloqueiam as artérias, estes precisam de ser administrados em algumas horas para serem eficazes e evitar danos duradouros no tecido cerebral – como danificação da fala ou da função motora, explica o New Atlas.

Usando células da pele como ponto de partida, os cientistas da OSU testaram uma técnica, chamada nanotransfecção de tecido, segundo a qual o material genético é introduzido nas células e “retreina-as” para se tornarem células vasculares.

“Podemos reescrever o código genético das células da pele para que se tornem células dos vasos sanguíneos”, disse Daniel Gallego-Perez, líder da equipa, em comunicado.

“Quando são implantadas no cérebro, as células são capazes de desenvolver um tecido vascular novo e saudável para restaurar o fornecimento de sangue e ajudar na reparação do tecido cerebral danificado.”

A equipa injetou células “retreinadas” no cérebro de cobaias que sofreram um AVC e descobriu que promoveram o fornecimento de sangue saudável, além de terem ajudado a reparar o tecido danificado. Os ratos de laboratório que receberam o tratamento recuperaram 90% da função motora.

A ressonância magnética revelou que as áreas do cérebro danificadas foram reparadas no espaço de algumas semanas. O artigo científico foi publicado no dia 19 de março na Science Advances.

Apesar de a técnica estar longe de ser aplicada em humanos, os investigadores vão aproveitar os resultados promissores para realizar mais investigações. Além de poder ser útil no tratamento dos efeitos persistentes do derrame isquémico, a técnica poderá ser usada para tratar outras doenças cerebrais, como Alzheimer e doenças auto-imunes.

https://zap.aeiou.pt/reprogramaram-celulas-pele-avc-389791

 

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