domingo, 31 de outubro de 2021

Professor e escritor Yuval Harari avisa que os "Humanos começarão a ser hackeados" !

Professor e Escritor Yuval Harari avisa que humanos serão "hackeados" se a inteligência artificial não for regulamentada globalmente. Harari diz que a cooperação global é necessária para evitar que os dados humanos caiam nas mãos de alguns poucos poderosos. Relatórios de 60 minutos deste domingo.

O futuro poderia ver os dados humanos do mundo, entregues através do poder crescente e alcance da inteligência artificial, nas mãos de poucos poderosos - uma receita para um amanhã distópico povoado por "humanos hackeados", diz Yuval Noah Harari. 

O autor de renome mundial diz a Anderson Cooper que as nações devem começar a cooperar para evitar isso regulando a inteligência artificial e a coleta de dados em todas as nações. A entrevista com Harari será transmitida no dia 60 Minutes, domingo, 31 de outubro, às 19h ET / PT na CBS.

Harari diz que os países e empresas que controlam a maioria dos dados controlarão o Mundo.

“O Mundo está cada vez mais dividido em esferas de coleta de dados, de coleta de dados. Na Guerra Fria, você tinha a Cortina de Ferro. Agora temos a Cortina de Silício, que está cada vez mais dividido entre os EUA e a China”. Harari diz a Cooper. "Seus dados vão para a Califórnia ou vão para Shenzhen, Xangai e Pequim?"
Yuval Harari sendo entrevistado. Crédito: 60 minutos.

Harari professor de história da Universidade Hebraica de Jerusalém, publicou seu primeiro livro, "Sapiens", em 2014; foi um best-seller global. Desde então, publicou mais dois livros com temas futuristas, "Homo Deus" e "21 Lições para o Século 21". Os três livros juntos venderam 35 milhões de cópias em 65 idiomas.

Ele tem alertado as pessoas sobre um futuro não tão distante de mudanças incríveis dizendo que a inteligência artificial em funcionamento hoje por meio de algoritmos apenas fortalecerá seu controle sobre os humanos.

"A Netflix nos diz o que assistir e a Amazon nos diz o que comprar. Eventualmente, em 10, 20 ou 30 anos, esses algoritmos também podem dizer o que estudar na faculdade e onde trabalhar, com quem se casar e até mesmo em quem votar." diz Harari.

E ele aponta a pandemia abriu a porta para uma coleta ainda mais intrusiva de nossos dados.  

“São dados sobre o que está acontecendo dentro do meu corpo. O que vimos até agora, são corporações e governos coletando dados sobre aonde vamos, quem encontramos, que filmes assistimos. A próxima fase é a vigilância sob nossa pele”, avisa. . 

"Certamente, agora estamos no ponto em que precisamos de cooperação global. Você não pode regular o poder explosivo da inteligência artificial em nível nacional", disse Harari, que disse a Cooper o que acha que precisa ser feito. "Uma regra importante é que, se você conseguir meus dados, eles devem ser usados ​​para me ajudar e não para me manipular. Outra regra importante é que sempre que você aumentar a vigilância de indivíduos, deverá simultaneamente aumentar a vigilância da empresa, dos governos e das pessoas no topo. E o terceiro princípio é que - nunca permita que todos os dados sejam concentrados em um só lugar. Essa é a receita para uma ditadura. " 

Harari diz que os humanos correm o risco de serem 'hackeados' se a inteligência artificial não se tornar mais bem regulamentada.

"Hackear um ser humano é conhecer essa pessoa melhor do que ela mesma. E com base nisso manipulá-lo cada vez mais", diz Harari.  

Há uma vantagem no surgimento da inteligência artificial também, diz Harari, mas apenas se for acompanhada por regulamentação.

“A coisa toda é que não é apenas distópico. Também é utópico. Quer dizer, esse tipo de dado também pode nos permitir criar o melhor sistema de saúde da história”, diz ele. "A questão é o que mais está sendo feito com esses dados? E quem os supervisiona? Quem os regulamenta?"
 
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Tesla, Marconi, OVNIS, a cidade secreta nas nuvens! "Cidade soterrada na cordilheira dos Andes" !

A história está repleta de histórias de cidades mágicas perdidas. Histórias como a cidade perdida Z que tirou a vida do lendário explorador Percy Fawcett e de seu filho. Ou a cidade perdida de Hy-Brazil uma Ilha Fantasma de tecnologia avançada que era conhecida pelos primeiros marinheiros por aparecer ocasionalmente no Atlântico.
 
As torres cristalinas de sua cidade principal projetando-se no horizonte. Não nos esqueçamos de Atlântida, Lemúria e até Hiperbórea. Todas as ilhas místicas perdidas no tempo ou em desastres naturais. Até Shamballa e Agartha, que se perderam nas neves do Himalaia.
Existem ainda outras cidades perdidas menos conhecidas, mas igualmente fascinantes que parecem resistir ao teste do tempo. Todas elas parecem ter algum tipo de alta tecnologia incrível e também parecem ser fantasmas. É uma daquelas cidades lendárias que agora iremos explorar. Uma cidade de verdadeiro assombro, um paraíso tecnológico e uma cidade sem nome que aparentemente permaneceu oculta por quase um século.
Guglielmo Marconi

Por mais de 30 anos houve um boato persistente. Um boato que não foi amplamente divulgado, mas ainda assim é fascinante esta cidade sem nome soterrada nas profundezas da Cordilheira dos Andes e foi fundada por ninguém menos que Guglielmo Marconi e seu protegido. Equipado com a tecnologia Tesla e escondida do Mundo.

A história que existe agora foi originalmente discutida em um livro chamado "Os Mistérios dos Andes" por Robert Charroux e publicado em 1974.
Mais tarde foi traduzido do francês e publicado pela Avon books em 1977. Charroux, um aventureiro Fortiano de renome mundial, tinha ido para a América do Sul em busca de um códice oculto chamado Códice ICA, que pretendia mostrar uma civilização humana perdida com milhões de anos de idade, bem como túneis subterrâneos e cidades perdidas.
 
A história foi então recolhida por Renato Vasco e publicada em seu livro “Man Made UFOs” e a partir daí está fervendo.
A História é Mais ou Menos Assim.

Marconi, filho de uma rica família italiana, começou a trabalhar em tecnologia de rádio com Tesla e foi pioneira na comunicação por rádio. Em 1896, ele transmitiu uma transmissão de nove milhas através do canal de Bristol e em 1899 estava enviando transmissões através do canal inglês a cerca de 30 milhas de seu transmissor. Em 1901, após melhorar seu equipamento de transmissão, ele transmitiu uma transmissão da Cornualha, Inglaterra, para St. John's, em Newfoundland, Canadá.

Em 1909, Marconi, junto com Karl Braun, recebeu o Prêmio Nobel de Física.

Na década de 1930, Marconi e seu aluno Landini estavam trabalhando no Antigravity. Na verdade, Marconi, que a essa altura já era milionário várias vezes converteu seu iate, o “Electra”, em um superlaboratório flutuante onde enviaram sinais através da terra, da mesma forma que Tesla o fez.
Em junho de 1936 Marconi deu outro salto à frente e demonstrou um cânone de onda de energia para Benito Mussolini em uma movimentada autostrada fora de Milão. Aparentemente pelo menos de acordo com a história, Mussolini pediu a sua esposa Rachele para estar na rodovia exatamente às 15h30. Marconi acionou o dispositivo e por mais de 30 minutos todos os carros sofreram uma falha elétrica completa. Precisamente às 15h35, Marconi desligou o aparelho e o carro incluindo o de sua esposa deu partida.

Mussolini teria ficado bastante satisfeito com o resultado e começou a se mover na direção de transformá-lo em arma. Isso desagradou ao Papa Pio XI, que teria se interessado pelo dispositivo e foi capaz de impedir novas pesquisas.
De acordo com a Bibliotecapleyades essas quatro fotos são dos arquivos do Blue Book da Força Aérea dos Estados Unidos e mostram um “Dispositivo de disco voador francês” que supostamente é uma das embarcações usadas por Marconi e construída na cidade secreta da América do Sul. As fotos foram tiradas em 1953.

Temendo as repercussões do Vaticano, Marconi então fingiu sua própria morte e então navegou seu iate para a América do Sul em 1937. Acredita-se que Marconi conquistou algumas das mentes mais brilhantes da pesquisa italiana quando partiu, incluindo Fulcanlli e Landini. A contagem total foi de cerca de 98 cientistas que desapareceram com Marconi.

Seu destino final teria sido nas selvas do sul da Venezuela, onde eles montaram uma utopia tecnológica completa com motores de energia livre, tecnologia Tesla e até mesmo um novo tipo de aeronave, que usava uma forma de anti-gravidade Marconi e Landini. ter aperfeiçoado.

Foi nessa cidade secreta que dizem que os cientistas aperfeiçoaram muitas das tecnologias de energia livre e Tesla sobre as quais lemos hoje. Eles também se dedicaram à aplicação pacífica dessas tecnologias e permaneceram isolados do resto da sociedade até hoje. Trabalhando nas sombras para fornecer tecnologia ecologicamente correta nova e atualizada.
 
A história veio à tona pela primeira vez no livro “Os Mistérios dos Andes” de Robert Charroux. 
No livro, ele fala de ter ouvido a história da Cidade Subterrânea dos Andes de um jornalista mexicano chamado Mario Rojas Avendaro, que ouviu falar da cidade “de Caracas a Santiago”, o que levou Avendaro a investigar mais a fundo a história.

Avendaro afirmou que a maior parte das informações detalhadas da cidade secreta viera de um homem chamado Naisso Genovese, que o contatou sobre sua pesquisa na cidade. Genvoese foi aluno de Marconi e passou um tempo com ele na cidade. Na época em que entrou em contato com Avendaro, Genovese estava trabalhando em um professor de física em uma escola na Baja California.
Genovese afirmou ter passado vários anos trabalhando na cidade e até publicou um relato de uma suposta viagem a Marte usando um disco voador movido a Tesla / Marconi. Na década de 1950, ele escreveu sobre a viagem em um livro muito raro, e francamente estranho, intitulado “Minha viagem a Marte”. Um livro que, embora nunca tenha sido publicado em inglês, saiu em várias outras línguas.

Ao discutir a cidade com Avendaro, Genovese afirmou que ela havia sido construída com a fortuna de Marconi. Marconi, antes de sua morte transferiu grandes quantias de sua fortuna para contas secretas que ele acessou para adquirir os materiais de que precisava.
 
Genovese também afirmou que em 1946 os cientistas construíram um coletor de energia cósmica massivo baseado no aprimoramento de Marconi dos projetos originais de Tesla. Ele também deu alguns detalhes sobre as enormes e incríveis instalações de pesquisa que eles haviam construído, dizendo que era provavelmente o maior laboratório já construído no planeta.

Em 1952, Genovese afirmou ter construído um novo tipo de aeronave com um suprimento quase ilimitado de energia e os cientistas o usaram para explorar quase todo o globo, incluindo os oceanos.

Dizia-se que a nave era capaz de acelerar a 500.000 milhas por hora e foi construída com uma nova liga que podia suportar enormes pressões do oceano profundo, bem como viajar pela atmosfera em velocidades extremamente altas. O único problema que ele disse que o dispositivo tinha era a aceleração. Era algo em que os cientistas ainda estavam trabalhando.

A implicação era que o dispositivo também era capaz de viagens estelares, possivelmente interestelares, e também tinha sido usado para visitar vários planetas do sistema solar. Sabemos por Genovese que ele afirmou que viagens regulares estavam sendo feitas para a Lua e Marte. A implicação é que um posto avançado poderia ter sido instalado em um ou em ambos os locais.
Avendaro então pressionou Genovese para saber a localização da cidade secreta. Genovese respondeu dizendo que estava localizado na parte inferior de uma cratera era principalmente subterrâneo e estava quase 13.000 pés acima do nível do mar. Acredita-se que a cidade esteja localizada em um vulcão extinto na cordilheira oriental dos Andes em algum lugar das montanhas bolivianas ou venezuelanas.

Parece que foi aí que a história terminou, e nenhuma investigação adicional foi feita. Alguns pesquisadores levantaram a hipótese de que Tesla, tendo sido contatado por Marconi, fingiu sua morte e também viajou para a cidade mágica.

Mas será que uma cidade oculta de alta tecnologia é realmente viável? Dada a região onde a cidade está supostamente escondida e o tamanho e a vastidão das terras inexploradas naquela região, é completamente plausível que tal cidade realmente exista.

Especialmente se aqueles cientistas tivessem aperfeiçoado a energia livre e a antigravidade. Com esses dois saltos tecnológicos, realmente não há limite para o que eles poderiam ter alcançado.

Esta Cidade Subterrânea dos Andes é real? Provavelmente nunca saberemos com certeza, mas continua sendo uma das cidades ocultas mais misteriosas e enigmáticas da lenda. Se for real, certamente havia o poder do cérebro necessário para fazer avanços tecnológicos tão impressionantes, mas por enquanto ela terá que permanecer uma cidade perdida.
 
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Países ricos gastam mais dinheiro a aumentar poder militar – E deixam de lado os compromissos climáticos !

De acordo com um novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), os países mais ricos estão cada vez mais atrasados no que diz respeito ao cumprimento da promessa de ajudar os estados mais pobres a ajustarem-se ao impacto das alterações climáticas.

O relatório da organização, no âmbito da 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), sugere que as potências com maior capacidade financeira têm canalizado os seus fundos para aumentar o seu poder militar, deixando de lado os compromissos ambientais.

Em 2009, os países mais ricos fizeram a promessa de contribuir com cerca de 100 mil milhões de dólares por ano para ajudar as nações mais empobrecidas a dar resposta aos problemas causados pelas alterações climáticas. Na altura, ficou definido que o valor total das ajudas seria alcançado em 2020, mas a meta já foi deixada para trás.

Segundo a ONU, que na passada segunda-feira apresentou um plano, mesmo que este seja cumprido, demoraria até 2023 até estar concluído – ou seja, três anos após o prazo inicial.

Esta não é a primeira vez que surgem este tipo de críticas. O Fundo Verde para o Clima tem sido assombrado por problemas desde o início, tendo já sido criticado por má gestão, escreve o Gizmodo.

Em setembro, o presidente dos EUA, Joe Biden, informou que o país iria oferecer 5,7 mil milhões de dólares – um grande passo em relação ao que o país contribuiu com o ex-presidente Donald Trump, quando deu menos do que a França, Alemanha, Japão ou Reino Unido, apesar de ser o maior poluidor histórico.

A quantia pode parecer bastante elevada para os EUA desembolsarem todos os anos, mas a verdade é que o país está a gastar muito mais noutros campos. Tendo em conta o relatório apresentado, as maiores economias do mundo estão a investir centenas de milhões de dólares no armamento das suas fronteiras.

Sete dos maiores emissores históricos do mundo, segundo o relatório do Instituto Transnacional sem fins lucrativos internacional, gastam em média 2,3 vezes mais para tornar a segurança das suas fronteiras fortemente militarizada, do que para ajudar outros países a enfrentar o impacto das mudanças climáticas.

Os autores do relatório destacam que em vez de ajudarem as populações mais fragilizadas, os países mais ricos só estão a fazer com que estes investimentos aumentem as mortes e a violência, e não farão nada para conter a migração climática, já que as condições meteorológicas extremas têm obrigado a que mais pessoas abandonem as suas casas.

Embora os EUA não sejam o pior infrator na lista apresentada no relatório, ainda assim, gastam 11 vezes mais com segurança de fronteira. O país gasta uma média de 19,6 mil milhões de dólares por ano em elementos como drones, tecnologia de reconhecimento facial e construções, como é o caso do muro na fronteira com o México. O valor total também inclui custos de manutenção, vigilância e pagamentos a agentes armados.

Ao contrário do que seria esperado, refere o relatório, as mudanças climáticas estão a ser cada vez mais usadas como instrumentos para intensificar a militarização, em vez de fornecerem uma oportunidade de recuar e avaliar as razões por trás do motivo pelo qual as pessoas estão a ser deslocadas.

O relatório frisa que esta é uma visão sombria de um futuro onde o dinheiro que deveria ser atribuído aos países mais pobres para ajudar a mitigar os desastres climáticos, é dado para pagar os serviços de empresas contratadas com o intuito de endurecer as fronteiras.

“Se os maiores poluidores históricos se desfizessem minimamente da militarização das fronteiras e investissem esse dinheiro no financiamento do clima para o Sul Global, poderíamos evitar uma catástrofe no sofrimento humano”, remata Mohamed Adow, diretor do Power Shift Africa.

https://zap.aeiou.pt/paises-ricos-poder-militar-440518
 

Em 2020 haveria um Cataclismo no Planeta, mas seria apenas "um aperitivo" do que aconteceria em 2027 !

Em 2011, JJ Benítez foi a um cartório de Sevilha para registrar informações que recebera: em 2020 haveria um cataclismo no planeta, mas seria apenas "um aperitivo" do que aconteceria em 2027.

 "Espero que esteja errado  mas sim Não se sabe ou acredita-se que virá um grande meteorito que atingirá o Atlântico e causaria 1.200 milhões de mortes em 24 horas. 

A pandemia seria uma brincadeira de criança” "Passei vários anos no passado em que vi que poderia ter alguma credibilidade e impressão em mim tanto que fui a um tabelião para reparar o registro."

Coincidência?

Por enquanto a realidade é diferente. A única coisa que se sabe sobre um meteorito em 2027 é que ele seja visto como uma simulação que a NASA realiza na Conferência de Defesa do Planeta para estudar quais mecanismos devem ser usados aplicados ou desenvolvidos para enfrentar um tipo de problema. 

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Algumas pessoas parecem ter nascido imunes à covid-19 - A razão pode estar na genética !


Em linha com as sugestões feitas pelos médicos no início da pandemia, pode, de facto, haver fatores genéticos que determinam o grau de severidade que uma infeção terá num indivíduo.

Aquando do início da pandemia da covid-19, e perante o elevado nível de desconhecimento que existia em relação à SARS-CoV-2 nas suas mais variadas vertentes, foram muitas as justificações apontadas para um progresso mais rápido e gravoso da infeção: género, idade, tipo de sangue, etc. No entanto, há outras opções (algumas ainda longe de seres descobertas) para justificar a diferença de sintomas e mazelas que a covid-19 pode ter em diferentes seres humanos.

Por exemplo, uma investigação científica publicada recentemente sugere que alguns indivíduos, pura e simplesmente, nasceram com uma resistência natural ao novo coronavírus, à semelhança do que acontece com o HIV ou norovírus. As premissas da estudo são, precisamente, alguns dos fatores enumerados anteriormente, ou seja, aqueles que os médicos apontaram numa fase inicial da pandemia, mas também novos, que ainda estão por descobrir.

A equipa de especialistas, no âmbito da investigação feita, sugeriu objetivos para investigações futuras, mas também providenciaram informação detalhada sobre como o trabalho foi evoluindo.

Como é sabido, os sintomas entre infetados com covid-19 podem variar desde a simples assintomalogia e a infeção aguda, na origem de pneumonias que podem ser mortais – com alguns “doentes” a curarem-se facilmente em casa, ao passo que outros têm que ser hospitalizados durante meses nas unidades de cuidados intensivos. Existe também quem ultrapasse a logo após semanas, enquanto outros indivíduos vêm-se a lidar com as consequências durante anos, estimam os médios.

O que os médicos denominam de taxas de ataques secundários – a probabilidade de uma infeção ocorrer entre as pessoas mais suscetíveis dentro de um dado grupo – podem atingir valores de 70% em alguns agregados familiares, existindo múltiplos relatos de indivíduos aguentaram com relativa facilidade a doença, ao mesmo tempo que viram familiares sucumbir. Esta realidade não é, naturalmente, fruto do acaso. Daí que os autores deste estudo se tenham virado para o material genético e os fatores que deste possam resultar.

“O nosso estudo diz respeito ao enigma, deveras intrigantes, dos seres humanos que não foram infetados com a SARS-CoV-2, apesar de terem estado expostos ao vírus de forma repetida e intensa. A nossa sugestão é que estes casos sejam “genéticos” e explicamos como pretendemos desvendar este enigma por meio da genética humana”, explicou András N. Spann, autora do estudo, ao site IFL Science.

A primeira das causas genéticas considerada pelos cientistas tem que ver com a suscetibilidade inata para o vírus. Por exemplo, uma deficiência do tipo I de interferons foi relacionada com cerca de 20% dos casos críticos de covid-19. Os interferons de tipo I consistem em proteínas que desempenham um papel importante na resposta antiviral do corpo humano, por isso, e de forma pouco surpreendente, erros nos genes que constituem estas proteínas têm sido relacionados com casos mas graves de covid-19.

Outros estudos feitos neste âmbito parecem indicar que mais do que 10% das pessoas com infeções agudas por covid-19 têm anticorpos pré-existentes contra o tipo I de interferons – o que permite afirmar que a falta de proteínas pode aumentar a suscetibilidade de um indivíduo a uma infeção mais grave.

No que concerne à resistência inata aos vírus, existem apenas três casos conhecidos e dizem respeito às infeções por plasmodium vivax, ao HIV-1 e ao norovírus. Nos três casos, os todos os mecanismos consistem em deficiências dos recetores ou coreceptores, as quais são exploradas pelo agente patogénico, de forma a permitir-lhe encontrar nas células hospedeiras.

Dando seguimento a esta linha de pesquisa, os investigadores chegaram à conclusão que os indivíduos com tipo de sangue O talvez sejam ligeiramente mais resistentes. Já os grupos A e B podem, por sua vez, desempenhar um papel determinante na infeção por SARS-CoV-2, servindo de coreceptor ao vírus.

Outros genes que podem significar uma resistência acrescida contra a covid-19 são os recetores ACE2, usados pelo próprio vírus para entrar nas células. Uma mutação rara foi encontrada em análises de laboratório, no qual o gene foi usado como guarda para prevenir a entrada da infeção – provavelmente através da redução da expressão ACE2.

Outra proteína, a TMEM441B, que é exigida para a entrada viral dos flavivírus– uma família viral que inclui a dengue, a febre amarela e os vírus Zika – pode constituir um motivo e interesse para a ciência, sugerem os autores do estudo.

O impacto direto desta proteína na covid-19 ainda está para se descoberto, mas já foi identificado como requerimento para uma infeção permissiva do vírus. Nos estudos relativos aos flavivírus, um alelo comum nos asiáticos das regiões este e sul do continente tem sido relacionada com uma capacidade reduzida de apoiar uma infeção por flavivírus.

De forma a testar estes indícios, os autores do estudo sugerem uma estratégia de quatro passos. A primeira remete para um foco num grupo de indivíduos não infetados e que pertençam ao mesmo agregado familiar que elementos com covid-19 e que tenham sintomas.

De seguida, as investigações devem centrar-se em indivíduos expostos ao vírus sem equipamento de proteção individual, depois indivíduos com testes PCR e antigéneo negativos nos momentos seguintes a uma exposição ao vírus. Finalmente, a resposta das células T – um tipo de células imune – em indivíduos considerados “resistentes” precisa de ser comparada com aqueles que estão infetados.

A equipa está, atualmente, a trabalhar nesta estratégia, com 400 indivíduos a terem sido recrutados para testes de resistência. A esperança da equipa de cientistas é que o estudo trace um caminho para o desenvolvimento de medicamentos novos que bloqueiem a infeção por SARS-CoV-2.

“O aparecimento de variantes virais parcialmente capazes de escapar à imunidade serve como aviso de que a covid-19 pode persistir no âmbito de problemas sanitários que o mundo pode afetar a longo prazo. Dada a falta de medicamentos específicos e eficazes para tratar a covid-19, a necessidade de descobrir mecanismos de resistência inata à infeção pelo SARS-CoV-2 tornou-se mais urgente do que nunca“.

https://zap.aeiou.pt/algumas-pessoas-nascido-imunes-covid-19-440777

 

As formigas podem ajudar a responder porque é que o cérebro humano diminuiu de tamanho !

Um crânio encontrado na Cueva de la Dehesilla
O cérebro humano diminuiu de tamanho há, aproximadamente, 3.000 anos. Ao estudar formigas como modelos para ilustrar porque é que os cérebros podem aumentar ou diminuir, uma equipa de cientistas colocou em cima da mesa a hipótese de a contração do cérebro ser paralela à expansão da inteligência coletiva nas sociedades humanas.

Atualmente, os nossos cérebros são mais pequenos se comparados com os dos nossos antepassados do Pleistoceno. “A razão pela qual diminuíram de tamanho tem sido um grande mistério para os antropólogos”, começou por afirmar Jeremy DeSilva, do Dartmouth College, citado pelo Phys.

Os cientistas examinaram 985 fósseis de crânios humanos modernos e chegaram à conclusão de que o cérebro aumentou de tamanho há 2,1 milhões de anos e 1,5 milhões de anos, durante o Pleistoceno, e diminuiu há cerca de 3.000 anos, durante o Holoceno.

Agora, uma equipa de cientistas propôs analisar a questão da diminuição do tamanho cerebral através da análise de colónias de diferentes espécies de formigas.

“As formigas podem fornecer diversos modelos para compreender porque é que os cérebros podem aumentar ou diminuir de tamanho devido à vida social“, justificou James Traniello, da Boston University.

A investigação revelou que a cognição a nível de grupo e a divisão do trabalho podem influenciar a variação adaptativa do tamanho do cérebro. Isto significa que, dentro de um grupo social onde o conhecimento é partilhado ou os indivíduos são especialistas em certas tarefas, os cérebros podem adaptar-se para se tornarem mais eficientes.

“As formigas partilham com os humanos aspetos importantes da vida social, como a tomada de decisões de grupo e a divisão do trabalho, além da produção dos seus próprios alimentos (agricultura). Estas semelhanças podem informar-nos sobre os fatores que podem influenciar as mudanças no tamanho do cérebro humano”, escreveu a equipa.

Cérebros mais pequenos consomem menos energia. Assim, externalização do conhecimento nas sociedades humanas – que podem ter necessitado de menos energia para armazenar muita informação – pode ter favorecido uma diminuição do tamanho do cérebro.

“Propomos que esta diminuição se deveu a uma maior dependência da inteligência coletiva, a ideia de que um grupo de pessoas é mais inteligente do que a pessoa mais inteligente do grupo, muitas vezes chamada de ‘sabedoria das multidões'”, acrescentou Traniello.

https://zap.aeiou.pt/cerebro-diminuiu-tamanho-formigas-440202

 

Imagem do Telescópio Spitzer mostra que há um “Godzilla” à solta no Espaço !

Imagem de uma nebulosa capturada pelo Telescópio Espacial Spitzer
O Espaço é um lugar verdadeiramente enigmático e cheio de surpresas. Uma imagem captada pelo Telescópio Espacial Spitzer, da NASA, é a mais recente prova disso mesmo.

O Telescópio Espacial Spitzer foi lançado em 2013 e terminou as suas operações no ano passado. Mesmo assim, os cientistas ainda continuam a analisar os dados recolhidos durante os seus 16 anos de funcionamento.

Recentemente, alguns desses dados surpreenderam o astrónomo Robert Hurt. Acidentalmente, o investigador deparou-se com uma nebulosa que parecia o Godzilla, o monstro fictício que apareceu pela primeira vez no filme japonês Gojira, lançado em 1954.

“Eu não estava à procura de monstros”, disse Hurt, citado pelo Science Alert. “Olhei para uma região do céu que já tinha observado muitas vezes, mas nunca tinha ampliado. Por vezes, se cortarmos uma região de uma forma diferente, isso traz à tona algo que não se via antes. Foram os olhos e a boca que me rugiram ‘Godzilla’.”

Nesta imagem, para além do Godzilla, está representada uma nebulosa, ou seja, uma nuvem de gás e poeira que já deu origem a inúmeras estrelas.

Na parte superior, as estrelas que formam os “olhos” e as “narinas” do monstro estão a uma distância desconhecida da Terra, mas ainda são parte da Via Láctea. Já no canto inferior esquerdo, onde fica a “pata” direita, há uma região de formação estelar chamada W33, localizada a, aproximadamente, 7.300 anos-luz do nosso planeta.

As cores azul, ciano, verde e vermelho são usadas para representar os diferentes comprimentos de onda de luz infravermelha, com combinações amarelas e brancas desses comprimentos de onda.

Enquanto o azul e o ciano revelam a luz emitida pelas estrelas, o verde mostra a poeira e os hidrocarbonetos e o vermelho representa a poeira quente aquecida por estrelas ou supernovas.

A pareidolia é a tendência humana de identificar uma imagem específica num padrão visual ambíguo ou aleatório. Hurt vai continuar a fazer uso dela, analisando dados em busca de informações científicas e imagens interessantes. “Essa é uma das formas pelas quais queremos que as pessoas se relacionem com o trabalho incrível que o Spitzer fez.”

“Eu procuro áreas atraentes que possam contar uma história: por vezes, é uma história sobre a formação de estrelas e planetas, outras sobre um monstro gigante que devasta Tóquio”, rematou.

https://zap.aeiou.pt/godzilla-a-solta-no-espaco-440674

 

Astrónomos acabam de descobrir novas pistas de como o Universo ligou as luzes !

Galáxia Anã do Escultor
As primeiras estrelas formaram-se há cerca de 13,7 mil milhões de anos, na escuridão do Universo. Os astrónomos ainda não encontraram nenhum elemento desta População III, mas um estudo recente pode ter revelado detalhes interessantes.

Segundo o Science Alert, AS0039, localizada na Galáxia Anã do Escultor, a 290 mil anos-luz de distância, tem uma composição química que sugere que incorpora elementos de uma estrela da População III que se converteu numa hipernova.

Alguns milhões de anos após o Big Bang, o Universo era preenchido por gases quentes e opacos. Só depois do nascimento das primeiras estrelas, cuja luz ultravioleta ionizou este gás, é que o Espaço começou a ser “limpo” e permitiu que a luz fluísse.

As estrelas da População III são conhecidas por terem poucos elementos pesados, até porque estes compostos precisam de alguns processos para serem formados, como a fusão nuclear no interior das estrelas ou eventos energéticos e extremos, como as supernovas.

Estes elementos foram espalhados pelo Universo e obtidos para as gerações estelares posteriores. Não surpreende que, ao encontrarem uma estrela relativamente pobre em metais, os cientistas concluam que, provavelmente, é muito antiga.

Além de ser a estrela de metalicidade mais baixa jamais descoberta fora da Via Láctea, é também a que tem a menor abundância de carbono. Se a suspeita se confirmar, AS0039 pode mesmo ser a chave para compreender como é que o Universo ligou as suas luzes.

“Estamos na presença de uma estrela secundária com características químicas excecionais: baixa em ferro, AS0039 nem sequer é rica em carbono e tem uma quantidade extremamente baixa de magnésio em comparação com outros elementos mais pesados, como o cálcio”, explicou a investigadora Ása Skúladóttir, em comunicado.

Como precisam da fusão nuclear estelar para serem formados, os autores deste novo estudo sugerem que os elementos presentes em AS0039 sejam o resultado de uma hipernova, uma explosão 10 vezes mais energética do que uma supernova.

Para entenderem o passado da estrela, a equipa realizou várias simulações, sendo que o melhor resultado apontou para uma explosão de uma estrela-mãe, com 21 vezes a massa do Sol, em hipernova.

AS0039 pode mesmo ser uma das primeiras evidências de hipernova com zero metalicidade, além de ser uma boa oportunidade para os astrónomos estudarem as primeiras estrelas do Universo.

https://zap.aeiou.pt/como-universo-ligou-as-luzes-440507

 

Colisões de estrelas de neutrões são, literalmente, uma “mina de ouro” !

Colisão de estrelas de neutrões.
Uma equipa de astrónomos do MIT descobriu que as colisões de estrelas de neutrões são uma “mina de ouro” de elementos pesados no Universo.

O centro quente de uma estrela alimenta a fusão de protões, comprimindo-os para construir progressivamente elementos mais pesados. É assim que é forjada a maioria dos elementos mais leves do que o ferro.

A formação de elementos mais pesados, como o ouro e a platina, cuja formação requer mais energia do que uma estrela pode reunir, sempre aguçou a curiosidade dos cientistas.

Uma equipa de investigadores descobriu agora que, das duas fontes suspeitas de metais pesados, uma é mais uma mina de ouro do que a outra, escreve o Phys.

Nos últimos 2,5 mil milhões de anos, mais metais pesados foram produzidos em fusões de estrelas de neutrões binárias, ou colisões entre duas estrelas de neutrões, do que em fusões entre uma estrela de neutrões e um buraco negro.

Os resultados sugerem que estrelas de neutrões binárias são uma provável fonte cósmica de ouro, platina e outros metais pesados que vemos hoje. Podem também ajudar os cientistas a determinar a taxa pela qual os metais pesados são produzidos no Universo.

“O que achamos empolgante nos nossos resultados é que, com certo nível de confiança, podemos dizer que estrelas binárias de neutrões são provavelmente mais uma mina de ouro do que fusões entre uma estrela de neutrões e um buraco negro”, disse o autor principal do estudo, Hsin-Yu Chen, do MIT, nos Estados Unidos.

O estudo foi publicado recentemente na revista científica Astrophysical Journal Letters.

As estrelas produzem facilmente elementos mais leves. Contudo, fundir mais do que os 26 protões do ferro torna-se mais complicado.

Os cientistas suspeitavam que as supernovas podiam ser uma resposta. Quando uma estrela massiva colapsa com uma supernova, o ferro no seu centro poderia combinar-se com elementos mais leves para gerar elementos mais pesados.

Esta teoria viria a ser desfeita em 2017, quando astrónomos observaram uma fusão de estrelas de neutrões. A fusão cósmica emitiu um flash de luz, que continha assinaturas de metais pesados.

Agora, a equipa de investigadores decidiu determinar a quantidade de ouro e outros metais pesados que cada tipo de fusão poderia produzir normalmente. Descobriram que fusões de estrelas de neutrões binárias podem gerar de duas a 100 vezes mais metais pesados do que fusões entre estrelas de neutrões e buracos negros.

“Podemos usar metais pesados da mesma forma que usamos carbono para datar restos de dinossauros”, realça o coautor Salvatore Vitale. “Como todos esses fenómenos têm diferentes taxas intrínsecas e rendimentos de elementos pesados, isso afetará como atribuímos um carimbo de data e hora a uma galáxia. Portanto, este tipo de estudo pode melhorar essas análises”.

https://zap.aeiou.pt/colisoes-estrelas-neutroes-mina-de-ouro-440478

 

Cobrar mais impostos aos milionários gera sentimentos paradoxais - E a ciência tratou de descobrir porquê !


Um conjunto de estudos na área da psicologia chegou à conclusão que as pessoas tendem a ter mais simpatia com os milionários e respetivos privilégios quando estes se apresentam individualmente. Contrariamente, o “grupo” dos mais ricos revolta e sentimentos de injustiça junto cidadão comum.

Um conjunto de estudos na área da psicologia descobriu que a maioria das pessoas concorda com a ideia que, como grupo, os milionários devem pagar impostos correspondentes à dimensão da sua riqueza, mas considera que, enquanto pessoas individuais, estes deviam ser capazes de manter os valores, por muito altos que sejam. Trata-se de um paradoxo, que os cientistas acreditam estar relacionado com o que outras pesquisas anteriores na área da psicologia já evidenciavam: é mais fácil para o ser humano rever-se numa pessoa de forma isolada do que num grupo de indivíduos.

As conclusões da pesquisa dizem que as pessoas não têm tantos problemas com a desigualdade da distribuição da riqueza quando esta é enquadrada em termos mais pessoais, mesmo que o processo para lá chegar por uma empresa, por exemplo, seja semelhante. Pelo contrário, as pessoas tendem a achar que um milionário merece mais o seu dinheiro e são menos prováveis de apoiar a redistribuição de dinheiro. Às vezes, escreve a Science Alert, quando a discussão parte de um âmbito mais abrangente para um exemplo mais específico, as pessoas também tendem até a defender a ideia que se deve pagar mais aos milionários. Por outras palavras, os indivíduos parecem mais tolerantes com as pessoas que fazem parte do sistema do que com o sistema em si.

“Quando há um grupo de pessoas no topo, nós achamos que é injusto e pensamos quanta sorte ou quanto do sistema económico é que contribuiu para o processo que esteve na origem daquela riqueza”, explicou Jesse Walker, estudante na área do comportamento do consumidor na Universidade do estado do Ohio. “Mas quando olhamos para uma pessoa no topo, tendemos a pensar que ela é talentosa e trabalhadora, pelo que é mais merecedora de todo o dinheiro que fez.

Investigações científicas anteriores também mostraram que as pessoas tendem a atribuir mais os sucessos e fracassos de um indivíduo aos seus traços internos ou aspirações do que os resultados que têm origem na atividade de um conjunto de pessoas. Como tal, uma pessoa que consiga incluir-se no grupo de pessoas mais ricas do mundo será, mais provavelmente, considerada mais trabalhadora e mais talentosa do que o grupo como um todo. Esta tendência já está, provavelmente, refletida nos resultados deste estudo, assim como o que os especialistas chamam de “streaking star effect” (efeito da estrela às riscas, numa tradução literal para português), segundo o qual as pessoas se sentem mais inspiradas pelo sucesso de um indivíduo do que pelo sucesso de um grupo.

As conclusões apresentadas surgem de oito estudos diferentes, com um máximo de 600 participantes. O primeiro incluiu mais de 200 respondentes, a quem foi pedido que sugerissem uma remuneração adequada para os CEO’s. A metade dos participantes foi mostrada informações sobre os salários dos CEO’s das 350 maiores empresas dos Estados Unidos e como é que estes evoluíram — em média 372 vezes mais — face ao salário médio de um subordinado. A outra metade apenasleu sobre uma empresa específica, cujo salário do CEO cresceu de igual forma no mesmo período de tempo.

Entre os integrantes do primeiro grupo, todos concordaram que a maioria dos CEO’s nos Estados Unidos da América recebia demasiado dinheiro, sobretudo quando se comparava a quantia com a recebida pelo trabalhador médio. Pelo contrário, os integrantes do segundo grupo acharam que o CEO da empresa sobre a qual leram devia receber ainda mais, mesmo quando confrontados com os salários dos restantes trabalhadores.

Como tal, os cientistas responsáveis pelos estudos sugerem que a maneira como falamos sobre os milionários de forma individual, comparativamente com a forma como falamos sobre os milionários enquanto grupo, tem impacto no nosso discernimento relativamente aos impostos que são cobrados aos milionários, nomeadamente os impostos progressivos.

De forma a explorar esta premissa, um segundo estudo foi levado a cabo, tendo contado com a participação de 400 participantes. A estes, foi mostrada a capa da revista Forbes. Metade dos inquiridos viram um grupo de milionários na imagem (nenhum deles especialmente conhecido) e a outra metade viu apenas um milionário — apesar de todos terem tido acesso a uma pequena descrição biográfica dos indivíduos que estavam a ver. Posteriormente, foi pedido aos participantes que fizessem, por escrito, uma pequena reflexão sobre os milionários e respetivas riquezas.

Mais uma vez, os resultados reproduziram-se: os participantes consideram que a riqueza individual é mais justa e merecida do que a do grupo de 1% dos mais ricos do mundo. “As pessoas no nosso estudo ficavam claramente mais chateadas pela riqueza dos sete indivíduos juntos na fotografia da capa do que por aqueles que apareciam individualmente”, resumiu Jesse Walker. Ainda mais revelador é o facto de os participantes que viram a capa com os sete milionários apoiarem mais aplicação de impostos progressivos à riqueza face aos que viram a capa apenas com um único indivíduo.

Esta tendência também sugere que a forma como se apresenta a problemática da distribuição desigual da riqueza influência o pensamento das pessoas no que concerne a maneiras de a solucionar. Para comprovar também esta premissa, os investigadores avançaram para um terceiro estudo.

Neste caso, foi apresentado aos participantes o história de um ator de Bollywood, nascido no seio de uma família famosa com ligações à indústria cinematográfica. Metade dos inquiridos tiveram conhecimento do percurso da família, ao passo que a outra metade permaneceu “às escuras” sobre esta matéria. Uma das conclusões a que os investigadores chegaram foi a de que apenas os participantes que conheciam o contexto da ascensão do ator apoiavam que lhe fossem cobrados impostos mais altos.

“Se queres mudar o sistema, é preciso levar a que as pessoas pensem de maneira sistémica”, explicou o psicólogo Thomas Gilovich, da Cornell University, à Science Alert. No entanto, isto nem sempre é possível, sobretudo num ambiente jornalístico em que a história de um indivíduo é, regra geral, centro de atenção mediática e da discussão. Na realidade, os artigos tendem a priorizar a história de um indivíduo mesmo quando o assunto que se quer retratar é um coletivo. Como tal, a abordagem pode ajudar a moldar a opinião dos indivíduos e impedir que se avancem com políticas destinadas a diminuir as desigualdades económicas.

Os autores dos estudos argumentam que é por este motivo que termos como “os 1%” ou os “super ricos” — utilizados muito na sociedade norte-americana — conseguem originar contestações tão acesas. De facto, a centralização de protagonistas leva as pessoas a refletir mais sobre as vantagens, as quais alguns consideram injustas, do sistema. “Quando se se pensa nos “ricos” ou no “1%”, a mente viaja para atribuições situacionais muito mais rapidamente”, explica Gilovich. “Pensamos no sistema a ser manipulado, nos privilégios que os ricos têm, e por isso estamos muito mais dispostos a apoiar, por exemplo, um imposto progressivo para lidar com a crescente desigualdade de rendimentos”.

https://zap.aeiou.pt/cobrar-mais-impostos-milionarios-sentimentos-paradoxais-440288

 

O maior bairro do mundo impresso em 3D vai ser construído nos Estados Unidos !

 A cidade de Austin, no estado norte-americano do Texas, irá em breve albergar o maior bairro do mundo impresso em 3D.O ambicioso projeto, que começará em 2022, resultou de uma colaboração entre a construtora norte-americana Lennar Group e a ICON, uma empresa de tecnologia de construção que, segundo o site Interesting Engineering, ficou conhecida por imprimir as casas de uma rua inteira no Texas e por construir o Mars Dune Alpha, uma estrutura para os astronautas da NASA simularem a vida em Marte.

A ideia é construir a maior comunidade de casas impressas em 3D até hoje, com um total de cem residências, também para mostrar uma forma promissora de responder à crescente procura por habitação.

“A escassez de mão de obra e de materiais são dois dos maiores fatores que afastam o sonho de muitas famílias norte-americanas de ter uma casa própria” , disse, em comunicado, Eric Feder, presidente da LENX, do grupo Lennar.

“A Lennar sempre expandiu os limites da inovação tecnológica para manter casas de qualidade, mas acessíveis, e a impressão 3D é uma abordagem extremamente encorajadora. Estamos entusiasmados por colaborar com a ICON para desenvolver soluções para os desafios emergentes dos próximos anos”, acrescentou.

Tal como recorda o mesmo site, a ICON usa um sistema de impressão robótica que imprime a uma velocidade de cerca de 25 centímetros por segundo e usa um material de construção patenteado chamado Lavacrete.

“A impressão 3D na construção não só oferece casas de alta qualidade com mais rapidez e economia, como pode mudar para melhor a forma como comunidades inteiras são construídas”, explica, na mesma nota, Jason Ballard, co-fundador e diretor executivo da ICON.

“Os Estados Unidos enfrentam um défice de aproximadamente cinco milhões de residências, logo, existe uma necessidade profunda de aumentar rapidamente a oferta sem comprometer a qualidade, beleza ou sustentabilidade e essa é exatamente a força da nossa tecnologia”, considerou.

Além disso, as casas também contarão com telhados fotovoltaicos, tornando-as sustentáveis e autossuficientes no que toca à energia.

https://zap.aeiou.pt/maior-bairro-mundo-impresso-3d-441427 

 

Vacinas, imposto global único e pandemia - Assim foi o primeiro dia da cimeira dos G20 !


Imposto mínimo global é uma medida há muito pedida pela OCDE e que ganhou nova força depois de Joe Biden se mostrar favorável à ideia. De acordo com as conclusões da cimeira, as empresas que faturem mais de 750 milhões de euros devem pagar pelo mínimo 15% de impostos.

O primeiro dia da cimeira dos G20, que se realiza este fim-de-semana em Roma, ficou marcado pelo acordo em torno de um IRC mínimo global. A ideia vinha a ser trabalhada pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) e tem como objetivo travar o desvio de impostos para países com tributações mais baixou ou para os chamados paraísos fiscais – em última análise garantir um sistema tributário mais justo.

Trata-se de uma mensagem forte, enviada por um conjunto de países que representa mais de 80% do PIB mundial, mas que ainda está longe de se refletir numa implantação efetiva. Em Junho, o apoio do G7 deu um novo impulso à medida, sobretudo quando os Estados Unidos, liderados por Joe Biden, se mostraram adeptos da implantação da medida.

Num quadro mais abrangente, a OCDE tem lutado pela adoção de um sistema baseado em dois pilares: o primeiro tem que ver com a limitação do volume de lucro residual das empresas – o que fica depois de o país onde estão sediadas ter cobrado o imposto correspondente a 10% do lucro –, o qual deverá ser repartido entre os países onde as empresa operam; o segundo determina uma taxação mínima de 15% a empresas que faturem mais do 750 milhões de euros.


No início do mês, a OCDE revelou que 136 países e jurisdições (dos 140 que participam nas negociações), representativos de mais de 90% do PIB mundial, concordaram que, para o primeiro pilar, a percentagem seria de 25% do lucro residual, escreve o Público.

“Apelamos ao Quadro Inclusivo da OCDE/G20 sobre Erosão de Base e Transferências de Lucros para desenvolver rapidamente as regras modelo e instrumentos multilaterais conforme acordado no Plano de Implementações Detalhado, com vista a garantir que as novas regras entrarão em vigor a nível global em 2023”, pode ler-se nos rascunhos das conclusões da cimeira.

A agência Efe fala ainda num acordo baseado em regras tributárias “justas, modernas e eficientes”, que são também essências para estimular o investimento e o crescimento. No que respeita ao primeiro pilar, inclui-se o compromisso de eliminar os impostos sobre os serviços digitais existentes e outras medidas unilaterais semelhantes, assim como o de não introduzir novos impostos do mesmo tipo no futuro, quando as novas regras entrarem em vigor.

Num outro âmbito, o da pandemia — não fosse esta a primeira grande cimeira a juntar presencialmente líderes mundiais depois de a crise sanitária dar os primeiros sinais de abrandamento —, os decisores políticos comprometeram-se a atingir pelo menos os 70% de vacinados no mundo em 2022, nomeadamente através da distribuição de doses pelos países mais pobres. No que respeita ainda ao ano de 2021, a meta é alcançar 40% da população mundial inoculada.

Para além de distribuição das vacinas, foi discutida ainda a necessidade de aumentar a capacidade produtiva das doses e transferência da tecnologia, nomeadamente para o continente africano, de forma a prevenir futuras crises sanitárias. Itália, que preside atualmente ao G20, propôs o reforço dos organismos de saúde, de forma a “compensar a insuficiente coordenação entre as autoridades de saúde e financeiras evidenciadas durante a pandemia”.

O contexto pandémico foi também evocado por Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, que lembrou os principais desafios do bloco europeu — sejam eles o preço dos preços de energia, interrupção nas cadeias de valor e falhas na vacinação. O responsável afirmou mesmo que a pandemia mostrou os “pontos fracos e fortes”.

“No G20, insisti em aumentar a cooperação internacional em matéria de energia, cadeias de valor e saúde. Precisamos de expandir a partilha e produção de vacinas em países vulneráveis, em particular contra a covid-19. Um tratado sobre pandemias permitirá uma melhor prevenção, preparação e resposta global”, escreveu Michel no Twitter. Ainda segundo a agência Efe, o presidente do Conselho Europeu disse na reunião que existe “uma obrigação moral” de partilhar vacinas, mas também “um interesse económico coletivo”.

https://zap.aeiou.pt/vacinas-imposto-global-unico-e-pandemia-assim-foi-o-primeiro-dia-da-cimeira-dos-g20-441633

 

Navios da II Guerra Mundial emergem do fundo do Pacífico após erupção vulcânica !


A atividade sísmica de um vulcão submarino no Japão fez emergir vários “navios fantasma”, afundados depois de uma das batalhas mais famosas da II Guerra Mundial, do fundo do Oceano Pacífico.

De acordo com o site Live Science, as imagens de helicóptero captadas pela rede televisiva japonesa All Nippon News (ANN) mostraram os 24 navios junto à costa da ilha japonesa de Iwo Jima, que fica a 1200 quilómetros de Tóquio. As embarcações da II Guerra Mundial foram empurradas para a superfície devido à atividade do vulcão submarino Fukutoku-Okanoba.

Como recorda o mesmo site, estes “navios fantasma” foram afundados pelas forças norte-americanas na Batalha de Iwo Jima, em 1945, considerada uma das mais sangrentas do conflito. Vinte mil fuzileiros navais dos Estados Unidos acabaram feridos, quase sete mil perderam a vida e, do lado japonês, quase todos os soldados (com exceção de 216 que foram capturados vivos) foram mortos em combate.

Como Iwo Jima não tinha porto, os navios foram deliberadamente afundados pelos norte-americanos no rescaldo da batalha paralelamente à costa para formar um quebra-mar, ou seja, uma estrutura resistente que protegeu as tropas e as armas que chegaram à ilha, de acordo com os Arquivos Nacionais dos Estados Unidos.

O Fukutoku-Okanoba está em erupção desde agosto e, além de fazer emergir estes navios, a sua atividade sísmica também levou ao aparecimento de uma pequena ilha, feita de pedra-pomes e cinza vulcânica. No entanto, de acordo com Setsuya Nakada, diretor do Centro de Pesquisa Integrada de Vulcões do Governo japonês, citado pelo mesmo site, a ilha deve desaparecer em breve devido à erosão.

https://zap.aeiou.pt/navios-ii-guerra-mundial-emergem-pacifico-441093

 

EUA emitem primeiro passaporte com “X” nas opções de género !


Com esta decisão, os EUA juntam-se a outros países como o Canadá, o Nepal ou a Austrália, que já incluem pessoas não-binárias nos documentos.

Os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira que criaram o primeiro passaporte no país com “X” nas opções de género, para que as pessoas não-binárias ou intersexo também tenham escolha além de masculino e feminino, de acordo com o Departamento de Estado.

O Secretário de Estado Antony Blinken já tinha anunciado em Junho que a opção ia passar a ser dada em passaportes, mas que ainda demoraria algum tempo devido às mudanças necessárias no sistema informático.

Ned Price, o porta-voz do Departamento, também revelou num comunicado que todos aqueles que se candidatarem a receber passaportes vão agora ter a opção X disponível. As autoridades não divulgaram a identidade do primeiro galardoado que teve um passaporte identificado com o género “X” argumentando questões de privacidade, mas a organização de direitos civis Lambda Legal afirma que Dana Zzyym tinha sido a primeira pessoa a ter um documento com essa opção.

“Quase comecei a chorar quando abri o envelope, puxei o meu novo passaporte e vi o carimbo “X” debaixo de “sexo”, afirmou Zzyym, uma pessoa intersexo e não-binária que já integrou a marinha norte-americana, num comunicado. “Demorou seis anos, mas ter um passaporte verdadeiro, um que não me obriga a identificar como homem ou mulher mas que reconhece que não são nenhuma das duas opções, é libertador“, confessa.

Zzyym usa o pronome neutro “they” em inglês e nasceu com características sexuais ambíguas. A organização Lambda Legal revelou que Zzyym teve de passar por várias “cirurgias irreversíveis, dolorosas e medicamente desnecessárias” depois dos seus pais terem decidido educar a criança como um rapaz.

Depois de servir na marinha e estudar na Universidade estadual do Colorado, Zzyym, percebeu que tinha nascido intersexo. Já há vários anos que Dana Zzyym estava numa batalha judicial com o Departamento de Estado. Em 2015, não teve direito a um passaporte por não escolhido entre masculino e feminino, tendo antes escrito “intersexual” acima dos quadrados com as duas opções. Zzyym pediu depois numa carta que fosse acrescentada a designação “X”.

O pedido foi recusado pelo Departamento de Estado, o que levou a que Zzyym não pudesse viajar até ao México para assistir a uma reunião da Organização Intersexo Internacional.

“Quando nos é negado o acesso a ir a lugares, é como uma prisão. Gostaria muito de ir à Costa Rica pescar ou ao México… Isto é o tipo de coisa com que sonho“, revelou numa entrevista.

Os EUA seguem assim o exemplo dado no Canadá, na Alemanha, na Austrália, na Nova Zelândia, no Nepal ou na Índia, que já oferecem uma terceira escolha.

https://zap.aeiou.pt/eua-emitem-primeiro-passaporte-com-x-nas-opcoes-de-sexo-441482

 

Ginecologista criou “o primeiro preservativo unisexo do mundo” !


John Tang Ing Chinh, um ginecologista malaio, inventou o primeiro preservativo unisexo do mundo.

De acordo com o USA Today News, o Wondaleaf Unisex Condom é o mais recente contracetivo de barreira, e pode ser usado interna e externamente.

“Wondaleaf poderá ser a contraceção ideal que pode revolucionar a saúde sexual e reprodutiva”, disse Sabaratnam Arulkumaran, antigo presidente do Royal College of Obstetricians and Gynecologists, em Londres.

O preservativo unisexo é feito de Poliuretano — um material médico que pode ser encontrado em luvas ou pensos para feridas — e tem uma espessura de 0,03 milímetros.

“É um preservativo com uma cobertura adesiva que se fixa à vagina ou ao pénis, e que cobre a área adjacente para proteção extra”, explicou John Tang Ing Chinh, inventor do preservativo Unisexo Wondaleaf, em declarações à Reuters.

“Depois de o colocar, muitas vezes não se dá conta de que está lá”, continuou.

Como o preservativo cobre toda a área púbica, é muito mais seguro do que outros contracetivos na prevenção das doenças sexualmente transmissíveis e da gravidez, garante a Wondaleaf, que não quantifica, no entanto, a sua eficácia.

O preservativo de tamanho único é um método contracetivo alternativo para quem tem alergias ao látex e, embora só esteja disponível na Malásia, a empresa diz que está a trabalhar para cumprir as normas de outros países e tornar o preservativo amplamente disponível.

“Estou bastante otimista de que, com o tempo, será um acréscimo importante aos muitos métodos contracetivos utilizados na prevenção de gravidezes indesejadas e doenças sexualmente transmissíveis”, disse Tang.

De acordo com os dados das Nações Unidas, a esterilização feminina e os preservativos são os contracetivos mais utilizados e eficazes em todo o mundo. Além disso, são o único contracetivo que pode prevenir tanto a gravidez como a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, segundo a Organização Mundial de Saúde.

https://zap.aeiou.pt/primeiro-preservativo-unisexo-441306

 

Engenheiros australianos patenteiam bloco térmico para armazenar energia renovável !

Engenheiros de uma universidade australiana patentearam um material que armazena energia renovável. O objetivo é deixar a energia fóssil para trás.

Uma equipa de engenheiros da Universidade de Newcastle, na Austrália, patenteou um material concebido para armazenar energia térmica sob a forma de um bloco. Os seus inventores esperam que possa ser utilizado para facilitar a transição da energia alimentada a carvão para energias mais sustentáveis.

Conhecidos como Miscibility Gaps Alloy (MGA), os tijolos, feitos de alumínio e grafite, armazenam energia gerada a partir de fontes renováveis e prevê-se que possam durar cerca de 30 anos sem qualquer alteração na fiabilidade.

O co-inventor do bloco térmico, Erich Kisi, disse que estava a trabalhar com a sua equipa em conversores termiónicos, que criam energia através do calor, quando tiveram a ideia revolucionária de passar para o armazenamento de energia.
 
“Os ingredientes (mais importantes) para os tijolos são as partículas de alumínio que fornecem o calor latente, aquela energia de fusão de que estamos a falar”, disse Kisi, em declarações à Reuters.

“Assim, [as partículas de alumínio] derreterão e solidificarão muitos milhares de vezes durante a vida do bloco, mas serão mantidas em posição por grafite, neste caso, temos outros sistemas mas a grafite é o corpo principal”, continuou.

Cada tijolo pesa cerca de seis quilogramas e contém energia térmica armazenada de cerca de um quilowatt hora. No entanto, Kisi recusou-se a revelar o preço de cada bloco.

Agora, a MGA Thermal, empresa que fabrica estes blocos, está a fazer uma parceria com a E2S Power AG, da Suíça, para os utilizar como parte da tecnologia de conceção para a modernização e reequipamento de centrais a carvão na Europa.

O grupo espera suavizar a transição da energia alimentada a carvão através da construção de armazenamento de energia térmica, ao mesmo tempo que desativa gradualmente as caldeiras numa central elétrica.

“Isto permite que estes ativos, que atualmente valem milhares de milhões de dólares mas que não valerão nada dentro de cinco anos, sejam reequipados”, disse Kisi.

“É necessário que haja transição no pensamento dos governos para longe dos assuntos de curto prazo, tais como eleições, e o pensamento seja sobre o longo prazo”, concluiu.

https://zap.aeiou.pt/bloco-termico-energia-renovavel-441273
 

Grupo Facebook mudou de nome - Agora passa a chamar-se Meta !

O diretor executivo do Facebook revelou, esta quinta-feira, que a empresa vai mudar de nome para Meta, numa tentativa de abranger a sua visão de realidade virtual para o futuro.

Foi durante a apresentação do Connect 2021, um evento para falar dos projetos de realidade aumentada da empresa, que Mark Zuckerberg anunciou que o grupo Facebook vai passar a chamar-se Meta. O diretor executivo justificou a mudança afirmando que o atual nome não abrange tudo o que a empresa faz atualmente pois, para além das famosas redes sociais Facebook, Instagram, Messenger e WhatsApp, também inclui projetos como a Quest VR e a plataforma Horizon VR, entre outras.

“Hoje somos vistos como uma rede social, mas no nosso ADN somos uma empresa que desenvolve tecnologia para conectar pessoas”, afirmou, destacando que as redes sociais serão “sempre” o foco da empresa, mas que o nome está a limitar a marca.

Para o CEO, tem sido limitador ter uma “marca que está tão intimamente ligada a um produto” e que esta “não pode representar tudo o que a empresa está a fazer hoje, muito menos o que vai fazer no futuro”, cita o site Ars Technica.

Zuckerberg considerou ainda que o nome Meta, que vem da palavra grega “além”, reflete a nova direção da gigante tecnológica, ou seja, “ajudar a trazer o metaverso à vida” (um mundo que usa a Internet, a realidade virtual e a realidade aumentada para replicar a realidade e onde as pessoas poderão interagir).

O diretor executivo declarou que esta é “uma mudança fundamental para a empresa” e disse ainda esperar que, com o tempo, sejam vistos como “uma empresa metaverso”.

O objetivo é que o “metaverso” alcance mil milhões de pessoas durante a próxima década e que a empresa seja um lugar onde as pessoas poderão interagir, trabalhar e criar produtos ou conteúdos no que espera ser um ecossistema que irá criar milhões de empregos para criativos.

Apesar desta grande mudança, as famosas aplicações não vão mudar de nome, assim como a estrutura corporativa da empresa, mas as suas ações passarão a ser negociadas sob a designação “MVRS” a partir de 1 de dezembro.

Os críticos apontam, no entanto, que a mudança parece ser uma tentativa de desviar as atenções dos “Facebook Papers”, um conjunto de documentos confidenciais que foram expostos e divulgados por um consórcio de órgãos noticiosos.

Muitos desses documentos, mencionados pela primeira vez por Frances Haugen, uma ex-funcionária do Facebook que se tornou denunciante, revelam como a empresa ignorou ou subestimou avisos internos sobre as consequências negativas e prejudiciais causadas pelos algoritmos da rede social em todo o mundo.

“O facto de Zuckerberg estar focado no chamado metaverso, enquanto sociedades de todo o mundo lutam para aliviar a miríade de danos causados pelas suas plataformas, só mostra como o Facebook está tão longe do contacto com as pessoas reais”, acusou Imran Ahmed, CEO do Center for Counter Digital Hate, citado pelo jornal britânico The Guardian.

“Imaginem o que o Facebook poderia alcançar se dedicasse apenas uma pequena fração do seu investimento no metaverso a uma adequada moderação de conteúdo para conseguir aplicar os padrões mais básicos de verdade, decência e progresso“, disse ainda.

Esta não é a primeira vez que uma gigante tecnológica aposta na mudança de nome. Em 2015, a Google também adotou o termo Alphabet para se distanciar do seu emblemático motor de busca e dar espaço a outras áreas, como a aposta nos carros autónomos.

https://zap.aeiou.pt/grupo-facebook-passa-a-chamar-se-meta-441296
 

Torres “dançantes” - Novo projeto pretende provocar o mínimo de sombra em cidade alemã !


Duett Düsseldorf são as novas torres “dançantes” da cidade alemã de Düsseldorf — um projeto que pretende criar um espaço de encontro cultural e, ao mesmo tempo, reduzir a sombra normalmente criada por este tipo de construções.

As torres “dançantes” são o novo “epicentro cultural” de Düsseldorf e foram desenhadas em forma de “V” para evitar que haja demasiada sombra na área onde serão construídas.

A construção do par de edifícios está prevista para o centro da cidade, sobre uma casa de ópera — que já existe e, caso o projeto vá em frente, será demolida e reconstruida de novo para servir de suporte às duas torres.

As Duett Düsseldorf farão a conexão entre um parque próximo, o rio Rhein e a uma rua movimentada, razão pela qual o projeto foi desenvolvido de forma a não provocar muita sombra, escreve o New Atlas.

Segundo a empresa responsável pelo projeto, Snøhetta, o edifício é “uma inconfundível silhueta em forma de V que chega até ao céu”.

“O conjunto de torres muda a sua silhueta a partir de cada nova perspetiva, criando uma expressão em constante mudança que lembra um dueto dançante. As torres são estrategicamente concebidas para reduzir a sombra das áreas circundantes do parque e vizinhança”, revela a empresa.

Além disso, os edifícios foram projetadas para acolher um hotel, zonas residenciais e espaços de escritórios. Assim, o foco é “criar divisões claras entre as funções”, ao mesmo tempo que se procura proteção contra alterações das condições meteorológicas e uma aparência uniforme do edifício.

“Isto é possível através de uma fachada de vidro em camadas com diferentes escalas e transparência”, continuam os responsáveis pelo projeto.

A área do terraço incluirá espaços verdes e oferecerá vistas sobre a cidade. A nova casa de ópera ficará situada no interior do edifício que suportará as torres e terá fachadas envidraçadas e um interior de madeira apelativo.

Ainda não se sabe, no entanto, para quando estará prevista a construção das Duett Düsseldorf, que serão um espaço de encontro cultural e atração pública.

https://zap.aeiou.pt/torres-dancantes-novo-projeto-sombra-440369

 

Tribunal de Justiça da UE condena Polónia a multa de um milhão de euros por dia !


O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) condenou, esta quarta-feira, a Polónia a pagar uma multa de um milhão de euros por dia, até acatar as medidas provisórias de respeito pelo Estado de direito.

Num comunicado de imprensa, o TJUE sustenta que “a Polónia não suspendeu a aplicação das disposições nacionais relativas, nomeadamente, aos poderes da Câmara de Disciplina do Supremo Tribunal e é, por conseguinte, condenada a pagar à Comissão Europeia uma sanção pecuniária compulsória diária de 1.000.000 euros“.

A ordem emitida por um vice-presidente considera que “o cumprimento das medidas provisórias ordenadas a 14 de julho de 2021 é necessário para evitar danos graves e irreparáveis à ordem jurídica da União Europeia e aos valores em que esta assenta, em particular o Estado de direito”.

Varsóvia tem assim de pagar um milhão de euros por dia a contar da data de notificação do despacho até que este Estado-membro cumpra as obrigações decorrentes do ordenado em julho “ou, na falta deste, até à data da prolação da sentença final”, lê-se ainda no comunicado.

Em julho, uma vice-presidente do TJUE tinha ordenado a suspensão imediata da aplicação das disposições nacionais relativas às competências do Conselho Disciplinar do seu Supremo Tribunal até que seja proferida a sentença final da ação por incumprimento das regras comunitárias apresentada pela Comissão Europeia a 1 de abril (C-204/21), o que a Polónia não cumpriu.

Enquanto se aguarda o acórdão do Tribunal que porá termo ao processo C-204/21, a Comissão solicitou, no âmbito de um processo provisório, que ordenasse à Polónia a suspensão da aplicação das disposições ao abrigo das quais o Conselho Disciplinar pode decidir sobre os pedidos para iniciar um processo penal contra juízes ou juízes auxiliares para os manter em prisão preventiva, para os prender ou para os levar perante o tribunal, e os efeitos das decisões já adotadas pelo Conselho Disciplinar que autorizam a instauração de um processo penal contra um juiz ou a sua prisão.

Bruxelas pediu ainda, entre outras medidas, a suspensão da aplicação das disposições que estabelecem a competência exclusiva da Câmara Extraordinária de Controlo e Assuntos Públicos para examinar as queixas relativas à falta de independência de um juiz ou tribunal.

O porta-voz do Governo polaco, Piotr Müller, reagiu ao anúncio deste tribunal europeu na sua conta do Twitter.

“A União Europeia é uma comunidade de Estados soberanos governados por regras claras. Eles mostram uma divisão clara de competências entre a UE e os Estados-Membros. A questão de regulamentar a organização do sistema judiciário é da competência exclusiva dos Estados-Membros.”

“O Governo polaco falou publicamente da necessidade de introduzir mudanças nesta área que garantissem o seu funcionamento eficaz. O caminho das punições e chantagens contra o nosso país não é o caminho certo. Este não é o modelo em que a União Europeia deve funcionar”, acrescentou.

Em setembro, recorda o jornal Público, a Polónia já tinha sido condenada pelo TJUE a pagar uma multa de 500 mil euros por dia devido ao incumprimento de uma outra sentença que obrigava o país a encerrar a operação da mina de carvão de Turów, junto à fronteira com a República Checa.

O Governo polaco recusou até agora não só encerrar a mina como também a pagar esta multa, correndo o risco de ver a quantia ser descontada pela Comissão Europeias nas próximas transferências para o país.

https://zap.aeiou.pt/tjue-condena-polonia-multa-milhao-euros-por-dia-440920

 

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