Embora nossa sociedade ainda não esteja tomada por robôs, androides e ciborgues, estamos gradualmente avançando para um ponto no qual partes dos futuros expostos em Blade Runner e Altered Carbon não pareçam tão absurdas assim. Confira abaixo duas tecnologias cyberpunk que temos adotado na atualidade:
1. Carros voadores
Uma ideia imaginada há muito tempo pode finalmente estar prestes a se tornar real. Acredita-se que vários modelos de carros voadores devem chegar ao mercado nos próximos anos, como o PAL-V Liberty, um giroplano que atinge velocidades de até 160 km/h no solo e 180 km/h no ar. Esta belezinha futurística já pode ser encomendada por US$ 400 mil (cerca de R$ 2 milhões).
O Liberty provavelmente não irá caber no orçamento de grande parte da população, mas não é preciso se preocupar! Táxis aéreos também estão sendo planejados, e a fabricante alemã Volocopter planeja lançar seus veículos até 2023. Até mesmo a Uber entrou para esta corrida, em uma parceria com a Hyundai e Joby Aviation para a confecção de seus próprios protótipos.É claro que esta novidade pode congestionar as vias aéreas, exigindo novas regulamentações para voos e sistemas automatizados, mas o prognóstico do setor alcançar o exorbitante valor de US$ 1,5 trilhão em 2040 com certeza deve servir como o impulso necessário para muitas empresas.
2. Edição genética
O cientista chinês He Jiankui ganhou uma notoriedade controversa em 2018 por seu trabalho de edição de genoma de embriões para torná-los imunes ao HIV. As gêmeas parte do projeto, Lulu e Nana, nasceram em outubro do mesmo ano e causaram uma grande comoção na comunidade científica.
Jiankui foi condenado a três anos de prisão por acusações de experimentos ilegais, mas a realidade é que o método utilizado por ele já vem sido aplicado no mundo inteiro, só que não em humanos.
A técnica é chamada Repetições Palindrômicas Curtas Agrupadas e Regularmente Interespaçadas (CRISPR), e já vem sido aplicada para tornar galinhas mais resistentes a doenças e até para deixar cogumelos frescos por mais tempo.
A CRISPR também pode ser uma forma de trazer de volta animais extintos, como mostra o trabalho de George Church, um geneticista de Harvard, que vem concentrando seus esforços para criar um híbrido entre um mamute e um elefante asiático.
Ao aplicar genes específicos do animal pré-histórico (como aqueles relacionados à pelagem e espessa camada de gordura) no paquiderme, Church acredita que a criatura possa sobreviver tranquilamente no implacável clima siberiano. “Ele será capaz de viver confortavelmente em temperaturas abaixo de -40 graus célsius, e terá a aparência e o comportamento de um mamute”, explicou o geneticista.
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