Em setembro de 2019, o caçador de tesouros francês Patrice T. despertou suspeitas na Bélgica, onde mora, após ser pego com 14.154 moedas romanas. Na época, ele alegou tê-las encontrado enterradas em sua propriedade, próxima à cidade de Bruxelas. Mesmo sendo legal usar detector de metais no país, as autoridades desconfiaram da sua atitude.
Com isso, oficiais da Agência Belga para o Patrimônio Imobiliário se juntaram a agentes da alfândega francesa para uma investigação mais detalhada. Eles chegaram à conclusão de que seria impossível o homem ter encontrado todas aquelas moedas em sua casa na Bélgica.
Na sequência, uma busca na residência resultou na descoberta de outros 13 mil artefatos raros, cujo valor foi estimado em ? 772 mil, o equivalente a R$ 4,8 milhões pela cotação do dia. Os investigadores também constataram que Patrice já havia sido notificado por ter desenterrado mais de 5 mil moedas dos séculos III e IV d.C. em 1993.
Tesouro guardado em casa
O conteúdo do tesouro encontrado no imóvel deixou as autoridades impressionadas, devido à sua riqueza histórica, qualidade e quantidade. Havia, por exemplo, um raro dodecaedro romano, do qual existem apenas cerca de 100 unidades conhecidas até hoje.
Também foram encontrados objetos como fragmentos de ornamentos e estátuas antigas, pulseiras e colares da Idade do Bronze, além de diversos outros tipos de itens datados da Idade Média e do Renascimento, cuja procedência ainda é desconhecida.
Uma das suspeitas das autoridades em relação à origem dos artefatos é de que o homem tenha acumulado boa parte dos objetos fazendo saques em sítios arqueológicos franceses, onde o uso de detectores de metal é ilegal fora de atividades científicas ou de pesquisa.
Acusado da autoria de um dos maiores crimes arqueológicos da história, o caçador de tesouros agora está sujeito a problemas com a justiça na França. Além de preso, ele pode ser obrigado a pagar centenas de milhares de euros em multas, se condenado.
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