O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou esta quarta-feira que o Brasil está “uma maravilha”, um dia após ter dito que o país estava falido e que não tinha condições de remediar a crise económica causada pela pandemia de covid-19.
“Você viu a confusão ontem? Que eu disse que o Brasil estava quebrado. Não. O Brasil está bem. Está uma maravilha”, disse esta quarta-feira Bolsonaro, numa tentativa de minimizar a polémica que causou com a sua declaração na véspera sobre o estado grave das finanças do país, rebatidas por economistas e até por aliados seus.
“Aquela imprensa desavergonhada causou uma onda terrível com esse assunto. Para a imprensa o bom foi quando Lula e Dilma [ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff] gastaram com eles três mil milhões de reais por ano”, acrescentou Bolsonaro.
O líder falou sobre a polémica a um grupo de apoiantes que o esperava em frente ao Palácio da Alvorada, a sua residência oficial em Brasília.
O ministro da Economia do país, Paulo Guedes, que estava de férias, decidiu conceder uma entrevista para esclarecer a declaração do Presidente brasileiro.
Guedes justificou o comentário de Bolsonaro dizendo que a falência citada pelo chefe de Estado se refere às contas públicas e não à situação da economia do país em geral.
“Ele está se referindo obviamente à situação do setor público, que está em uma situação financeira difícil, pois, depois dos excessos de gastos dos governos anteriores, foi derrubado o primeiro governo que vinha falando em corte brusco de gastos por causa da pandemia. Estamos reconhecendo a dificuldade da situação, mas estamos enfrentando”, disse Guedes.
De acordo com as últimas projeções do Governo e dos economistas, o Brasil encerrou 2020 com uma contração económica de cerca de 4,5%, a maior em várias décadas, mas um percentual bem menor do que o esperado nos primeiros meses da pandemia.
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