Uma equipe de cientistas alemães e espanhóis afirma ter encontrado uma “explicação natural” para a matéria escura e outros mistérios científicos não resolvidos – mas seu trabalho depende da existência de uma nova partícula subatômica teórica e de uma quinta dimensão inteira do universo.
A nova partícula, um tipo ainda não descoberto de férmion, seria capaz de atravessar esta nova dimensão e ligar a matéria escura à matéria luminosa que compõe tudo no universo que podemos ver ou tocar, relata o site Motherboard, de uma forma que isso não contradiz com qualquer um dos outros modelos que temos sobre como a matéria escura se comporta.
Parece um pouco rebuscado – físicos criando novas regras para o universo a fim de explicar sua própria teoria – mas se der certo, pode melhorar muito a nossa compreensão do cosmos.
“Janela Única”
Os cientistas explicaram ao Motherboard que essa nova partícula provavelmente seria semelhante e interagiria com o bóson de Higgs, mas seria muito pesada para ser detectada com a atual geração de aceleradores e aceleradores de partículas.
Mas presumindo-se que a partícula e a quinta dimensão pela qual ela navega existem, ela “representa uma janela única” para a matéria escura, de acordo com o artigo da equipe, publicado no The European Physical Journal C no mês passado.
Um membro da equipe disse ao Motherboard:
“Se essa partícula pesada existisse, ela necessariamente conectaria a matéria visível que conhecemos e que estudamos em detalhes com os constituintes da matéria escura, presumindo que a matéria escura é composta de férmions fundamentais, que vivem na dimensão extra.”
O que agora?
Em vez de uma maneira tangível de provar que essa partícula misteriosa ou a quinta dimensão existe, os pesquisadores disseram ao Motherboard que esperam que outros cientistas mantenham seu modelo em mente enquanto continuam a estudar a física das partículas e a cosmologia.
A equipe informou:
“Isso também pode levar a uma história cosmológica interessante do universo e pode levar à produção de ondas gravitacionais. Esta é uma linha de pesquisa interessante, que pretendemos seguir nos próximos meses.”
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