Um dos edifícios mais emblemáticos do mundo funciona agora com eletricidade limpa. Na quarta-feira, a empresa proprietária do Empire State Building anunciou que assinou um acordo para atender às necessidades de eletricidade não só daquele edifício, mas de todo o seu portfólio, com energia eólica.
De acordo com o jornal norte-americano The Washington Post, que avançou a notícia, o Empire State Building usa agora apenas energia eólica.
O contrato de compra de energia de três anos também abrange 13 outros arranha-céus e prédios de escritórios sob a propriedade do Empire State Realty Trust, tornando-o o maior utilizador de energia renovável dos Estados Unidos.
O Empire State Building em si tem operado com energias renováveis há uma década.
A mudança para a energia eólica resultará na poupança de 204 milhões de quilogramas de dióxido de carbono, o que é igual às emissões da frota de táxis de Nova Iorque durante um ano inteiro.
Esta alteração surge depois de o arranha-céus ter anunciado no ano passado que as reformas feitas em tudo, desde janelas até a instalação de luzes LED na sua famosa torre, resultaram na redução da sua pegada de carbono em 40%.
“Continuamos a avançar o nosso compromisso com soluções que reduzem o nosso impacto ambiental”, disse Dana Robbins Schneider, vice-presidente sénior e diretora de energia e sustentabilidade do Empire State Realty Trust, em comunicado citado pelo Gizmodo. “Os nossos inquilinos agora trabalham em escritórios neutros em carbono e a comunidade de investidores pode reconhecer a nossa liderança.”
A compra de energia limpa não significa que turbinas eólicas num lugar fora da cidade irão bombear energia diretamente para o prédio. Em vez disso, os contratos assinados com a Green Mountain Energy e Direct Energy significam que os dois prestadores de serviços garantirão que a quantidade equivalente de eletricidade usada pelo Empire State Building e outros edifícios abrangidos pelo acordo sejam produzidos a partir do vento nos EUA.
“Levar a maior comunidade imobiliária em direção à energia líquida zero requer que as partes interessadas no centro das atenções, como o Empire State Building, dêem os primeiros passos e inspirem outros”, disse Cara Carmichael, diretora do Programa de Edifícios Carbon-Free do Rocky Mountain Institute. “O Empire State Building sempre foi um marco em Nova Iorque e um líder no espaço de prop-tech. Agora, está a adotar o seu papel de líder no espaço de energia”.
A descarbonização de edifícios é uma das tarefas mais assustadoras da próxima década, especialmente os mais antigos como o Empire State Building. As cidades estão cada vez mais a tomar medidas para proibir as ligações de gás em novas construções, o que pode ajudar a reduzir as emissões.
Instalar eletrodomésticos, janelas, portas e luzes mais eficientes é outro caminho para reduzir as emissões que é feito mais facilmente com edifícios mais novos.
Porém, existem cerca de 5,6 milhões de edifícios comerciais e dezenas de milhões de unidades residenciais, todos a necessitar de uma limpeza rápida para evitar os piores impactos da crise climática.
Um relatório das Nações Unidas divulgado no ano passado mostra como é urgente a necessidade de descarbonizar edifícios. As emissões de carbono aumentaram em 2019 e representam 38% das emissões globais.
Nova Iorque estabeleceu requisitos para que os edifícios reduzam as suas emissões em 40% até 2030.
https://zap.aeiou.pt/um-dos-edificios-iconicos-do-mundo-agora-movido-378326
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