Logo, em apenas 2,9 milhões de anos, o corpo espacial mergulhará em sua estrela anã amarela (um período muito menor quando comparado aos 3,25 milhões de anos supostos inicialmente). De qualquer modo, a existência dele, por si só, é um mistério.
Modelos de formação planetária indicam a impossibilidade de haver exemplares do tipo, pois a gravidade, a radiação e os ventos solares, tecnicamente, impediriam que o gás se aglomerasse e possibilitasse nascimentos semelhantes. Contrariando a Ciência atual, o WASP-12b perambula por sua região, assim como centenas de outros em vários lugares.
Só para se ter uma ideia, o tempo orbital do planeta em questão é de apenas pouco mais de um dia. Por isso, um fluxo constante do material que o forma é constantemente sugado para longe de sua atmosfera pelo astro que o guia.
Felizmente, enquanto podem, tais objetos podem nos dizer muito sobre as interações universais – inclusive aquelas que envolvem o lar da humanidade.
O pavoroso mistério de existir…
Em nossos “radares”, desde 2008, existe um conjunto de dados consideravelmente amplo a respeito da órbita do WASP-12b, mas só em 2017 é que algo estranho foi notado em meio às medições: um movimento que passou a ocorrer em uma fração de segundo a menos do que o visualizado em análises prévias. Então, Samuel Yee, da Universidade Princeton, e sua equipe de astrônomos decidiram examinar a situação mais de perto.
Apesar de absorver 94% de toda a luz que recebe e de ser mais escuro que asfalto, fenômenos, em sua superfície de 2,6 mil graus Celsius, fazem ele emitir uma grande quantidade de luz infravermelha, justamente o que auxiliou os pesquisadores durante as investigações por meio do Spitzer Space Telescope. Bastaram 4 aparições em 16 períodos orbitais para que chegassem a um veredito.
Em suma, a decadência detectada foi de 29 milissegundos por ano, e uma conta rápida revelou o tempo de vida útil do pobre planeta — 3,25 milhões de anos. Acontece que Jake Turner, da Universidade Cornell, comparou os dados com outros mais recentes capturados pela NASA, de 21 órbitas, e se deparou com o fato de que a queda real é de 32,53 milissegundos anuais, retirando 350 mil anos das expectativas futuras. Os resultados do estudo foram publicados na semana passada (3), no The Astronomical Journal.
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