O foguetão SN8, sem tripulação, era um modelo conhecido como Starship, com quase 50 metros de comprimento e capacidade para transportar até 100 toneladas de carga. Destina-se a pôr pessoas e carga em órbita da Terra e a SpaceX ambiciona que o veículo viaje um dia à Lua e a Marte.
O foguetão descolou esta quarta-feira de uma base no Texas e conseguiu atingir os 12 quilómetros de altitude, antes de regressar ao ponto de partida, onde deveria aterrar. No entanto, ao tocar no solo, o aparelho explodiu.
Apesar de, à primeira vista, parecer que algo não correu bem, a verdade é que as hipóteses de a nave aterrar intacta eram muito reduzidas. Elon Musk explicou no Twitter que, durante a descida, “a pressão do tanque de combustível era baixa”, o que terá feito com que a “velocidade de aterragem fosse alta”.
Em relação à altitude, este foi o maior voo que o protótipo da nave espacial conseguiu alcançar. De acordo com a CNN, o objetivo do voo foi compreender a performance dos três motores Raptor em conjunto com a aerodinâmica do corpo da nave, e testar como é que o veículo geria a transição para o propelente. O SN8 tentou ainda executar uma manobra de aterragem que, a ser bem sucedida, seria a primeira vez para um veículo do seu tamanho.
O intuito do teste é alcançar uma altitude vertical no disparo da nave, seguindo-se uma manobra de rotação de cerca de 60 graus de forma a obter uma navegação mais horizontal e, assim, reduzir a velocidade. Por fim, pretende-se que a nave regresse à posição vertical inicial para executar a manobra de aterragem.
A companhia aeroespacial de Musk é conhecida pela estratégia agressiva no desenvolvimento rápido de aeronaves, o que já provocou várias explosões nos seus voos experimentais.
Recentemente, a SpaceX conseguiu contratos com a NASA para efetuar missões de reabastecimento da Estação Espacial Internacional (EEI). A mais recente chegou na segunda-feira à EEI com uma cápsula Dragon.
https://zap.aeiou.pt/foguetao-spacex-voou-explodiu-364937
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