Astrónomos encontraram evidências de hidreto de cromo no exoplaneta WASP-31b. A equipa avança que a temperatura e a pressão correspondentes estão no limite entre o líquido e o gasoso, como a chuva e as nuvens.
Uma equipa de investigadores do SRON Netherlands Institute for Space Research e da University of Groningen, nos Países Baixos, encontraram evidências de hidreto de cromo (CrH) no exoplaneta WASP-31b, que na temperatura e pressão correspondentes está na fronteira entre o líquido e o gasoso.
É a partir dos espectros de transmissão, as conhecidas impressões digitais dos exoplanetas, que os astrónomos deduzem que substâncias estão presentes na sua atmosfera. E foi assim que os cientistas encontraram evidências da substância.
O exoplaneta WASP-31b é um Júpiter quente com uma temperatura de cerca de 1.200°C na zona crepuscular entre o dia e a noite – o lugar onde a luz das estrelas viaja pela atmosfera em direção à Terra.
Segundo o investigador Marrick Braam, citado pelo Phys, “o hidreto de cromo poderia desempenhar um papel num possível sistema meteorológico neste planeta, com nuvens e chuva” – uma das propriedades que permite a planetas abrigarem vida.
Esta é a primeira vez que o hidreto de cromo é encontrado num Júpiter quente. Estes exoplanetas, incluindo o WASP-31b, têm sempre o mesmo lado voltado para a sua estrela hospedeira. “Esperamos, portanto, um lado diurno com hidreto de cromo na forma gasosa e um lado noturno com hidreto de cromo líquido”, disse o co-autor Michiel Min.
De acordo com modelos teóricos, a grande diferença de temperatura cria ventos fortes. “Queremos confirmar isso com observações”, acrescentou o investigador.
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