A pesquisa liderada pela Queen’s University Belfast, na Irlanda, encontrou milhares de “calcanhares de Aquiles” ou “vulnerabilidades do cancro” numa análise de mais de 700 tipos diferentes de células cancerígenas.
No futuro, esta descoberta pode ajudar a conter as células cancerígenas, usando medicamentos já existentes ou desenvolvendo outros novos.
O estudo, publicado na revista Nucleic Acids Research, indica que os novos medicamentos poderiam até ser usados para combater tipos de cancros resistentes aos tratamentos padrão atuais.
Para conduzir o estudo, os investigadores criaram um programa de computador chamado MultiSEp que analisa conjuntos de dados extensos e complexos, escreve o MedicalXpress.
Ian Overton, autor do estudo, referiu que “entender as impressões digitais moleculares do cancro pode ajudar a encontrar formas de direcionar medicamentos para os pacientes onde estes são eficazes. O estudo dá um passo em direção a tratamentos de cancro mais eficazes e personalizados, salvando vidas em última instância”.
Geralmente, os cancros têm muitas mutações que podem causar pontos fracos genéticos ou “calcanhar de Aquiles”. Frequentemente, tornam-se, por exemplo, mais perigosos ao sofrer mutações para interromper alguns genes protetores chamados supressores de tumor – deixando o tumor dependente de um gene reserva.
Portanto, “acertar” o gene reserva com um “martelo químico” pode matar as células cancerígenas, indica o estudo.
O novo programa identificou milhares de genes reserva em mais de 700 tipos diferentes de células cancerígenas, fornecendo a inteligência para projetar tratamentos mais eficazes na batalha contra o cancro.
Simon McDade, um dos autores do estudo, afirma que “esta pesquisa representa um recurso importante para investigadores em todo o mundo extraírem dados valiosos, mas também para que analisem dados genéticos de maneira fácil e mais eficiente”.
Já Mark Wappett, que liderou a pesquisa, indica que os “resultados fornecem à comunidade científica acesso a conjuntos de dados essenciais gerados por tecnologias de ponta e um kit de ferramentas para analisar dados”.
“Em última análise, esperamos que, ao aumentar o alcance desses dados, possamos agilizar tratamentos de cancro mais direcionados e eficazes”, remata o cientista.
https://zap.aeiou.pt/combater-cancro-tratamentos-404743
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