Uma equipa de astrónomos da Universidade de Bolonha, em Itália, encontrou provas convincentes de que a Grande Nuvem de Magalhães se fundiu com uma galáxia.
Alessio Mucciarelli, investigador da Universidade de Bolonha, encontrou provas de que a Grande Nuvem de Magalhães é canibal: um novo estudo concluiu que se fundiu com outra galáxia, em algum momento do seu misterioso passado.
Segundo o Science Alert, esta descoberta apoia a teoria de que as galáxias maciças crescem ao engolir galáxias de satélite mais pequenas, um processo conhecido como “montagem hierárquica“.
Para comprovar esta hipótese, os cientistas observaram grupos de milhares de milhões de estrelas, conhecidos como aglomerados globulares. A equipa notou que o NGC 2005, que contém 200 mil estrelas e está localizado a 750 anos-luz do centro da Grande Nuvem de Magalhães, tem uma composição química diferente dos restantes aglomerados analisados.
Com base na sua composição química, concluíram então que o NGC 2005 deve ser o resto de uma galáxia pequena na qual as estrelas se formaram bastante devagar, há milhares de milhões de anos.
Esta galáxia poderá ter-se fundido com a relativamente pequena Grande Nuvem de Magalhães e, com o tempo, pode ter-se separado e a maioria das estrelas se dispersado. Já o centro – o aglomerado globular NGC 2005 – ficou para trás.
“O NGC 2005 é uma testemunha sobrevivente do antigo evento de fusão que levou à dissolução da sua galáxia-mãe na Grande Nuvem de Magalhães, o único caso conhecido até agora e que foi identificado graças às suas impressões químicas no âmbito das galáxias anãs”, escreveu a equipa.
O artigo científico foi publicado no dia 18 de outubro na Nature Astronomy.
Há três anos, cientistas chegaram à conclusão de que a nossa galáxia esteve cercada não por duas, mas por três nuvens de Magalhães. A terceira foi dilacerada em pedaços e “comida” pela Grande Nuvem de Magalhães, há cerca de três mil milhões de anos.
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