Ferdinand Marcos Jr., candidato à Presidência das Filipinas, submeteu-se a 23 de novembro a testes para a deteção de cocaína. Sem ninguém lhes ter pedido, os restantes candidatos sentiram-se obrigados a fazer o mesmo.
Tudo começou a 18 de novembro, quando o atual Presidente, Rodrigo Duterte, afirmou que um dos candidatos à Presidência do país consumia cocaína. “Temos um candidato presidencial que está a consumir cocaína… um filho de pais ricos”, disse, num discurso transmitido pela televisão.
Conforme explica a Vice, as palavras de Duterte têm um peso extra no contexto da sua “guerra contra a droga“. Desde que venceu as eleições de 2016, estar associado à droga provou ser o equivalente a uma sentença de morte para milhares, depois de o Presidente ter liderado uma repressão contra os consumidores e vendedores.
Apesar de não ter avançado qualquer nome, o perfil de Ferdinand “Bongbong” Marcos Jr, filho do falecido ditador que governou as Filipinas de 1965 a 1986, parecia encaixar na perfeição.
“Não nos sentimos aludidos”, disse o porta-voz do candidato no dia seguinte. “Temos o maior respeito pelo Presidente.”
Mas Duterte continuou a insistir neste assunto e, numa tentativa de pôr fim à controvérsia, Marcos Jr. anunciou, no dia 23 deste mês, que se tinha submetido voluntariamente a testes para deteção de cocaína.
Apesar de não achar que o Presidente se estava a referir a ele, o candidato disse acreditar “que é meu dever inerente como aspirante a funcionário público assegurar aos meus colegas filipinos que sou contra as drogas ilegais”.
Certo é que, sem querer, deu início a uma tendência improvável numa corrida presidencial: outros candidatos começaram também a divulgar os resultado dos testes anti-droga que tinham feito.
Até agora, nenhum testou positivo para quaisquer substâncias ilícitas.
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