Astrónomos
descobriram um pequeno buraco negro fora da Via Láctea, utilizando o
Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul (ESO), ao
observar pela primeira vez como este influencia o movimento de uma
estrela na sua vizinhança.
Em comunicado publicado no site do ESO, os cientistas explicam que esta é a primeira vez que este método de deteção foi usado para revelar a presença de um buraco negro fora da nossa galáxia.
O buraco negro em questão foi localizado no aglomerado de estrelas NGC 1850, que fica a cerca de 160 mil anos-luz da Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia vizinha da Via Láctea.
“Tal como Sherlock Holmes chega a um criminoso através dos seus erros, nós estamos a olhar para cada estrela deste aglomerado para tentar encontrar alguma evidência da presença de buracos negros, mas sem os ver diretamente“, declarou, na mesma nota, Sara Saracino, do Instituto de Investigação Astrofísica da Universidade John Moores de Liverpool.
“O resultado agora mostrado representa apenas um dos criminosos procurados, mas quando se encontra um, isso significa que se está no caminho certo para descobrir muitos outros, em diferentes aglomerados”, acrescentou a investigadora, que liderou a pesquisa publicada esta quinta-feira na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
Este primeiro “criminoso” acabou por revelar-se cerca de 11 vezes mais massivo do que o nosso Sol e o que o colocou no caminho dos astrónomos foi a influência gravitacional que exerce numa estrela com cinco massas solares que o orbita.
O método usado por esta equipa pode permitir aos astrónomos encontrar muitos mais buracos negros e ajudar a desvendar os seus mistérios. “Cada deteção que fizermos será importante para compreender melhor os aglomerados estelares e os buracos negros que se encontram neles”, afirmou Mark Gieles, da Universidade de Barcelona e outro dos autores do estudo.
A deteção no NGC 1850 marca a primeira vez que um buraco negro foi encontrado num aglomerado de estrelas jovem, visto que tem apenas cerca de 100 milhões de anos. O que significa que usar este método dinâmico em aglomerados de estrelas semelhantes poderia revelar ainda mais buracos negros jovens e novas pistas sobre como evoluem.
Comparando-os com buracos negros maiores e mais antigos, também situados em aglomerados estelares mais antigos, os astrónomos seriam capazes de entender como estes corpos crescem, alimentando-se de estrelas ou fundindo-se com outros buracos negros.
Além disso, mapear a demografia de buracos negros em aglomerados de estrelas melhoraria a nossa compreensão da origem das fontes de ondas gravitacionais.
https://zap.aeiou.pt/novo-metodo-buraco-negro-fora-via-lactea-443994
Em comunicado publicado no site do ESO, os cientistas explicam que esta é a primeira vez que este método de deteção foi usado para revelar a presença de um buraco negro fora da nossa galáxia.
O buraco negro em questão foi localizado no aglomerado de estrelas NGC 1850, que fica a cerca de 160 mil anos-luz da Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia vizinha da Via Láctea.
“Tal como Sherlock Holmes chega a um criminoso através dos seus erros, nós estamos a olhar para cada estrela deste aglomerado para tentar encontrar alguma evidência da presença de buracos negros, mas sem os ver diretamente“, declarou, na mesma nota, Sara Saracino, do Instituto de Investigação Astrofísica da Universidade John Moores de Liverpool.
“O resultado agora mostrado representa apenas um dos criminosos procurados, mas quando se encontra um, isso significa que se está no caminho certo para descobrir muitos outros, em diferentes aglomerados”, acrescentou a investigadora, que liderou a pesquisa publicada esta quinta-feira na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
Este primeiro “criminoso” acabou por revelar-se cerca de 11 vezes mais massivo do que o nosso Sol e o que o colocou no caminho dos astrónomos foi a influência gravitacional que exerce numa estrela com cinco massas solares que o orbita.
O método usado por esta equipa pode permitir aos astrónomos encontrar muitos mais buracos negros e ajudar a desvendar os seus mistérios. “Cada deteção que fizermos será importante para compreender melhor os aglomerados estelares e os buracos negros que se encontram neles”, afirmou Mark Gieles, da Universidade de Barcelona e outro dos autores do estudo.
A deteção no NGC 1850 marca a primeira vez que um buraco negro foi encontrado num aglomerado de estrelas jovem, visto que tem apenas cerca de 100 milhões de anos. O que significa que usar este método dinâmico em aglomerados de estrelas semelhantes poderia revelar ainda mais buracos negros jovens e novas pistas sobre como evoluem.
Comparando-os com buracos negros maiores e mais antigos, também situados em aglomerados estelares mais antigos, os astrónomos seriam capazes de entender como estes corpos crescem, alimentando-se de estrelas ou fundindo-se com outros buracos negros.
Além disso, mapear a demografia de buracos negros em aglomerados de estrelas melhoraria a nossa compreensão da origem das fontes de ondas gravitacionais.
https://zap.aeiou.pt/novo-metodo-buraco-negro-fora-via-lactea-443994
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