No nordeste do Qatar, entre as dunas de areia do deserto, fica Al
Jassasiya, o maior e mais importante local de arte rupestre do país.
Aqui, há vários séculos, embora não se saiba bem quando, pessoas usaram Al Jassasiya como a sua tela, na qual esculpiram símbolos, motivos e objetos como, por exemplo, navios e animais.
No total, conta a cadeia televisiva CNN, já foram encontradas cerca de 900 gravuras rupestres, ou “petróglifos”.
“Embora a arte rupestre seja comum na Península Arábica, algumas das gravuras em Al Jassasiya são únicas e não podem ser encontradas em nenhum outro lugar”, assegurou à estação norte-americana Ferhan Sakal, um dos responsáveis.
“Estas esculturas representam um alto grau de criatividade e habilidades de observação por parte dos artistas que as fizeram. E também do seu pensamento abstrato, já que não eram capazes de ver o desenho de cima“, acrescentou.
Al Jassasiya, a cerca de uma hora de Doha, capital do Qatar, foi descoberta em 1957.
Ao longo de seis semanas, entre o fim de 1973 e o início de 1974, uma equipa dinamarquesa liderada pelo arqueólogo Holger Kapel e pelo seu filho Hans Kapel levou a cabo um estudo que catalogou meticulosamente todo o local através de fotografias e desenhos.
Segundo a CNN, de todas as figuras e composições documentadas, mais de um terço consiste em marcas circulares de vários tamanhos e dispostas em diversas configurações.
O padrão mais proeminente envolve duas filas paralelas de sete buracos, levando alguns a acreditar que estes eram usados para jogar mancala, um jogo de tabuleiro popular em muitas partes do mundo.
Mas houve quem contestasse esta teoria, destacando o facto de alguns dos buracos serem pequenos demais para isso e de outros estarem em encostas (o que teria resultado na queda dos jogadores).
Outras sugestões apontam que estas formações podem ter sido usadas de alguma forma para a arte da adivinhação (divinação), ou até para calcular o tempo e as marés.
Mas, afinal, para que serviam realmente e o que significam? “É muito difícil responder. Não temos pistas diretas sobre os motivos usados em Al Jassasiya”, reconheceu Sakal.
“Mas, na minha opinião, podem ter um significado e função ritual, o que é muito antigo e não pode ser explicado etnograficamente”, considerou.
Certo é que o local pode ser visitado por turistas que estejam de visita ao Qatar. Como não tem espaços com sombra, quem o quiser fazer deve optar pela altura em que o sol nasce ou se põe e é aconselhável levar bastante água.
https://zap.aeiou.pt/simbolos-esculpidos-deserto-qatar-447651
Aqui, há vários séculos, embora não se saiba bem quando, pessoas usaram Al Jassasiya como a sua tela, na qual esculpiram símbolos, motivos e objetos como, por exemplo, navios e animais.
No total, conta a cadeia televisiva CNN, já foram encontradas cerca de 900 gravuras rupestres, ou “petróglifos”.
“Embora a arte rupestre seja comum na Península Arábica, algumas das gravuras em Al Jassasiya são únicas e não podem ser encontradas em nenhum outro lugar”, assegurou à estação norte-americana Ferhan Sakal, um dos responsáveis.
“Estas esculturas representam um alto grau de criatividade e habilidades de observação por parte dos artistas que as fizeram. E também do seu pensamento abstrato, já que não eram capazes de ver o desenho de cima“, acrescentou.
Al Jassasiya, a cerca de uma hora de Doha, capital do Qatar, foi descoberta em 1957.
Ao longo de seis semanas, entre o fim de 1973 e o início de 1974, uma equipa dinamarquesa liderada pelo arqueólogo Holger Kapel e pelo seu filho Hans Kapel levou a cabo um estudo que catalogou meticulosamente todo o local através de fotografias e desenhos.
Segundo a CNN, de todas as figuras e composições documentadas, mais de um terço consiste em marcas circulares de vários tamanhos e dispostas em diversas configurações.
O padrão mais proeminente envolve duas filas paralelas de sete buracos, levando alguns a acreditar que estes eram usados para jogar mancala, um jogo de tabuleiro popular em muitas partes do mundo.
Mas houve quem contestasse esta teoria, destacando o facto de alguns dos buracos serem pequenos demais para isso e de outros estarem em encostas (o que teria resultado na queda dos jogadores).
Outras sugestões apontam que estas formações podem ter sido usadas de alguma forma para a arte da adivinhação (divinação), ou até para calcular o tempo e as marés.
Mas, afinal, para que serviam realmente e o que significam? “É muito difícil responder. Não temos pistas diretas sobre os motivos usados em Al Jassasiya”, reconheceu Sakal.
“Mas, na minha opinião, podem ter um significado e função ritual, o que é muito antigo e não pode ser explicado etnograficamente”, considerou.
Certo é que o local pode ser visitado por turistas que estejam de visita ao Qatar. Como não tem espaços com sombra, quem o quiser fazer deve optar pela altura em que o sol nasce ou se põe e é aconselhável levar bastante água.
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