Afinal, Genghis Khan não foi o responsável pelo fim de várias civilizações da Ásia Central. A verdadeira culpada é a seca, que limitou o acesso à água por parte de várias cidades-estado.
Genghis Khan é muitas vezes visto como o responsável pelo fim de várias civilizações da Ásia Central. Com o Império Mongol, tornou-se o líder militar que mais território conquistou na história, controlando quase 20 milhões de quilómetros quadrados. No entanto, um novo estudo sugere que Khan pode não ter sido mais do que o bode expiatório da queda de muitas civilizações asiáticas no início do século XIII.
Uma equipa de investigadores analisou a dinâmica a longo prazo dos rios e antigas redes de irrigação e sugere que as mudanças no clima e as condições mais secas podem ter sido a verdadeira causa para o declínio das povoações próximas à bacia do Mar de Aral, na Ásia Central.
Os autores do estudo descobriram que a diminuição do caudal dos rios foi igualmente importante, se não mais, para o abandono destas cidades-estado.
“Descobrimos que a Ásia Central recuperou rapidamente após as invasões árabes nos séculos VII e VIII devido às condições húmidas favoráveis. Mas a seca prolongada durante e após a destruição subsequente dos mongóis reduziu a resistência da população local e impediu o restabelecimento da agricultura baseada na irrigação”, lê-se ainda no comunicado citado pela Europa Press.
O abandono dos sistemas de irrigação coincide com uma fase de erosão do leito do rio Arys, no Cazaquistão, entre os séculos X e XIV, que coincidiu com um período de seca, em vez de coincidir com a invasão mongol.
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