Através de um artigo publicado esta semana na The Anatomical Records, cientistas chineses apresentaram descobertas que podem alterar completamente o conhecimento da medicina
tradicional. Segundo textos inicialmente identificados na década de
1970 em Mawangdui, na China, o primeiro Atlas de anatomia humana foi
confeccionado há quase 2,2 mil anos, durante a Dinastia Han, e
estabeleceu as bases da acupuntura contemporânea.
Os textos de
difícil compreensão eram uma relíquia em 168 a.C., tendo sido enterrados
no túmulo de Lady Dai (não confundir com a Lady Di),
uma aristocrata da época, casada com o Marquês Dai. Desafiando a
"crença generalizada de que não há base científica para a 'anatomia da
acupuntura'", os documentos apresentam claras semelhanças com o Cânone
de Medicina Interna do Imperador Amarelo, de Huangdi Neijing,
considerado a grande fonte da acupuntura atual, caracterizando o achado
como a principal inspiração para a formalização da técnica.
(Fonte: The History Collection/Reprodução)
Através
de termos majoritariamente desconhecidos, "o Atlas de anatomia humana
mais antigo do mundo" se refere constantemente aos "meridianos" para
fazer relações com diversas partes do corpo humano. Com descrições mais
simplistas do que os textos atuais, os documentos de Mawangdui
guiaram os especialistas por meio de rotas pouco convencionais pelo
sistema humano, intrigando alguns profissionais da área, que se
depararam com um "mapa" pouco convencional.
Dissecação dos textos e do corpo humano
Os
investigadores do Atlas seguiram, após esforços para interpretar os
textos, algumas das rotas descritas no material. Referências aos
"meridianos" os levaram a percorrer a trajetória da artéria ulnar, assim
como outras os indicaram o "caminho da veia safena longa". Porém, os
especialistas afirmaram que mesmo tendo sido levados por direções
tradicionais, a descrição sistêmica do corpo foi o que mais chamou a
atenção, sendo completamente diferente das abordagens ocidentais.
(Fonte: Shutterstock/Reprodução)
O
artigo descreve também que os documentos anatômicos desconsideravam a
função das estruturas em detrimento da relação do fluxo corporal entre
elas, algo essencial para a constituição da acupuntura, que é baseada no
o fluxo de energia vital “Qi“ e na forma como é canalizada pelo organismo.
Após
análises, os cientistas concluíram que o Atlas foi "projetado para
fornecer uma descrição concisa do corpo humano para estudantes e
praticantes de medicina na China antiga."
https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115992-atlas-de-anatomia-humana-de-2-2-mil-anos-e-encontrado-na-china.htm
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