Para este estudo, publicado no dia 9 na revista científica The Cryosphere, cientistas de cerca de 40 instituições projetaram dois cenários de emissões de gases com efeito de estufa e o seu impacto nas massas de gelo da Gronelândia e da Antártida.
No primeiro cenário, por força da continuação regular do aumento das emissões, o degelo na Antártida fará subir até 30 centímetros o nível do mar. Na Gronelândia, o derretimento da massa de gelo contribuirá para um aumento de 38 centímetros do nível dos oceanos.
Considerando o segundo cenário, uma forte redução das emissões de gases com efeito de estufa, levaria a que o degelo na Gronelândia aumentasse o nível das águas em apenas três centímetros.
Em fevereiro, outro trabalho, que sintetiza modelos realizados por 27 instituições internacionais, estimou que só o degelo na Antártida poderá levar a um drástico aumento até 58 centímetros do nível do mar até ao fim do século, caso o ritmo global das emissões de gases com efeito de estufa se mantenha inalterado.
Se os glaciares da Antártida e da Gronelândia derretessem por completo, o nível das águas poderia subir até 65 metros.
O aumento do nível do mar é uma tendência que já se tem vindo a mostrar preocupante ao longo dos últimos anos.
Em 2015, um grupo de cientistas da agência espacial norte-americana apresentou dados sobre o aumento do nível da água do mar em todo o mundo — que foi, em média, 7,62 centímetros superior ao de 1992. Ainda assim, o panorama varia em diferentes partes do mundo, tendo em algumas zonas chegado a superar os 22 centímetros.
Tendo como base o exemplo do passado, não é difícil prever o futuro que nos espera.
https://zap.aeiou.pt/ate-ao-final-2100-nivel-do-mar-pode-subir-38-centimetros-347409
Sem comentários:
Enviar um comentário