Em um novo artigo revisado por pares, um aluno universitário sênior de graduação diz ter provado matematicamente a viabilidade física de um tipo específico de viagem no tempo. O artigo apareceu na Classical and Quantum Gravity.
O estudante Germain Tobar da Universidade de Queensland, que o comunicado à imprensa da universidade chama de “prodigioso”, trabalhou com o professor de física da UQ Fabio Costa neste artigo. No artigo intitulado “Reversible dynamics with closed time-like curves and freedom of choice” (“Dinâmica reversível com curvas fechadas de tipo temporal e liberdade de escolha”), Tobar e Costa dizem que encontraram um meio-termo na matemática que resolve um grande paradoxo lógico em um modelo de viagem no tempo.
A matemática em si é complexa, mas se resume a algo bastante simples. A discussão da viagem no tempo concentra-se nas curvas fechadas do tipo temporal (de sigla em inglês, CTCs), algo que Albert Einstein postulou primeiro. E Tobar e Costa dizem que enquanto apenas duas peças de um cenário inteiro dentro de uma CTC ainda estiverem em “ordem causal” quando você sai, o resto fica sujeito ao livre arbítrio local.
O artigo conclui:
Nossos resultados mostram que as CTCs não são apenas compatíveis com o determinismo e com a ‘livre escolha’ local de operações, mas também com uma gama rica e diversificada de cenários e processos dinâmicos.
Em uma declaração universitária, Costa ilustra a ciência com uma analogia:
Alguns resultados são agrupados como “efeito borboleta”, que se refere a grandes consequências não intencionais de pequenas ações. Mas a verdade real, em termos de resultados matemáticos, é mais como outra parábola clássica: a pata do macaco. Tenha cuidado com o que você deseja e cuidado com o motivo que você viaja no tempo. Tobar explica na declaração:
Embora isso pareça frustrante para a pessoa que está tentando prevenir uma pandemia ou matar Hitler, para os matemáticos, ajuda a suavizar um obstáculo fundamental na maneira como pensamos sobre o tempo. Também se ajusta às recentes descobertas quânticas de Los Alamos, por exemplo, e à maneira como a matemática do passeio aleatório se comporta em uma ou duas dimensões.
No mínimo, essa pesquisa sugere que qualquer um que planeje uma maneira significativa de viajar no tempo poderia fazê-lo e experimentar sem um medo latente de arruinar o mundo – pelo menos não imediatamente.
https://www.ovnihoje.com/2020/09/27/estudante-acaba-de-provar-que-viagem-no-tempo-sem-paradoxos-e-possivel/
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