Você está pronto para se tornar um ciborgue? Se sim, você não está sozinho.
Uma nova pesquisa feita pela empresa de segurança cibernética Kaspersky, em parceria com o grupo de pesquisa Opinium, descobriu que cerca de 63% dos europeus definitivamente considerariam “aperfeiçoar” suas vidas se isso significasse melhorar sua saúde ou aumentar suas habilidades.
A pesquisa envolveu 14.500 pessoas em 16 países. Os italianos ficaram em primeiro lugar, com 83% dos entrevistados dizendo que considerariam o “aperfeiçoamento” humano. Os maiores motivos incluem melhorias na qualidade de vida, potencial para reduzir o sofrimento e desempenho aprimorado.
Os participantes disseram que estariam mais interessados em melhorar sua saúde física. Eles também citaram uma visão melhorada, um corpo mais atraente, maior força, e inteligência e capacidade cerebral aprimoradas.
Porém, nem todo mundo está ansioso por um futuro ciborgue. Notavelmente, a aceitação disso parece muito mais alta na Espanha e em Portugal, enquanto o Reino Unido, a França e os Países Baixos se classificam em primeiro lugar entre os mais preocupados.
Mesmo entre aqueles que estariam interessados no aperfeiçoamento humano, há uma profunda suspeita e medo do que pode dar errado. Na Grécia, por exemplo, embora a aceitação seja alta, eles também parecem estar mais preocupados com isto:
A Grécia é uma espécie de “país isolado”. Os gregos são muito mais propensos a acreditar no aperfeiçoamento humano porque istopoderia melhorar a qualidade de vida (67% em comparação com a média de 53%). Porém, são os mais preocupados (96%) de todos os países a respeito de atividades criminosas ou de hackers, as pessoas na Grécia também são as que mais se opõem à regulamentação governamental.
Em geral, 69% dos participantes acreditam que tais aperfeiçoamentos provavelmente seriam do domínio dos ricos. E mesmo se eles conseguissem um, um total de 88% temem que seus implantes sejam hackeados. Outras preocupações incluem dispositivos com mau funcionamento e o potencial de danos permanentes ao corpo.
O professor Julian Savulescu do Oxford Uehiro Center for Practical Ethics da Oxford University, disse:
É uma questão difícil. Mas, como Kaspersky menciona em seu estudo, já usamos marca-passos, aparelhos auditivos e óculos para aumentar nossa capacidade. O smartphone, que quase todo mundo carrega consigo, também pode ser considerado um tipo de aperfeiçoamento.
Dito isso, pelo menos quando nosso telefone está nos importunando por uma nova atualização ou o laptop mais uma vez decide reiniciar, pelo menos podemos nos consolar com o fato de que eles não estão conectados ao nosso cérebro enquanto isso está acontecendo.
https://www.ovnihoje.com/2020/09/24/quase-dois-tercos-dos-europeus-considerariam-se-tornar-ciborgues/
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