sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Startup chinesa entra na corrida pela mineração espacial !

A Origin Space, uma startup chinesa fundada em 2017, dará seus primeiros passos na corrida pela mineração espacial. Ela colocará o NEO-1 em órbita em novembro deste ano, um pequeno satélite de 30 quilos que será lançado por um foguete longa marcha e que ficará em uma altitude de 500 quilômetros.

Yu Tianhong, cofundador da empresa descrita como a primeira da China focada na utilização de recursos espaciais, explica que, inicialmente, não será realizada a ação em si: "O objetivo é verificar e demonstrar múltiplas funções, como manobras orbitais, captura simulada de corpos celestes e identificação e controle inteligentes da espaçonave."

Em 2021, uma outra missão está marcada para acontecer, chamada Yuanwang-1. Apelidada de Little Hubble, ela será responsável por colocar em operação um telescópio óptico projetado para observar e monitorar asteroides próximos à Terra. Segundo a Origin Space, conhecer os destinos adequados é fundamental. Logo depois, a Lua é o destino.

Inicialmente, serão realizadas apenas observações. 
Inicialmente, serão realizadas apenas observações.

Um mercado incerto

Tianhong ressalta que os planos de chegar ao satélite natural da Terra não estão finalizados, mas, ainda assim, incluem o pouso do dispositivo NEO-2 por lá. Trata-se de outra missão provisória, cuja previsão é de que haja um aumento gradual de órbita enquanto observações são realizadas. Ao final, a superfície lunar, espera-se, será atingida.

Não é à toa que o interesse privado no setor tem crescido, já que o governo chinês decidiu abrir suas operações em 2014, o que levou ao crescimento da indústria local. No caso da exploração de asteroides, fala-se de um potencial de trilhões de dólares – e Jim Bridenstine, administrador da NASA, anunciou na semana passada que a agência comprará amostras de rochas de empresas assim que material lunar for coletado.

Mercado tem potencial de trilhões de dólares. 

Os desafios para a consolidação da área, entretanto, são muitos, já que, além da agência norte-americana, não se sabe quem mais teria interesse na comercialização desses objetos. Brian Weeden, diretor de planejamento de programas da Secure World Foundation, afirma: "No momento, os únicos clientes reais são as agências espaciais nacionais que planejam fazer coisas na Lua."

Yu Tianhong, por sua, vez, não se abate: "Estamos trabalhando muito para acelerar o progresso de projetos importantes e, ao mesmo tempo, gerar receita."

https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116118-startup-chinesa-entra-na-corrida-pela-mineracao-espacial.htm

 

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