Uma farmacêutica israelo-americana, juntamente com uma empresa indiana, está a desenvolver aquela que poderá ser a primeira vacina oral contra a covid-19.
De acordo com o jornal The Jerusalem Post, a empresa farmacêutica israelo-americana Oramed juntou-se à indiana Premas Biotech para desenvolver a Oravax, a primeira vacina contra a covid-19 em forma de comprimido.
“Uma vacina oral contra a covid-19 eliminaria várias barreiras para uma distribuição mais rápida e em larga escala, permitindo potencialmente que as pessoas tomassem por si próprias a vacina em casa”, afirmou ao jornal israelita Nadav Kidron, CEO da Oramed.
“Embora a facilidade de administração seja hoje crucial para acelerar as taxas de inoculação, uma vacina oral poderá tornar-se ainda mais valiosa no caso de uma vacina contra a covid-19 poder ser recomendada anualmente, tal como a vacina da gripe”, disse ainda.
Esta vacina oral tem como alvos três proteínas estruturais do novo coronavírus, explicou Kidron, em oposição às vacinas da Moderna e da Pfizer, que só têm como alvo a proteína de espigão único.
Assim sendo, o responsável desta farmacêutica considera que a futura vacina “deverá ser muito mais resistente às variantes da covid-19″.
Está previsto que o primeiro estudo clínico da Oravax comece no segundo trimestre deste ano. A empresa israelo-americana já está a negociar ensaios em vários países, como Israel, Estados Unidos e México, mas também alguns do continente europeu.
Além disso, a farmacêutica também espera poder realizar ensaios em África, onde esta vacina oral seria essencial.
O administrador espera que os dados da Fase I dos ensaios clínicos em humanos estejam disponíveis no prazo de três meses.
Bluepharma desenvolve medicamento para tratar covid
A farmacêutica portuguesa Bluepharma, sediada em Coimbra, está a desenvolver um medicamento para o tratamento da covid-19, revelou à agência Lusa o presidente da empresa, Paulo Barradas Rebelo.
“Está aprovado o financiamento e estamos a fazer o desenvolvimento do medicamento para a covid”, disse o responsável, escusando-se a adiantar mais informação.
Barradas Rebelo explicou que, como empresa que desenvolve medicamentos, a Bluepharma coloca “uma força muito grande em Investigação e Desenvolvimento (I&D)”.
“Separamos bem o I do D. A investigação é de maior risco, leva mais tempo, requer muito investimento. Não deixamos de fazer o investimento, mas doseamo-lo”, contou.
Da verba alocada a I&D, acrescentou o presidente da farmacêutica, “15% são para investigação e 85% para desenvolvimento”.
“O desenvolvimento é muito importante para nós e é uma área que emprega gente muito qualificada. Temos 130 cientistas muitos qualificados a trabalhar em I&D”, sublinhou.
A Bluepharma é uma empresa de capitais portugueses, que iniciou a sua atividade em fevereiro de 2001, depois de um grupo de profissionais ligados ao setor ter adquirido a unidade industrial pertencente à multinacional alemã Bayer.
Ao longo dos seus 20 anos, transformou uma unidade industrial que empregava 58 pessoas e operava para o mercado nacional num grupo farmacêutico de 20 empresas e com 750 trabalhadores. A sua atividade percorre toda a cadeia de valor do medicamento, desde I&D até ao mercado.
A empresa projetou um plano estratégico de investimento de cerca de 200 milhões de euros para a próxima década, que inclui a ampliação das atuais instalações em São Martinho (Coimbra), a construção de uma nova unidade industrial em Eiras (Coimbra) e a construção do Bluepharma Park, que será o maior parque tecnológico do cluster farmacêutico a nível nacional.
https://zap.aeiou.pt/vacina-covid-19-modo-comprimido-389316
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