Homens
que faziam a segurança do presidente brasileiro na capital italiana
deram murros e empurraram repórteres. Segundo a Globo, a “retórica
beligerante” de Bolsonaro contra os jornalistas “está na raiz desse tipo
de ataque”.
Jornalistas brasileiros que acompanham a visita de Jair Bolsonaro a Roma foram hostilizados pelo presidente e agredidos na noite deste domingo por homens que faziam a segurança do chefe de Estado brasileiro durante uma caminhada no centro da capital italiana.
As agressões foram dirigidas a jornalistas da Globo, Folha e UOL, relata a Deutsche Welle.
O primeiro incidente envolveu a jornalista Ana Estela de Sousa Pinto, do jornal Folha de S.Paulo, que relatou ter sido empurrada por um segurança enquanto aguardava em frente à embaixada brasileira na capital italiana, onde Bolsonaro está alojado.
Pouco depois, Bolsonaro deixou o prédio e fez uma caminhada improvisada para se encontrar com algumas dezenas de apoiantes que se concentravam em frente à embaixada, tendo-se então gerado um tumulto no local.
Nesse momento, os jornalistas aproximaram-se para tentar colocar perguntas, tendo sido afastados de forma violenta do presidente brasileiro. O correspondente da Globo, Leonardo Monteiro, perguntou a Bolsonaro por que motivo não compareceu aos eventos do G20 na manhã deste domingo.
“É a Globo? Você não tem vergonha na cara….”, disse Bolsonaro. Seguidamente, o jornalista levou um murro no estômago de um segurança e foi empurrado com violência.
O jornalista Jamil Chade, do portal UOL, começou a filmar a violência contra os jornalistas, tendo então sido empurrado por um segurança — que lhe agarrou e torceu o braço, tirando-lhe o telemóvel Seguidamente, o segurança atirou o aparelho ao chão, relatou o jornalista.
Chade também perguntou a Bolsonaro por que motivo não estará presente na Cimeirs do Clima COP26, em Glasgow, ao que o presidente respondeu que “não te devo satisfação”.
Pouco antes do início dos tumultos, uma assistente da Globo que aguardava para gravar imagens do presidente foi intimidada, tendo sido alvo de gritos de “infiltrada” por apoiantes do presidente.
O presidente brasileiro encontrava-se em Roma para participar na cimeira do G20. Ao contrário de outros líderes, a agenda de Bolsonaro tem sido pouco preenchida, e o chefe de estado brasileiro tem gastado boa parte do tempo em passeios e encontros com apoiantes. Este foi o terceiro passeio de Bolsonaro nas ruas da capital italiana em três dias.
Segundo os relatos dos jornalistas, não é claro se os responsáveis pelas agressões eram agentes da polícia ou seguranças particulares.
Este não é o primeiro incidente envolvendo agressões físicas e verbais a jornalistas que desagradam a Bolsonaro.
Em janeiro, um relatório divulgado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) brasileiros anotou que Bolsonaro protagonizou 175 ataques contra a imprensa em 2020.
Em maio, em frente ao Palácio da Alvorada, o presidente mandou um jornalista da Folha “calar a boca”. Em agosto do mesmo ano, disse a um jornalista que tinha “vontade de encher tua boca com porrada, tá? Seu safado”.
Também são comuns agressões físicas e verbais por parte de apoiantes do presidente, que muitas vezes estimula os ataques.
Em julho deste ano, a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) incluiu Bolsonaro numa lista de 37 líderes de todo o mundo que a organização considera “predadores da liberdade de imprensa“.
A lista inclui ainda os chefes de Estado da Síria, Bashar al-Assad, e da China, Xi Jinping.
https://zap.aeiou.pt/jornalistas-agredidos-em-roma-por-segurancas-de-bolsonaro-441773
Jornalistas brasileiros que acompanham a visita de Jair Bolsonaro a Roma foram hostilizados pelo presidente e agredidos na noite deste domingo por homens que faziam a segurança do chefe de Estado brasileiro durante uma caminhada no centro da capital italiana.
As agressões foram dirigidas a jornalistas da Globo, Folha e UOL, relata a Deutsche Welle.
O primeiro incidente envolveu a jornalista Ana Estela de Sousa Pinto, do jornal Folha de S.Paulo, que relatou ter sido empurrada por um segurança enquanto aguardava em frente à embaixada brasileira na capital italiana, onde Bolsonaro está alojado.
Pouco depois, Bolsonaro deixou o prédio e fez uma caminhada improvisada para se encontrar com algumas dezenas de apoiantes que se concentravam em frente à embaixada, tendo-se então gerado um tumulto no local.
Nesse momento, os jornalistas aproximaram-se para tentar colocar perguntas, tendo sido afastados de forma violenta do presidente brasileiro. O correspondente da Globo, Leonardo Monteiro, perguntou a Bolsonaro por que motivo não compareceu aos eventos do G20 na manhã deste domingo.
“É a Globo? Você não tem vergonha na cara….”, disse Bolsonaro. Seguidamente, o jornalista levou um murro no estômago de um segurança e foi empurrado com violência.
O jornalista Jamil Chade, do portal UOL, começou a filmar a violência contra os jornalistas, tendo então sido empurrado por um segurança — que lhe agarrou e torceu o braço, tirando-lhe o telemóvel Seguidamente, o segurança atirou o aparelho ao chão, relatou o jornalista.
Chade também perguntou a Bolsonaro por que motivo não estará presente na Cimeirs do Clima COP26, em Glasgow, ao que o presidente respondeu que “não te devo satisfação”.
Pouco antes do início dos tumultos, uma assistente da Globo que aguardava para gravar imagens do presidente foi intimidada, tendo sido alvo de gritos de “infiltrada” por apoiantes do presidente.
O presidente brasileiro encontrava-se em Roma para participar na cimeira do G20. Ao contrário de outros líderes, a agenda de Bolsonaro tem sido pouco preenchida, e o chefe de estado brasileiro tem gastado boa parte do tempo em passeios e encontros com apoiantes. Este foi o terceiro passeio de Bolsonaro nas ruas da capital italiana em três dias.
Segundo os relatos dos jornalistas, não é claro se os responsáveis pelas agressões eram agentes da polícia ou seguranças particulares.
Este não é o primeiro incidente envolvendo agressões físicas e verbais a jornalistas que desagradam a Bolsonaro.
Em janeiro, um relatório divulgado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) brasileiros anotou que Bolsonaro protagonizou 175 ataques contra a imprensa em 2020.
Em maio, em frente ao Palácio da Alvorada, o presidente mandou um jornalista da Folha “calar a boca”. Em agosto do mesmo ano, disse a um jornalista que tinha “vontade de encher tua boca com porrada, tá? Seu safado”.
Também são comuns agressões físicas e verbais por parte de apoiantes do presidente, que muitas vezes estimula os ataques.
Em julho deste ano, a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) incluiu Bolsonaro numa lista de 37 líderes de todo o mundo que a organização considera “predadores da liberdade de imprensa“.
A lista inclui ainda os chefes de Estado da Síria, Bashar al-Assad, e da China, Xi Jinping.
https://zap.aeiou.pt/jornalistas-agredidos-em-roma-por-segurancas-de-bolsonaro-441773
Sem comentários:
Enviar um comentário