Várias empresas estão a apostar em opções mais realistas e a três dimensões para as videochamadas do Zoom ou do Skype.
Com
já dois anos de pandemia, as reuniões de Zoom são tão comuns que já se
nota uma fatiga — e uma nova startup promete ter encontrado uma solução
que torna as videoconferências mais interessantes.
Fundada por
um investigador de Inteligência Artificial e veterano da Ubisoft, a
Matsuko quer trazer a tecnologia dos hologramas para o mainstream. A
empresa criou uma aplicação que organiza reuniões com hologramas 3D em
tempo real que faz as videoconferência parecer mais conversas na vida
real. A única coisa de que se precisa é um iPhone.
“Se estes
últimos dois anos nos mostraram alguma coisa, é que os humanos precisam
da presença uns dos outros. E apesar de termos avançado muito com a
comunicação remota, as ferramentas de hoje ainda são muito distantes. O
nosso cérebro está programado para a terceira dimensão, precisamos da
sensação das pessoas estarem fisicamente lá”, afirma Maria Vircikova,
co-fundadora e CEO da Matsuko, citada pelo Fast Company.
Vircikova
juntou-se a Matus Kirchmayer, um antigo programador do videojogo
Assassin’s Creed e os dois criaram a Matsuko em 2017. A empresa nasceu
depois dos dois terem participado uma palestra dada pelo CEO do Zoom,
Eric Yuan, e perceberem que podiam juntar as suas capacidades para
criarem uma tecnologia holográfica em 3D que seja mais realista.
A
aplicação deixa as pessoas mostrar imagens de hologramas seus através
da câmara do iPhone. Através da aplicação ou de óculos de realidade
virtual, os outros participantes podem ver-nos como se estivéssemos na
mesma sala — apesar da imagem ser um pouco irregular.
Recentemente,
a tecnologia dos hologramas tem ganhado muita popularidade, incluindo
em concertos de artistas que já morreram. A pandemia também levou a que
as apresentações virtuais se tornassem mais comuns, o que incentivou as
empresas a mostrarem as suas inovações.
Para além da Matsuko, a
Portl também está a apostar no ramo, com uma sistema com uma caixa de
dois metros com uma câmara, um microfone e um pano de fundo que permitem
a uma pessoa sentar-se num escritório remoto com a câmara e o microfone
e aparecer no local da reunião onde a caixa estiver. Cada sistema custa
65 mil dólares.
O Google está a trabalhar no projeto Starline,
um sistema de projeção de três dimensões que funciona como um “espelho
mágico” através do qual se pode ver outra pessoa em tamanho real e a
três dimensões.
Após
avaliação dos indicadores inseridos pelo utilizador, aplicação faz a
avaliação e encaminha os pacientes para os cuidados de saúde mais
apropriados, caso seja necessário.
Uma equipa de cientistas Scripps Research Translational Institute desenvolveu uma aplicação
para smatphones cujo objetivo é calcular o risco genético de cada
indivíduo sofrer de doença arterial coronária, promovendo,
posteriormente, o encaminhamento para cuidados de saúde apropriados.
A
doença é considerada a causa de morte mais recorrente no mundo inteiro,
ao passo que nos Estados Unidos da América se estima que existem 20
milhões de indivíduos com este diagnóstico – apesar de apenas um terço
dos que têm risco mais elevado de morte tomarem medicação apropriada.
Partindo
do pressuposto, confirmado, de que a doença arterial coronária tem um
peso hereditário forte, o risco de condições genéticas pode desempenhar
um papel importante no processo de identificação dos pacientes que podem
beneficiar da medicação para a redução de lípidos.
Para além da
aplicação, os investigadores também desenvolveram um artigo científico
no qual abordam os efeitos positivos da tecnologia em encaminhar os
doentes de alto risco para acompanhamento médico.
A aplicação
consegue calcular os níveis de risco poligénico do utilizador para a CAD
a partir de dados médicos previamente inseridos.
Depois do
utilizador preencher uma série de inquéritos de saúde e de consentir o
tratamento de dados, é fornecido uma pontuação para o risco genético
para CAD, juntamente com conselhos para modificações de estilo de vida e
aconselhamento genético.
No estudo,
a aplicação é apresentada tecnicamente como uma ferramenta de pesquisa,
com os investigadores a observarem os resultados de 721 utilizadores.
Cada
um dos indivíduos que participou no estudo dispôs de informações
relativas ao risco genético inicial, sendo seguido durante um ano para
monitorização das respostas a longo prazo.
“Agora temos a
oportunidade de integrar a genética das pessoas na sua avaliação da
saúde cardiovascular para a ajudar a compreender melhor o seu risco
individualizado e capacitá-las de informações que lhes permitam fazer as
modificações necessárias no seu estilo de vida”, apontou Evan Muse, um
dos autores do estudo.
A investigação também descobriu que os
participantes que receberam pontuações de risco genético de doença
arterial coronária tinham também o dobro de probabilidades de iniciar
medicação para reduzir o risco de colesterol durante os 12 meses de
acompanhamento em comparação com os que receberam pontuações mais
baixas.
Perante estes avanços, o autor Ali Torkamani disse que
as intervenções precoces nas pessoas com maior risco de CSD poderiam ter
um contributo significativo para a saúde pública, considerando quantas
pessoas morrem de ataques cardíacos inesperados todos os anos.
O investigador acrescenta que até para os indivíduos com risco genético baixo de DAC a informação pode ser relevante.
O
projeto de investigação está ainda em curso e a equipa pretende avaliar
a eficácia da aplicação com um maior volume de pacientes.
Outros
trabalhos de investigação irão também acompanhar resultados
cardiovasculares específicos, tais como ataques cardíacos, para melhor
compreender o valor de oferecer aos utilizadores escores de risco CAD
genéticos. Nesta fase, a aplicação só está disponível no mercado
norte-americano.
Conceito artístico do sistema binário RS Ophiuchim, formado por uma anã branca e uma gigante vermelha
A
erupção do sistema binário RS Ophiuchi revelou que a onda de choque que
se expande para o Espaço atua como um acelerador de partículas que
produz radiação gama.
Uma estrela binária rara, que explode repetidamente, está a produzir a forma de luz mais energética do Universo: raios gama.
Os
astrónomos analisaram a erupção do sistema RS Ophiuchi, que revelou uma
onda de choque que atua como um acelerador de partículas que, por sua
vez, gera radiação gama.
Segundo o Science Alert,
o sistema é formado por uma anã branca e uma gigante vermelha, e a cada
15 anos (ou mais) ocorre um evento de explosão graças ao “vampirismo
estelar” – quando uma anã branca rouba o material da sua companheira
gigante vermelha até ter material suficiente para desencadear uma reação
termonuclear.
Quando esse evento acontece, o excesso de
material da anã branca é expelido violentamente para o Espaço, à
velocidade de 2.600 quilómetros por segundo.
No caminho, parte do
material encontra-se com o vento estelar da gigante vermelha: os
protões são acelerados em energias muito altas e colidem uns com os
outros para produzir fotões de raios gama.
Além de sugerir que
os raios gama podem ser produzidos em condições menos extremas do que se
pensava, esta descoberta indica que explosões maiores, como supernovas,
possam ser aceleradores de partículas ainda mais potentes, produzindo
raios cósmicos com energias superiores a um quatrilhão de eletrão-volts.
“É a primeira vez que conseguimos realizar observações como
esta, e isto permitirá obter insights futuros ainda mais precisos sobre
como funcionam as explosões cósmicas”, reagiu o astrofísico Dmitry
Khangulyan, da Universidade Rikkyo, em Tóquio.
No futuro, os
astrónomos poderão eventualmente descobrir “que as novas contribuem para
o sempre presente mar de raios cósmicos e, portanto, têm um efeito
considerável na dinâmica dos seus arredores imediatos”.
Os cientistas têm vindo a demonstrar que uma terapia anti-envelhecimento
promissora é uma forma segura e eficaz de restaurar as células em
ratos.
Uma das terapias especialmente promissoras a aparecer no
domínio da investigação anti-envelhecimento envolve um conjunto de
moléculas conhecidas como fatores Yamanaka, que os cientistas utilizam
para rejuvenescer as células envelhecidas, desencadear a regeneração
muscular e combater o glaucoma.
Novas investigações no Instituto
Salk basearam-se nestes casos de uso específico e a curto prazo,
mostrando como estas moléculas podem inverter os sinais de
envelhecimento em ratos de meia-idade e idosos, sem quaisquer problemas
de saúde, após tratamento prolongado, segundo a New Atlas.
Os
fatores Yamanaka, nos quais o estudo se foca, são um conjunto de quatro
moléculas de reprogramação, que podem reiniciar o relógio molecular
encontrado nas células do corpo.
Fazem-no devolvendo aos seus
estados originais padrões únicos de produtos químicos conhecidos como
marcadores epigenéticos, que evoluem através do envelhecimento.
Esta
abordagem foi anteriormente usada para converter células adultas em
células estaminais, que podem então diferenciar-se em diversos tipos de
células.
A equipa do Salk Institute já tinha utilizado esta
abordagem para inverter os sinais de envelhecimento em ratos com doença
de envelhecimento prematuro, e melhorar a função dos tecidos encontrados
no coração e cérebro.
Separadamente, cientistas da Universidade
de Stanford, no ano passado, utilizaram a técnica para dar aos ratos
idosos a força muscular dos ratos mais jovens.
O objetivo do
novo estudo era investigar os efeitos em animais saudáveis, à medida que
se aproximavam das últimas fases da vida, para verificar se não só a
abordagem conferia benefícios anti-envelhecimento, como também se
provocava quaisquer efeitos adversos para a saúde.
Ratos de
meia-idade dos 15 aos 22 meses, equivalente a 50 a 70 anos de idade em
humanos, foram injetados com os fatores Yamanaka, enquanto outro grupo
de 12 a 22 meses, equivalente a 35 a 70 anos de idade, também foi
tratado.
Um outro conjunto recebeu as moléculas durante apenas um mês, aos 25 meses de idade, ou 80 anos de idade em termos humanos.
“O
que realmente queríamos estabelecer era que a utilização desta
abordagem durante um período de tempo mais longo é segura”, afirmou
Pradeep Reddy, cientista da Salk e co-autor do estudo, publicado na Nature Aging, esta segunda feira.
“De facto, não vimos quaisquer efeitos negativos na saúde, comportamento ou peso corporal destes animais”, acrescenta ainda.
Não
só os ratos não apresentavam alterações neurológicas, de células
sanguíneas, ou sinais de cancros, como se assemelhavam a animais mais
jovens.
Foram observados padrões epigenéticos típicos dos ratos
mais jovens nos rins e na pele, enquanto as células cutâneas eram
capazes de proliferar e minimizar as cicatrizes após lesões, uma
capacidade que tipicamente diminui com a idade.
As moléculas metabólicas no sangue, no entanto, não mostraram as alterações típicas relacionadas com a idade.
Estes
efeitos foram observados nos ratos tratados durante sete e 10 meses,
mas não no grupo de idosos tratados durante um único mês.
Os
investigadores também analisaram os ratos e, curiosamente, estes efeitos
ainda não se verificaram, levando-os a concluir que “a duração do
tratamento determinou a extensão dos efeitos benéficos”.
“Estamos
muito satisfeitos por podermos utilizar esta abordagem ao longo da
vida, para abrandar o envelhecimento em animais normais”, explica o
autor principal do estudo, Juan Carlos Izpisua Belmonte. “A técnica é
simultaneamente segura e eficaz em ratos”.
Para além de combater
doenças relacionadas com o envelhecimento, pode fornecer à comunidade
biomédica uma nova ferramenta para restaurar a saúde dos tecidos e do
organismo, melhorando a função e a resiliência celular em diferentes
situações de doença, tais como doenças neurodegenerativas”, sublinha o
investigador.
A partir daqui, os cientistas pretendem investigar
a influência que os fatores Yamanaka podem ter em moléculas e genes
específicos, e desenvolver novas formas de os utilizar. Pretendem também
estudar quanto tempo duram os efeitos da terapia.
“No final do
dia, queremos trazer resiliência de volta às células mais antigas, para
que sejam mais resistentes ao stress, lesões e doenças”, explicou Reddy.
“Este estudo mostra que, pelo menos nos ratos, existe um caminho para o
conseguir“.
Em
2019, o telescópio eROSITA descobriu um par gigante de bolhas emissoras
de radiação X, cada uma com cerca de 36.000 anos-luz de altura e 45.600
anos-luz de largura, acima e abaixo do centro da Via Láctea.
O
que poderá ter causado estes dois pares gigantes? Um novo estudo sugere
que as bolhas são o resultado de um poderoso jato de energia, produzido
por Sagitário A*, o buraco negro supermassivo que habita no centro da
nossa galáxia.
Segundo o Sci-News, terá começado a expelir material há cerca de 2,6 milhões de anos, num processo que durou cerca de 100 mil anos.
“As
nossas descobertas são importantes no sentido de que precisamos de
compreender como os buracos negros interagem com as galáxias, porque
esta interação permite que estes buracos negros cresçam de forma
controlada em vez de crescerem incontrolavelmente”, explicou Mateusz
Ruszkowski, astrónomo do Departamento de Astronomia da Universidade de
Michigan, Estados Unidos.
Há dois modelos concorrentes que
explicam as bolhas de Fermi e eRosita. O primeiro sugere que a saída é
impulsionada por um vetor nuclear, no qual uma estrela explode para uma
supernova e ejeta material; enquanto o segundo, que apoia as conclusões
da equipa, sugere que estas saídas são impulsionadas pela energia
expelida do buraco negro supermassivo no centro da nossa galáxia.
Os
buracos negros são objetos singulares, tão maciços que nem a luz pode
escapar. No entanto, quando “se enchem” de materiais do ambiente, podem
criar pares de jatos de matéria de alta energia que disparam em direções
opostas a velocidades relativistas, uma fração significativa da
velocidade da luz.
Os astrónomos estão extremamente interessados
em investigar estas bolhas. A sua existência indica que Sagitário A*
teve um passado muito mais ativo em comparação com a sua aparente
quietude atual.
Estas atividades dão aos investigadores
informações valiosas sobre como o buraco negro supermassivo e a galáxia
cresceram até às suas dimensões atuais. O artigo científico foi recentemente publicado na Nature Astronomy.
A
Explosão Cambriana, há cerca de 541 milhões de anos, foi o momento em
que a vida e os organismos realmente se instalaram no planeta Terra.
Agora, novas pesquisas revelaram como essa explosão de vida deixou vestígios nas profundezas do manto da Terra, segundo a Science Alert.
Para
os cientistas, mostra a ligação entre a superfície da Terra e o seu
interior, uma vez que os sedimentos que transportam material orgânico
são empurrados para debaixo do solo, ao longo de grandes escalas de
tempo geológicas (subducção).
O novo estudo, publicado a 4 de março na Science Advances, analisou rochas vulcânicas raras, cheias de diamantes, chamadas kimberlitos.
Quando
são empurradas para a superfície, dizem-nos o que está a acontecer no
fundo do manto, e os investigadores mediram a composição de carbono em
144 amostras recolhidas, em 60 locais de todo o mundo.
Uma
opinião predominante entre os geólogos é que o carbono aprisionado no
interior dos diamantes não varia consideravelmente, em grandes escalas
de tempo, de centenas de milhões de anos.
No entanto, os
investigadores encontraram uma mudança na proporção de isótopos
específicos de carbono há cerca de 250 milhões de anos, por volta da
altura em que os sedimentos da Explosão Cambriana teriam sido enviados para dentro do manto.
É
uma mudança provavelmente causada pelas várias mudanças no ciclo do
carbono, durante uma época em que a biosfera estava a aumentar em massa e
diversidade.
“Estas observações demonstram que os processos
biogeoquímicos à superfície da Terra têm uma enorme influência no manto
profundo, revelando uma ligação entre os ciclos de carbono profundos e
os superficiais”, escrevem os investigadores.
Esta ligação entre
o ciclo do carbono próximo da superfície e o do subsolo mais profundo
não tem sido fácil de medir — e mudou significativamente ao longo dos
milhares de milhões de anos da Terra, em vez de se manter estável.
Parece,
no entanto, que criaturas mortas presas em sedimentos encontraram o seu
caminho para o manto, através da tectónica de placas.
Os seus
restos de carbono permanecem misturados com outros materiais, antes de
eventualmente atingirem a superfície, através de eventos como erupções
vulcânicas.
A ligação foi confirmada por outras observações de
estrôncio e háfnio nas amostras. Estas correspondem ao padrão de
carbono, diminuindo o número de possibilidades de como as composições
rochosas foram alteradas.
“Isto significa que a assinatura do
carbono não pode ser explicada por outros processos, tais como a
desgaseificação, porque de outra forma os isótopos de estrôncio e háfnio
não estariam correlacionados com os de carbono”, explica a geoquímica
Andrea Giuliani, da ETH Zurique na Suíça.
Tecnicamente, aquilo
com que estamos a lidar aqui é o fluxo de subducção sedimentar, e estes
detalhes do ciclo do carbono são importantes, para estarmos conscientes
do que está a acontecer no nosso planeta — especialmente porque os
efeitos da crise climática continuam a ser sentidos.
Novos
estudos continuam a revelar mais sobre como o carbono é retirado e
libertado de volta para a atmosfera, especialmente através da reciclagem
contínua das placas tectónicas que compõem a superfície do planeta.
Os
cientistas sabem que apenas pequenas quantidades de sedimentos são
empurradas para as profundezas do manto, através de zonas de subducção, o
que significa que vestígios da Explosão Cambriana devem ter seguido uma
rota direta para as profundezas do manto.
“Isto confirma que o
material rochoso subduzido no manto terrestre não está distribuído de
forma homogénea, mas move-se ao longo de trajetórias específicas”,
sublinha Giuliani.
“A Terra é realmente um sistema bastante
complexo. E agora queremos compreender este sistema com mais detalhe”,
concluem os investigadores.
Abraçar
uma almofada que “respira” durante oito minutos ajudou a reduzir tanto a
ansiedade como fazer meditação guiada, revelou um novo estudo.
Ansiedade
pode ser considerada como uma emoção de alarme que se encontra
associada a sensações de angústia, tensão e insegurança que, quando são
frequentes e/ou intensas e incontroláveis, causando mal estar
significativo, conduzem à doença.
A patologia não só causa
sintomas físicos, como arritmia, vertigens ou boca seca, mas também
provoca alterações psíquicas, como preocupação excessiva, dificuldades
de concentração e dificuldades em falar em público.
A ansiedade é bastante comum em jovens estudantes, que não conseguem lidar com o stress dos testes, trabalhos e avaliações.
As
atuais formas de reduzir a ansiedade têm sérias limitações. A terapia
pode revelar-se dispendiosa, assim como os medicamentos, que também
podem ser caros e ter efeitos colaterais indesejados.
Uma equipa
de investigadores testou um novo truque bizarro que parece ajudar a
reduzir a ansiedade de estudantes que estão prestes a fazer um teste:
abraçar uma almofada que “respira”.Escusado será dizer que esta almofada não tem vida própria e respira. Os
investigadores criaram uma almofada com uma tecnologia incorporada que
imita a inspiração e expiração de ar, como o corpo de um ser humano.
Os
cientistas começaram por produzir vários protótipos de uma almofada
macia e abraçável, incluindo uma que pulsava como um coração e outra que
vibrava para criar uma sensação de “ronronar”, detalha o portal Free Think.
Outra
almofada continha uma câmara de silicone que era bombeada por uma bomba
externa para simular a respiração. Um grupo de foco identificou a
almofada de “respiração” como sendo a mais calmante, coroando-a como a
derradeira vencedora.
Para testar até que ponto é que esta
almofada poderia, de facto, reduzir a ansiedade antes de uma situação de
stress, os autores do estudo levaram a cabo experiências com 129
estudantes universitários.
Foi-lhes dito que fariam um teste de
matemática e teriam que dizer as suas respostas em voz alta à frente de
outros participantes do estudo.
Os voluntários foram então
divididos em três grupos. O primeiro ouviu uma meditação guiada de oito
minutos com fones; o segundo abraçou a almofada que “respira”; e o
terceiro grupo não fez nada durante os oito minutos.
Os níveis
de ansiedade dos participantes foram medidos novamente antes de fazerem o
teste, e aqueles que não fizeram nada apresentaram níveis de ansiedade
mais altos do que os restantes. A aplicação de meditação guiada ofereceu
aproximadamente a mesma quantidade de alívio de ansiedade que a
almofada.
Os investigadores não sabem ao certo como é que o
dispositivo resulta na redução de stress, mas esperam que ao analisar
variáveis como frequência cardíaca e padrão respiratório dos
participantes, possa ajudar a dar uma resposta.
Os
tubarões são muitas vezes encarados como máquinas de ataque que nunca
dormem. Um novo estudo vem agora desfazer este mito, ao confirmar que os
tubarões podem mover-se e dormir ao mesmo tempo.
A equipa de
cientistas, liderada por Michael Kelly, investigadora da Universidade da
Austrália Ocidental, anunciou as primeiras provas fisiológicas do sono
em tubarões.
Segundo o Science Alert,
os cientistas investigaram sinais de sono no tubarão Cephaloscyllium
isabellum. A monitorização ao longo de 24 horas revelou que os níveis de
oxigénio diminuíram durante os períodos de repouso, sendo que aqueles
que se prolongaram por mais do que cinco minutos eram, de facto, sono.
“Os
tubarões adormecidos não só reduzem a sua capacidade de resposta à
estimulação, como também têm uma taxa metabólica mais baixa“, explicou
Michael Kelly.
O portal escreve ainda que os tubarões fechavam
os olhos durante o sono mais frequentemente durante o dia, o que sugere
que os animais fecham os olhos por causa de fatores externos como a
presença de luz e não devido ao estado de sono em si.
Durante a noite, 38% dos tubarões mantiveram os olhos abertos, mesmo quando outros indicadores sugeriam que estavam a dormir profundamente.
Para a equipa, o melhor indicador de um tubarão adormecido é a sua postura: enquanto dormiam, os Cephaloscyllium isabellum mantinham os seus corpos planos.
Esta espécie de tubarão consegue permanecer imóvel durante longos
períodos de tempo graças às suas bombas bucais que mantêm a água
oxigenada a fluir através das suas guelras enquanto estão imóveis.
Outras espécies de tubarões, como a Carcharodon carcharias, não têm este músculo facial. Nadar para a frente permite-lhes empurrar água oxigenada para a boca e guelras, um mecanismo conhecido como “ventilação ram”.
Em 1970, um estudo revelou que os mecanismos de natação dos tubarões estão na medula espinal e não no cérebro, pelo que é possível que a maioria dos tubarões continue a nadar sem estar consciente.
Há ainda muitos aspetos do sono que continuam a ser um mistério para a
Ciência, mas os cientistas acreditam que muitas destas respostas podem
estar nos tubarões, dado que são uma das poucas espécies milenares que
sobreviveram à Idade do Gelo e que ainda hoje estão connosco.
O procedimento envolve o transplante de tecido de uma glândula
encontrada no sistema imunitário para encorajar o corpo a aceitar o
coração doador.
Um bebé nascido com diversas deficiências
cardíacas está a recuperar bem, depois de se ter tornado o primeiro
recetor de um método pioneiro de transplante, realizado na Duke
University.
O bebé, Easton Sinnamon, nasceu com várias
insuficiências cardíacas graves, bem como uma deficiência no timo — uma
glândula encontrada por detrás do esterno — que desempenha um papel
fundamental no sistema imunitário ao criar um tipo de glóbulos brancos
conhecidos como células T.
De acordo a Science Focus da BBC, a sua condição obrigou-o a necessitar de um transplante de coração e de tecido do timo.
O
transplante foi realizado na Duke University, na Carolina do Norte, nos
EUA. Easton foi o primeiro recetor de uma nova técnica pioneira de
transplante. A sua recuperação está a ter sucesso.
Nos
procedimentos realizados atualmente, os corações transplantados têm uma
vida média entre 10 e 15 anos, devido aos efeitos prejudiciais causados
pelos medicamentos imunossupressores utilizados para evitar que sejam
rejeitados.
No entanto, os investigadores da Duke desenvolveram
uma técnica pioneira, na qual usam tecido de timo doado para aumentar a
probabilidade de o órgão transplantado ser aceite.
Esta glândula
estimula a produção de células T, que atacam as substâncias estranhas
que entram no corpo, pelo que a implantação de tecido retirado do timo
do mesmo doador que o órgão transplantado ajuda o corpo a aceitá-lo.
Esta
abordagem demonstrou ser prometedora em estudos anteriores com animais,
mas a rara combinação de condições de Easton levou a que os
investigadores a tentassem, pela primeira vez, num ser humano.
Segundo
Joseph W Turek, diretor do Departamento de Cirurgia Cardíaca Pediátrica
da Duke e membro da equipa cirúrgica, “a técnica tem o potencial de
mudar a face do transplante de órgãos sólidos no futuro”.
“Se
esta abordagem se revelar bem sucedida, e se for contemplada uma maior
validação, isso significaria que os recetores de transplante não
rejeitariam o órgão doado e também não precisariam de se submeter a
tratamento com medicamentos de supressão imunológica a longo prazo, que
podem ser altamente tóxicos, particularmente para os rins.”
“Este
conceito de tolerância sempre foi o Santo Graal no transplante, e agora
estamos à porta”. Easton recebeu ambos os procedimentos em Agosto de
2021, quando tinha seis meses de idade, e desde então diz-se que está
bem.
“Se mostrar a sua viabilidade, esta técnica pode ajudar
milhares de outras pessoas com filhos que precisam de transplantes”,
disse Kaitlyn, mãe de Easton. “Quando falámos sobre esta possibilidade,
sobre do género, porque não o haveríamos de fazer, se podemos fazer a
diferença para todas as outras pessoas?.”
As
mulheres nascem com todos os óvulos que alguma vez terão — ao contrário
dos homens, cujos órgãos reprodutivos criam milhões de novos
espermatozoides todos os dias.
A qualidade dos cromossomas e do
ADN contidos em cada óvulo diminui à medida que as mulheres envelhecem,
razão pela qual uma mulher de 20 anos tem uma probabilidade de 86% de
engravidar, enquanto que para uma mulher de 40 anos esta probabilidade
cai para 36%,
Segundo a Interesting Engineering,
no entanto, esta situação pode estar prestes a mudar. Uma equipa de
investigadores da Universidade Hebraica em Israel mostrou que tratar
óvulos com um medicamento anti-viral pode “inverter” a idade dos óvulos
mais velhos.
Os ovos “envelhecidos ao contrário” aparentemente
tinham cromossomas mais parecidos com os dos ovos mais novos, estavam
menos danificados em termos de ADN, e amadureciam melhor nos tubos de
ensaio.
O desenvolvimento não foi testado quanto à sua a
fertilização. No entanto, pode dar esperança às mulheres com mais de 40
anos que queiram ser mães, prolongando a maternidade até à meia-idade.
Os resultados do estudo foram apresentados num artigo publicado em fevereiro na revista Aging Cell. Medicina moderna e maternidade
Para
tornar este avanço possível, a equipa concentrou-se numa parte crítica
do processo de envelhecimento que impede um óvulo de amadurecer com
sucesso.
O problema é que, à medida que uma mulher envelhece, o
seu próprio ADN pode começar a prejudicar o ADN nos óvulos,
replicando-se dentro da célula, de uma forma semelhante ao ataque de um
vírus.
Enquanto o corpo de uma mulher mais jovem pode combater
este tipo de ataque, a resposta ao problema torna-se mais fraca com a
idade.
“Como o ADN atacante se comporta como um vírus, colocámos
a hipótese de que a medicina antiviral administrada aos óvulos pode
inverter a sua idade e rejuvenescê-los. Descobrimos que é esse o caso”,
explicou Michael Klutstein, biólogo molecular da Universidade Hebraica,
ao The Times of Israel.
Os
investigadores utilizaram inibidores de transcritores inversos, que são
antivirais utilizados para tratar vírus como o HIV e o HPV. “Testamos
centenas de óvulos de rato e depois humanos, o que confirmou a
hipótese“, concluiu Klutstein.
Os investigadores ainda não
adicionaram esperma aos óvulos, mas em breve começarão a fertilização in
vitro (FIV) com os óvulos de rato “rejuvenescidos”, para ver se o
procedimento melhora as hipóteses de reprodução.
A equipa também
realçou que alguns dos mecanismos de envelhecimento não foram afetados,
e é por isso que não sabem se a fertilidade será melhorada.
Os
investigadores esperam passar em breve a ensaios em animais, depois em
humanos, e que, em dez anos, as mulheres mais velhas possam usar
medicamentos antivirais para aumentar a sua fertilidade.
Não foi confirmado ou negado se a NASA estava ou não executando a
simulação porque sabe de uma ameaça de asteroide ativa, mas o mundo pode
ficar mais feliz sabendo que os testes foram feitos.
A NASA contou como passou o último mês se preparando para um impacto de asteroide.
A confissão foi feita durante o Exercício de Mesa Interagências de
Defesa Planetária – que é o quarto encontro de vários especialistas
espaciais nos últimos anos, embora não tenha ficado claro se a
organização está realmente preocupada com um impacto iminente.
Lindley Johnson, oficial de defesa planetária na sede da NASA, disse:
“Embora a NASA já tenha liderado e
participado de cenários simulados de impacto de asteroides, este
exercício específico marcou a primeira vez que uma simulação de ponta a
ponta desse tipo de desastre foi estudada, para incluir desde a
avaliação de um cenário a partir da descoberta da ameaça do impacto do
asteroide, até os efeitos posteriores de seu impacto hipotético com a
Terra.
Um impacto de asteroide em nosso planeta é potencialmente o
único desastre natural que a humanidade é capaz de prever e prevenir
com precisão.
A realização de exercícios dessa natureza permite
que as partes interessadas do governo identifiquem e resolvam possíveis
problemas antes que ações no mundo real para responder a uma ameaça real
de impacto de asteroide sejam necessárias.”
Embora não haja ameaças previstas de impacto de asteroides ao nosso
planeta no futuro próximo, este exercício – organizado pelo Laboratório
de Física Aplicada Johns Hopkins em Laurel, Maryland – concentrou-se
extensivamente na coordenação do governo federal e estadual dos Estados
Unidos que seria necessária para responder a tais uma ameaça, caso uma
seja descoberta.
Ao longo de dois dias, vários funcionários de agências governamentais
trabalharam em um cenário hipotético detalhado no qual os astrônomos
“descobrem” um asteroide simulado, designado 2022 TTX, que tem
probabilidade de impactar a Terra seis meses após sua descoberta.
À medida que mais informações foram reveladas aos participantes do
exercício através de uma série de módulos, ficou claro que o asteroide
(simulado), grande o suficiente para causar danos regionais
substanciais, realmente impactaria a Terra perto de Winston-Salem,
estado da Carolina do Norte, nos EUA.
Detalhes específicos do asteroide, como seu tamanho, permaneceram
altamente incertos até poucos dias antes do impacto simulado do
asteroide.
A simulação imitou como a informação poderia se desdobrar no mundo
real devido às limitações das capacidades atuais, incluindo a tecnologia
de radar terrestre, que exige que um objeto esteja relativamente
próximo da Terra para que as instalações atuais possam visualizá-lo e
analisá-lo.
No entanto, não se sabe se a Terra foi ou não salva do asteroide imaginário.
A busca por vida alienígena se restringiu a usar a vida na Terra como
referência, essencialmente procurando por “vida como a conhecemos” além
da Terra. Para os astrobiólogos que procuram vida em outros planetas,
simplesmente não existem ferramentas para preverem as características da
“vida como não a conhecemos”.
Em uma nova pesquisa publicada no Proceedings of the National Academy of Sciences
(PNAS), uma equipe de cientistas abordou essa restrição identificando
padrões universais na química da vida que não parecem depender de
moléculas específicas. Essas descobertas fornecem uma nova oportunidade
para prever características da vida alienígena com bioquímica diferente
da vida na Terra.
A coautora da pesquisa, Sara Imari Walker, da Arizona State University, disse:
“Queremos ter novas ferramentas
para identificar e até mesmo prever características da vida que não
conhecemos. Para fazer isso, nosso objetivo é identificar as leis
universais que devem ser aplicadas a qualquer sistema bioquímico. Isso
inclui o desenvolvimento de teoria quantitativa para as origens da vida e
o uso de teoria e estatística para orientar nossa busca por vida em
outros planetas.”
Na Terra, a vida emerge da interação de centenas de compostos
químicos e reações. Alguns desses compostos e reações são encontrados em
todos os organismos, criando uma bioquímica universalmente
compartilhada para toda a vida na Terra. Essa noção de universalidade,
porém, é específica da bioquímica conhecida e não permite previsões
sobre exemplos ainda não observados.
Walker, professora associada da Escola da Terra da ASU e Exploração
Espacial e Escola de Sistemas Adaptativos Complexos, e vice-diretora do Beyond Center da ASU, diz:
“Não somos apenas as moléculas que
fazem parte de nossos corpos; nós, como seres vivos, somos uma
propriedade emergente das interações das muitas moléculas das quais
somos feitos. O que nosso trabalho está fazendo é desenvolver maneiras
de transformar essa visão filosófica em hipóteses científicas
testáveis.”
O autor principal, Dylan Gagler, que se formou na ASU em 2020 com
mestrado e agora é analista de bioinformática no Centro Médico Langone
da Universidade de Nova Iorque, em Manhattan, disse que se interessou
pela biologia universal através do desejo de entender melhor o fenômeno
da vida.
Ele diz:
“É um conceito surpreendentemente
difícil de definir. Até onde eu sei, a vida é, em última análise, um
processo bioquímico, então eu queria explorar o que a vida está fazendo
nesse nível.”
Gagler e Walker finalmente decidiram que as enzimas, como
impulsionadores funcionais da bioquímica, eram uma boa maneira de
abordar esse conceito. Usando o banco de dados de genomas microbianos e
microbiomas integrados, eles, juntamente com seus colaboradores, foram
capazes de investigar a composição enzimática de bactérias, archaea e eukarya e, assim, capturar a maior parte da bioquímica da Terra.
Por meio dessa abordagem, a equipe conseguiu descobrir um novo tipo
de universalidade bioquímica, identificando padrões estatísticos na
função bioquímica de enzimas compartilhadas na árvore da vida. Ao
fazê-lo, verificaram que os padrões estatísticos se originaram de
princípios funcionais que não podem ser explicados pelo conjunto comum
de funções enzimáticas usadas por toda a vida conhecida e identificaram
relações de escala associadas a tipos gerais de funções.
O coautor Hyunju Kim, professor assistente de pesquisa da Escola de Exploração da Terra e do Espaço da ASU e do Beyond Center da ASU, explica:
“Identificamos esse novo tipo de
universalidade bioquímica a partir dos padrões estatísticos de larga
escala da bioquímica e descobrimos que eles são mais generalizáveis
para formas de vida desconhecidas em comparação com o tradicional
descrito pelas moléculas e reações específicas que são comuns a toda a
vida na Terra. Esta descoberta nos permite desenvolver uma nova teoria
para as regras gerais da vida, que pode nos guiar na busca de novos
exemplos de vida.”
O coautor Chris Kempes, do Santa Fe Institute, diz:
“Podemos esperar que esses
resultados se mantenham em qualquer lugar do universo, e essa é uma
possibilidade empolgante que motiva muito trabalho interessante pela
frente.”
Outros autores deste estudo são Bradley Karas, John Malloy e Veronica
Mierzejewski da Escola de Exploração da Terra e do Espaço da ASU; e
Aaron Goldman do Oberlin College e do Blue Marble Space Institute for Science.
As
revelações surpreendentes foram reveladas em um novo artigo do
Military.com baseado em entrevistas com vários ex-oficiais envolvidos na
investigação do Pentágono sobre avistamentos de OVNIs.
Um
homem do Oregon disse que sua saúde se deteriorou depois que uma bola
azul brilhante passou por seu corpo. Uma família na Califórnia relatou
luzes estranhas e uma figura cinza de pernas finas em seu jardim. Uma
criatura parecida com um lobisomem supostamente rondava as casas no
subúrbio da Virgínia. Todos os três incidentes foram investigados pelo
programa secreto de investigação de OVNIs do Pentágono.
De
acordo com as pessoas que o lideraram durante dois anos foi
estabelecida uma conexão entre objetos voadores e fenômenos paranormais.
Este foi o início de um esforço de vários anos de pesquisadores de
OVNIs que eventualmente levou o Congresso a aprovar uma legislação em
dezembro de 2021, orientando o Pentágono a passar os próximos quatro
anos investigando objetos voadores não identificados.
O
oficial aposentado da Agência de Inteligência de Defesa, James Lacatski
admitiu em uma entrevista que os militares começaram a levar as
alegações de OVNIs mais a sério depois que surgiram temores de que os
alienígenas pudessem representar uma ameaça à segurança nacional.
“Você
sabe o que estava na internet na época parecia tecnologia avançada para
mim”, disse Lacatski. “Eu disse: 'Estou interessado. Precisamos fazer
algo sobre isso se for verdade. E eu falei com a minha gestão, e começou
a partir daí”, disse ele.
O
trabalho posterior de Lacatski trouxe à tona o caso de pilotos da
Marinha da equipe de ataque do USS Nimitz que viram um misterioso objeto
voador na forma de um “Tic-Tac” durante um exercício no Pacífico.
Este
incidente e o depoimento de uma testemunha ocular tornaram-se
evidências importantes após um vazamento de 2017 que ex-funcionários do
Pentágono e da CIA usaram para pressionar o governo a levar os OVNIs a
sério. Para o programa UFO Lacatski trabalharia em estreita colaboração
com Colm Kelleher um empreiteiro que administrava suas operações
diárias.
Kelleher
foi treinada na Irlanda como bioquímica e pesquisadora de câncer e fala
com os remanescentes de uma cadência irlandesa. Ele passou anos
trabalhando para Robert Bigelow um rico magnata imobiliário de Las Vegas
e proprietário de uma empresa aeroespacial com um profundo interesse em
OVNIs e vida após a morte.
Ambos
falaram em entrevista ao Military.com sobre três militares cujas
identidades foram ocultadas por pesquisadores e pelo Departamento de
Defesa.
Após
a investigação do Nimitz o marinheiro e dois fuzileiros navais foram
enviados para uma propriedade de Utah conhecida como Skinwalker Ranch.
Skinwalker
fica em pouco mais de 500 acres de estepe perto da cidade de Ballard,
no nordeste de Utah. Há muito tempo é um suposto epicentro de
acontecimentos estranhos que remontam a contos da tribo nativa americana
Ute e do povo Navajo, que acreditam em bruxas malévolas chamadas
skinwalkers que podem se transformar em criaturas semelhantes a animais.
Eles
supostamente testemunharam um vazio negro na terra que os encheu de
medo. Lacatski e Kelleher afirmam que os homens experimentaram atividade
paranormal depois de deixar o rancho e retornar às casas na área de
Washington, DC como orbes, figuras escuras nos quartos à noite e ruídos
estranhos.
Por
sua vez Lue Elizondo veterano do exército e ex-agente especial de
contra-inteligência que também esteve envolvido na investigação, sempre
pondera cuidadosamente suas palavras.
Em
2008, Lacatski se encontrou com Elizondo em um escritório em Rosslyn,
do outro lado do Rio Potomac, em Washington, DC. O analista do DIA havia
identificado Elizondo como um potencial recruta para o programa DIA.
“Ele
me olhou muito sério e disse: 'Então o que você pensa sobre OVNIs?'”
Elizondo disse em entrevista ao Military.com. "Eu disse a verdade. Eu
disse que não penso nisso. Ele disse: 'Como assim, você não acredita
neles?' Eu disse: 'Eu não disse isso. O que eu disse é que não penso
neles.'”
Elizondo
acabou não se juntando a Lacatski. Mas ele passou a executar o menor
programa de OVNIs interno do Pentágono, criado quando o programa DIA
terminou.
Elizondo
trabalhou para obter vídeos infravermelhos do cockpit dos encontros da
Marinha liberados para divulgação pública. Então, ele deixou o Pentágono
em protesto e apareceu em público como denunciante em 2017. Os três
vídeos vazaram para Chris Mellon, ex-vice-secretário de defesa para
inteligência no estacionamento do Pentágono.
O
New York Times divulgou a história de que o Pentágono tinha um programa
de OVNIs em dezembro de 2017 com Elizondo e Mellon como fontes
principais.
Elizondo
e Mellon eram membros originais, juntamente com Hal Puthoff um físico
que trabalhou nos programas de visão remota psíquica do DIA e da CIA nas
décadas de 1970 e 1980.
“Todos
nós sabíamos que isso não pertencia aos militares, que esse fenômeno e
esses UAPs estão aparecendo em todos os lugares”, disse Semivan, que
também prestou consultoria para Elizondo quando chefiou o programa AATIP
do Pentágono. “Eles estão aparecendo em instalações militares,
instalações nucleares, grupos de força-tarefa de porta-aviões e coisas
desse tipo, mas também estão aparecendo em todos os Estados Unidos e em
todo o mundo em geral.”
“Se
algo está aqui há muito tempo e realmente está aparecendo nos quartos
das pessoas, ou na frente de um F-18, ou em uma parede petróglifo, ou em
um texto antigo no arquivo do Vaticano, ou o que quer que seja
obviamente está fazendo alguma coisa e obviamente está tendo uma
influência”, disse DeLonge em um vídeo do YouTube postado em dezembro.
A
pesquisa de Lacatski e Kelleher permaneceria em grande parte fora da
vista do público durante grande parte do debate sobre OVNIs em
Washington. As questões pendentes sobre avistamentos de OVNIs foram no
entanto convincentes para aqueles na Colina.
“Há
muitas coisas inexplicáveis para as quais só precisamos de uma
explicação”, disse Emily Harding, vice-diretora e pesquisadora sênior do
Programa de Segurança Internacional do Centro de Estudos Estratégicos e
Internacionais de Washington, DC.
Usuários
da Internet em todo o mundo estão discutindo um fenômeno aparentemente
aleatório, mas altamente misterioso que o renomado arqueólogo virtual de
Taiwan e blogueiro de OVNIs Scott Waring os lembrou.
Em
agosto de 2015 Sheryl Gilbert postou um vídeo na Internet cujo autor
desconhecido movendo-se na traseira de um caminhão, filmou um bando de
pássaros. Eles correram para frente e para trás e em algum momento se
agruparam em uma imagem. O público viu nele um retrato parecido com
Vladimir Putin.
O
Washington Post chamou então a atenção para a “demonstração”,
considerando o “retrato” um sinal – uma espécie de apelo aos americanos e
ao mundo inteiro. Naquela época os intérpretes do signo, decifraram-no
como um presságio que irá engendrar planos para uma futura guerra.
Para
ser justo deve-se notar que alguns internautas viram retratos de outros
personagens muito famosos na imagem tecida por pássaros – Steve Jobs um
dos fundadores da Apple Corporation e ator Robin Williams.
Murmura, e apenas
O
fenômeno em que os pássaros se reúnem em grandes bandos semelhantes a
nuvens é familiar aos ornitólogos. Esta é a chamada murmuração. Mais
frequentemente do que outros corvos, gralhas e estorninhos se comportam
dessa maneira. Eles tendem a se agrupar ao pôr do sol e em antecipação
às mudanças climáticas. Eles se movem aleatoriamente: alguns em uma
direção, alguns – ao mesmo tempo alguns para cima outros para baixo.
Portanto, o aparecimento de figuras realistas bizarras incluindo algum
tipo de retrato materializa-se de forma aleatória.
Os
estorninhos provavelmente “murmuraram” sobre Nova York, mas para quê?
Os ornitólogos realmente não sabem. Eles só têm hipóteses. Por exemplo,
quando em formações agrupadas, os pássaros ensinam os filhotes a voar ou
se protegem de outros – aves de rapina, retratando um enorme ser vivo
com seu rebanho na esperança de enganar o inimigo e intimidá-lo.
Como
mostram estudos que cientistas da Universidade de Warwick realizaram em
2014, enquanto simulavam o fenômeno da murmuração, os pássaros estão
localizados dentro do artigo de uma maneira muito significativa – para
ver a maior parte dele e não apenas seus vizinhos mais próximos .
O rosto de Putin em New Brunswick
Quatro
anos antes, as nuvens adquiriram formas bizarras em Grand Falls, New
Brunswick e um vídeo foi postado online em 1º de agosto de 2011 por
Denis Laforge. Os residentes dos EUA viram o rosto de Putin no céu,
provocando uma discussão ativa sobre as armas elementares russas.
“Bem com certeza a Rússia está nos enviando um sinal!” – alguns usuários escreveram nas redes sociais.
Muitos
é claro reagiram a este vídeo como uma piada engraçada, mas alguns o
levaram muito a sério e exigiram que seu governo de alguma forma
influenciasse a Rússia.
Por
outro lado, a causa da aparição do rosto de Putin em Nova York e New
Brunswick pode ser completamente diferente – ainda não identificada.
Eles podem ser mensageiros do que está por vir.
Besta do Abismo?
Vladimir
Putin atacou a Ucrânia em 24/02/2022 04:00. Contando os números 2+4=6
2+2+2=6 2+4=6, recebemos um total extraordinariamente revelador: 666.
Antes
do ataque à Ucrânia houve explosões de casas com pessoas na Rússia.
Este foi um avanço para sacrifícios ainda maiores – a guerra na
Chechênia começou, seguida pela Transnístria, Geórgia, Crimeia, Donbass,
Síria.
Nos
últimos dez anos, resoluções, decretos, estatutos foram assinados não
pela assinatura pessoal de Putin mas por fac-símile, esses documentos
têm sinais apocalípticos. Através da biometria, da digitalização...
conduzir a humanidade ao selo do Anticristo.
Putin
poderia ser o Anticristo cuja vinda está prevista no Evangelho (a
revelação de João). Num futuro próximo, todos nós independentemente do
país de residência estamos à espera de tempos muito difíceis.
Deus o acorrentou no submundo.
Ele sonhou com a liberdade por mil anos.
Mas logo o grito do povo trovejou –
Ei! Levante-se, maldito!
E Ele se levantou, derrubando as
correntes de Seus filhos para a batalha, chamando
o povo e naquela hora Seus filhos guiaram o povo e todos aqueles que caíram em Suas redes.
Victor
Hugo e Charles de Gaulle andam por todo o lado. Mas em Paris, só 2% das
ruas recordam mulheres. Em Lyon o assunto está a ser debatido.
A
contabilidade resume o assunto: mais de 60% dos nomes de ruas em França
são dedicadas a homens famosos franceses; as mulheres francesas são
recordadas em apenas 6% das ruas em França.
No Fodor’s,
portal dedicado a viagens e turismo, lembra-se que há diversos
ex-generais, políticos, cientistas e revolucionários homenageados
através dessas placas. O escritor Victor Hugo e o general Charles de
Gaulle andam por todo o lado.
Em cada cidade são normalmente as autarquias a definir a designação, com um domínio claro de homenagens a homens.
Mas
nomes de mulheres quase não aparecem nos nomes das ruas. Na capital
Paris a percentagem de ruas com nomes de mulheres desce para 2%.
Em
Lyon esse assunto já tem sido debatido, desde 2014. A ideia era, ao
nomear ruas novas, dedicar metade das designações a homens e dedicar a
outra metade a mulheres. Não era suficiente. Mais tarde a percentagem
mudou consideravelmente: 90% das ruas novas são dedicadas a mulheres.
A
cidade que tem agora quase 1.5 milhão de habitantes tem “aumentado”, as
ruas novas são uma constante. Obviamente, regra geral, as ruas que já
têm nome não mudam de designação (seria uma revolução burocrática para
os seus moradores), mas as mulheres dominam nas novas estradas.
Em
relação às homenagens a antigos colonizadores em África, que comandaram
movimentos que originaram a morte de muitas pessoas em Marrocos e na
Argélia, a decisão em Lyon foi, não mudar o nome dessas ruas, mas sim
acrescentar informação nas placas ou outros acessórios, que explicam
exactamente o que o homem em causa fez.
E, para originar uma
espécie de contraste, nas mesmas zonas de Lyon foram construídas
estátuas de outros ilustres, dignos de reconhecimento público.
Por
falar em estátuas, nesse capítulo também existe uma discrepância em
França: estátuas de homens representam pessoas, estátuas de mulheres
representam figuras da mitologia e semi-vestidas, que representam a
República da França ou que são retratadas como santas.
O Governo
de França catalisou mil milhões de euros para promover a igualdade de
género, em 2019; parte importante dessa quantia foi destinada às
estátuas femininas, para deixarmos de ver apenas “figuras rechonchudas
da Virgem Maria”.
“Andar pelas ruas da cidade não é apenas uma
parte da vida cotidiana, é parte de nossa relação com o mundo. Ao
ignorar as mulheres nos nomes das ruas, estamos efectivamente a dizer
que as mulheres não existem! Que não têm o direito de ser nomeadas!”,
lamentou Anne Monteil-Bauer, fundadora da associação de Lyon, Si/si, les
femmes existent (sim, as mulheres existem).
Agora, Lyon homenageia mulheres em 11% das ruas da cidade. É um número baixo – mas está 5% acima da média nacional em França.
E a igualdade total na designação de ruas, em Lyon, poderá surgir só daqui a um século.
A
parte interior da estrutura também será dividida entre um hotel nos
pisos inferiores e o outro nos pisos superiores, estando previsto um
espaço comercial para o edifício.
Quando o escritório de
arquitetura Sanya Horizons ficou encarregue de desenhar um conjunto de
hotéis na estância balnear chinesa de Sanya, seria expectável que o
desenho passasse por uma torre em altura que conseguisse acomodar o
maior número de quartos possível. No entanto, a escolha passou por seis
grandes estruturas com curvas num único arranha-céus unificado que será
coberto de vegetação.
De acordo com o New Atlas,
a estrutura terá 160 metros de altura e apresenta uma fachada
rendilhada que permite a entrada de luz nos interiores do edifício. O
verde aparece como um enfeite da fachada e interiores do hotel, criando
uma “selva vertical”. Para além desta opção, também a forma
dramaticamente curva tem um propósito prático, explicou o responsável
pelo desenho, já que permite maximizar a vista, assim como reduzir as
cargas de vento.
“As estruturas horizontais empilhadas da Sanya
Horizons são geometricamente curvados para abraçar o oceano e melhorar
ainda mais as vistas abundantes, com cada quarto de hotel dada a sua
própria varanda privada e vistas do mar 100% desobstruídas”, apontou
Buro Ole Scheeren. “Através dos offsets e aberturas entre os volumes,
emerge em todo o edifício um amplo espectro de plantas e jardins
naturais, quase duplicando a quantidade de espaço verde no local.”
“Para
além da eficiência estrutural global dos volumes combinados dos hotéis,
as múltiplas aberturas de grande escala do edifício aumentam a
porosidade e, com isso, minimizam as cargas de vento estruturais. A
disposição de quartos de hotel permite uma ventilação cruzada natural
completa e reduz a necessidade de arrefecimento mecânico. A fachada
consiste numa grelha hexagonal profunda de varandas e corredores que
proporcionam uma proteção completa contra o sol, reduzindo drasticamente
a pegada energética do edifício“.
A parte interior da estrutura
também será dividida entre um hotel nos pisos inferiores e o outro nos
pisos superiores, estando previsto um espaço comercial para o edifício.
Cada quarto de hotel terá também a sua própria piscina, ao passo que o
edifício terá um Sky Terrace e o Sky Deck.
Para além de todo o
verde do edifício, o espaço no seu redor também terá uma grande
quantidade de plantas e árvores, com uma paisagem ondulada destinada a
fazer referências às ondas oceânicas nas proximidades. De acordo com a
mesma fonte, a construção do edifício deverá começar no final deste ano,
com conclusão prevista para 2026.
Roman
Abramovich terá viajado para Moscovo numa altura em que está a ser alvo
de severas sanções, devido à invasão da Ucrânia pela Rússia. Um
documento secreto confirma que parte da sua fortuna foi obtida com
negócios corruptos e que só não foi julgado por ser protegido do
Kremlin.
Abramovich está a ser alvo de sanções do Reino Unido,
da União Europeia e da Austrália devido às suas ligações ao presidente
russo, Vladimir Putin, numa altura em que aperta o cerco internacional à
Rússia devido à invasão da Ucrânia.
O oligarca russo tens os bens congelados e foi removido da direcção do Chelsea, clube que colocou à venda e que está em risco de falência nesta altura.
O
homem que já chegou a ser apontado como “testa-de-ferro” de Putin terá
viajado para Moscovo num jacto privado, depois de ter passado por Israel
e Turquia.
A agência Reuters divulgou imagens do milionário
russo no aeroporto de Ben Gurion, em Tel Aviv, Israel, na segunda-feira.
Abramovich terá partido daí para Istambul, na Turquia, de onde terá
seguido para Moscovo, de acordo com a mesma fonte.
Note-se que
Abramovich tem as cidadanias israelita e portuguesa. No caso de
Portugal, o processo de atribuição da nacionalidade está a ser
investigado por suspeitas de corrupção.
Documento revela negócios corruptos e protecção de Yeltsin
Entretanto,
uma investigação da BBC descobriu “novas provas sobre negócios
corruptos que fizeram a fortuna de Roman Abramovich”, como aponta a
estação britânica.
O ainda dono do Chelsea fez milhões depois de
ter comprado a companhia de petróleo Sibneft ao Governo russo, em 1995.
Pagou cerca de 250 milhões de dólares num leilão, mas, em 2005, voltou a
vender a Sibneft ao Governo russo por 13 mil milhões de dólares.
Em
2012, Abramovich admitiu num tribunal britânico que fez “pagamentos
corruptos” para ajudar a concretizar o negócio da Sibneft, como apurou a BBC.
O magnata russo estava a ser processado pelo antigo sócio Boris Berezovsky.
Abramovich
ganhou o processo depois de ter dito que deu a Berezovsky 10 milhões de
dólares para pagar a um responsável do Kremlin para intermediar a seu
favor no negócio, conta a BBC.
A estação britânica alega que
“obteve um documento que se acredita ter sido contrabandeado da Rússia”
por uma “fonte confidencial” que garante que foi “secretamente copiado
dos ficheiros sobre Abramovich” que estariam sediados em agências
governamentais russas ligadas à Justiça.
O documento de cinco
páginas realça que o Estado russo foi “enganado” em 2,7 mil milhões de
dólares no negócio da Sibneft, vinca a BBC. Um dado que constará de uma
investigação parlamentar russa de 1997 que alega também que as
autoridades russas queriam processar Abramovich por fraude.
“Os
investigadores do Departamento de Crimes Económicos chegaram à conclusão
de que se Abramovich pudesse ser levado a julgamento, teria enfrentado
acusações de fraude… por um grupo criminoso organizado“, aponta-se no
documento.
O Procurador-chefe do Ministério Público russo da
altura, Yuri Skuratov, não tinha conhecimento desse documento secreto,
mas confirmou à BBC vários dos detalhes referidos.
“Basicamente,
foi um esquema fraudulento, onde aqueles que participaram da
privatização formaram um grupo criminoso que permitiu que Abramovich e
Berezovsky enganassem o Governo e não pagassem o dinheiro que essa
empresa realmente valia”, conta Skuratov ao canal britânico.
O
documento ainda sugere que Abramovich foi protegido pelo antigo
presidente russo, Boris Yeltsin. Assim, salienta que os ficheiros
judiciais sobre Abramovich foram enviados para o Kremlin e que “a
investigação foi travada pelo presidente Yeltsin” e que “Skuratov foi
demitido do cargo”.
Em 1999, Skuratov foi despedido no
seguimento da divulgação de uma sex-tape. O antigo procurador-chefe
considera que foi alvo de uma armadilha para o desacreditarem e à sua
investigação.
“Esta coisa toda foi, obviamente, política porque
na minha investigação, fiquei muito perto da família de Boris Yeltsin,
incluindo através desta investigação da privatização da Sibneft”, relata
Skuratov à BBC.
Em 1999, Yeltsin designou Putin como
primeiro-ministro, preparando a sua sucessão no poder, e Abramovich
continuou a fazer parte do círculo próximo do Kremlin.
Outro negócio polémico com um rapto pelo meio
Além
do negócio com a Sibneft, Abramovich está ainda envolvido noutra
aquisição polémica relacionado com mais uma companhia petrolífera, a
Slavneft.
O dono do Chelsea fez uma parceria para comprar a
Slavneft que também estava a ser cobiçada por uma grande empresa
chinesa, a CNPC, que oferecia o dobro do valor.
“Muitas pessoas poderosas” teriam perdido dinheiro se os chineses tivessem ganho o negócio, aponta a investigação da BBC.
O
documento secreto obtido pelo canal refere que um elemento da empresa
chinesa foi raptado à chegada a Moscovo, quando pretendia participar no
leilão pela Slavneft, o que levou a CNPC a desistir da compra. Só depois
disso, o executivo chinês foi libertado.
Fontes contactadas
pela BBC, como o ministro da Energia da Rússia da altura que não
conheciam o documento, asseguram que os responsáveis políticos “já
tinham decidido que a parceria do senhor Abramovich ia ganhar o leilão”,
mesmo com a proposta “a preço muito mais alto” da CNPC.
A BBC
ressalva que o documento não indica que Abramovich tenha participado ou
tido conhecimento do rapto. Os seus advogados asseguram à estação que
“não teve conhecimento de tal incidente”.
Certo é que a parceria de Abramovich ficou com o controle da Slavneft “a um preço arrasador“, como constata a BBC
Os advogados do oligarca russo garantem ainda à BBC que este não obteve lucros com quaisquer práticas criminosas.
Maria Ovsyannikova na televisão estatal russa, Canal 1
Maria
Ovsyannikova interrompeu o principal programa de notícias da estação
estatal russa Canal 1, onde trabalha, para denunciar a guerra russa
contra a Ucrânia.
Uma manifestante antiguerra interrompeu esta
segunda-feira o principal programa de notícias do Canal 1, uma estação
televisiva estatal na Rússia, segundo o Público.
A mulher atrás da apresentadora em estúdio, a segurar um cartaz com uma mensagem que denunciava a guerra na Ucrânia.
“Não
à guerra. Parem a guerra. Não acreditem na propaganda. Estão a
mentir-vos aqui”, podia ler-se em inglês e russo. O cartaz tinha
assinatura dos “Russos contra a guerra””.
Segundo o órgão de
comunicação Kyiv Independent, a manifestante é Maria Ovsyannikova, que
trabalha na estação televisiva. Entrou no estúdio a gritar as frases que
empunhava no cartaz: “Parem a guerra. Não à guerra“.
A
manifestante pôde ser vista e ouvida durante alguns segundos antes de o
canal a retirar do ecrã, ao mesmo tempo que a jornalista subia o tom de
voz para abafar Maria Ovsyannikova.
O momento do protesto foi
partilhado nas redes sociais. Uma das pessoas que o fez foi Kira
Yarmysh, a porta-voz de Alexei Navalny, na sua conta no Twitter.
Acompanhou o vídeo com um curto elogio: “Uau, aquela rapariga é fixe”.
Maria
gravou um vídeo antes de interromper a transmissão, no qual critica o
Kremlin e denuncia o horror da guerra na Ucrânia. Manifesta também
vergonha por trabalhar no Canal 1, que divulga “propaganda do Kremlin“.
“Lamentavelmente,
durante alguns anos trabalhei no Canal 1 e na propaganda do Kremlin,
estou muito envergonhada por isso neste momento. Envergonhada por me ter
sido permitido contar mentiras a partir do ecrã da televisão.
Envergonhada por ter permitido a ‘zombificação’ do povo russo. Ficámos
em silêncio em 2014, quando isto estava apenas a começar. Não saímos
para protestar quando o Kremlin envenenou Navalny”, disse Maria
Ovsyannikova.
“Estamos apenas a observar silenciosamente este
regime anti-humano. E agora o mundo afastou-se de nós e as próximas 10
gerações não serão capazes de se limparem da vergonha desta guerra
fratricida”, continuou.
Com um colar azul e amarelo — cores da
bandeira ucraniana — Ovsyannikova disse na sua declaração em vídeo que o
seu pai é ucraniano e a sua mãe é russa.
“O que está a
acontecer na Ucrânia é um crime e a Rússia é o agressor“, disse a
manifestante. “A responsabilidade desta agressão recai sobre os ombros
de apenas uma pessoa: Vladimir Putin”.
Apelou aos colegas russos
para se juntarem aos protestos anti-guerra e pôr fim ao conflito. “Só
nós temos o poder de parar toda esta loucura. Vão aos protestos. Não
tenham medo de nada. Eles não podem prender-nos a todos“.
É a
primeira vez que um trabalhador dos meios de comunicação estatais russos
denuncia publicamente a guerra que a Rússia está a travar, numa altura
em que o regime russo tem apertado na censura à comunicação sobre o
conflito que continua a descrever como uma “operação militar especial”.
Segundo avança o jornal britânico The Guardian,
outros programas de notícias que divulgaram os instantes do protesto
desfocaram a mensagem do cartaz levado pela manifestante.
Segundo
a agência de notícia russa TASS, Oysyannikova pode ser condenada
segundo a legislação que proíbe atos públicos que “desacreditem o uso
das forças armadas russas”.
Quem já reagiu ao gesto protagonizado por esta russa foi o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy.
“Sou
grato aos russos que não param de tentar mostrar a verdade, que lutam
contra a desinformação e contam os factos reais aos amigos e
familiares”, disse.
“É importante continuar a protestar antes
que a Rússia fique complemente fechada, transformando-se numa Coreia do
Norte“, sublinhou, dando ainda conta que as negociações entre os
representantes russos e ucranianos recomeçam esta terça-feira.
Edgars
Rinkēvičs, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Letónia, afirmou no
Twitter: “Enquanto há pessoas corajosas como Maria Ovsyanikova, uma
produtora no Canal 1 da Rússia, a protestar contra a guerra e propaganda
da Rússia esta noite, ou manifestantes nas ruas, a Rússia ainda tem uma
hipótese de um futuro melhor“.