A economia britânica deverá encolher 14% em 2020, devido aos
efeitos económicos provocados pela pandemia de covid-19. A confirmar-se,
será a maior recessão no Reino Unido desde 1706.
Esta quinta-feira, o Banco de Inglaterra divulgou previsões pouco
animadoras, que apontam para um cenário negativo como não se via há
séculos. De acordo com o Público, a economia deverá encolher em 14% em 2020, na sequência da queda do Produto Interno Bruto (PIB) em 25% no segundo trimestre.
Os dados da entidade estatística britânica (ONS) indicam que esta
queda seria a maior desde que há registos, numa base de dados que data
de 1949. No entanto, segundo uma análise histórica reconstruída do Banco
de Inglaterra, que recua até ao século XVIII, a confirmar-se, esta
queda anual do PIB será a maior desde 1706.
O quadro geral antecipa “uma queda muito acentuada do PIB do
Reino Unido em 2020”, acompanhada de uma subida dos números do
desemprego. A taxa de desemprego deverá crescer para 9%, níveis que superam os valores atingidos na sequência da crise financeira de 2008/09.
A queda do PIB pode atingir os 25% no segundo trimestre do ano, para
para o final de 2020, o Banco de Inglaterra admite “recuperação” em
2021, com um crescimento do PIB em 15%. O Banco de Inglaterra espera que
a economia regresse aos valores pré-pandemia em meados do próximo ano.
O matutino avança que, perante estas estimativas, o Banco de
Inglaterra decidiu manter as taxas no seu nível mais baixo de sempre, em 0,1%. Quanto à inflação, poderá cair até aos 0,5% em 2021, devendo estar nos 2% em 2022.
https://zap.aeiou.pt/maior-recessao-reino-unido-300-anos-323189
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