A crise gerada pela pandemia de covid-19 “obrigou” os
produtores franceses a deitar fora pelo menos 10 milhões de litros de
cerveja.
A união de produtores de cerveja Brasseurs de França anunciou esta
terça-feira que serão descartados pelo menos 10 milhões de litros de
cerveja que não podem ser comercializados devido à quarentena imposta
para conter o coronavírus, relata o jornal francês Les Echos.
“O encerramento de cafés e restaurantes, a
interrupção das atividades turísticas e o cancelamento de todos os
festivais e feiras deixaram mais de 10 milhões de litros de cerveja,
principalmente em barris, sem consumo”, alega o sindicato.
Em declarações ao mesmo jornal local, Maxime Costilhes,
delegado geral da associação de cervejeiros, explicou que esta medida
será tomada tendo em conta que se trata de “bebidas muito ricas em
lúpulos” que, quando armazenadas durante muito tempo, mais de dois ou
três meses, começar a desaparecer os efeitos olfativos e aromáticos.
Estes 10 milhões de litros são apenas uma pequena fração da produção
de cerveja estimada para 2020 em França, que ronda os 22,5 milhões de
hectolitros, recorda o mesmo responsável. A destruição destas bebidas
implicará “um custo significativo para as empresas produtoras”, observa
ainda Maxime Costilhes.
De acordo com um estudo citado pelos média locais, estima-se que, em
França, cerca de 25% das empresas produtoras de cerveja estejam
encerradas e 70% dos produtores tenham reduzido a sua faturação para
metade ou menos desde 15 de março.
A pandemia de covid-19 já matou 263.792 pessoas e infetou mais de 3,7
milhões em todo o mundo desde que surgiu em dezembro na cidade chinesa
de Wuhan, segundo a AFP.
Os Estados Unidos, que registaram o primeiro morto ligado ao novo
coronavírus no final de fevereiro, lideram em número de óbitos e casos,
com 73.431 e 1.228.609, respetivamente.
Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Reino Unido com 30.076 mortes para 201.101 casos, Itália com 29.684 mortes (214.457 casos), Espanha com 26.070 mortes (221.447 casos) e França com 25.809 mortes (174.191 casos).
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