Condôminos da região do distrito de La-Haram, no Cairo, estão tendo
sérios problemas com a prefeitura local, após a permissão de uma
construção de uma ponte praticamente adjacente ao território dos
apartamentos, projetada com uma distância de impressionantes 50
centímetros. Segundo as autoridades, o viaduto seria um projeto
"essencial" para o trânsito na região, mas não é dessa forma que os
habitantes do distrito estão pensando.
Amplamente divulgadas por transeuntes e moradores do distrito, indignados com a invasão de propriedade privada
e com a perda de privacidade gerada pela intrusão de uma enorme ponte
completamente deslocada do convencional, na rua Nasr El-Din, as imagens
chegam a assustar pela incrível falta de noção das autoridades locais,
além da incrível proximidade com o residencial, algo pouco visto em
quaisquer regiões do planeta.
(Fonte; Oddity Central/Reprodução)
Apesar
da crítica dos habitantes dos apartamentos, a prefeitura confirmou a
permissão para construir a ponte Teraet Al-Zomor exatamente na
localidade planejada e que o edifício que estaria levantado sem
documentações oficiais, sujeitando a um ofício de demolição que já foi
emitido e deverá ser executado até o final deste ano, prazo especulado
para a enorme ponte estar completamente entregue.
(Fonte: Oddity Central/Reprodução)
Em entrevista para a Arab News, o general Mahmoud Nassar, chefe da Agência Central de Reconstrução do Egito,
afirmou que a pista de alta velocidade, parte de um planejamento
denominado “eixo do canal de Zomor”, tem um significado crucial para a
movimentação de tráfego da região e que os prédios que entrarem em
conflito com sua elevação serão devidamente demolidos, com seus
moradores recompensados com um valor agregado de 250 milhões de pesos
egípcios, algo em torno de R$ 90 milhões.
Porém, tudo indica que o
conflito ainda está longe de ter seus episódios finais, já que os
moradores pretendem contestar e provar, na justiça, que seus contratos
de habitação são legais. "A ponte nos privou do sol e do ar. Não há
distância entre a varanda e a ponte, estamos completamente presos",
disse Hani Sobhi, um dos habitantes do edifício obstruído. "Temos uma
licença para o nosso prédio no município de Al-Omraniya e recebemos
oficialmente água e eletricidade em 2009, cada apartamento tem seus
contratos documentados e registrados.”
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