Os avanços nas pesquisas e ensaios clínicos na Universidade de Oxford para uma possível vacina
que neutralize os efeitos do coronavírus e mantenha as pessoas imunes à
covid-19 têm mostrado grande eficiência. Os pesquisadores, que antes
falavam sobre 1 milhão de doses disponíveis até o mês de setembro, agora conseguem fazer previsões com um prazo ainda menor.
(Fonte: Freepik)
Muitas vacinas e medicamentos, que estão sendo estudados por diversos
centros e universidades do mundo todo, enfrentam dificuldades na fase
de testes em pessoas. Em algum momento, os experimentos apresentam
falhas e podem não ser eficazes. Entretanto, as expectativas dos
pesquisadores de Oxford, para os resultados positivos, até então, é de
que a vacina esteja disponível até a próxima primavera.
Durante o primeiro teste com seres humanos, 1.110 voluntários foram sendo submetidos à candidata à vacina contra o coronavírus. No entanto, aleatoriamente, essas pessoas também foram vacinadas contra a meningite, a fim de serem testados também possíveis efeitos placebos, quando as pessoas acreditam psicologicamente que foram curadas, mesmo sem ser.
A equipe inglesa pretende confirmar também as expectativas
com relação aos efeitos colaterais, que para eles não deve ser mais
grave que uma dor de cabeça ou febre leve. Tudo isso deverá indicar uma
forte defesa do sistema imunológico humano.
Pesquisas a todo vapor
(Fonte: Freepik)
A liderança dos cientistas ingleses em buscar uma solução para o
coronavírus iniciou-se em parceria com outros centros de pesquisa em
outros locais do mundo, no qual algumas etapas do estudo foram
realizadas. Em 23 de abril, os pesquisadores iniciaram os testes da
vacina em pessoas saudáveis que se voluntariaram por meio de um chamado.
Esses voluntários teriam entre 18 e 55 anos e não apresentavam sintomas
da doença que atualmente vem matando milhares de pessoas no mundo todo.
A Universidade de Oxford também já havia descoberto uma vacina para o vírus ebola, além de ter trabalhado no desenvolvimento de uma vacina contra o MERS,
no ano passado. A Síndrome Respiratória do Oriente Médio atingiu em
cheio parte da região asiática durante a última década e infectou cerca
de 2 mil pessoas. Vale ressaltar que essa doença também é considerada
pertencente à mesma família viral do novo coronavírus.
A vacina, chamada de ChAdOx1nCoV-19,
inclui um gene que codifica a proteína na superfície do vírus, dessa
forma, contendo a propagação para outras células. Quando as pessoas
recebem a vacina, suas células usam as instruções no DNA viral para
construir essa proteína de pico. Ao treinar o sistema imunológico a
reconhecer essa proteína, a substância de imunização a prepara para
entrar em ação caso encontre o vírus real.
Até o final de maio, os cientistas ampliarão seus estudos,
incluindo cerca de 5 mil voluntários nos testes. Tudo isso deverá ser
observado com cuidado para saber se, de fato, a vacina impede as pessoas
de contraírem o vírus e desenvolvam a covid-19. O desempenho no
controle da pandemia também será essencial para novas constatações. O
surto de coronavírus no Reino Unido já atingiu 191 mil pessoas, com
quase 29 mil mortes confirmadas.
https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114367-covid-19-vacina-de-oxford-pode-ficar-pronta-antes-do-previsto.htm
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