George Murray Levick foi um britânico que viveu uma vida como
zoologista, cirurgião e, também, explorador aficionado pela Antártica,
tendo participado de algumas expedições para o extremo sul do planeta
para pesquisar a realidade da vida selvagem por lá.
Durante a
expedição Terra Nova, liderada por Robert Falcon Scott, George acabou se
interessando pela vida dos pinguins e documentou detalhes sobre a vida
sexual das aves. Os resultados são, no mínimo, curiosos.
George Murray Levick. (Fonte: Wikimedia Commons)
O diário de George Murray Levick
A
documentação, de 1912, que George fazia em seu caderno era,
inicialmente, sobre as questões de sobrevivência nas condições de
extremo frio que encontrava na Antártica, junto com seus colegas, pelo
tempo de sete meses que ficaram na região.
Entretanto, durante o
tempo que estiveram acampados no polo, outra coisa chamou a atenção do
pesquisador: os pinguins. Não apenas a vida dos animais, mas, mais
especificamente, as peculiaridades das relações sexuais dos pinguins da
colônia de Terra Adélia.
O diário de George Murray Levick. (Fonte: The Natural History Museum/Reprodução)
A vida sexual dos pinguins
Antes
das anotações e forte interesse de George na vida sexual dos pinguins,
pouco se sabia sobre o quão peculiares e surpreendente elas eram. O
britânico foi o primeiro a perceber e documentar que no mundo dessas
aves existiam relações homossexuais e sexo recreativo, quando não existe
o intuito de procriar a espécie, entre pinguins que não são parceiros.
Pinguins da região de Adélia. (Fonte: George Murray Levick/Wikimedia Commons)
Entretanto,
alguns acontecimentos sexuais de pinguins anotados por George são
extremamente chocantes. Segundo as anotações, os jovens machos tinham
ações extremamente depravadas e hostis, como estupro, necrofilia e abuso
sexual e físico das fêmeas.
As questões eram tão pesadas, além
de um enorme tabu para debater no início do século XX, que o pesquisador
documentou essas ações utilizando um código do alfabeto grego, tentando
aliviar um pouco os termos.
Cientistas modernos questionam George Murray Levick
Alguns
pesquisadores dos dias atuais acreditam que George acabou anotando
alguns equívocos. Ainda que a maioria dos acontecimentos realmente
existam, a necrofilia, em especial, é contestada pelos cientistas.
Segundo
eles, o que acontece é: os pinguins não conseguem diferenciar uma fêmea
viva em posição de procriação e o corpo de uma fêmea morta deitado.
Dessa forma, seria um engano cometido pelos pinguins. De qualquer
maneira, o ato sexual com um ser morto já é bastante chocante.
https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114375-diario-de-1912-revela-detalhes-chocantes-da-vida-sexual-de-pinguins.htm
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