Os
cientistas descobriram como o oceano subterrâneo de Europa, uma das
luas de Júpiter, pode ter se formado e determinaram que essa vasta
extensão de água pode ter sido capaz de sustentar a vida microbiana.
Europa, com um oceano escondido sob uma espessa camada de gelo, há muito tempo é visto como um habitat potencial
para vida extraterrestre em nosso sistema solar, ao lado de outros
candidatos, como Marte e Encélado, uma das luas de Saturno. Um novo
estudo apresentado na quarta-feira (24) em uma conferência de geociência
ressalta seu potencial.
O oceano de Europa pode ter se formado depois que os minerais ricos
em água ejetaram sua água, graças ao aquecimento causado pela
decomposição de elementos radioativos em seu interior no início de sua
história, descobriram os pesquisadores.
O efeito das marés
causadas pelas interações gravitacionais de Europa com Júpiter – o maior
planeta do sistema solar – e outras duas grandes luas jovianas, Io e
Ganimedes, também podem ter desempenhado um papel.
O cientista planetário Mohit Melwani Daswani, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA e líder do estudo, informou:
Achamos que o oceano de Europa pode ter sido habitável desde o início, porque nossos modelos mostram que a composição do oceano pode ter sido levemente ácida, contendo dióxido de carbono e alguns sais de sulfato.
A disponibilidade de água líquida é o primeiro passo para a habitabilidade. Além disso, as trocas químicas entre o oceano e o interior rochoso podem ter sido significativas no passado, então a vida potencial pode ter sido capaz de usar energia química para sobreviver.
Daswani
disse que micróbios parecidos com certas bactérias da Terra que usam
dióxido de carbono como energia poderiam ter sobrevivido usando
ingredientes disponíveis no início dos oceanos de Europa.
Europa é
um pouco menor que a lua da Terra. O oceano de Europa, com 65 a 160 km
de profundidade, pode conter o dobro da água dos oceanos da Terra.
O
estudo avaliou se Europa era anteriormente habitável e não examinou sua
habitabilidade atual, uma questão que os pesquisadores estão explorando
agora.
Melwani Daswani alertou:
Uma palavra de cautela. Se um lugar é habitável, isso não significa que ele seja realmente habitado, apenas que as condições podem permitir a sobrevivência de algumas formas de vida extremamente resistentes que conhecemos na Terra.
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