Uma mulher de 88 anos não esconde a sua alegria por ser a primeira
paciente do Reino Unido a beneficiar de um inovador implante biónico
ocular — que lhe permitiu detetar sinais, pela primeira vez, desde que
ficou cega.
A paciente sofre de atrofia geográfica, e é cega do
olho esquerdo. É a condição mais comum de Degeneração Macular
Relacionada com a Idade (DMRI), afeta milhões de pessoas em todo o mundo
e pode causar perda de visão.
Segundo especialistas do Moorfields Eye Hospital, citados pelo The Guardian,
o inovador método envolve um chip revolucionário, que aumenta a
esperança de recuperação da visão de pessoas que sofrem de perda visual
devido à DMRI.
“Estou entusiasmada por ser a primeira a ter este
implante, entusiasmada com a perspetiva de voltar a desfrutar dos meus
passatempos e espero sinceramente que muitos outros também beneficiem
com isto”, disse a paciente, em declarações divulgadas pelo Moorfields
Eye Hospital NHS Foundation Trust.
“Perder a visão no meu olho
esquerdo por causa da DRMI impediu-me de fazer as coisas que adoro, como
jardinagem, pintar com aguarelas…”, acrescentou a paciente, que reside
em Dagenham, no leste de Londres.
Os cirurgiões do hospital
oftalmológico britânico implantaram o chip, com apenas 2mm de largura,
atrás do olho esquerdo da paciente, e usaram óculos de vídeo especiais
que captam as imagens à sua frente.
Estes visores transmitem a
informação captada para o chip, que a envia a seguir para o cérebro,
replicando a visão normal da paciente.
Segundo Mahi Mugit,
cirurgião especialista do Moorfields, esta é uma solução engenhosa para o
problema da Degeneração Macular Relacionada com a Idade.
“O
sucesso desta operação irá permitir recolher dados vitais, que tornarão
possível nos próximos anos que mais pessoas recuperem a sua visão”,
conclui o cirurgião.
O
fenómeno, que foi descoberto pela primeira vez em 1999, tem fascinado
os cientistas desde então. Afinal, a sua causa não é a reconexão
magnética, mas sim a interacção entre dois fluidos com densidades
diferentes.
Em Janeiro de 1999, os cientistas observaram
movimentos misteriosos dentro de uma erupção solar. Ao contrário das
típicas erupções que mostram uma energia forte a sair do Sol, esta
mostrou uma energia em sentido descendente, como se esta estivesse a
cair de volta dentro da estrela, lembra o Phys.
Desde então que este fenómeno intrigou os astrónomos. Agora, um estudo
publicado na Nature Astronomy deu a resposta a este mistério, que foi
agora apelidado supra-arcade downflows (SADs) pela comunidade
científica.
Desde a sua descoberta nos anos 90 que se assumiu
que os SADs estão ligados à reconexão magnética. O processo ocorre
quando um campo magnético se quebra, libertando radiação energética
rápida e que se movimenta, sendo que depois se volta a formar.
“No
Sol, o que acontece é que temos muitos campos magnéticos que estão
todos a apontar para direcções diferentes. Eventualmente, os campos
magnéticos são puxados de forma unida até ao ponto em que se
reconfiguram e libertam muita energia sob a forma de uma erupção solar. É
como puxar um elástico e cortá-lo no meio. Está esticado até ficar
fino, por isso vai ressaltar de volta“, revela Kathy Reeves, co-autora
do estudo e astrónoma.
Por esta razão, os cientistas assumiram que as explosões de energia
em sentido descendente eram um sinal da resposta dos campos magnéticos
quebrados depois de uma erupção solar — mas escapou-lhes um detalhe, já
que a maioria destes fluxos energéticos move-se muito devagar.
“Isto não é o que está previsto nos modelos de reconexão clássicos, que mostram que os fluxos descendentes deviam ser muito mais rápidos. É um conflito que requere alguma outra explicação”, revela o astrónomo Bin Chen, co-autor do estudo.
Para encontrar esta resposta, a equipa analisou as imagens capturadas
pelo Observatório de Dinâmica Solar da NASA, que recolhe imagens do Sol
a cada doze segundos em sete comprimentos de onda diferentes para medir
as variações na atmosfera solar. Os investigadores fizeram depois de
simulações 3D de erupções solares e compararam-nas com as observações.
Os resultados mostram que os SADs não são gerados por reconexão magnética, mas sim que se formam no seu próprio ambiente turbulento e são o resultado da interacção de dois fluidos com densidades diferentes.
De acordo com Reeves, o fenómeno é semelhante ao que acontece quando
misturamos água e óleo, já que as densidades diferentes dos dois fluidos
se tornam instáveis e levam à sua separação. Os “dedos” são na verdade
causados pela ausência de plasma“.
A equipa está a planear continuar a estudar os SADs e outros
fenómenos solares recorrendo a simulações em 3D para entender melhor as
reconexões magnéticas.
A
pesquisa sugere que a infertilidade masculina pode resultar de mutações
genéticas de novo que surgem pela primeira vez no indivíduo e que os
pais não têm.
Um novo estudo
publicado na Nature Communications pode vir mudar todo o paradigma
daquilo que sabemos sobre a infertilidade masculina. A investigação
sugere que algumas formas severas de infertilidade resultam de mutações
de novo, que surgem no indivíduo pela primeira vez, apesar dos pais não
as terem.
Este tipo de mutações aparece numa célula sexual do
progenitor, seja esta o óvulo ou o espermatozóide, mas todas as outras
suas células são normais e não a têm. Outras mutações também podem
acontecer durante a divisão inicial após a fecundação ou em fases mais
avançadas do desenvolvimento do embrião.
Independentemente da
causa, esta mutação é passada para a próxima geração, depois de surgir
pela primeira vez nos filhos e está associada a formas severas de
infertilidade nos homens, revela o IFLScience.
A
análise foi levada a cabo por uma equipa de cientistas da Universidade
de Newcastle e do Centro Médico Universitário de Radboud, que estudou o
ADN de uma amostra global de 185 homens inférteis e dos seus
progenitores.
Foram identificadas 145 mutações raras que alteram as proteínas e
que, muito provavelmente, são uma das causas da infertilidade. Uma das
mutações descobertas foi no gene RBM5, que investigações anteriores já mostraram que influencia a fertilidade masculina nos ratos.
Pelo menos 29 das mutações parecem afectar directamente os processos
relacionados com o desenvolvimento dos espermatozóides ou de outras
células envolvidas na reprodução, o que indica que as conclusões do
estudo estão num caminho promissor.
A infertilidade afecta aproximadamente 10% dos casais a nível global,
sendo que no caso dos casais heterossexuais, em cerca de metade dos
casos o problema de fertilidade está no homem. Apesar disto, há ainda
poucas investigações sobre a infertilidade masculina e não há dados
concretos sobre as causas, pelo que estas novas revelações podem ser
importantes.
“Isto é uma mudança de paradigma na nossa compreensão das causas da
infertilidade masculina. A maioria dos estudos genéticos olha para as
causas de infertilidade herdadas recessivamente, em que
ambos os pais têm uma mutação de um gene e a infertilidade acontece
quando o filho recebe ambas as cópias mutadas”, começa Joris Veltman, um
dos autores do estudo.
No entanto, a nova pesquisa concluiu que as mutações que acontecem
quando o ADN é replicado durante a reprodução dos pais têm “um papel
significativo da infertilidade dos filhos”, o que pode ser o primeiro
passo para que se desvende a causa e se encontrem soluções para os
homens inférteis.
Investigadores
colocam a responsabilidade da inversão da tendência de agravamento das
alterações climáticas nos líderes políticos, que dizem ainda ser capazes
de salvar as olimpíadas.
As alterações climáticas e as suas
consequências são uma matéria de conhecimento comum, no entanto, o
impacto das alterações do clima podem chegar a áreas que outrora não
sera expectável. De acordo com um novo estudo científico, as mudanças no
clima podem pôr em risco a realização dos Jogos Olímpicos de Inverno no
final do século, já que podem estar em causa as condições de segurança e
igualdade dos atletas.
De facto, das 21 cidades que receberam
edições do evento no passado, apenas Sapporo poderia repeti-lo nas
mesmas condições. Segundo Jaclyn Diaz e Michael Levitt, uma parte
considerável dos destinos da competição estará nos líderes mundiais e na
sua capacidade de fazerem cumprir as metas estabelecidas pelo Acordo de
Paris. “Perante um cenário de diminuição das emissões de carbono em
2050 ou 2080, não vemos alterações substâncias no clima de muitos destes
territórios”, explicou David Scott, citado.
Para efeitos de investigação,
os autores entrevistaram também atletas e treinadores de 20 países,
chegando à conclusão que 94% dos entrevistados temem que as alterações
climáticas impactem o futuro das modalidades em que
competem. “Com tempo mais quente haverá menos queda de neve, pelo que
estamos muito mais dependentes da neve artificial”, descreveu Rosie
Brennan, um esquiador norte-americano. “E a neve produzida pelo homem não tem o mesmo efeito. Tende a ser mais firma, torna-se mais fria com mais facilidade e proporcionando aos atletas uma superfície mais rápida.
A neve artificial também pode ser mais perigosa para
os atletas, sobretudo se estes caírem foram do perímetro delineado,
onde existem rochas e lama a substituir o que num cenário real deveria
ser neve. Há também relatos, por parte de atletas, de uma maior
frequência nas quedas – um sinal de que a neve produzida pelo homem pode
ser potenciadora das mesmas.
Os Jogos Olímpicos que começam a 4 de Fevereiro, em Pequim,
serão os primeiros a depender inteiramente de neve produzida pelo
homem, o que já originou contestação por parte de organizações
ambientais, que sugerem que esta edição das olimpíadas será a mais poluente e danosa para o planeta de sempre – algo contraditório ao espírito do movimento olímpico.
Conceito
artístico representativo dos fenómenos que ocorrem no interior do LHC,
Large Hadron Collider, acelerador de partículas do CERN
A nova descoberta pode dar mais informações sobre o que aconteceu nos segundos imediatamente após o Big Bang.
Numa
descoberta que pode dar mais pistas sobre a origem do Universo, os
cientistas descobriram uma misteriosa “partícula X” depois de uma
colisão de alta energia no Grande Colisor de Hádrons, o acelerador de
partículas mais poderoso na Terra, localizado na Suíça.
Estas
partículas de curta-duração são conhecidas por “X” porque a sua
estrutura interna é desconhecida. Existiram nos microsegundos caóticos
depois do Big Bang, quando o Universo foi preenchido por um grupo
subatómico agitado chamado plasma de quarks e glúons, no entanto são
extremamente raras no Universo moderno.
É por essa mesma razão
que os cientistas estão tão entusiasmados com a descoberta de 100 destas
partículas em decadência através do Solenoide de Múon Compacto, nota a VICE.
O
resultado acrescenta dados únicos experimentais aos modelos teóricos da
produção da partícula X e sobre a “natureza deste estado exótico”,
segundo o estudo publicado na Physical Review Letters.
As partículas X foram inicialmente descobertas numa experiência em 2003, mas decompuseram-se demasiado rápido
para poderem ser analisadas com detalhe. A nova descoberta marca a
primeira vez que foram capturadas dentro do plasma de quarks e glúons, o
que permite o estudo de algumas das suas propriedades.
Segundo Yen-Jie Lee, professor de física no MIT e principal autor do
estudo, a descoberta é muito difícil porque “o plasma de quarks e glúons
produz dezenas de milhares de partículas”.
Esta experiência com o Solenoide de Múon Compacto é também “mais
parecida com como a natureza produziu as partículas X no início do
Universo” porque usa “colisões relativísticas de íons pesados”.
Lee avança ainda que a equipa precisa de mais dados para estimar o
tamanho exacto do aprimoramento da produção da partícula X no plasma de
quarks e glúons e que esses resultados devem ser conhecidos em breve.
A nova investigação também pode dar novas pistas sobre, afinal, o que é a partícula X. Uma hipótese sugere que é um tetraquark
— um tipo extremamente raro de partículas compostas por quatro quarks.
Outra possibilidade é que seja uma molécula mesónica, um tipo de
partícula nunca antes visto composta por dois mesões.
“Vai ser muito entusiasmante seguir esta linha de estudo com uma
quantidade muito maior de dados que vai ser usada nas experiências no
Grande Colisor de Hádrons”, conclui o físico.
Estudo
britânico conclui que os cidadãos preferem um líder honesto a um que
quebre as regras, mesmo que com o propósito de cumprir com as suas
políticas.
Nas semanas que antecederam a ida dos portugueses às
urnas para eleger os 230 deputados que ao longo dos próximos quatro
anos – nas circunstâncias normais – estarão na Assembleia da República,
foram muitas as sondagens feitas pelas empresas de sondagens,
precisamente, com o objetivo de antecipar qual o potencial partido
vencedor. Para além deste tópico, muitos estudos de opinião tentavam
também descobrir qual a avaliação que os cidadãos fazem dos líderes
partidários, partindo das suas características pessoais.
Qual delas a mais importante, não se sabe ao certo, mas um estudo britânico,
feito no contexto da daquele território – cujo principal governo também
tem estado envolvido em polémicas – aponta a honestidade como
característica mais importante que um político deve ter, seguindo da
capacidade de reconhecer quando erra, a eficácia – na concretizaram das
tarefas -, ou ser inspirador. No entanto, algumas destas características
podem não ser conciliatórias.
Por exemplo, quando foi pedido aos inquiridos que “imaginassem um
futuro primeiro-ministro que tivesse de escolher entre agir de forma
honesta ou aplicar políticas que a maioria das pessoas querem”, 71% destes escolheu a honestidade
e apenas 16% o cumprimento das medidas. Já quando confrontados com as
ideias “uma democracia saudável exige que os políticos ajam de acordo
com as regras” ou “uma democracia saudável significa implementar as
reformas e políticas necessárias, mesmo que isso implique quebrar as
regras, 75% dos inquiridos optou pela primeira ideia e apenas 6% a segunda.
Para além desta preferência, os inquéritos que basearam o estudo
também sugerem que os indivíduos não veem com bons olhos que muito poder esteja concentrado
nas mãos de um primeiro-ministro e do seu respetivo governo. Em vez
disso, muitos apontam para um reforço do parlamento – por exemplo, e
mais uma vez à luz do contexto britânico, 45% dos participantes diz que
os deputados devem ser capazes de decidir que temas são debatidos
na Casa dos Comuns, ao passo que 30% diz que esta é uma tarefa que
deveria ser responsabilidade do primeiro-ministro ou do governo.
Num resultado surpreendente, tal como nota o site The Conversation,
a maioria dos inquiridos também quer que os juízes tenham algo a dizer
no exercício de funções dos deputados. Perante a premissa “imagine uma
disputa sobre se o governo tem autoridade legal para decidir sobre um
assunto em concreto ou se precisa da aprovação do parlamento” e como é
que esta deve ser decidida, 51% dos inquiridos explicou que esta deve
ser feita por juízes e apenas 27% por ministros ou
deputados. Sobre a participação dos juízes na avaliação da legalidade de
uma nova norma, as posições dos inquiridos vão se alternando consoante o
tópico em questão.
Uma grande maioria também entende que os funcionários públicos
devem ser “neutros e empregados permanentes do governo”, ou seja, não
devem ser “nomeados pelo governo em funções”. Mais: também a maioria
entende que um cidadão que tenha dito, numa ocasião anterior, que a BBC
deve ser “neutra na sua cobertura noticiosa” está
habilitado para um cargo na estação pública de televisão britânica, mas
caso tenha dito que a cobertura deve ser menos crítica do governo já não
reuniria condições para integrar a rede.
Um
grupo de rebeldes raptou um pangolim ameaçado de extinção e está a
exigir o pagamento de um resgato para libertá-lo de volta à natureza.
Conservacionistas
congoleses estão a negociar a libertação de um pangolim-gigante, uma
espécie ameaça de extinção. O animal foi feito refém por um grupo
rebelde que exige o pagamento de um resgate para libertá-lo à natureza.
Os
raptores, localizados no leste do Parque Nacional de Virunga, na
República Democrática do Congo, enviaram fotografias a provar que estão
na posse do animal e que ele está vivo.
“Ativistas locais e
guardas florestais da comunidade ainda estavam a negociar a sua
libertação”, lê-se numa publicação divulgada por Adams Cassinga,
fundador da organização Conserv Congo.
Como o próprio nome
indica, o pangolim-gigante é a maior das oito espécies de pangolim, com
mais de um metro e meio de comprimento. A espécie é nativa das florestas
húmidas da África Ocidental e Central.
Um relatório de 2020 da Human Rights Watch descobriu que grupos rebeldes “sequestraram para resgate pelo menos 170 pessoas
perto do Parque Nacional de Virunga, entre abril de 2017 e março de
2020″. Esta foi, no entanto, a primeira vez que um animal foi
sequestrado.
Apesar da promessa da China de reprimir o uso de escamas de pangolim em medicamentos tradicionais, o comércio ilegal continua. Como tal, os pangolins, cuja carne também é uma iguaria, são os mamíferos não humanos mais traficados do mundo, realça a VICE.
“Isto é algo novo e alarmante”, assumiu Adams
Cassinga. Os convervacionistas temem que se aceitarem pagar o resgate do
pangolim, os grupos rebeldes continuarão a repetir o golpe.
A
fachada do Kamikatsu Zero Waste Center é fora da caixa e totalmente
construída a partir de lixo. Localizado nas margens do rio Katsuura, na
remota cidade de Kamikatsu, no sul do Japão, o centro foi aberto em 2020
e tornou-se um novo destaque para a comunidade.
O Kamikatsu
Zero Waste Center foi construído para ajudar a cidade a atingir o
ambicioso objetivo de 100% zero waste (desperdício zero, em português),
disse Hiroshi Nakamura, arquiteto do projeto e fundador da NAP
Architectural Consulting.
No ano passado, o edifício ganhou um
prémio do Architectural Institute of Japan e, graças à atenção mediática
cada vez mais crescente, a comunidade espera poder atrair novos
habitantes, conscientes do ambiente, para aumentar a sua população em
declínio.
“Queríamos fazer deste centro um lugar de que os residentes se pudessem orgulhar”, disse Nakamura à CNN.
A
instalação ecológica agrega funções de educação, investigação e
comunicação numa estação de tratamento de resíduos, feita de materiais
locais e reciclados. Exemplo disso é a madeira de cedro das florestas
próximas, escolhida especialmente pela equipa de Nakamura para criar a
estrutura de apoio e o “esqueleto” do edifício.
A utilização de
materiais locais ajudou a reduzir o combustível do transporte e a
embalagem. Além disso, a madeira foi mantida na sua forma bruta,
redonda, em vez de ser cortada em vigas ou tábuas quadradas para reduzir
ainda mais os resíduos.
Construir um edifício a partir do lixo
foi um verdadeiro desafio que se tornou também bastante demorado. Só
alguns materiais – como parafusos, canalizações, materiais de telhado ou
de impermeabilização – tiveram de ser novos para assegurar o
cumprimento dos códigos de construção e das normas de segurança.
Vidro
e cerâmica foram usados para criar pisos de tijoleira, recipientes de
colheita de cogumelos shiitake de uma quinta local foram convertidos em
estantes, e uma cama de um lar de idosos foi transformada num bonito
sofá.
Para a fachada tão característica do edifício japonês, os
residentes da cidade juntaram cerca de 700 janelas velhas, algumas
recuperadas de edifícios abandonados. “A própria arquitetura foi criada
com as memórias dos residentes“, resumiu Nakamura.
O centro de
reciclagem é, no fundo, uma solução para dois problemas: primeiro, o
despovoamento, uma vez que Kamikatsu tem apenas 1.500 habitantes; e o
segundo relacionado com a gestão de resíduos, dado que o incinerador
disponível teve que parar de ser usado devido aos níveis inseguros de
emissão de dioxinas.
Foi motivada pelos percalços que Kamikatsu
se tornou o primeiro município no Japão a emitir uma declaração de Lixo
Zero, em 2003. Isto significa que todos os resíduos produzidos pelos
habitantes são reciclados ou reutilizados, em vez de enviados para
aterros ou incinerados.
A comunidade desenvolveu um sistema que classifica os resíduos em 45 categorias, com uma taxa de reciclagem superior a 80%.
O
centro tem também uma vertente comunitária. Como muitos lugares no
Japão, a população de Kamikatsu está a envelhecer e a diminuir, com os
residentes mais jovens à procura de trabalho em cidades maiores.
O objetivo é que a abordagem ecológica desta cidade atraia novos residentes à procura de um estilo de vida mais sustentável.
Estudos em vários países demonstram que a maior queda se verifica entre os adolescentes. E os confinamentos não alteraram isso.
Não
é o primeiro – nem será o último – mas em Novembro surgiu novo estudo
sobre a frequência de relações sexuais. Desta vez nos Estados Unidos da
América, resultado da pesquisa nacional de saúde e comportamento
sexuais.
Os autores do estudo,
do Centro de Promoção da Saúde Sexual na Escola de Saúde Pública da
Universidade de Indiana, procuraram quase nove mil pessoas, entre
adolescentes e adultos – a maioria adultos.
Há uma tabela que mostra um dos dados mais relevantes: há mais de uma década as pessoas nos EUA tinham relações sexuais do que agora.
Essa
diferença é mais visível entre os adolescentes (entre os 14 e os 17
anos). Nessa faixa etária, em 2009 havia 79,5 por cento de jovens que
não faziam sexo há mais de um ano – ou que nunca tinham feito; em 2018
foram 89 por cento a assumir o mesmo.
Nos adultos (18-49 anos) também houve um aumento, embora menor: de 23,5 por cento em 2009 para 28,1 por cento em 2018.
No
sexo oral entre adolescentes a variação foi muito semelhante: mais 10
por cento em “jejum” durante um ano, em 2018. A subida é ainda maior no
número de adolescentes sem masturbação (de 44 por cento para 60,5 por
cento).
Estudos noutros países, como no Reino Unido e na
Alemanha, mostram que a diminuição do número de relações sexuais é
global, ao longo das últimas décadas.
Soazig Clifton, directora de um inquérito semelhante no Reino Unido, falou sobre o assunto à revista Science Focus e foi clara: “Sim, há menos relações sexuais. E parece ser uma tendência internacional”. Possíveis razões
A
responsável admite que não consegue enumerar com certeza os motivos.
Tem noção de que as tecnologias – pessoas “coladas” em telemóveis –
ajudam.
Mas não é só isso: as pessoas falam mais abertamente
sobre sexo, agora. Não têm vergonha em assumir como está a sua vida
sexual, mesmo que seja inexistente.
E há o cansaço do lado
feminino: “Tem havido muita investigação em relação às mulheres de
meia-idade. Elas estão cansadas demais para fazer sexo, têm muitas mais
coisas a acontecer nas suas vidas”.
A pandemia “fechou” as
pessoas em casa mas isso não fez alterar rotinas: “Os impactos do
confinamento foram muito distintos, depende do caso. Mas, entre os
inquiridos que já viviam com a companheira ou companheiro, a frequência
do sexo foi praticamente a mesma. A maioria das pessoas contou que não
houve qualquer mudança na vida sexual”.
A
campanha do Dia dos Namorados do Jardim Zoológico do Bronx, em Nova
Iorque, já é um clássico. O programa, que tem sido oferecido há mais de
uma década, insta os visitantes a batizaram as mais de 10 mil
baratas-de-Madagáscar em nome de alguém que amam – ou não.
O jardim zoológico
norte-americano dá a oportunidade de batizar uma das mais de 10 mil
baratas-de-Madagáscar por uma doação de 15 dólares, cerca de 13 euros.
Além
de apadrinhar o inseto, ganha também um certificado para comemorar a
ocasião, que é enviado por e-mail para o destinatário.
“A
Name-a-Roach é uma forma divertida de garantir que o seu amado sabe que
os seus sentimentos durarão uma vida inteira enquanto ajuda o Jardim
Zoológico do Bronx e a Sociedade de Conservação da Vida Selvagem (WCS) a
prosseguir a sua missão de salvar a vida selvagem e lugares em Nova
Iorque e em todo o mundo”, escreveu o jardim zoológico, em comunicado.
Segundo o Travel and Leisure,
as baratas-de-Madagáscar podem atingir quase 10 centímetros de
comprimento, sendo as maiores espécies de baratas do mundo. Como
raramente entram dentro das casas, não são consideradas pragas.
O som sibilante que fazem é emitido como um mecanismo de defesa – daí que também sejam conhecidas como baratas sibilantes.
O Zoo do Bronx tem oferecido esta campanha desde 2011. As pessoas têm
aderido, batizando as baratas com os nomes das pessoas que amam ou
inspirados em filmes, música e política.
Dois
diferentes vídeos de testemunhas oculares de milhares de corvos foram
gravados ontem. Os corvos são frequentemente vistos como um símbolo de
morte ou desgraça. Se você vê um corvo é um sinal de que alguém próximo a
você pode morrer em breve. Um mau presságio se você quiser.
Talvez
sim, talvez haja algo de superstição... um grão de verdade que mantém
isso transmitido. Mas vamos encarar os pássaros são sensíveis, sentindo
as coisas muito mais facilmente do que nós. Se algo estivesse prestes a
acontecer, algo grande, que mudasse a vida, dramático e assustador... é
altamente possível que algumas espécies de animais soubessem de antemão.
Isto é o que parece em Bothell, Washington esta semana quando milhares
de corvos voaram sobre a cidade. Pode muito bem ser um aviso de algo que
está por vir. Só o tempo irá dizer.
Cientistas acreditam que o impacto não será visível a partir da Terra e que dele não resultarão consequências gravosas.
Um
rocket da SpaceX está em rota de colisão com a Lua, depois de ter
passado quase sete anos a vaguear pelo Espaço. O projeto foi lançado em
2015, enquadrado numa missão interplanetária para pôr em órbita um
satélite meteorológico. No entanto, depois da combustão dos seus motores
e de enviar o Observatório do Clima do Espaço da NOAA para o chamado
ponto Lagrange, a segunda etapa da sua missão foi abandonada.
Neste
ponto, o rocket já se encontrava demasiado alto para regressar a Terra —
não tinha combustível suficiente para a viagem —, “mas também carecia
de energia para fugir à gravidade do sistema Terra-Lua”, explicou Eric
Berger, meteorologista, citado pelo The Guardian. “Depois começou a seguir uma espécie de órbita caótica desde fevereiro de 2015”, acrescentou.
Os
observadores acreditam que o rocket — aproximadamente com quatro
toneladas — deverá colidir com a Lua a uma velocidade de 2.58km/segundo
numa questão de semanas. De acordo com Bill Gray, que escreve software
para localizar objetos perto da Terra, é provável que a parte superior
do Falcon 9 atinja o lado mais afastado da Lua, próximo da sua zona de
Equador. Num post no seu blog, Gray afirmou ainda que o objeto já se
tinha aproximado da superfície solar a 5 de janeiro, mas deu o impacto
como certo na data de 5 de março. O especialista diz ainda que este é o
“primeiro caso não intencional” de lixo espacial a atingir a Lua.
Apesar da tecnologia disponível e das previsões existentes,
a exata localização do embate permanece incerta, em grande parte devido
ao efeito do Sol que empurra o objeto e à ambiguidade na medição dos
períodos de rotação”, o que pode alterar ligeiramente a órbita. “Estes
efeitos imprevisíveis são muito pequenos. Mas serão acumulados
entre o presente e 4 de março”, aprofundou Gray — que diz serem
precisas mais observações para ser possível determinar a exata hora e
localização da colisão.
Já sobre a possibilidade de o impacto ser visível a partir da Terra,
o especialista afasta a hipótese. “A parte mais significativa da lua
estará a obstruir a visibilidade, e mesmo que estivesse no lado próximo,
o impacto ocorre alguns dias após a Lua Nova”.
Mesmo assim, os apaixonados e especialistas nas questões do Espaço estão entusiasmados e acreditam que esta será uma boa oportunidade para a recolha de informação e dados.
Uri Geller, aproveitou para alertar a NASA sobre uma iminente invasão alienígena. Veja:
Uri Geller alertou a NASA para se preparar para uma invasão alienígena em massa da Terra “em breve”.
O lendário dobrador de colher calcula que os cientistas mapeando
ondas de rádio que descobriram uma fonte de energia gigante a 4.000
anos-luz de distância podem ter tropeçado no bate-papo de seres
“superiores” do espaço sideral.
E Uri, de 75 anos, acha que os alienígenas estão vindo em nossa direção.
Ele anunciou no Instagram:
“Uma equipe de mapeamento de ondas
de rádio no universo descobriu algo incomum que libera uma explosão
gigante de energia três vezes por hora e é diferente de tudo que os
astrônomos já viram antes.
Não tenho dúvidas de que isso está ligado a uma inteligência alienígena muito superior à nossa.
Comecem
a decifrar as mensagens deles! Eles estão nos preparando para um pouso
em massa em breve! #nasa #hoova #spectra #spectra #aliens.”
Os cientistas disseram que nunca viram nada parecido com o novo fenômeno “assustador” antes.
Eles acreditam que poderia ser uma estrela de nêutrons ou anã branca –
núcleos de estrelas colapsadas – com um campo magnético ultrapoderoso
conhecido como ‘magnetar’.
A astrofísica Natasha Hurley-Walker, da Curtin University, na Austrália, disse:
“Este objeto estava aparecendo e desaparecendo em algumas horas durante nossas observações.
Isso foi completamente inesperado…
No mês passado, Uri disse estar convencido de que os alienígenas estão se preparando para “fazer contato” com a raça humana.
Ele disse:
“Eles provavelmente vão pousar no
gramado da Casa Branca ou em algum lugar. Todos os nossos filmes de
ficção científica sobre encontros com alienígenas se tornarão realidade.
Eu
não acho que estamos falando de milhares ou mesmo centenas de anos. Se
eu tivesse que adivinhar, um palpite racional e lógico, eu diria que 60 a
75 anos isso vai acontecer.”
Um objeto misterioso, que espelhava os movimentos do piloto, foi capturado pela câmera.
De acordo com um relatório da Federal Aviation Administration (FAA) que foi descoberto pelo site The War Zone,
o incidente ocorreu em 16 de setembro de 2018 quando um piloto, que
estava pilotando uma aeronave leve Diamond DA40 sobre Atlantic City,
estado de Nova Jersey, a 2.000 pés (600 metros), avistou um objeto
bastante incomum.
Inicialmente acreditando ser um conjunto de balões, o piloto diminuiu
a velocidade, mas ficou surpreso ao descobrir que o objeto parecia
estar espelhando os movimentos do avião.
Um de seus passageiros gravou algumas imagens, que podem ser conferidas abaixo.
O piloto descreveu como o objeto não identificado tinha uma “antena em forma de V” com algum tipo de carga pendurada na parte inferior, possivelmente um equipamento de câmera de algum tipo.
Ele afirmou que havia circulado ao redor do avião, como se estivesse tentando gravar um vídeo dele.
O piloto disse ao contrôle de tráfego:
“Era um objeto voador não identificado; claro, não era um alienígena.”
De acordo com o relatório, o objeto era muito pequeno para ser captado pelo radar.
Do jeito que as coisas estão, ainda não está claro exatamente o que
era o objeto ou quem o estava operando. No entanto, com toda a
probabilidade, era algum tipo de drone voando ilegalmente e
perigosamente perto da aeronave.
À medida que os drones baratos se tornam cada vez mais comuns, esses incidentes também tendem a aumentar.
Não está claro se os funcionários conseguiram ou não pegar quem foi o responsável neste caso em particular.
Segredos
escondidos? Um vírus antigo? Evidências para alienígenas? O corpo de um
alienígena? Que segredos e mistérios estão escondidos na Sibéria?
Alienígenas
filmados na câmera? Você acreditaria? Fotos assustadoras e tiradas por
testemunhas oculares que vão te deixar arrepiado é improvável que
estejamos sozinhos neste vasto universo.
Você
sabia que na Sibéria nos últimos anos encontraram um vírus antigo que
foi congelado nos últimos 30.000 anos e o mais interessante é que aqui
os cientistas se deparam com criaturas assustadoras e estranhas, animais
capazes de ressuscitar, até alienígenas.
Essa área enorme e fria esconde muitos mistérios, sobre os quais Ayhan Infire falará no vídeo abaixo.
Apesar de a pesquisa contar com a participação de mais de
quatro mil voluntários, só os do sexo masculino manifestaram uma relação
entre uma vida amorosa acidentada e níveis de inflamação mais
elevados.
A existência de uma relação amorosa é algo que
muitos indivíduos veem como um fator validativo da sua existência, com
consequências ao nível da saúde mental, por exemplo. No entanto, estas
podem ser ainda mais vastas, de acordo com uma investigação publicada no
Journal of Epidemiology & Community Health, no qual exploram a
premissa de que a combinação de vários fins de relacionamentos e longos períodos de solidão pode estar associada a inflamações de baixo grau.
O estudo contou com a participação de 4,835 dinamarqueses com idades compreendidas entre os 48 e os 62 anos, no entanto, esta relação só foi observada entre os homens.
Especificamente, experienciar dois (ou mais) fins de relacionamentos ou
passar sete (ou mais anos) dos 26 de vida adulta sozinho pareceu estar
relacionado com os níveis de marcadores inflamatórios CRP e IL-6.
Os homens que viveram mais mais ruturas tinham níveis cerca de 17% mais
elevados, ao passo que os que passaram mais anos sozinhos tinham
excedentes de 12% em comparação com os do grupo de referência.
Estas conclusões estão em linha com as de uma pesquisa que analisa o
impacto do divórcio e de anos de solidão para a saúde, explica Karolina K. Davidsen, co-autora do estudo. “Isto é especialmente claro nos homens. Não é muito claro ou percetível o porquê de os homens experienciarem isto de forma diferente
em relação às mulheres. Tem sido explorada por outros a possibilidade
de os outros beneficiarem mais, a nível de saúde, mais com os casamentos
do que as mulheres — o que significa que o divórcio os vai pôr perante
um maior risco de declínio“.
Ainda de acordo com a mesma investigadora, os homens têm mais tendência a mostrar mais comportamentos externos após o fim de uma relação, nomeadamente através do consumo de álcool e de uma alimentação mais pobre. Segundo o site Inverse, deve ainda considerar-se que para muitos homens o casamento funciona como um escudo emocional, já que 66% destes têm nas mulheres o principal apoio social.
Focando-nos novamente no tópico das inflamações, há também mais estudos que apontam para uma grande conexão entre estas e as emoções.
Por exemplo, sentimentos como o medo e a vergonha estão associados a
uma atividade inflamatória mais grave, ao passo que a tristeza e a raiva
estão ligadas a valores inflamatórios mais altos. Em última análise, as
inflamações crónicas podem ter extremamente negativas e contribuir para
doenças como a diabetes ou o cancro.
Para além desta associação, a equipa de investigadores também concluiu que os homens com uma educação formal mais longa
e que viveram sozinhos tinham níveis mais elevados de nos dois
marcadores inflamatórios — algo que também não foi visível nas mulheres.
Estes marcadores foram recolhidos e medidos através de amostras de sangue.
Em
terras norte-americanas, cientistas estão a reprogramar células
estaminais para crescer cabelo humano em animais. Dar o salto para
humanos pode ser complicado.
Quando
nascemos temos cerca de 5 milhões de folículos pilosos, que contêm
reservatórios de células estaminais que se dividem e se desenvolvem em
células de cabelo. Caso estas células sejam danificadas pela idade, por
exemplo, deixa de crescer cabelo nos folículos — levando à calvície.
Embora
seja comum em homens, muitas mulheres também perdem cabelo. Cerca de
80% dos homens e 50% das mulheres terão queda de cabelo durante as suas
vidas, mostram as estatísticas.
Embora a queda de cabelo não tenha um impacto direto na saúde, pode afetar significativamente a autoestima de uma pessoa.
A perda de células estaminais pode ser uma das principais causas da calvície, mas também pode levar à sua cura, escreve o Free Think.
As
startups californianas Stemson e dNovo estão na linha da frente no
combate à calvície através da reprogramação de células estaminais.
Ambas
as empresas conseguiram usar esta tecnologia para crescer o cabelo em
ratos anteriormente sem pelos. Ainda assim, até dar o salto para
humanos, há muito caminho para percorrer, como admite o próprio CEO da
Stemson, Geoff Hamilton.
“Vimos tantas [pessoas] chegarem e
dizerem que têm uma solução – isto aconteceu muito no cabelo, e por isso
tenho que abordar a questão”, disse Hamilton no Global Hair Loss
Summit, no ano passado. “Estamos a tentar projetar para o mundo que
somos cientistas de verdade e que é arriscado a ponto de não poder
garantir que funcione“.
Um tufo de cabelo humano cresceu num rato de laboratório.
Por
sua vez, o fundador da DNovo, Ernesto Lujan, disse que “encontrar o
tratamento para a calvície é uma tarefa bastante desafiante”.
Ainda assim, a sua empresa conseguiu fazer crescer um tufo de cabelo humano no corpo de um rato de laboratório careca.
Ainda
não há certezas da sua origem, mas várias amostras recolhidas pelo
rover da NASA têm vestígios de carbono-12, um componente orgânico
associado à vida.
O rover Curiosity da NASA descobriu novos compostos orgânicos e Marte que podem ser sinais de vida passada no planeta, nota o Live Science.
Algumas
das amostras de rochas em pó que foram recolhidas têm vestígios
orgânicos ricos num tipo de carbono que é associado à vida na Terra,
concluiu um novo estudo
publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences. A equipa
ressalva que ainda não há garantias porque não se sabe a origem destes
químicos.
Os investigadores analisaram cerca de vinte amostras
de rochas em pó que o Curiosity recolheu entre Agosto de 2012 e Julho de
2021. O rover alimentou o material ao SAM, que identifica e caracteriza
as moléculas orgânicas.
Os cientistas descobriram que quase
metade das amostras eram ricas em carbono-12, o mais leve dos dois
isótopos de carbono estáveis, em comparação em outras medições
anteriores de meteoritos e da atmosfera marciana.
Na Terra, os organismos preferem usar o carbono-12 para os seus processos metabólicos, pelo que esta descoberta em Marte pode indicar a existência de vida. No entanto, ainda não temos informações suficientes sobre os ciclos de carbono no planeta para podermos tirar já conclusões.
Os autores do estudo já propuseram três hipóteses para explicar o fenómeno. A primeira é de que micróbios em Marte produziram metano,
que foi depois convertido em moléculas orgânicas mais complexas, após a
interacção com a luz ultravioleta do ar. Estas moléculas foram depois
incorporadas nas rochas.
Também está em cima da mesa a possibilidade da causa ter sido uma reacção entre luz UV e do dióxido de carbono não-biológico,
o gás mais abundante na atmosfera de Marte. O Sistema Solar também pode
ter derivado por uma nuvem molecular gigante rica em carbono-12 há
muito tempo, o que explica a sua presença em Marte.
Esta não é a primeira vez que o Curiosity detecta compostos orgânicos em Marte, tendo já sido encontrados vestígios de metano
várias vezes, cuja origem ou data são desconhecidas. Há teorias sobre
que defendem que o composto é criado por micróbios debaixo da superfície
do planeta e outras que apontam para que a sua produção seja um
resultado das interacções entre rocha e água quente.
A equipa de investigadores já fez saber que são precisos mais estudos
e mais informações para se descobrir a origem destes componentes
orgânicos. Com o lançamento do outro rover em Marte, o Perseverance,
em Fevereiro de 2021, há esperança de que se descubram novas
informações em breve, especialmente com o plano de regresso deste robô
com amostras à Terra em 2031.
O regulador europeu deu, esta quarta-feira, luz verde ao uso de um medicamento antiviral para tratar a A
Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) recomendou,
esta quinta-feira, a comercialização do Paxlovid, o primeiro antivírico
de toma oral para tratar a covid-19 nos países da União Europeia.
“O
Comité de Medicamentos Humanos da EMA (CHMP) recomendou a concessão de
uma autorização de comercialização condicional para o medicamento
antiviral oral Paxlovid para o tratamento da covid-19”, diz o regulador
europeu em comunicado.
Segundo a agência europeia, este
medicamento da farmacêutica Pfizer está recomendado, nesta fase, para
adultos que não precisam de oxigénio suplementar e que correm maior
risco de desenvolver uma forma grave de covid-19.
De acordo com a
EMA, o Paxlovid é o primeiro medicamento antiviral administrado por via
oral recomendado na União Europeia para o tratamento da covid-19,
contendo duas substâncias ativas em dois comprimidos diferentes, que
reduzem a capacidade do coronavírus SARS-CoV-2 se multiplicar no corpo.
Para chegar à conclusão anunciada, o CHMP avaliou os dados de um
estudo com doentes infetados, que demonstrou que o Paxlovid “reduziu
significativamente as hospitalizações ou mortes em pacientes que têm pelo menos uma condição subjacente que os coloca em risco de covid-19 grave”.
A maioria dos doentes participantes no estudo estava infetada com a
variante Delta, mas a EMA espera, com base em investigação de
laboratório, que o Paxlovid também seja ativo contra Ómicron e outras variantes do SARS-CoV-2.
“O CHMP concluiu que os benefícios do medicamento são superiores aos
seus riscos para a utilização aprovada e enviará agora as suas
recomendações à Comissão Europeia para uma decisão rápida aplicável em
todos os Estados-membros da UE”, adiantou o regulador.
Cabe agora à Comissão Europeia “acelerar o processo
de tomada de decisão” para conceder a autorização de introdução no
mercado condicional do Paxlovid, permitindo que seja comercializado em
toda a UE, adianta o comunicado.
Esta autorização condicional de comercialização é um procedimento
utilizado pela EMA para acelerar a aprovação de medicamentos durante
emergências de saúde pública na UE, como é o caso da atual pandemia.
O regulador europeu é responsável pela avaliação científica,
supervisão e monitorização da segurança de medicamentos na UE,
trabalhando em rede com milhares de especialistas de toda a Europa,
distribuídos pelos vários comités científicos.
Foi
no Twitter que tudo aconteceu. Elon Musk enviou uma mensagem a Jack
Sweeney, de 19 anos, sobre os registos dos movimentos do seu jato
privado.
@ElonJet
é uma das 15 contas de rastreio de voo que Jack Sweeney criou, geridas
por bots que o estudante universitário de 19 anos programou que
monitorizam dados de tráfego aéreo disponíveis publicamente.
O localizador de Elon Musk é o mais popular, com mais de 95 mil seguidores na rede social.
Segundo o site Protocol,
o fundador da Tesla e da SpaceX terá enviado uma mensagem privada ao
jovem, no outono passado, com uma oferta de 5 mil dólares para apagar a
conta que publica todos os dados de rastreio do seu jato privado. “Não
gosto da ideia de ser baleado por um maluco”, terá dito Musk.
Sweeney
fez uma contraproposta, pedindo ao empresário para acrescentar um zero
ao valor (50 mil dólares). “Há alguma hipótese de aumentar para $50.000?
Seria um grande apoio na faculdade e possivelmente permitir-me-ia
arranjar um carro talvez até um Model 3.”
De acordo com o portal, Elon Musk terá dito que ia pensar no assunto,
mas, até agora, não pagou um cêntimo a Sweeney. A conta ainda está a
funcionar.
Sweeney chegou a explicar a Musk onde encontrava os dados e o
empresário ficou surpreendido com o quão acessível é toda a informação.
“O controlo de tráfego aéreo étão primitivo“, terá comentado o milionário.
Na semana passada, o jovem voltou a enviar uma mensagem a Musk, na qual dizia preferir um estágio em vez do pagamento monetário.
O empresário não abriu a mensagem, mas Sweeney não ficou ofendido: “Penso que ele está de férias no Havai”.
Em
Hong Kong, é cada vez mais provável que qualquer pessoa recorra a um
jato privado para transportar o seu animai de estimação. Sem conseguirem
assegurar voos para fora da cidade para os seus cães e gatos, vários
cidadãos tentam juntar dinheiro para cobrir o custo do aluguer de um
avião privado.
Hong Kong tem algumas das medidas mais rigorosas
associadas à covid-19. Quase todos os não residentes são impedidos de
entrar na cidade, enquanto os habitantes locais que saem e depois voltam
são sujeitos a quarentenas de três semanas, mesmo que testem negativo à
doença.
No ano passado, cerca de 40% dos expatriados inquiridos disseram que estavam a considerar deixar a cidade de vez.
Olga Radlynska, fundadora e diretora da Top Stars Air, uma empresa de aviação privada sediada em Hong Kong, disse à CNN que a firma teve uma procura avultada de aluguer de aviões para transportar animais de estimação.
Segundo
a responsável, o transporte de animais cresceu 700% desde o início da
pandemia e menos de 1% são pessoas que tentam trazer os seus animais de
estimação para Hong Kong.
E não se trata apenas de cães e gatos a bordo. Radlynska diz que a Top Stars
também transportou hamsters e coelhos, enquanto Jolie Howard, CEO da
L’Voyage, conta que a sua empresa atendeu pedidos de transporte de aves e
tartarugas.
Uma das razões que levam os moradores a fugir de Hong Kong é o facto
de as medidas restritivas da cidade asiática afetarem diretamente os
animais de estimação.
Na semana passada, por exemplo, as autoridades de saúde anunciaram o abate de cerca de dois mil hamsters
depois de vários pequenos roedores terem tido resultados positivos à
covid-19 numa loja de animais onde trabalhava um funcionário infetado.
Este tipo de decisões faz parte da política de “tolerância zero” decretada por Pequim e está a fazer com que muitos residentes, principalmente estrangeiros, abandonem Hong Kong.
Acontece que, na hora da partida, enfrentam um problema: levar os animais de estimação tem um custo bastante elevado, dado que os poucos aviões comerciais que ainda se mantêm a voar estão totalmente carregados – mesmo nos porões.
Além disso, algumas companhias aéreas comerciais têm políticas rigorosas relacionadas com o transporte animal.
A solução passa, então, pelo aluguer de jatos privados para transportar os amigos de quatro patas.
Estação meteorológica estava vazia há praticamente 30 anos. Deixou de estar e há imagens a provar a ocupação.
Dmítri
Kokh não fazia ideia de que iria conseguir na ilha Kolyuchin uma das
sequências mais incríveis, na sua carreira de fotógrafo.
Kolyuchin
fica no nordeste da Rússia, na região de Tchukotka. Na prática é a zona
mais oriental do território russo, quase na fronteira com o Alasca.
Ninguém
mora naquela zona. A região habitada – por humanos – mais próxima fica a
mais de 14 quilómetros, pelo mar; mas a ilha está rodeada por gelo
durante a maioria do ano, devido à temperatura local.
E assim se
justifica que uma estação meteorológica russa, abandonada há
praticamente três décadas, tenha sido ocupada por…ursos polares.
Em
Setembro do ano passado o fotógrafo Dmítri Kokh foi à procura de ursos
polares naquela zona. A prioridade seria a famosa a ilha Wrangel, que
costuma ser a casa de muitos ursos polares. Mas desta vez o cenário foi
outro.
“Quando passámos pela Ilha Kolyuchin, vimos movimentos em
janelas de casas abandonadas. Aproximámo-nos e vimos que eram ursos!
Foi uma situação única na minha vida”, contou o fotógrafo.
Kokh
captou diversas imagens que provam que vários ursos polares,
aparentemente, moram naquele imóvel. E até fica a ideia de que o
exterior, o terreno à volta da casa, foi transformado numa espécie de
parque de diversões.
No site
oficial de Dmítri Kokh, é possível ver os “modelos”, que até fazem pose
para as fotografias, no meio das paredes em mau estado e das madeiras
podres.
De
exorcismos a choques elétricos, as práticas que alegam curar lésbicas,
gays ou bissexuais, passam a ser punidas até três anos de prisão.
O
Parlamento francês aprovou esta terça-feira, com a votação final dos
deputados, uma lei que proíbe as “terapias de conversão” sexual,
práticas que alegam “curar” lésbicas, gays, bissexuais e transgénero
(LGBT), com punições até três anos prisão.
Segundo o Expresso,
quarenta anos depois da descriminalização da homossexualidade em
França, o documento cria um novo delito no código penal, punindo as
práticas com dois anos de prisão e multa de 30 mil euros.
As penas podem ir até três anos de prisão e multa de 45.000 euros, em caso de circunstâncias agravantes.
“Essas
práticas indignas não têm lugar na República. Ser você próprio não é
crime, porque não há nada para curar“, escreveu no Twitter o Presidente
francês, Emmanuel Macron.
“Enviamos um sinal forte, porque
condenamos formalmente todos aqueles que consideram como doença a
mudança de sexo ou identidade“, explicou a deputada Laurence
Vanceunebrock (La République en marche, LREM).
Os 142
parlamentares presentes votaram a favor do projeto-lei resultante de um
acordo entre deputados e senadores, que já havia recebido o apoio
unânime da câmara alta, a 20 de janeiro. Em uníssono, quase todos os
representantes políticos repetiram: “Não há nada para curar”.
Oficialmente,
as “terapias de conversão” já são puníveis com um grande número de
delitos: assédio moral, violência ou prática ilegal de medicina, entre
outros.
Para a ministra francesa da Igualdade entre Mulheres e
Homens, Elisabeth Moreno, a aprovação vai enviar “um sinal claro” para
que as vítimas das “práticas bárbaras” tenham a coragem de “passar pela
porta de uma esquadra mais facilmente“.
A “terapia de conversão”
pode assumir a forma de sessões de exorcismo, formações ou
eletrochoques, entre um número indeterminado de abusos que têm
repercussões psicológicas ou físicas duradouras nas pessoas, muitas das
quais jovens, que são vítimas.
Segundo um relatório de Laurence
Vanceunebrock, co-autora com o seu colega de esquerda radical Bastien
Lachaud, o termo “terapias de conversão” nasceu na América dos anos de
1950, sem base científica ou médica.
Não há uma investigação
nacional em França para avaliar a extensão do fenómeno. Em 2019,
parlamentares identificaram uma centena de casos.
Deputados e
senadores franceses concordaram em dezembro com a elaboração conjunta de
um projeto-lei para proibir a “terapia de conversão”, destinada a impor
a heterossexualidade a lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT).
A proposta da deputada Laurence Vanceunebrock visa fortalecer a resposta penal contra “esses atos de outra era“.
O Papa Francisco falou sobre as dificuldades que os pais
podem enfrentar ao criar filhos. Face a diferentes orientações sexuais,
não se devem esconder “atrás de uma atitude de condenação”.
Segundo o Público,
o Papa Francisco apelou, esta quarta-feira, a que os pais de
homossexuais não condenem os filhos em relação à orientação sexual, apoiando-os.
Em comentários durante a audiência geral desta semana sobre as
dificuldades que os pais podem enfrentar ao criar filhos, o Papa incluiu
nos problemas “pais que vêm diferentes orientações sexuais nos seus
filhos e como lidar com isso, como acompanhar os filhos e não se esconder atrás de uma atitude de condenação“.
O sumo pontífice já referiu, em ocasiões anteriores, que os homossexuais têm o direito de ser aceites pelas suas famílias como filhos e irmãos.
Apesar de a Igreja não aceitar o casamento homossexual, também já se
manifestou a favor das leis que permitem a união de facto de casais do
mesmo sexo, elaboradas com o objetivo de dar direitos conjuntos nas áreas das pensões, cuidados de saúde e questões sucessórias.
Em 2021, o gabinete doutrinal do Vaticano emitiu um documento que
impedia os padres católicos de abençoar uniões entre pessoas do mesmo
sexo, uma decisão que desapontou os católicos homossexuais.
Em alguns países, como os Estados Unidos ou a Alemanha, paróquias e alguns ministros de comunhão tinham começado a abençoar uniões entre pessoas do mesmo sexo, tendo havido apelos para que esta prática fosse institucionalizada.
Os conservadores da Igreja Católica têm dito que o Papa, que enviou
notas de apreço a padres e freiras que abençoam uniões de católicos
homossexuais, tem enviado sinais dúbios da posição sobre a homossexualidade, confundindo os fiéis.
No mês passado, o Vaticano pediu desculpas por “causar dor a toda a
comunidade LGBTQ” ao remover do seu site uma ligação com materiais de um
grupo católico de defesa dos direitos dos homossexuais, em alturas de preparação para uma reunião do Vaticano em 2023, sobre o rumo futuro da Igreja.
As
autoridades holandesas descobriram um passageiro escondido no trem de
aterragem de um avião. Viajou clandestinamente da África do Sul para os
Países Baixos.
O indivíduo estaria escondido na roda da frente
do avião de carga da companhia Cargolux e foi encontrado depois de a
aeronave aterrar no Aeroporto de Schiphol, em Amesterdão, no domingo.
Segundo a CNN,
o homem estava vivo quando foi encontrado, mas a sua temperatura
corporal estava muito baixa. Foi logo transportado para o hospital para
ser observado por uma equipa médica.
“Ficámos surpreendidos ao
encontrar este homem, mas ainda mais surpresos por estar vivo depois de o
avião ter voado mais de nove mil quilómetros em temperaturas muito,
muito frias”, disse a porta-voz da Polícia Militar holandesa, Joanne
Helmonds.
A nacionalidade e a idade do clandestino ainda não
foram identificadas. Assim que tiver alta hospitalar e estiver
totalmente recuperado, o homem terá de ser questionado para ser possível
determinar se está à procura de asilo.
“É um facto completamente notável que o homem ainda esteja vivo”,
salientou Helmonds, acrescentando que é muito raro que passageiros
clandestinos sobrevivam a voos longos devido ao frio e ao baixo oxigénio
em grandes altitudes.
O tempo médio de voo entre Joanesburgo e Amesterdão é de cerca de 11 horas. Se o voo tivesse escala no Quénia, a viagem teria sido ainda mais longa.
A Cargolux recusou-se a comentar o sucedido até estar concluída uma investigação sobre a situação.
Um
hospital na cidade de Boston, nos Estados Unidos, recusou-se a realizar
um transplante de coração a um paciente de 31 anos que rejeitou ser
vacinado contra a covid-19.
Segundo o The Guardian,
o hospital Brigham and Woman justificou a decisão com o facto de a
intervenção cirúrgica “desligar” o sistema imunitário e levar a que uma
infeção por covid-19 cause a morte do paciente.
DJ Ferguson, que
estava sinalizado como prioritário para um transplante de coração,
deixou de estar elegível por ter recusado a vacinação com uma das
vacinas contra a covid-19 por ser “contra os seus princípios”.
“É
uma política do hospital que está a ser aplicada e, como o meu filho
não vai ser vacinado, tiraram-no da lista para um transplante de
coração”, justificou o pai do paciente, David Ferguson.
“Como
muitos outros programas de transplante nos Estados Unidos, a vacina
contra a covid-19 é uma das várias vacinas e comportamentos de estilo de
vida necessários para candidatos a transplante no sistema, a fim de
criar mais hipóteses de a operação ser bem sucedida e de o paciente
sobreviver ao transplante”, justificou, em comunicado, o hospital
norte-americano.
A exigência desta vacina é indicada pelos Centros de Controlo e
Prevenção de Doenças do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos
EUA, que recomendam que pessoas imunodeprimidas, incluindo recetores de
transplantes de órgãos, tenham de ser vacinadas por serem considerados grupos de risco.
Outros especialistas já vieram declarar apoio à decisão do hospital, explicando que o sistema imunológico fica muito fraco após um transplante, tornando as vacinas ainda mais importantes.
“Após qualquer transplante, o sistema imunológico fica desligado. A gripe pode matar, uma constipação pode matar, a covid-19 pode matar”, disse à CBS Boston Arthur Caplan, chefe de ética da escola de medicina Grossman em Nova Iorque.
A família de Ferguson não sabe o que fazer a seguir. “Estamos a
procurar todas as opções, mas estamos a ficar sem tempo”, disse o pai,
citado pelo diário britânico.
DJ Ferguson, de 31 anos, foi hospitalizado em novembro, quando os
seus pulmões começaram a ficar com fluidos devido a um problema cardíaco
hereditário.
Diz estar a “lutar desesperadamente pela vida”, mas recusa ser vacinado. Por precisar de um transplante de coração, está a ponderar mudar de hospital.
A erupção de Tonga foi tão intensa que fez a atmosfera “tocar” como um sino, explica uma equipa de investigadores.
A
erupção do Hunga Tonga-Hunga Ha’apai atingiu o pico explosivo no dia 15
de janeiro de 2022. A sua rápida libertação de energia gerou um tsunami
oceânico que causou danos até à costa oeste dos EUA, mas também gerou
ondas de pressão na atmosfera que rapidamente se espalharam pelo mundo.
O
padrão de ondas atmosféricas perto da erupção foi bastante complicado,
mas a milhares de quilómetros de distância parecia uma frente de onda
isolada a viajar horizontalmente a mais de 1000 quilómetros por hora à
medida que se espalhava.
James Garvin, da NASA, cientista-chefe
do Goddard Space Flight Center, disse à NPR que a agência espacial
estimou que a explosão foi equivalente a cerca de 10 megatoneladas de
TNT, cerca de 500 vezes mais poderosa que a bomba lançada em Hiroshima,
no Japão, durante a Segunda Guerra Mundial.
Dos satélites que
observavam com sensores infravermelhos, a onda parecia uma ondulação
produzida pela queda de uma pedra num lago.
O pulso registou
perturbações na pressão atmosférica que duraram vários minutos enquanto
se movia sobre a América do Norte, Índia, Europa e muitos outros lugares
ao redor do globo.
Online, as pessoas acompanharam o progresso
do pulso em tempo real enquanto os observadores publicavam as suas
observações barométricas nas redes sociais. A onda propagou-se por todo o
mundo e voltou em cerca de 35 horas.
A tocar como um sino
Uma
erupção que faz a atmosfera tocar como um sino é uma manifestação do
fenómeno que o físico, astrónomo e matemático francês Pierre-Simon de
Laplace teorizou. O mesmo fenómeno também está presente como vibrações
globais da atmosfera.
Essas oscilações globais, análogas ao
movimento da água para a frente e para trás numa banheira, só
recentemente foram detetadas de forma conclusiva.
As ondas podem
conectar a atmosfera rapidamente em todo o mundo, como as ondas que se
propagam através de um instrumento musical, como uma corda de violino,
pele de tambor ou sino de metal. A atmosfera pode e faz “tocar” num
conjunto de frequências distintas.
Em 2020, uma equipa de
investigadores utilizou observações modernas para confirmar as
implicações da teoria de Laplace para as vibrações globalmente coerentes
da atmosfera.
Analisando um conjunto de dados de pressão
atmosférica a cada hora por 38 anos em locais de todo o mundo, os
cientistas conseguiram identificar os padrões e frequências globais que
Laplace e outros que o seguiram teorizaram.
Essas oscilações
atmosféricas globais são de frequência muito baixa para serem ouvidas,
mas são excitadas continuamente por todos os outros movimentos na
atmosfera, fornecendo uma “música de fundo” muito suave, mas
persistente, para as flutuações climáticas mais dramáticas na nossa
atmosfera.
O trabalho de Laplace foi o primeiro passo no caminho para a nossa moderna previsão do tempo através de computador.
Os cientistas encontraram um objeto “misterioso” liberando explosões
gigantes de energia, três vezes por hora. Seja o que for o objeto – que
está relativamente próximo, a 4.000 anos-luz de distância – não é nada
como os astrônomos já viram antes.
Natasha Hurley-Walker, do Centro Internacional de Pesquisa em Radioastronomia, que liderou a pesquisa, disse:
“Este objeto estava aparecendo e desaparecendo em algumas horas durante nossas observações.
Isso
foi completamente inesperado. Foi meio assustador para uma astrônoma
porque não há nada conhecido no céu que faça isso. E está realmente
muito perto de nós – cerca de 4.000 anos-luz de distância. Está em nosso
quintal galáctico.”
Os astrônomos especulam que o objeto pode ser uma estrela de nêutrons
ou uma anã branca que possui um campo magnético incrivelmente poderoso.
Ele está girando rapidamente no espaço, de modo que o feixe de radiação
pisca em nossa direção três vezes a cada hora. Por um minuto em cada
vinte, ele se torna uma das fontes de rádio mais brilhantes em todo o
céu.
Um estudante da Curtin University, chamado Tyrone O’Doherty, foi o primeiro a detectar o objeto usando o telescópio Murchison Widefield Array
(MWA) no interior da Austrália Ocidental. Desde que foi encontrado, o
objeto acabou deixando perplexos os astrônomos que o estudaram.
O’Doherty, que agora está fazendo doutorado em Curtin, disse:
“É empolgante que a fonte que
identifiquei no ano passado tenha se tornado um objeto tão peculiar. O
amplo campo de visão e a extrema sensibilidade do MWA são perfeitos para
pesquisar todo o céu e detectar o inesperado.”
Há uma grande variedade de objetos diferentes no espaço que ligam e
desligam, que recebem o nome de “transitórios”. Normalmente, eles vêm da
morte de uma estrela massiva ou dos restos tremeluzentes que são
deixados para trás quando isso acontece. Eles podem emitir de forma
rápida – como uma estrela de nêutrons, chamada pulsar, que pode acender e
apagar em milissegundos — ou podem ir devagar, acontecendo ao longo de
alguns dias, como no curso de supernovas.
Mas algo no meio, como o novo objeto, é muito incomum.
Há ainda mais mistérios sobre o objeto. Ele é incrivelmente
brilhante, mas menor que o Sol, e emite ondas de rádio altamente
polarizadas. Isso indicaria que ele tem um campo magnético muito forte.
Em conjunto, essas características parecem corresponder a um objeto
conhecido como magnetar de período ultralongo. Mas tal objeto nunca foi
visto antes – e foi uma surpresa.
Hurley-Walker disse:
“É um tipo de estrela de nêutrons
que gira lentamente e que teoricamente existe. Mas ninguém esperava
detectar diretamente uma assim porque não esperávamos que fossem tão
brilhantes.
De alguma forma, o objeto está convertendo energia
magnética em ondas de rádio de forma muito mais eficaz do que qualquer
coisa que vimos antes.”
Os cientistas estão agora observando a área atentamente na esperança
de que ela volte a funcionar. Se isso acontecer, eles poderão apontar
telescópios para o objeto na esperança de aprender mais. Eles também
examinarão os arquivos de observações do MWA para ver se existem outros
exemplos de tais objetos que foram perdidos no passado.
Hurley-Walker ainda disse:
“Mais detecções dirão aos
astrônomos se este foi um evento único raro ou uma vasta nova população
que nunca havíamos notado antes.”
Um artigo descrevendo a pesquisa, “A radio transient with unusually slow periodic emission” (“Um transitório de rádio com emissão periódica incomumente lenta”, em tradução livre), foi publicado hoje na Nature.
Dois novos documentários do Discovery+ cobrirão duas das histórias de abduções alienígenas mais arrepiantes do mundo.
Estreando no serviço de streaming em 18 de fevereiro (EUA e Canadá), os dois novos ‘Shock Docs‘ cobrirão a história de Travis Walton, bem como a de Barney e Betty Hill.
O encontro de Walton ocorreu em 5 de novembro de 1975, quando ele,
junto com sete de seus colegas de trabalho, encontrou um estranho disco
luminoso na Floresta Nacional Apache-Sitgreaves, nos EUA.
Walton havia saído do caminhão para se aproximar da nave quando foi
atingido por uma luz azulada que o jogou no chão. Seus colegas de
trabalho fugiram do local em pânico, mas quando retornaram pouco tempo
depois descobriram que ele e o objeto misterioso haviam desaparecido.
Walton acabaria aparecendo cinco dias depois, assustado, confuso e
com lembranças fugazes de ter encontrado estranhas entidades
extraterrestres durante o tempo em que ficou desaparecido.
Barney e Betty Hill estavam voltando para casa de uma férias em
Niagara Falls, em 19 de setembro de 1961, quando avistaram uma luz
estranha que parecia os estar seguindo.
Depois de um tempo, o OVNI virou e desceu em direção a eles, forçando
Barney a pisar no freio para evitar uma colisão. Quando ele saiu do
carro com seus binóculos, ele tinha certeza de que podia ver uma série
de “figuras humanoides” olhando para ele de dentro da nave.
Aterrorizado, o casal voltou para o carro e tentou fugir, porém o
objeto havia se movido diretamente acima do veículo, produzindo uma
série peculiar de bipes e zumbidos.
Eles então tiveram um período de tempo perdido, após o qual
perceberam que haviam viajado cerca de 55 quilômetros ao longo da
estrada sem se lembrarem da jornada.
Um comunicado de imprensa fala a respeito dos novos documentários:
“Com as novas tecnologias forenses
não disponíveis nos anos 60 e 70, e o acesso às evidências físicas
notavelmente preservadas desses dois casos, os investigadores reexaminam
as principais evidências para ver se podem provar que os humanos
tiveram contato físico com extraterrestres.
Os Shock Docs revelam novas descobertas em ambos os casos.’